Se Eu Fosse Você escrita por Gio


Capítulo 11
Segundo Itinerário e pegadinhas à parte


Notas iniciais do capítulo

Mais um! Obrigada pelos reviews meus amores!
Enjoy! ;)
XOXO



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Leo abriu os olhos e notou que a divisão da cama estabelecida por Reyna fora esquecida no momento que a garota pegara no sono. A filha de Belona acomodava-se espaçosamente por todo o perímetro da cama, com um dos braços por cima do filho de Hefesto.

                Ele pensou seriamente em cobrar a aposta, mas esperaria ela acordar;

                Eram cerca de oito da manhã. O quarto parecia completamente silencioso e apenas o ronco da companheira tornava o local menos assustador.

                As paredes rosas pareciam mais intimidadoras sem a luz forte da manhã. Só assim ele tivera tempo de analisar tudo sem as implicâncias e os momentos de ódio da filha da guerra.

                Ao lado da cama, Leo notou uma mesa que não estivera lá na noite anterior. Descobriu-se, levantou da cama sem fazer barulho e foi investigar.

                Acima da mesa, havia uma almofada rosa de veludo, e ao lado, uma etiqueta que dizia: “Destinada ao Itinerário”. E acima da almofada, um pequeno pergaminho envelhecido.

                Afrodite, pelo visto, se preocupava em fazer uma surpresa à cada dia. Curioso, o filho de Hefesto pegou o papel, e surpreendeu-se ao tomar um choque seguido de uma mensagem eletrônica, que falava:

                -  Nananinanão! O Itinerário só pode ser aberto exatamente às oito e vinte três da manhã! Não se apresse. Por que não vai trocar seus pontos acumulados? Acesse: Afrodite-lojas-troque-seus-pontos.com.olimpo. Obrigada por sua atenção.

                Leo murmurou algo que deveria significar espanto e foi ao banheiro. Abriu a porta, entrou e fechou-a. Olhou-se no espelho e avaliou seu rosto. Abriu a torneira e limpou a face com o sabonete que estava na pia.

                Prendeu o cabelo, abaixou as calças e sentou-se na privada. Fez suas necessidades, mas surpreendeu-se quando, ao se limpar, viu sangue no papel higiênico.

                A reação foi imediata. Um enorme estrondoso grito que pareceu ecoar no quarto.

                - Reyna! Eu estou sangrando! Estou morrendo! Alguém me salva! – ele se desesperou.

                A garota rolou um pouco na cama, cobriu o rosto com a almofada e balbuciou algo que deveria significar “Só mais cinco minutos.”

                Leo, ao perceber que ela não vinha, voltou a gritar, cada vez mais alto e desesperado ao ver o sangue saindo.

                - Reyna! Vem aqui! Agora!!! – ele implorava.

                E ao ver o apelo de pânico, Reyna se levantou, arrastando-se pelo carpete rosado que Afrodite escolhera.

                - O que é Leo? – ela perguntou, ainda de olhos fechados.

                - Eu estou sangrando, você não entendeu isso? – ele gritou.

                - Leo, meus deuses! Eu não acredito que isso aconteceu! – ela falou, agora interessada em pregar uma peça no menino.

                - Isso o quê, caramba?

                - Você não sabia? É um sintoma de uma doença que degenera o cérebro. Aos poucos, seu corpo se torna verde, com bolhas viscosas e pintas que coçam. Então seus olhos soltam uma gosma e sua língua fica áspera. E só há um antídoto, que apenas eu tenho.

                Enquanto a garota ria-se por dentro, Leo era o retrato do caos. Seu desespero era visível até para a mais desatenta das criaturas. Seu coração estava acelerado, suas pernas bambas e sua respiração ofegante.

                - E você vai me dar este antídoto? – ele perguntou.

                - Depende. – ela sorriu divertida. – Tudo tem seu preço.

                - E o que você quer? – ele perguntou beirando a um ataque cardíaco.

                - Ainda não sei.

                - Como? – ele franziu o cenho, confuso. – Isso quer dizer que eu vou ficar morrendo e moribundo até você decidir o que quer? – ele reclamou.

                - Deuses Leo, como você é idiota! – ela riu.

                - Eu aqui à beira da morte e você rindo? Muito legal. – ele cruzou os braços de frustração.

                - Você não está à beira da morte. Que tal prestar mais atenção nas aulas de ciências?

