Se Eu Fosse Você escrita por Gio


Capítulo 2
Como tudo começa


Notas iniciais do capítulo

Mais um! leitores novos: eu amo vocês. Jade, eu também te amo.
Enjoy! ;)
XOXO



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O Acampamento já estava farto das discussões. Não importava a hora, o dia nem o motivo.

                “- Você é um idiota Leo.

                - Você é uma idiota Reyna.

                - Eu falei primeiro. Isso significa que você é mais idiota.

                - Mais idiota é você, por competir idiotices comigo. Falando nisso, você duplamente idiota apenas pelo falto de me chamar de idiota.

                - Você é infinitamente idiota apenas pelo fato de achar que se eu te acho idiota, automaticamente sou idiota.

                - Chega de idiotice. Você é mais e pronto.

                - Mais o quê? Bonita, inteligente? Muito obrigada.

                - Trocou as qualidades. Eu sou tudo isso, você não.

                - Leo!

                - Reyna!”

                Quíron já tentara inúmeras táticas para evitar as discussões, e mesmo isolados em cantos opostos do Acampamento, eles arranjavam um jeito de discutir. Comiam em mesas separadas, tinham horários separados e aonde um ia, o outro ficava na direção contrária. Mas mesmo assim, eles se encontravam para reclamarem um do outro.

                Passavam-se meses e eles continuavam a brigar. Certo dia, Quíron resolveu tomar providências mais sérias do que as que ele já tomava. Convocou uma reunião com Afrodite, afinal, a deusa do amor deveria ter alguma ideia.

                Então, na manhã seguinte, pontualmente as nove e quarenta e cinco (uma hora depois das aulas de pilates da deusa), o centauro visitou o Olimpo, e, ao subir, encontrou-a sentada em seu trono rosa-choque-pink-glitter-brilhante-com-estampa-de-animal-print.

                - Minha senhora. – ele a saudou com uma reverência.

                - No que posso ajuda-lo Quíron? – ela perguntou.

                - Dois campistas. Leo Valdez e Reyna. Estão tendo muitos problemas.

                - O filho de Hefesto e a garota de Belona?

                - Exatamente.

                - Já conheço o caso. É bastante discutido aqui no Olimpo. Já bolei até um plano, conto apenas com a aprovação dos pais dos dois.

                - E eu poderia saber que plano é esse?

                - Já vai saber. Dê-me um minutinho para chama-los aqui. Hermes!! – ela chamou, estalando os dedos.

                Segundos depois, o deus dos mensageiros apareceu, usando a casual roupa de corredor.

                - Hermes, querido, chame Hefesto e Belona, temos assuntos sérios para conversar.

                O deus do chalé 11 estremeceu com o “assuntos sérios” dito por Afrodite.

                - São 15 dracmas. – ele avisou.

                - Credo! Isto é um roubo!

                - Eu sou o deus dos ladrões.

                - Tudo bem. – ela falou, tirando o valor de sua nova bolsa Gucci.

                O deus bateu-lhe uma continência como agradecimento e correu, sumindo com uma fumaça azulada.

XXX

                - O quê? Meu filho e a filha dela com os corpos trocados seguindo um pseudo-itinerário-romântico estabelecido por você? Eu nunca vou concordar com isso. – reclamou o deus das forjas.

                - Minha filha não vai ficar naquele corpo nojento! – replicou a deusa da guerra.

                - Quietos os dois! Eu planejo um futuro romântico para os dois, e, querendo ou não, vocês vão colaborar. Prestem atenção: Até que eles parem de brigar e se amem, ficarão com os corpos trocados e seguindo minhas ordens.

                - Ficou maluca Afrodite? Eles vão seguir o seu itinerário para sempre. Já percebeu que eles se odeiam mutuamente e nunca, eu repito, nunca vão se dar bem.

                - Não se preocupe com isso Beloninha querida. Minha criatividade não vai acabar tão cedo se quer saber. Não se preocupe. Mais alguma pergunta meus amores?

                - Coitada da Reyna. – lamentou Belona.

                - Coitado do Leo. –

                - Aos cuidados dessa... ninfomaníaca descabida.

                - Seguindo um itinerário inspirado em algum filme clichê... – apiedou-se Hefesto.

                - Pode desistir? – questionou a mãe da pretora.

