Sonzai escrita por MsRachel22


Capítulo 8
Through Useless Glory and Fallen Truth




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"Costumava pensar que o passado estava morto e enterrado, mas eu estava errado... Tão errado..."

I Was Broken

_____そんざい_____

Descompassadamente seu coração batia alto e rápido contra seu peito. O vermelho distorcido e atrativo nos olhos daquele que outrora roubara seu amor e sua adoração soava como algo perigoso. Muito perigoso. Mas ela estava paralisada, petrificada pelo Sharingan.

Aquele era um impasse. Podia-se dizer que aquela era um déjà vu quase sádico. A morte pairava sobre a cabeça da médica-nin que antes era apenas sua companheira de time irritante. O temor estava em seus olhos esverdeados e causava tremores em seu corpo. E diante daquilo, Sasuke sentia-se inquieto.

Ambos se encararam num misto de arrogância e piedade forçada. Eram inimigos declarados por lei e pela Guerra e mesmo assim não ousavam desviar os olhos um do outro. Lentamente o Sharingan desativou-se mais uma vez, enquanto Sasuke agachava e usava sua katana como apoio.

– Ande logo e me mate como deveria ter feito após assassinar Danzou – o sussurro quase inaudível de Sakura fez Sasuke franzir levemente as sobrancelhas. – Você já dizimou meu esquadrão Sasuke...

– É o que realmente quer? – Sasuke questionou num tom quase amigável, suas palavras estavam sobrecarregadas pela acidez e pela arrogância que lhe cabiam.

Novamente havia um dilema que não era simplesmente travado com olhares de angústia e de indiferença. Os tremores que silenciosamente escalavam os corpos de ambos agitavam a insanidade contida dentro de seus corpos, pois em algum momento deveria haver sentido naquela situação.

Um suspiro escapou dos lábios de Sasuke ao segurar sua katana com mais firmeza. Não deveria haver nostalgia ao encarar os olhos da médica-nin e nem mesmo deveria haver incerteza correndo em suas veias. Mas ali eles estavam. Por lei eram declarados inimigos e pela própria história, eram apenas provas de eras simples.

– No final... o time 7 nunca vai estar completo, não é? – o murmúrio conformado de Sakura ressoava como uma sentença imutável. – Afinal, não importa o quanto qualquer pessoa tente. Você é intocável Sasuke.

– Essas são suas últimas palavras? – a contrarresposta veio rapidamente.

Um sorriso conformado se instalou no rosto de Sakura quase instantaneamente. Seus olhos se concentravam em observar o rosto do nukenin com saudade e com temor, suas mãos tremiam sobre a cabeça do ANBU morto em seu colo.

Era simples: seu final se aproximava pelas mãos de Sasuke mais uma vez.

– Você sabe que eu poderia matá-la por precaução ou apenas para fugir do tédio, não é? – Sasuke disse enquanto empunhava sua katana na direção do pescoço de Sakura. Um meio sorriso se instalou no rosto de Sasuke, como se aquela mínima demonstração de emoção pudesse conter o que se passava em sua mente. – Só me responda uma coisa, Sakura.

Ambos fitaram-se, desprezo e conformismo transbordavam de seus olhos e incomodavam um ao outro.

– Por que, dentre tantos shinobis, por que teve que sentir qualquer coisa por mim? – a voz de Sasuke soava cansada e levemente irritada enquanto seu olhar permanecia indecifrável e seus dedos apertavam-se mais ao redor de sua espada.

– Porque eu pensei que poderia te alcançar – fora a resposta de Sakura.

Um mínimo sorriso forçou-se no rosto do Uchiha com destreza ao absorver as palavras da shinobi. De fato, ele era intocável e inalcançável. Somente a solidão e a dor o corroíam, através de seu consentimento mudo. Não houvera misericórdia quando seu clã fora dizimado, nem mesmo algo parecido a alguma certeza de que tudo ficaria bem por uma noite ou duas.

A quietude era torturante, enquanto as memórias da Guerra invadiam sem permissão a mente do Uchiha, reavivando as sensações que ele esmagara. Pois não havia mais resquício de felicidade, ele mesmo havia destruído.

