Se Eu Fosse Você escrita por Gio


Capítulo 12
Fazendo biscoitos ou bagunçando a cozinha?


Notas iniciais do capítulo

Mais um!
Enjoy! ;)
XOXO



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(N/A: Eu esqueci uma parte do Itinerário fica assim: E quanto ao beijo, ~pisca~ creio que um de vocês poderá cuidar disso sozinho.)

Talvez o Itinerário não fosse tão ruim assim. Só talvez. Fazer biscoitos não poderia ser tão difícil, ainda mais com o livro “Culinária para Idiotas”.

Reyna estava sentada na cadeira frente à bancada, segurando o livro com uma mão, enquanto passava as páginas com a outra.

- Leo, você vai pegando os ingredientes enquanto eu leio o preparo. – ela ordenou.

- Traduzindo: Eu sou escravizado enquanto você não faz nada. – ele zombou.

Ela parou de ler por tempo suficiente para dar-lhe um sorriso seco.

- Sim, exatamente isso. Ande logo, os biscoitos não ficar prontos sozinhos.

(N/A: Eu não sei cozinhar, portanto, não sigam as minhas receitas. Sai tudo da minha cabeça e se consumido pode causar dor de barriga. Obrigada.)

Leo rolou os olhos e abriu cada armário em busca dos ingredientes pedidos. Açúcar, farinha, chocolate, fermento, mel, ovos, manteiga...

Depois da procura, Leo pôs cada ingrediente sobre o balcão, arrumando-os alinhadamente uns aos outros. Ao perceber que Reyna estava completamente concentrada no livro e nada à seu redor chamaria atenção, Leo encheu uma jarra com água e gelo. Caminhou discretamente por trás da pretora e derrubou todo o líquido em suas costas.

A reação? Bem, Leo já esperava por isso. Pelo menos por alguns socos e pontapés.

Mas ela não fez nada disso. Não.

E ao invés de revidar com violência, despejou o pote de mel no garoto, lambuzando-o da cabeça aos pés.

- Então é guerra que você quer? – ele perguntou, tirando o máximo possível do mel em seu rosto.

- Sim, só que nesta guerra, eu sempre venço. – ela replicou, abrindo o saco de farinha e esvaziando-o sobre o corpo do garoto. – Ops!

Leo abriu a boca e arqueou as sobrancelhas.

- Você vai ver! Vai ter vingança. – ele reclamou, quebrando dois ovos no topo da cabeça da garota. – Ops de novo!

- Você não presta, Valdez! – ela riu, pegando a tampa de uma panela e se protegendo de uma granada de chocolate em pó.

- Você que pediu! – ele avisou, moldando com as mãos uma mistura de farinha, óleo e manteiga.

- Nem pense em arremessar iss... – ela falou, mas escorregando no chão antes de terminar a frase.

Leo largou a bolota melequenta e chegou a tempo de segurar Reyna pelas costas.

Seus olhos se encontraram momentaneamente. Reyna soltou um riso envergonhado. E por apenas alguns segundos, Reyna era Reyna e Leo era Leo. (N/A: Cena: O corpo do Leo segurando o da Reyna.)

O encanto foi quebrado com o som estridente de um cronômetro de pinguim, que estava encima da geladeira.

O susto fez com que Leo soltasse Reyna, que caiu no chão com um forte impacto.

Leo voltou a ser Reyna e Reyna a ser Leo.

- Anh. – ele grunhiu, alisando a área atingida.

Reyna sentiu-se tonta. Sentou-se na bancada e voltou sua visão para a janela. A cena anterior foi reproduzida em sua mente, como um flash back.

Ela se lembrava de por alguns segundos sequer era ela mesma, apoiada nos braços do garoto. Foi tirada de seus devaneios com um cutucão no braço.

- Rey, não sei se lembra, mas ainda temos que fazer biscoitos. – ele relembrou.

Reyna sacudiu a cabeça, confusa.

- Não me chame de Rey, Valdez. Já conversamos sobre isso. – ela se exasperou.

- Eu pensei que...

- Você não pensa Valdez! Só age. Esse é o seu problema! – ela reclamou. – Eu vou tomar um banho e depois volto. – ela avisou, batendo palmas para que os criados invisíveis limpassem a cozinha.

XXX

Enquanto Reyna estava no banho, Leo teve tempo para pensar.

Os criados invisíveis limpavam a cozinha agilmente, sem deixar um rastro de sujeira para trás.

