Se Eu Fosse Você escrita por Gio


Capítulo 13
Paintball no quarto


Notas iniciais do capítulo

Me odeiem, eu sei que demorei muito.
Mas obrigada à linda da Duda pela recomendação divônica.
Enjoy! ;)
XOXO



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/292510/chapter/13

Tintas, pincéis, rolos e uma pequena dose de paciência, era tudo que eles precisavam para mudar a decoração do quarto onde passariam a maior parte do tempo.

Um pequeno bilhete surgiu acima da cama com dossel. Provavelmente era o roteiro de como teriam de pintar o quarto, ou na melhor das hipóteses, uma dispensa para as atividades do dia.

Leo se levantou da cadeira e buscou o bilhete.

- Leia em voz alta. – pediu Reyna, com uma expressão que beirava o desespero.

“Olá queridos! Bem, as tintas e os pincéis estão no armário branco perto da cozinha. Nem adianta pedir que os criados façam isso por vocês, heim! Enfim, façam bom proveito e não tentem economizar tintas, elas vão se repor se vocês precisarem. Lembrem-se que a tarefa não pode demorar à ser cumprida, afinal, se não houver tempo para as outras tarefas, vocês sabem o que vai acontecer.

Mil beijinhos,

Afrodite.

- Não foi o que eu esperava. De acordo com as tendências Afroditianas, eu imaginava que ela iria dizer que teríamos de pintar unicórnios brilhantes na parede. – ironizou o garoto.

- Nem dá sugestão, ela pode mudar de ideia. – ela brincou.

- Melhor. – ele ponderou. – Me ajuda a buscar as coisas?

Reyna assentiu e se levantou do sofá, caminhando junto a ele em direção à cozinha.

Seria facílimo encontrar o tal armário, se não fosse pelo detalhe de que TODOS os armários eram brancos. E ficavam perto da cozinha. Era preciso um mapa para que os dois se situassem meio ao mar de bibelôs que rodeava a extensão do lugar.

- Reyna, só em um metro, eu encontrei quinze armários. Como ela pretende que nós encontremos as tintas?

- Você acha que eu que sei? Sério Leo. – ela respondeu. – Vamos fazer o seguinte, você pega a ala esquerda e eu a direita. Quem achar primeiro grita, ok?

Leo assentiu e começou a procurar.

XXX

Leo abria cada armário, procurando delicadamente os baldes de tinta. Já abrira quase 15 e não encontrara nem um sinal de tinta.

O tempo ia passando, e, pelo visto, Reyna ainda não obtivera sucesso em encontrar o material. Tratou de se apressar, afinal, não tinha tempo a perder.

Abria cada porta e não encontrava nada. Olhou em seu relógio e notou que já estava à meia hora procurando. Ainda havia pelo menos cinco armários a serem abertos. Decidiu continuar, quando ouviu um grito vindo da direção oposta à sua.

Bingo! Pelo visto ela poupara trabalho. Correu até a origem do som e encontrou uma Reyna frustrada e parada diante de um enorme armário.

- Que foi garota? – ele perguntou.

- Olha isso! Não tem pincéis, não tem rolos, não tem nada! Como ela espera que pintemos as paredes?

Leo parou, quedando-se em pensamentos.

- Tive uma ideia, mas me promete que não vai surtar.

- A não ser que prometa que não iremos pintar com as mãos.

- De certo modo. Mas enfim, eu preciso que arrume bexigas de aniversário, e do resto, deixa que eu cuido.

Reyna deu de ombros e saiu à procura do material inusitado, enquanto Leo carregava os baldes de tinta surpreendente leves até a sala.

Bateu palmas e pediu aos criados invisíveis para forrarem o chão e os móveis do cômodo. E assim foi feito. Em questão de segundos, tudo estava coberto por papelão e fita adesiva.

- Reyna, - ele chamou. – encontrou as bexigas?

- Sim, encontrei. – ela falou, caminhando até ele com o pacote em mãos. – Mas só vou te entregar quando me explicar sua pseudo ideia genial.

Leo abriu um sorriso.

- Me empresta só uma. – ele pediu, recebendo o objeto na mão.

O garoto assoprou-a algumas vezes para torna-la flácida e então, com um funil, despejou tinta para enchê-la. Depois, colou o bico na parede.

- Olhe e aprenda. – ele falou, arremessando um dardo no balão e causando uma barulhenta e colorida explosão azul que tingiu grade parte da parede.

- Essa é sua ideia? Tudo bem, mãos à obra! – ela riu.

XXX

Enquanto Leo preparava as bexigas, Reyna as atingia com o dardo, tendo em vista sua melhor pontaria em relação ao filho de Hefesto.

Por alguma razão desconhecida, a tinta do balde mudava de cor a cada explosão, variando desde o preto até o branco, em tonalidades metálicas ou normais.

De certo modo, esta fora a atividade mais divertida que fizeram, mesmo que sujassem tudo que não estivesse coberto.