_____そんざい_____

| Antes |

||

A súbita morte de Hatake Kakashi havia capturado a atenção de todos, enquanto cada um travava sua própria batalha. Os ninjas manipulados pelo Edo Tensei surgiram inesperadamente, como um meio de reforço ao campo de batalha. Não importava o quanto seus corpos quebradiços tentassem resistir às ordens impostas por Kabuto, suas emoções eram desligadas a fim de dizimarem os ninjas mais habilidosos.

– Resistam! Nós somos a Aliança Shinobi! Devemos mostrar a esses bastardos do que um ninja é feito! – as palavras de encorajamento dos capitães eram bradadas sem temor do inimigo ou do futuro.

Tudo ocorria rápido demais. A fúria da Kyuubi lançava-se sobre o corpo de Naruto, transformando o manto de chakra dourado que o envolvia num vermelho intenso. Urros de dor e raiva rompiam a garganta do Uzumaki num luto desolado pelo corpo imóvel de Kakashi a poucos metros de si.

Uchiha Madara observava a guerra com desinteresse e com certo descaso para Obito e Naruto; sua atenção prendia-se apenas nos passos seguintes. Virou levemente a cabeça quando sentiu o chakra de Sasuke por perto, e depois retornou sua atenção para a batalha. Logo se ouviam os pedidos de reforços ao longe. Os shinobis eram encurralados e derrotados de maneira vil e sem emoção. Os clones de Zetsu aumentavam constantemente, enquanto roubavam chakra dos ninjas que estavam à beira da morte.

– Por quê? – a voz sobrecarregada de cólera e dor de Naruto soava monstruosa. Seus olhos estavam fixos no rosto de Obito enquanto ordenava que a Kyuubi lhe desse mais poder.

– Este mundo se resume a perdas e dor, com essas sensações surge a vingança e a sede de poder. Muitos homens podem dizer que a perda somente os fortaleceu, mas é mentira. Shinobis não são treinados para perder. Eles não são treinados para lidar com a sede de vingança, com a busca de poder ilimitado ou com a dor emocional. – Obito retrucou enquanto erguia levemente o queixo. – Este mundo é corrompido por esses sentimentos que apenas movem a destruição e geram mais perda e mais dor. É por isso que ele deve acabar.

Obito virou-se e observou a guerra, sem se importar com o descontrole de Naruto ou com o corpo de Kakashi.

– Mas não se preocupe Naruto... Salvar este mundo nunca foi sua missão ou uma profecia que ditaram a você. – Obito murmurou. – De qualquer maneira, ele já estava perdido antes de você nascer.

Mais um grito rompeu a garganta de Naruto e em seguida ele se moveu rapidamente na direção de Obito, a fim de golpeá-lo seriamente e igualar as perdas. Pois sua mente não calculava risco alto o suficiente que ele não pudesse correr para vingar seu sensei e terminar com aquilo.

Entretanto havia apenas uma verdade: o mundo já estava perdido. E talvez, Naruto estava começando a perder-se também.

_____そんざい_____

| Agora |

||

Lentamente a hesitação corrompia o Uchiha. As lembranças queimavam em sua garganta, deixavam um gosto amargo. Resumiam-se às missões realizadas pelo time 7, pelos momentos de calmaria e pela leve esperança de ter um futuro distante das palavras finais de Itachi e das assombrações do massacre de seu clã. Fragmentos do primeiro e último time de Hatake Kakashi.

Sasuke forçava-se a expulsar aquelas memórias e esperava que sua mente driblasse o conforto que ele sentia naquela época pela crueldade que a vida o fizera provar. Mas era um impasse. Queria mais daquele conforto, mas sabia que ele não o merecia. Nada o fazia sentir que tinha direito a uma pequena quantidade daquela segurança que o abraçava no time 7 aos doze anos.

Desculpe irmão, não vai haver uma próxima vez.

As palavras de Itachi ecoavam em sua mente, acompanhadas pelo último sorriso verdadeiro que seu irmão lhe dirigia. E então a realidade perfurou seu peito mais uma vez. E simplesmente doía.