                - O que disse?

                - Você sabe o que é menstruar?

                - Não, não pode ser isso.

                Reyna acenou com a cabeça, confirmando.

                - Agora eu entendo o porquê de vocês reclamarem tanto. – ele lamentou. – O que eu não daria para voltar para o meu corpo.

                - Agora você sabe por que as garotas não gostam disso.

                - Excelente, agora eu estou com dor. O que eu faço para que ninguém saiba que eu estou assim?

                - Absorvente.

                - E onde está?

                - Não faço ideia. Afrodite mudou tudo. – ela deu de ombros, aproveitando para se divertir com o garoto.

                - Você é maléfica.

                - Sim, eu sei. Tente, seilá, pedir para o ar, talvez algum criado invisível lhe traga.

                - Muito engraçada. – ele ironizou, mas assim que a garota saiu, ele bateu palmas e murmurou “absorvente”. E em questão de segundos, um pacote apareceu em suas mãos.

                Confuso, o garoto abriu o pacote e tirou um. Retirou os papéis e colou. Limpou-se e saiu do banheiro.

                - Reyna, sabia que temos criados invisíveis? – ele avisou.

                - Você não... Não acredito Leo! Eu estava brincando.

                - Mas funcionou. – ele deu de ombros. – O que está fazendo?

                - Lendo o Itinerário de hoje.

                - E está muito ruim?

                - Descubra por si só. – ela falou, entregando-lhe o papel.

                Ele o pegou e percorreu os olhos pela extensão do pergaminho rosado.

                “Olá crianças! Tudo bem com vocês? Comigo está tudo ótimo. Fiquei absolutamente feliz com o comprometimento de vocês em relação às tarefas de ontem. Hoje, acreditem, tem mais. Preparei coisas que por experiência própria são MA-RA-VI-LHO-SAS para se fazer em casal. Ares e eu seguimos isso todo fim de semana. Acreditam que ele é um doce de pessoas? Bom, percebi que devido ao cansaço, vocês não visitaram a loja de trocas Afrodite S.A. Mas não se preocupem, os pontos estão acumulados num cartão de crédito que receberão anexado ao envelope. Nele, vocês acumulam tanto os pontos de troca quanto os pontos para a viagem à Paris. Caso queiram, obviamente. Mas sei que vão querer.

                Enfim, gostaria de saber o que acharam do quarto. Vocês não fazem ideia de quanto esforço me exigiu para convencer Hefesto à fazer isto. Mas isso não vem ao caso.

                Como Leo já deve ter descoberto, vocês tem criados invisíveis, então significa que podem pedir qualquer coisa para desfrutarem de seus lares. Menos coisas que matem, a não ser que seja para preparar algo descrito no Itinerário.

                Já avisei à Quíron que vocês estão dispensados do almoço de hoje, tudo bem?

                Agora vamos ao dia de hoje!

                1- Pintar as paredes do quarto. 10pts

                2- Fazer cookies em forma de coração. 05pts

                3- Preparar o almoço juntos. 10pts

                4- Abraçar um ao outro. 20pts

                5- Fazer um álbum de fotos. 15pts

                6- Gravar uma entrevista. (Roteiro será disponibilizado na hora da tarefa.) 10pts

                7- Fazer um dueto/cover de alguma música selecionada por muá. 10pts

                8- Escrever um diário de como vocês se sentem um em relação ao outro. 20pts

                Bom, não se preocupem com eventuais desarrumações. E quanto ao beijo, ~pisca~

                Beijinhos,

Afrodite.”

                - O que ela quis dizer com “creio que um de vocês poderá cuidar disso sozinho.”? – perguntou Leo, que era o retrato da incredulidade.

                - Você acha que eu sei? Se depender de mim, isso não vai acontecer. – ela antecipou.

                - Por mim também não. Talvez.

                - Valdez!

                - Tudo bem, parei. Agora, o que foi este “esforço” que ela precisou para conseguir o quarto? – ele riu.

                Reyna balançou a cabeça.

                - Você não presta, Valdez. – ela reclamou.

                - Eu sei. Vamos começar pelo quê? – ele perguntou.

                - Que tal os cookies? Eu gosto de cookies. 

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Amanhã talvez, quem sabe, eu tenha tempo de postar.

Como eu odeio estar de férias, nada pra fazer é uma droga.

Espero que tenham gostado!

XOXO

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Notas finais do capítulo

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