Se Eu Fosse Você escrita por Gio


Capítulo 29
Iguanas Ruivas


Notas iniciais do capítulo

Aqui está! Minha net caiu ontem, mas aqui estou hoje.
Vou sair de casa daqui a pouco, então desculpem a rapidez.
E de coração, eu quero agradecer à todas as divas ou divos que postaram reviews.
Love u!!
XOXO



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Leo gostava quando Reyna ficava em silêncio por dois motivos:

                               1- Ele tinha uma imensa vontade de se levantar de onde quer que fosse e consolá-la por qualquer motivo, e;

                               2- Ele odiava o silêncio. E preferia mil vezes vê-la chamar de incompetente e aquela enorme cota de “adjetivos carinhosos” que ela elaborara exatamente para ele.

                - Você gosta de cachorros? – ele perguntou.

                - Gosto. Por quê? – ela riu pelo nariz.

                - Nós teremos de adotar um animal, certo? Eu sou alérgico à gatos. Como é possível ser alérgico à mim mesmo, eu não sei. E coelhos me irritam. Eles ficam fazendo carinhas fofas, e eu posso ser fofo. A não ser que você goste de porquinhos da índia. – ele deu de ombros.

                Reyna riu. Não. Ela não riu. Ela gargalhou.

                - O que foi? – ele perguntou se fingindo de ofendido.

                - Porquinhos da Índia. Eu nunca vou superar isso. – ela explicou ao conter a risada.

                (N/A: Pra quem não se lembra, a Reyrey morava na Ilha da Circe, e lá elas transformavam os caras nesses bichinhos fofamente peludos *-*)

                Leo ergueu uma sobrancelha e balançou a cabeça como se não tivesse entendido. Reyna sorriu e balançou a mão como se dissesse que ele esquecesse aquilo.

                Leo limpou a garganta num pigarreio irritante.

                - Como eu dizia, nós vamos arrumar um pet. E vai soar extremamente estranho, mas se Aurum e Argetum se sentirem enciumados de alguma maneira, talvez nós possamos arrumar um largato.

                - Um lagarto. – ela corrigiu.

                - Foi o que eu disse. – ele respondeu.

                - Não.

                - Como eu disse então?

                - Você disse largato.

                - E como é o certo?

                - Lagarto.

                - E o que eu disse? – ele repetiu mesmo tendo entendido, apenas para irritá-la.

                - LARGATO, caramba! – ela rugiu.

                - Não Reyna, o certo é lagarto. Você falou errado. – ele riu-se da irritação dela.

                Reyna murmurou alguma coisa como “Argh” e fechou a cara, cruzando os braços e fazendo um bico infantil.

                - Desculpe, mas foi engraçado. – ele admitiu.

                Ela rolou os olhos.

                - Você não pretende que nosso lagarto use coleiras de strass, certo? – ela brincou.

                E era essa a Reyna que ele gostava.

XXX

                Exatos 37 minutos e 26 segundos, os dois estavam dispostos à frente de uma loja de animais.

                “Pet Love”, era o que dizia na placa.

                Leo, todo cavalheiro, empurrou a porta de vidro para que ela entrasse primeiro.

                O que para qualquer um que visse, seria uma cena machista. Reyna empurrando a porta para Leo, algo assim.

                Ao entrarem, uma ruiva-falsa saltitante foi de cara atende-los.

                - Olá! Bom dia, queridos. No que posso ajuda-los? – ela falou.

                - Nós queríamos uma iguana. – Leo foi curto e direto.

                - Iguana? – a garota torceu o nariz. – Não é um animal nojento para uma garotinha como você? –

                - Essa garotinha pode te matar com qualquer coisa. – Reyna falou (no corpo de Leo).

                A garota ruiva sorriu sem graça e voltou a falar, como se nunca tivesse recebido uma ameaça de morte.

                - Como diziam, vocês querem mesmo uma iguana? Não preferem, não sei, um porquinho da Índia? – ela sugeriu.

                Reyna/Leo desatou a rir.

                - Desculpe, piada interna. – ela deu de ombros. – Mas voltando ao assunto, nós queremos uma iguana. Você pode nos arranjar uma iguana?

                - Ér, acho que sim. Vocês têm problemas com custo? Porque de fato ela é um animal caro de se manter, gato.

                - Não temos problemas nenhum com dinheiro. Só arranje a droga da iguana e pare de dar em cima do meu namorado. – Leo reclamou, segurando mais forte a mão de Reyna, que se controlava para não rir. – Ah, ele prefere morenas, tudo bem, querida?

                - Ok. Vou pegar pra vocês – ela falou com o resto de cara de pau e recolhendo o resto da dignidade que sobrava.

                - Por que fez aquilo? – Reyna riu, ao vê-lo de braços cruzados e emburrado como uma criança.

                - Porque eu realmente prefiro morenas. Morenas gatas, com um sorriso maligno e que me tratam indiferente. – ele explicou. – e ela estava dando em cima de você. Ou melhor, do meu corpo. Algo assim.

                Ela esboçou um sorriso e passou o braço por seus ombros, dando-lhe um beijo na testa.

                - Desculpe. – murmurou em seguida.

                Ele riu e puxou seu rosto para frente, quando a vend(inconveniente)edora chegou, pigarreando e interrompendo o pseudo-clima.

                - Com licença, casal! – ela limpou a garganta da forma mais barulhenta que pôde. – A iguana dos senhores já está na gaiola. E à propósito, como os senhores não definiram o sexo, nós separamos o filhote mais novo. É um macho.

                - Tudo bem então. E quanto custa? – ela perguntou, retirando a carteira do bolso.

                - Trezentos.

                - Como disse? – ela perguntou.

                - 300 dólares. – ela repetiu seca.

                - Aceita dracmas? – Leo brincou.

                A garota franziu a testa.

                - Esqueça isso. Aqui está. Trezentas pratas. – Reyna falou estendendo o dinheiro para a moça.

                - Obrigada e não voltem sempre. – ela sussurrou a última parte.

                Leo mandou-lhe um sorriso torto e saiu da loja com pressa.

                Faltava apenas uma coisa. Qual seria o nome do bendito animal?

                - Valdiguana! – ele gritou.

                - Darth Vader! – ela replicou na hora exata que ele falou. – Valdiguana? O quê por Júpiter é isto?

                - Valdez + Iguana. Não é lindo? – ele sorriu com um orgulho quase paternal, retirando a iguana da gaiola e embalando-a nos braços.

                 - Eu nunca permitiria que minha iguana se chamasse Valdiguana. Seria constrangedor leva-lo para passear e gritar “Valdiguana, senta! Rola, finge de morto!”. Simplesmente não dá.

                - Mas o Valdiguana ficaria lindo com uma camisa Team Leo... – ele quase pediu, esperançoso.

                - Não. – ela respondeu curta e direta.

                - Tudo bem. Me deixe mesmo sofrer sem ter um animal de estimação. Você tem dois cachorros. De metal, mas tem. Eu nem isso. Sou uma pobre criança abandonada sem um bichinho de estimação. – ele se lamuriou o mais dramaticamente que pôde.

                Reyna rolou os olhos.

                - Ei Rey! Valdiguana fez xixi na minha roupa! - ele reclamou. – Ecaa!

                É, não haveria como argumentar.

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Sem notas hoje! :p


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Notas finais do capítulo

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