– Você não vale o esforço. – Sasuke sentenciou enquanto guardava sua katana na bainha e se afastava de Sakura. Observou a descrença nos olhos da antiga companheira de time e quis desesperadamente que aquele fosse seu último encontro com parte do time 7. Porque sempre haveria o pedido insano pela possibilidade de um futuro que sua mente acalentara aos doze anos.

– É o que você diz a si mesmo todas as vezes em que eu e Naruto tentamos levá-lo para casa? – Sakura questionara antes que Sasuke finalmente lhe desse as costas e partisse.

Entretanto houve apenas o silêncio enquanto ambos se fitavam de modo desafiador, como se quisessem que um revelasse os medos do outro na questão seguinte, que possivelmente jamais seria proferida.

– Obrigado.

Fora a palavra final do Uchiha pouco antes dele desaparecer como fizera na primeira vez em que seu time o encontrara após ter partido de Konoha. A Haruno levantou, tentando sentir o chakra de Sasuke. Partiu sem saber ao certo aonde ia, deixando para trás o esquadrão morto e a certeza de que Sasuke era inalcançável.

_____そんざい_____

Há pouco mais de dois dias não havia um destino certo. Seu caminho era tão incerto quanto seus passos, não havia um rumo definido em sua mente quando abandonara Konoha. Desejara arduamente que seus pés a levassem para o mais longe possível de Konoha e ironicamente seu pedido fora atendido.

Olhava para trás vez ou outra, como se estivesse sendo observada. Entretanto havia apenas a paisagem mórbida acompanhando-a e a distância inimaginável do lugar que outrora fora seu lar. Seus joelhos cederam repentinamente e seu corpo tombou para frente.

Finalmente o cansaço a consumia e a dor penetrava seus músculos rapidamente. A terra grudava em sua bochecha e aderia ao suor que escorria em sua pele. E por fim seu queixo tremia como se lutasse com a vontade de derramar lágrimas pela miséria que vivia.

Hinata mordeu com força o lábio inferior, querendo conter absurdamente as lágrimas que começavam a marejar em seus olhos. Amaldiçoava internamente o destino, os princípios que moviam as nações shinobis e sua fraqueza. Odiava como as lágrimas teimavam em cair, o modo como estava à mercê daquele mundo e o modo como a realidade imperava.

Deveria ter sido mais fácil. Não devia haver mais dor após incontáveis batalhas e perdas na Guerra. Sentimentos dolorosos e imagens cruéis não deveriam destruir os sobreviventes daquele modo. Os esforços impostos nas batalhas na Quarta Guerra não deveriam ter resultado naquele caos, nada daquilo era justo.

Nada daquilo encaixava-se nas expectativas que todos formularam. Não havia sorrisos, a paz imperando as Cinco Nações ou quaisquer possibilidades de se construir um futuro. O passado sangrento e carregado de sacrifícios havia sufocado aquele tipo de esperança.

E talvez aquele risco não foi calculado corretamente.

– Ei! Parece que ela foi por esse lado! – o grito animado e carregado de ansiedade de um ninja fez Hinata sentir-se em perigo. – Vamos, parece que ela não vai aguentar por muito tempo!

Duramente as forças chegavam aos seus braços e pernas enquanto recuperar o equilíbrio parecia ser algo difícil de conseguir. Seus braços tremiam conforme Hinata tentava levantar a tempo de fugir ou se esconder. Ouviu o pouso suave do ninja ao seu lado.

Acabou. Fora a única palavra que sua mente formulara naquele instante. Acabou. Acabou. Está acabado.

– Não se mova. – o shinobi ordenou enquanto empunhava sua kunai. – Andem logo! – o grito ecoou rapidamente pelo local e logo mais dois shinobis surgiram. – Só espero que o Byakugan dela esteja intacto. A maioria deles está ferrando os próprios olhos. Bando de idiotas.

– Amarrem as mãos dela, não deixe que ela acumule chakra... – uma shinobi impôs entediada, enquanto jogava a corda para o outro. – E ande logo com isso. Aparentemente, Konoha quer vender mais alguns Hyuugas... Akane-sama precisa saber disso.

