Se Eu Fosse Você escrita por Gio


Capítulo 19
Lojinha Afrodite S.A


Notas iniciais do capítulo

Gente, hoje eu vou ser bem breve, ok?
Amanhã eu tento postar mais.
Enjoy! ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/292510/chapter/19

Enquanto Leo se distraía no banho, Reyna aproveitava o resto de tempo que ainda estava em seu corpo. Era provável, que em 10 ou 15 minutos o “castigo” recomeçasse e os dois voltariam a ser o que eram à pouco tempo.

A tarefa do diário ainda a deixava de cabelos em pé. Desde menina, considerava uma atitude fútil escrever em um caderno pessoal. Apenas contava com a esperança de que não tivesse de usar penas, plumas, tintas purpurinadas e adesivos coloridos numa agenda tão pomposa quanto.

Abriu a primeira gaveta de sua cômoda. Lá encontrou um caderno de couro preto, com uma fechadura de prata maciça. Porém, notou que não havia chave alguma, fato que a fez pensar por um tempo.

Tirou o objeto do móvel e o pôs em seu colo. De fato, a fechadura não parecia tradicional, tão quanto o próprio caderno.

De repente, como se a deusa já esperasse a confusão de ambos, um bilhete caiu ao seu lado. Ela o recolheu e leu.

“Eu tinha certeza de que nenhum dos dois gostaria de compartilhar suas informações. Portanto, a fechadura é acionada pelo toque de cada um, sem importar em que corpo estarão. Fora isso, para evitar qualquer transtorno que venha a acontecer, após escritas, o diário absorve as palavras e as folhas voltam a ser brancas. Podem ficar tranquilos, ninguém (nem eu :’( ) será capaz de ver as informações. Então, sintam-se livres para escrever o que lhes vier à cabeça.

Com os melhores votos,

Afrodite.”

A filha da guerra sentiu-se imensamente aliviada ao ler tais palavras. Mas porquê raios estaria assim? Afinal, não tinha que esconder de ninguém seu... vá lá, ódio do garoto.

Mas por algum motivo, mesmo isso era preferível se esconder, afinal, não se pode duvidar de nada.

Passou o polegar direito pela fechadura metálica e o diário se abriu. As folhas eram alvas como a neve, cobertas por finas e caprichosas linhas. Reyna pegou uma caneta esferográfica que encontrou jogada em suas coisas e começou a escrever.

“Querido diário...” – ela começou, rasurando logo em seguida ao notar a conotação que usara. Sentia-se tão... feminina, insegura, adolescente?

Algo assim. E apenas a ideia de manter esta imagem a afligia por inteiro. Talvez tenha sido pela estadia malacafenta do filho de Hefesto. Como ele mesmo dissera, poderia haver efeitos colaterais.

Balançou a cabeça para espantar o pensamento e voltou a escrever, sem se preocupara com a letra.

(N/A: Como eu sou maligna&maquiavélica, os diários dos dois só serão revelados no final da trama. Muahahahaha)

XXX

No momento que Leo abriu a porta do banheiro, uma fumaça de vapor denso foi liberada, cheirando, provavelmente, à colônia masculina e sabonete de limão. Não que Reyna prestasse atenção nisso, é só que, de acordo com ela, aquele sabonete lhe dava alergia. E “Povoando” o corpo de Leo naquele tempo, ela já havia descoberto.

Entrou no banheiro e abriu as janelas, deixando que a fumaça fosse liberada. A banheira ainda estava cheia, fato que renderia uma boa dose de pragas quando encontrasse Leo novamente. Forrou a mão com um saco plástico e retirou a rolha do ralo. A água escorreu de forma espiralada, levando com ela o perfume masculino que Reyna, inconscientemente, obviamente, classificara como não-ruim.

Ligou novamente a torneira vermelha para que a banheira tornasse a se encher. Enquanto isso prendeu os longos cabelos num coque mal feito. Escolheu um sabonete que anulasse o “perfume” do companheiro. Algo doce que anulasse o cítrico propositalmente deixado. Desenroscou a tampa e derrubou o líquido cintilante na água límpida. As bolhas começaram a surgir e Reyna despiu-se para entrar na banheira.

XXX

Leo já havia lido o bilhete antes mesmo de se lembrar do diário. Abriu a gaveta, e notou surpreso que não havia chaves. Suspirou e riu de si mesmo ao enfim entender do que o bilhete se tratava.

Assim como Reyna, passou o polegar pela fechadura dourada, que ao contrário do outro diário, continha uma prata. O caderno então se abriu, revelando as mesmas páginas brancas. Ele por fim, já irritado com sua própria bagunça, pegou “emprestado” uma caneta da gaveta metodicamente organizada da menina.

Encostou a ponta da caneta da folha e fez um risco, que sumiu automaticamente. Ele soltou uma risada quase infantil e começou a escrever.

XXX

O tempo havia passado, e de acordo com o relógio, que batia na casa das 10, já estava na hora de se deitar. Esperava encontrar Leo deitado, abraçado ao travesseiro e provavelmente babando em seu lado da cama. Porque acima de qualquer trégua, o acordo ainda estava feito.

Abriu a porta e deixou um pouco do vapor escapar, acostumando-se com a mudança de temperatura. Sentiu-se um tanto arrepiada, mas a sensação logo passou.

Caminhou silenciosamente até a cama, sendo surpreendida ao notar que Leo ainda estava acordado.

Ele lhe deu um sorriso e sentou-se na cama.

- Ainda temos duzentos pontos para trocar por bônus na lojinha da Afrodite. – ele avisou.

- Nem ao menos me lembrava disso. – ela admitiu. – Espero que a viagem à Paris não seja uma opção.