                - Não Belona, eu não dei esta opção.

                - Mas você perguntou se eles querem participar desta ideia maluca? – perguntou Hefesto.

                - Não e nem vou perguntar, senão a juventude estará perdida. – respondeu Afrodite.

                - E eles não vão ter nem um aviso prévio? Sei lá, direito a defesa, advogado...

                - Você realmente me perguntou isso Belona? – reclamou Afrodite. – Mas tudo bem, vou responder. Eles vão ter aviso prévio, vou ao Acampamento por volta das três da tarde e vou somente avisar. Nada de argumentos, subornos, enfim, nada. Mas alguma tentativa de me convencer do contrário?

                - Isso é absurdamente frustrante. – bufou Belona.

                - Extremamente deprimente. – replicou Hefesto.

                - Absolutamente romântico!! – sorriu Afrodite.

                - Afrodite! – reclamaram os dois em uníssono.

                - Chega! Estão cansando minha beleza. Os dois estão dispensados. – disse a deusa com um sorriso de desprezo. – Hermes! Traga a minha Prada do novo modelo e echarpe lápis lazuli.

                - O que é lápis lazuli? – perguntou Hermes, entregando-a a bolsa.

                - Deixe pra lá! Eu tenho pressa! Preciso dar início ao plano Afrodite-desodiando-as-pessoas-número-1. – ela cantarolou.

                - Boa sorte, eu tenho pena dos filhos de vocês. – sussurrou Hermes para Hefesto e Belona.

                - Sorte? Eu não preciso de sorte, preciso de um sonífero. – brincou Hefesto.

                - A esposa é sua. Entenda-se e tire a minha filha dessa confusão desnecessária.

                - Acredite, eu vou tentar.

                - Agora vamos, prefiro não ver a cara da Reyna quando souber que vai sofrer aquela lastimosa forma Afroditiana de não odiar alguém.

                - Ás vezes eu penso se não seria melhor se Afrodite não pudesse interferir no livre arbítrio das pessoas.

                - Mas ela não pode.

                - Tenta explicar isso pra ela.

                - Melhor me poupar. Vamos, preciso de calmantes.

                XXX

                Afrodite já estava á caminho do Acampamento Meio-Sangue. Desceu os seiscentos andares, sorriu para o porteiro e se teletransportou para Long Island, na Colina Meio Sangue. Os gêmeos Stoll guardavam a fronteira, e, ao verem a deusa resplandecentemente, bateram asa cabeças no pinheiro de Thalia. A deusa sorriu e voltou a caminhar.

                XXX

                Era hora do almoço, o Acampamento estava todo reunido envolta das mesas de seus chalés correspondentes. Infelizmente, como já era de praxe, Leo e Reyna começaram uma guerra de comida, deixando pelo menos 15 auraes irritadas e metade das harpias com sede de sangue.

                - Atenção campistas! Temos uma visita aqui no acampamento e eu gostaria de chamar Leo e Reyna para me acompanharem até à Casa Grande. Isso é tudo. (Momento Miranda do Diabo Veste Prada –Sqn.)

                Risos e sussurros se seguiram enquanto os dois, de cabeça baixa, acompanhavam o centauro. As vítimas foram três garotos do chalé 11, dois do chalé 7 e um do chalé 5.

                O centauro abriu a porta, e sentada no antigo sofá de couro, estava a própria deusa do amor.

                - Afrodite?

                - Vênus?

                - Olá meus queridos! Sabem o porquê de estarem aqui? – ela os perguntou docemente.

                - A senhora vai fazê-la confessar que está perdidamente apaixonada? – Sugeriu Leo.

                - A senhora vai finalmente manda-lo para o tártaro por usar métodos de conquista antiquados, invadir minha privacidade e roubar uma peça íntima? – ironizou Reyna.

                - Não queridinhos, eu estou aqui para fazer com que vocês parem de brigar.

                - Tudo bem, mas como você pretende fazer isso? – perguntou Sr. D. – Eles nunca vão parar de brigar. Só tenha uma ideia: Desde o dia em que passaram a conviver juntos, já provocaram 17 incêndios “acidentais”, destruíram três chalés, derrubaram o templo de Zeus, depenaram uma Harpia, saíram do Acampamento sem permissão, explodiram o banheiro feminino e causaram mais de 10 guerras de comida no refeitório.