Silenciosamente, Hinata rendia-se àquele destino. Sentia suas mãos ser apertadas pela corda e o amarro nela sendo feito com força. Um selo fora colado sobre a corda e uma pequena gota de sangue fora depositada sobre o pedaço de papel.

– Você só pode se soltar se eu morrer. Coisa que vai ser difícil de acontecer. – o shinobi disse por fim enquanto ria levemente, sendo acompanhado pelos demais. – Agora, só para garantir... – o punho do homem ganhava tons azulados ao redor da pele, um sorriso de satisfação nasceu imediatamente no rosto dele ao tocar na nuca de Hinata.

Suas forças estavam sendo sugadas rapidamente e Hinata sentia que aquela era sua sentença final. Morreria pela grande perda de chakra ou após ter seus olhos roubados. Não importaria a ordem, o resultado ainda soava igual.

– Não tire tanto chakra, pode matá-la desse jeito. – a mulher advertiu e em seguida o contato fora interrompido. – Levante-a. Temos que ir andando. Não sabemos se ela está acompanhada.

A Hyuuga foi puxada com força pelo braço, entretanto sentia que a qualquer segundo seus músculos rasgariam, sua cabeça tombava para os lados conforme os primeiros passos eram dados com dificuldade. Tropegamente seus pés tocavam o solo e seus joelhos ameaçavam ceder.

O ar entrava e saía rapidamente de seus pulmões. Seus olhos fitavam apenas o chão enquanto seu braço era puxado pelo shinobi, a fim de fazê-la continuar andando. Tentava divagar as informações que ouvia das conversas aleatórias do trio de shinobis a sua frente, entretanto o processo chegava a ser cansativo.

Não haveria ninguém para salvá-la.

Começava a cogitar que talvez o Conselho de Konoha tivesse visto sua saída do Clã como algo favorável. Aquela mínima possibilidade instalou-se. Sua mente gerava justificativas que pudessem contrariar aquela hipótese, mas havia apenas lacunas em sua mente, somente o torturante nada.

Pois em algum momento, tornar-se um shinobi não tinha mais valor algum, além da possibilidade de um acordo entre Nações. Lutar por vidas alheias significava pôr sua cabeça a um preço quase ridículo para senhores feudais e despertar o interesse de Vilas em conflito.

Não havia mais valor algum em ser um shinobi. Tal palavra não se encaixava mais naquele mundo. Todos tinham seu preço, todos estavam à venda. E ostentar um nome significava a traição iminente.

– Quanto os feudais estão pagando pelos Hyuugas da família superior? – um shinobi questionou, seu tom de voz acusava seu claro interesse na quantia. – Afinal, nós capturamos. Temos o direito a uma parte.

– Eles não pagam pelos Hyuugas, apenas pelos olhos. Eles valem mais do que o Clã. – a mulher disse duramente e desinteressada em passar mais informações. Bruscamente, ela parou de andar, interrompendo os passos dos demais. – Esperem um pouco.

Houve o silêncio, apenas o som da Hyuuga caindo quebrantara a calmaria. Hinata cedera à dor que parecia estar cravada em sua carne e roer seus ossos, seu corpo tremia e parecia que estava fadada a fraquejar de novo e de novo. Ergueu a cabeça e fitou os ninjas. A mulher aproximou-se e segurou seu rosto e soltou-o rapidamente.

– Alimentem-na ou ela não vai aguentar chegar à Nuvem. – a ordem fora obedecida pouco depois. – Vamos logo, não quero mais perder tempo aqui.

– Ela é da família superior... Isso vai dar um bom dinheiro. – um shinobi comentou altamente animado. Riu levemente e fitou os passos cambaleantes da Hyuuga um pouco mais atrás. – E talvez, certa diversão.

_____そんざい_____

Sua mente parecia brincar com sua sanidade mais uma vez. Seus pensamentos voltavam-se para a culpa e para o arrependimento constantemente, como se ele pudesse senti-los integralmente. Havia certa hesitação em seus atos, em anos o Uchiha não sabia ao certo o que fazer.