Reyna realmente havia sido grosseira, afinal, não fora nada demais. Se ela ao menos reclamasse da sujeira, ele entenderia facilmente. Mas não. Ela simplesmente surtou ao ser chamada de Rey. Agora, o que ele queria mais que qualquer coisa era entender o porquê.

XXX

Reyna já tinha acabado o banho fazia cinco minutos, mas insistia em ficar no quarto, presa por uma mistura de arrependimento e raiva.

Olhou para o relógio. Já era quase dez horas, e ainda não tinha comido nada. Seu estômago roncava de fome.

Resignada, abriu a porta do quarto e caminhou até a cozinha, pronta física e psicologicamente para uma briga que pudesse vir.

Assim que adentrou o cômodo, encontrou tudo limpo, inclusive Leo, que estava sentado em uma cadeira, olhando distraidamente para a vista do acampamento.

- Reyna, - ele chamou. – Desculpe, eu não deveria ter feito aquilo.

O pedido de desculpas de Leo a desarmou completamente. Certamente ela não pediria desculpas a não ser que seu erro fosse muito grande. Era orgulhosa demais para isso.

- E que você fez? – ela perguntou, testando-o.

- Eu sinceramente não sei. Estou apenas tentando tornar tudo mais fácil. – ele admitiu.

Reyna forçou um sorriso.

- Vamos fazer logo estes biscoitos, Faísca, já estou com fome. – ela falou.

XXX

- Pronto Valdez, só falta bater a calda no liquidificador. – ela avisou, relendo o livro de receitas.

Leo assentiu e ligou o liquidificador na potência máxima.

- Você esqueceu a... – ela estava prestes a avisar, quando percebeu que o estrago estava feito. – Tarde demais. – ela se lamentou ao ver a cozinha suja. De novo.

- Ops! – ele riu. – Acho que nossos criados vão nos odiar pela bagunça.

- Fale por si só. Eu não comecei nenhuma algazarra. Pelo menos até agora.

- Tudo bem, Ice Queen, deixa que eu limpo dessa vez. – ele falou, pegando um pano para limpar o chão. – Só que não. Isso parece cansativo demais. E eu estou com fome.

- Eu sabia que você ia desistir. Ah, não se esqueça que de acordo com Afrodite, nossos biscoitos devem ser em forma de coração.

- E como pretende cortá-los? Levando em conta que não temos cortadores?

- Talvez possamos moldá-los, tipo massinha de modelar.

- Boa ideia. – ela concordou. – Faça isso enquanto eu preparo um milk-shake para o café da manhã.

- Porque ao contrário de certas pessoas, eu tenho coordenação motora. – ele implicou.

- Idiota! – ela riu.

XXX


- Valdez, tem certeza de que isto é um coração? – ela avaliou. – Aurum e Argentium fazem caquinhas menos abstratas.

- Sua comparação ajudou muito a elevar meu ego. – ele ironizou.

- Sinceramente, seu ego não precisa ficar maior do que já é. Se crescer, bate no teto.

Ele soltou uma risada curta.

- Quem vai provar isso? – ela falou, apontando com nojo para os projetos de biscoitos.

- Você. Eu fiz, você prova.

- Muito esperto da sua parte me envenenar primeiro. – ela falou. – Prove primeiro, faças as honras, afinal é fruto do seu trabalho. Mal e porcamente feito, mas foi você que o fez.

- Vamos comer juntos, eu te asseguro que você não vai morrer. – ele brincou, entegando-lhe um dos pseudo-biscoitos.

Reyna riu e pôs o “coiso” na boca.

“Até que não está tão ruim, principalmente se feito pelo incompetente do Valdez.” Ela pensou, lambendo o resto de chocolate do canto dos lábios.

- O que achou? – ele perguntou com a expectativa alta.

- Hum, está comível. – ela ponderou.

- Isso chama-se inveja, sabia?

- Gosto ruim mudou de nome agora? – ela ironizou.

- Você é impossível Ice Queen. – Próxima tarefa?

- O que você acha de mudar a decoração?

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Vou ver se amanhã posto o próximo.

Bem, tenho dois avisos: Estou mudando as capas das fics, então, slá, dêm uma olhada.

Outro: A Jadiva, minha secretária/acessora me sugeriu o seguinte: Uma das atividades do Itinerário era uma entrevista, então mandem perguntas sobre o Leo, a Reyna, os dois, slá, até o dia que eu postar, então eu vou escolher as melhores para usar.

Não vale nada depravado/sexual/agressivo, ok?

XOXO


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Notas finais do capítulo

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