- Isso é o de menos. O que me preocupa de verdade, são as “coisas” pelas quais podemos escolher. – ele brincou.

Ela sorriu e sacodiu a cabeça, sentando-se ao lado dele com aproximadamente 15 centímetros de distância.

- Vamos logo, pretendo acabar logo com isso. – ele avisou, debruçando-se sem querem sobre o edredom da menina.

- Ops, - ela riu. – Parece que alguém me deve cinco dólares.

- Não acredito que você ainda vai continuar com aquela aposta idiota. – ele reclamou.

- Sempre. Trato e trato.

- Mas...

- Sem mais nem menos. Eu não vou te livrar dessa.

- Então significa que a minha parte ainda é válida.

Reyna corou instantaneamente.

- Tecnica e hipoteticamente sim.

- Ótimo, só pra confirmar.

- Idiota.

- Será que eu consigo conjurar a droga daquele holograma da loja?

- Creio que sim. Tenta.

- Ok. Afrodite S.A, apareça aqui.

- Sério Valdez?

- Sim, queria que eu dissesse o quê?

- Nesse momento eu não arrisco nenhum palpite. Vamos logo.

O Holograma se moveu e materializou-se magicamente entre os dois.

- Olá, – disse uma voz anasalada típica de telemerketing. – sejam bem vindos ao sistema de troca de bônus. Para acessarem a loja, repitam Loja de modo lento e intendível.

- Loojaa. – implicou Leo.

- Ops! Não foi possível entender. Será que o senhor poderia estar repetindo mais claramente?

- Loja. – falou Reyna, evitando mais uma dose de piadas da parte do displicente filho de Hefesto

- Obrigada! Você será redirecionado em poucos segundos. Aguardem.

Os dois permaneceram mudos durante uns 15 segundos, até que a tela se transformou, convertendo-se em uma loja tridimensional que expunha vitrines coloridas e brilhosas. Os dois foram sugados para dentro do cenário.

- Pelos bobs de Quíron! Que susto! – exclamou Leo. – Reyna, você está bem?

- Sim, um tanto quanto assustada/irritada/ofegante, mas bem. Eu juro que não esperava por isso.

- Olá, no que posso ajuda-los? – perguntou uma ninfa sorridente, que parecia um tanto quando preocupada em chamar a atenção de Leo, fato comprovado por Reyna ao nota-la ajeitando o decote e subindo a, já curta, saia.

- Viemos trocar os pontos. – empunhou-se Reyna frente à vendedora.

- Reyna e Leo, certo? – ela perguntou, lançando uma piscadela maliciosa ao garoto. – A loja é dividida em quatro seções. A de roupas, acessórios em geral, benefícios mágicos e viagens. Suponho que os dois ainda não tenham adquirido, no mínimo, quatrocentos pontos. Estou correta? – os dois assentiram. – Como eu esperava. Por que a mocinha não caminha pela loja enquanto eu levo o adorável rapaz para um tour pelos corredores?


- Não, obrigada. A mocinha e o rapaz ficarão juntos. – ela a interrompeu. – Agora, se não for incomodar, será que podia nos levar pela seção de acessórios em geral?

- Como queira, madame. – grunhiu a ninfa, caminhando na direção esquerda da loja.

A seção de acessórios em geral, como esperava Reyna, não abrigava os “acessórios” normais, como sapatos e bolsas. Pelo contrário, sobre as prateleiras rosa choque, encontravam-se oléos de massagem, taças de vinho, uma fonte de chocolate e alguns outros acessórios um tanto quanto pervertidos.

Reyna soltou um gritinho, horrorizada, enquanto Leo ria-se da expressão da menina, que saía correndo em direção ao corredor de Benefícios mágicos.

Contrariada, a vendedora caminhou até a menina.

- Qual foi a razão do escândalo? – perguntou Leo.

- Você viu aquela calcinha de pompom? É absurdamente indecente! – ela estrilou.

- Eu poderia dizer uma coisa, mas provavelmente isso me renderia um olho roxo. Então, o que você acha de esquecermos isso?

- É uma excelente ideia. – ela replicou, contendo o rubor. – Olhe isto, benefícios mágicos.

Desta vez, as prateleiras continham alguns vidros de poções, comprimidos e caixinhas.

- Acho que vou ficar com este. – avisou Reyna. – Por 40 pts temos direito à 3 noites em nossos próprios corpos.

- Parece valer à pena. Poderia trocar para nós? – ele pediu à ninfa, entregando-lhe a cartela com seis cápsulas.

Ela assentiu relutante, passou um cartão na máquina e entregou-o a caixa.

- Espero que tenham tido uma boa visita. – ela começou. – E voltem sempre. – mentiu.

Reyna prendeu um sorriso e segurou a mão esquerda de Leo.

- Vamos, querido? – ela implicou tanto com Leo quanto com a vendedora, que se tornou verde cor de clorofila.

Leo sorriu e em segundos os dois estavam no quarto.

__________________________________________

Eu juro que ainda não me acostumei com o novo design (?) do Nyah. Masok.

Bem, este não está tão fofo porque eu escrevi agora, tendo em vista que eu só tinha até oito horas pra acabar tudo (tempo este que eu burlei). Amanhã eu posto a surpresa, que a estraga prazeres da Jade já sabe. :p

Amanhã eu vou acordar cedo para ter uma aula de Tai Chi (quem já leu as minhas outras fics sabe.) com a professora caduca da minha mãe. Hoje eu fui uma folhe em meio a um furacão, uma cachoeira e um pingo d'agua. Lindo. Ela é meio Sibila Trelawney, entendem?

Já me vou, beijos pra vocês, meus lindos.

XOXO




Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews? Recomendações?