Não tinha a noção exata do tempo ou do que o fizera regredir. Amaldiçoava-se por quantas vezes fosse necessário pela momentânea hesitação que conduzira suas decisões.

Tamanha piedade não deveria residir em seus pensamentos ou em suas ações, aquela sensação de indecisão sobre uma vida não deveria abalar sua confiança e cegar seu senso.

A que ponto estava chegando?

Interrompeu bruscamente seus passos e virou-se. Estava dentro da densa floresta que cercava a Vila da Cachoeira. Fitou as copas das árvores e sentiu o cansaço pronunciar-se em seus músculos, a quantidade de chakra que havia gasto no esquadrão de shinobis era quase um luxo àquela altura.

Apoiou-se em uma árvore, enquanto fechava os olhos e inalava o ar com calma. Mas sua mente ainda vagava entre o pavor que o consumira na infância ao ver os corpos de seus familiares e o conformismo que o consolara anos depois.

Os desastres da Guerra ainda estavam em sua mente. Algo ainda pesava em seus ombros e sua sanidade parecia ser maior a cada dia. Porque no final, mesmo que odiasse admitir, Sasuke não estava pronto para uma guerra que não era sua; seus sentimentos entravam em atrito sempre que se questionava de qual lado deveria ter lutado ou se ao menos, deveria ter lutado.

Pois o preço que havia pagado era alto demais.

– Parece que finalmente o encontrei, Sasuke.

De imediato seus músculos travaram e sua mente alertava que estava em perigo. A voz dura e enigmática de Obito soava como parte de um passado morto, mas que ainda o assolava vez ou outra. Ergueu rapidamente a cabeça e desembainhou sua katana, Obito estava agachado sobre o galho da árvore, mantendo o equilíbrio sem dificuldade.

Com pressa, Sasuke tentou ativar seu Sharingan, entretanto seu corpo não correspondia à suas vontades.

– Não, não faça isso ou pode desmaiar. Está quase sem chakra agora e preciso que você fique acordado. – o rosto de Obito demonstrava-se impassível, não havia máscara alguma ocultando seu rosto. As cicatrizes que distorciam sua pele pareciam mais profundas. – Não vim atacá-lo.

– O que você quer? – Sasuke questionou enquanto mantinha a katana empunhada com destreza.

– Vim lhe propor um acordo, Sasuke. – disse sem rodeios e logo prosseguiu. – Os Cinco Kages planejam manipular o mundo shinobi mais uma vez e o Clã Uchiha, ou seja, você. Eles se reuniram e chegaram à decisão de que você deve sobreviver e reconstruir o clã, como já era seu plano antes da Quarta Guerra.

O Uchiha mais novo franziu as sobrancelhas enquanto mantinha seus olhos nos mínimos e involuntários movimentos de Obito.

– É claro que não posso permitir isto. E é por isso que lhe proponho que se alie a mim, não como um nukenin, mas como o Uchiha que você é... Ou ao menos, o que eu penso que é. – um sorriso desdenhoso se instalou no rosto de Obito enquanto suas palavras agitavam Sasuke.

– Por que eu me aliaria com alguém que mal foi capaz de capturar o Jinchuuriki da Kyuubi e que ainda perdeu a Guerra? – Sasuke ditou as palavras com indiferença e deboche; o breve relance de Obito apertando as mãos fora capturado pelos olhos de Sasuke.

– Porque, ao contrário deles, eu quero dar um fim a isto. Pretendo terminar com o que acabei e não há momento melhor do que esse Sasuke. – Obito retrucou. – A Quarta Guerra Ninja não acabou. A escolha é sua: morrer com eles ou sobreviver mais uma vez e imperar o novo mundo.

– Você fala como se fosse um deus. – as palavras cínicas do Uchiha mais novo não surtiram efeito em Obito.

– Agradeço o elogio. – a voz de Obito soava mecânica e sem emoção. Rapidamente olhou para o Oeste e notou a pequena quantidade de chakra ocultada. – Uma nova era vai começar em breve. Espero que escolha seu lado.

Sasuke encarou-o como se suas palavras remetessem loucura. Obito sorriu-lhe sem emoção e desapareceu. Não havia resquício do chakra dele por perto e Sasuke permitiu-se ceder; embainhou sua espada e seus joelhos cederam ao chão no mesmo instante.