                - Por que acha que estou aqui Dionísio?

                - Tenho cara de incompetente?

                O Deus do vinho se calou e voltou à jogar Pinochle com mãos invisíveis.

                - Vocês parecem incorrigíveis, então vou tomar medidas drásticas. O caso já é conhecido, e as medidas foram aprovadas por seus próprios pais.

                - Se me permite dizer, nenhum dos dois aprovou. Belona precisou de calmantes e Hefesto está em estado de depressão.

                - Shiu! Shiu! Detalhes sem importância. Agora, deixem-me explicar o plano.

                Reyna fechou os olhos, num sinal de medo, decepção ou até mesmo vergonha.

                - Bem, - a deusa pigarreou. – até que parem de brigar, vocês terão os corpos trocados e seguirão um itinerário hiper romântico criado por quem? Por mim! Não é maravilhoso?

                - Maravilhosamente estúpido. – sussurrou Leo.

                - Pela primeira vez eu concordo com você.

                - Viram? Já estão progredindo.

                - Mas eu ainda odeio ele.

                - E eu ainda odeio ela.

                Afrodite suspirou.

                - Não vai ter jeito. E nada de argumentar, amanhã mesmo vocês vão acordar com os corpos trocados. E o itinerário vai aparecer pontualmente às oito e dezessete da manhã.

                - Por que oito e dezessete? – perguntou Leo.

                - Porque eu quero. Dã! – respondeu Afrodite. – Têm mais alguma coisa a acrescentar? Receituário de insanidade, testamento, seguro de vida, check-ups, plano de saúde, declaração de bens?

                - Receituário de insanidade? – perguntou Reyna.

                - Para comprovar o quanto você é louca por mim. – ironizou Leo.

                - Péssima Valdez, péssima. Só nessa sua mente desmazelada que eu sou louca por você. – ela respondeu.

                - Por favor não se faça de difícil, é nítido nos olhos que você está alucinada com a ideia de ter meu corpo para você.

                - Já tive indigestões menos inconvenientes.

                - Crianças! Aproveitem o resto do dia enquanto estão livres! Amanhã começa e vocês não vão voltar até que provem-me que se amam.

                - Desista da ideia de ter seu corpo de volta Reyna.

                - Digo o mesmo coisa chamuscada.

                - Prefiro coisas que realcem minha sensualidade latina. Yo soy caliente, muchacha.

                - Me dás asco estúpido.

                - ¿Hablas español?

                - Mejor que tú.

                - Creo que non, Reina del Hielo.

                - ¿Te gustaría besar-me?

                - Prefiero la muerte.

                - Do que eles estão falando? - perguntou Afrodite.

                - Enchiladas? – sugeriu Grover, que chegou na conversa.

                - Tacos? – sugeriu Sr. D, que ainda jogava com as mãos invisíveis.

                - ¡Estúpido! – praguejou Reyna.

                - ¡Insoportable! – ele respondeu.

                - Chega! Eu não entendo nada! – reclamou Afrodite.

                - Argh. – grunhiu Reyna.

                - Ela começou. – replicou Leo.

                - Sem chiliques. Não adianta, vocês vão trocar de corpo e quanto mais rápido se amarem, mais rápido voltam ao normal. – avisou Afrodite.

                - Vamos deixa-los a sós? Eles precisam conversar. – sugeriu Quíron.

                - Vamos, melhor, porque talvez eles se entendam rápido. – ela respondeu.

                XXX

                - Quer um abraço? – sugeriu Leo, assim que todos foram embora.

                - Eu tenho cara de quem precisa de um abraço? – irritou-se Reyna.

                - Não só de um abraço como de uma camisa de força. – ele respondeu. – Mas tudo bem. E nem adianta dizer que está com nojo de mim, você vai passar tempos nesse corpicho aqui.

                - Idiota.

                - Você já falou isso. Vai recusar a oferta?

                - Deixa para a próxima, pede para alguma “amiguinha” sua.

                - Tá com ciúme...

                - Não estou, e da próxima vez que você falar isso, eu corto fora isso que você chama de braço.

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Gostaram? Espero que sim. Pessoas queridas, o que acham de ler minhas outras fics? Tipo, ia ser legal sabe? -sqn.

Vou-me povo.

XOXOXO


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Notas finais do capítulo

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