Leo preparava cuidadosamente as bexigas, entregando-as a garota, que, vez ou outra, arremessava-lhe algumas alegando desconcentração e rindo em tom de deboche.

Ele fingia não ligar, mas bastava que a garota virasse as costas para receber o troco.

- Desculpe Leo. Minhas mãos escorregaram. – ela mentiu após acertá-lo com tinta prateada. – Realça a cor dos seus olhos, se quer saber.

- Acredito muito. – ele ironizou. – Mas como você, também acho que amarelo é a sua cor. – ele sorriu malicioso, arremessando nela uma bolota de tinta amarelo-ovo.

Reyna corria aos trancos e barrancos, escorregando nos próprios pés e tombando nos braços do garoto, que perdia a concentração nesses momentos. Inteligente, Reyna se aproveitava das brechas para sujá-lo mais ainda, mesmo sabendo que nisso perdia tempo.

De certo modo, não se preocupavam com o que fariam depois.

Os dois riam a cada explosão, e Reyna deveria ter escorregado umas cinco vezes. Leo dobrava-se de gargalhar a cada tombo da garota desastrada.

Ela revidava, acertando dardos no garoto, que reclamava.

Passado um tempo, ambos já estavam completamente imundos, sujos dos pés à cabeça.

A parede mais parecia uma pintura hippie, mas sem sombra de dúvida estava melhor que a decoração rosa.

- Reyna, você está ridícula com esta tinta no corpo. – ele avisou.

- Num estado como você está, seus elogios não me comovem. Se você estivesse completamente limpo, coisa que não está, eu até poderia considerar isso como uma implicância. Mas sujo como você se encontra, eu só considero isso como uma provocação boba. – ela replicou.

- Me responde como você formula tão rápido essas respostas, sério. – ele implicou.

- Chama-se cérebro. Mas infelizmente o seu deve ter se derretido ao longo do tempo. Acredite, um dia você descobre. – ela ironizou.

- Essa é a Reyna que eu conheço. – ele bufou um pouco irritado. – Acho que o trabalho já está feito. Vou tomar um banho e depois volto para a próxima tarefa. Creio que você deveria fazer o mesmo.

Ela deu de ombros e virou as costas, não muito preocupada com o que o garoto falava ou pensava.

XXX

Leo entrou no chuveiro com a intenção de tirar não só a tinta do corpo, mas também a irritação.

Não entendia como Reyna se tornava agressiva de uma hora para outra. Momentos atrás, os dois divertiam-se arremessando bexigas de tinta uns nos outros. E agora, ela parecia tão fria e indiferente como sempre fora.

Ele mais que ninguém sabia como era desconfortável passar uma estadia num corpo alheio, mas, se tinham de fazer isso, que tornassem mais agradável. Mas ela não parecia disposta a cooperar, pelo menos não como ele.

Leo acreditava que a água fria limparia sua mente, mas nem com uma cachoeira ele se tornaria mais calmo. A tinta era a única coisa que escorria de seu corpo.

De acordo com ele, não havia razão aparente para que ela fosse tão desagradável com ele, tendo em vista que Leo prezava o conforto dos dois.

A não ser que ela sentisse medo.

Mas medo quê exatamente?

Medo do amor, porque ele mais que ninguém sabia que por detrás de cada farpa ou resposta grosseira, havia uma decepção que um dia causara sorrisos.

Ele, contrariando tudo, aprendeu a driblar as dificuldades, mas ela... Talvez não.

Se essa dificuldade tinha um nome, Leo faria de tudo para descobrir, porque para ele, ver uma lágrima caindo do rosto de qualquer um que fosse lhe causava tristeza.

Ele sabia que Reyna perdera os pais, mas isso não parecia ter coincidência com o problema.

Pretendia investigar, e sabia que a entrevista proposta por Afrodite seria a oportunidade perfeita, restava-o apenas esperar.

Mas por enquanto, tentaria, mesmo que lhe custasse algumas respostas grosseiras, fazê-la sorrir.

XXX

- Reyna, - ele falou entrando na sala recém-pintada. – você tem algum problema hormonal? Sério, caiu muito cabelo quando eu estava no banho. Entenda, por favor, que eu não quero cabelo no ralo quando nos casarmos.

Reyna pareceu confusa, tentando por um longo tempo processar o que o garoto dissera anteriormente.

- Como?

- Esquece. – ele respondeu. – Vá para o banho, afinal, não podemos tirar fotos com a sua cara cheia de tinta.

__________________________________________

Eu sei que saiu uma titica. Cinco dias (?) e saiu isso, perdoem-me, o próximo sai melhor.

Não postei antes porque eu não consigui fazer mais nada enquanto não li os três livros HP que eu comprei. June tem razão, HP é vida.

Enfim, obrigada novamente à Fallen Queen pela recomendação.

Vou-me

XOXO

P.S: A fic está longe de acabar, acredite. Eu só precisava de inspirações, e consegui.

Talvez eu estenda ela à uns 40 capítulos.

Se vocês quiserem, óbvio.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews? Recomendações?