Ao Oeste, a Haruno tentava camuflar seu chakra, mas a figura de Obito abalara seu controle por um segundo. Amaldiçoou-se, pois sabia que o Uchiha poderia encontrá-la e matá-la. Sentiu o pavor diminuir quando Obito desapareceu por completo e foi trocado pela incerteza quando decidiu aproximar-se do local.

Observava o corpo quase curvado de Sasuke enquanto movia-se. Tinha de decidir se iria enfrentá-lo, afinal tinha uma quantidade maior de chakra. Ou se iria deixá-lo ir mais uma vez, e ver a possibilidade de salvá-lo escorregar por seus dedos mais uma vez. Pois temia que o Uchiha não pudesse ser mais salvo.

E desesperadamente, Sakura queria acreditar naquilo.

A mente de Sasuke somente focava-se apenas nas palavras de Obito e em seu convite quase insano. Não notara o chakra oculto à Oeste ou a quem ele pertencia. Forçava sua mente a divagar qual era o propósito por trás das palavras do outro, mas sua mente apontava apenas que ainda estava em perigo.

Pois estava perto de ceder à Obito e perto de perder sua sanidade de vez.


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Notas finais do capítulo

Yo!
Primeiro: mil desculpas pela demora.
Segundo: desculpem algum erro ortográfico e/ou se ficou muito cansativo.
Terceiro: mais mil desculpas pela demora.
Fiquei sem imaginação por alguns tempos, tive que resolver um assunto sério e pessoal e também não queria postar um capítulo muito enrolativo.
Mas enfim... Bem, fiz o primeiro trailer da fanfic. Espero que gostem e logo mais abaixo vai estar o link do trailer para os interessados.
Agora sobre a fanfic: os próximos capítulos vão estar mais focados em Naruto e Hinata, o modo como eles vão ficar juntos e o desenvolvimento deles não vai ser nem muito lento e nem muito rápido, já que vou continuar de onde, para mim, eles pararam mesmo (ou seja, episódio 166 do Shippuden, porque depois disso não houve nenhum momento em que os dois discutiram sobre os sentimentos que eles nutrem).
Talvez mais alguns flashbacks sobre a Guerra sejam escritos no decorrer da estória, mas apenas confirmando: NaruHina vai ser desenvolvido primeiro. Não garanto nada muito romântico, porque detesto romance. Mas vou mesmo me esforçar. ^-^
E por enquanto os planos dos Kages não vão estar em destaque, mas não significa que eles não são importantes. Outra coisa: os olhos dos Hyuugas estão sendo "comprados" porque no anime/mangá já foi dito que eles podem ser implantados em outra pessoa depois (isso também vale para Sharingan, Rinnegan). E... Bem, é mais isso mesmo.
Sobre a música: na verdade é um cover do Marcus Foster, entretanto eu gostei mais da versão feita pelo Pattinson. Mesmo não gostando de Twilight e sua saga, não significa que projetos paralelos de alguns atores (como a música, teatro) não são bons. Ele canta bem. E é só. u.u E relembrando que eu não curto nem um pouco Twilight (escrevo em Inglês porque soa melhor do que o nome traduzido), mas a música me agradou.
#Momento chato:
Quem lê minha outra fanfic Not Like The Movies (ou apenas NLTM), milhões de desculpas por não ter atualizado a fanfic até agora. Mas simplesmente estou sem imaginação. Além disso, estou esperando mais alguns reviews para ver onde errei e acertei no capítulo mais recente. Então peço um pouco mais de paciência. Já disse várias vezes que comentar ou não é um direito do leitor, mas também ajuda a manter a fanfic mais atualizada e orienta o escritor, mostrando se seu trabalho está sendo reconhecido ou não.
Milhões de desculpas mesmo. Sério.
#Acabou o momento chato.
Retornando...
Obrigada pelos reviews, sugestões, críticas e afins. São sempre bem-vindos.
Link do trailer: http://www.youtube.com/watch?v=ewexpo8WpyI&hd=1
Até o próximo!
o/