Teddybear - Heart Is Unpredictable escrita por JMcCarthyC


Capítulo 5
Pra Sempre




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-Então você ainda lembra meu nome? – James perguntou erguendo as sobrancelhas.

         -Como eu poderia esquecer...

         -Não dê nem mais um passo! – Emmett gritou me segurando forte contra ele. – Estou avisando.

         -Quanto apreço pela sua namoradinha, grandão... – James provocou.

         -Ele é meu irmão, James. – eu falei com os olhos apertados. Ele arregalou os olhos, surpreso.

         -Nossa, não é o que pareceu daqui.

         Emmett rosnou mais uma vez. Eu queria piscar os olhos e acordar, como se aquilo fosse apenas mais uma alucinação.

         -Então essa é a garota de que você falou, James? – a mulher ruiva perguntou se soltando dele.

         -Ela mesma. – James respondeu chegando cada vez mais perto de mim. – Não é que você ficou bonita vampira?

         Emmett me puxou para suas costas e tomou minha frente, mantendo os braços abertos em proteção, rosnando alto. Eu nunca tinha o visto daquele jeito.

         -Não ouse encostar a mão em Alice. – Emmett falou entre os dentes. – Ou você vai se arrepender.

         James parou e levantou os braços.

         -Por acaso eu falei que ia fazer alguma coisa? – Ele falou com um sorriso presunçoso. A mulher ruiva caminhou até ele e o abraçou provocantemente por trás. James revirou os olhos. – Agora não, Victoria. Estou tendo uma conversa com uma velha amiga.

         -Posso saber o que você quer, James? – Emmett falou impaciente, rígido. Suas mãos estavam fechadas em punhos, os tendões visíveis sob a pele pálida.

         -Ah, é, eu atrapalhei vocês. – ele falou com desdém. – Aposto que a Alice sabe o que eu quero, por que você não pergunta a ela?

         Emmett colocou uma de suas mãos para trás, tentando me sentir em suas costas. Eu segurei a mão dele e apertei com força, sentindo os dedos dele apertarem a minha mão também. Era como se ele quisesse me dizer que estava tudo bem. Que ele ficaria ali comigo.

         -Vá embora, James! – eu gritei por trás de Emmett. Eu sabia o que ele queria. Eu sabia que ele me queria.

         -Não estou com vontade. – James respondeu voltando a caminhar devagar. – Temos assuntos a tratar, Alice.

         -Ela não tem nada pra falar com você. – Emmett retrucou, um tom mais alto.

         -Ahh, tem sim... – James respirou fundo, fechando os olhos. – Você tinha um cheiro tão bom, garota... se não fosse por aquele vampiro idiota...

         -Cala a boca, James! – eu gritei sem pensar. O ódio explodiu dentro de mim, eu queria sair de trás de Emmett e voar no pescoço de James, mas passar pela montanha de músculos à minha frente era matematicamente impossível.

         James riu com desdém.

         -Ah, é? E o que você vai fazer? – ele perguntou cruzando os braços.

         Senti o corpo de Emmett tremer com as palavras de James. Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, ele tomou impulso e voou na direção de James com força, apertando a mão em seu pescoço.

         -Ela não vai fazer nada. – Emmett falou entre os dentes, olhando James por cima. – Agora eu, já é outra história.

         James estreitou os olhos, eu podia ver a raiva queimando atrás de suas íris vermelhas. Ele olhou para Victoria de soslaio e ela correu na direção de Emmett, acertando um chute violento em sua cabeça. Emmett soltou o pescoço de James com o impacto e se ajoelhou no chão, levando as mãos à cabeça onde ele havia sido atingido.

         -Você não é tão forte quanto parece... – James falou com as mãos na cintura. Victoria se aproximou dele e tomou seu rosto violentamente em suas mãos, dando-lhe um beijo voraz.

         Eu olhei enojada para aquela cena e corri na direção de Emmett, ajoelhando-me ao lado dele.

         -Emm, você está bem? – eu falei nervosa, passando a mão em suas costas. Ouvi um barulho e virei o rosto para cima. James e Victoria não estavam mais ali.

         Emmett levantou a cabeça e olhou para mim.

         -Estou. A ruiva não é tão forte assim. – ele sorriu. – Acho que não vou ficar com nenhum dano permanente.

         Eu sorri também, suspirando aliviada.

         -Que bom, porque o seu cérebro já é um dano permanente por si só.

         Emmett mostrou a língua para mim e se levantou. Ele realmente estava bem. Eu fiz o mesmo e o abracei forte, apoiando minha cabeça em seu peito mais uma vez.

         -Desculpa... – eu falei com a voz fraca, apertando as pálpebras. Emmett levou as mãos ao meu cabelo e os aninhou, como da última vez.

         -Você não tem culpa, Alice... Nós trombamos com eles acidentalmente.

         -Ele vai voltar, Emm... eu sei que vai... – eu falei abraçando-o com mais força. Eu não tinha certeza do porquê, mas, por alguma razão, eu sabia daquilo.

         Emmett me afastou dele e passou a mão em minha testa, tirando minha franja dos meus olhos.

         -Se ele voltar, eu vou estar aqui para te proteger.

         Uma sensação de reconforto invadiu todo meu corpo. Emmett estaria ali comigo, eu tinha certeza disso. Apoiei minha cabeça em seu peito duro novamente e o abracei mais forte, sorrindo. Ele abaixou o rosto e pressionou seus lábios contra meus cabelos demoradamente, subindo e descendo o polegar da sua mão que estava em minha cintura pela minha pele.

         -Ei, vocês dois! – Uma outra voz masculina gritou ao longe. Eu e Emmett nos viramos simultaneamente para a direita, procurando o dono da voz. Um homem fardado corria desajeitadamente em nossa direção.

         -Ah, não... – Emmett resmungou baixinho, revirando os olhos. Ele soltou os braços de mim e se virou para o policial, entrelaçando seus dedos nos meus. Eu olhei surpresa para nossas mãos, tão desproporcionais, juntas. Era estranho, mas, ao mesmo tempo, elas se encaixavam com uma perfeição totalmente inesperada.

         -Onde estão os outros dois que estavam aqui? – o policial perguntou quando chegou perto de nós.

         -Acho que saíram correndo. – Emmett respondeu sem emoção, como se desaparecer correndo em cinco segundos fosse algo completamente natural.

         -Preciso levar você para a delegacia. – o policial falou com cautela, olhando para Emmett.

         -Por quê? – ele perguntou com as sobrancelhas franzidas.

-Vocês estavam quase se matando. – o policial falou cruzando os braços. – Aliás, sua cabeça está bem? A garota te acertou um chute e tanto.

Emmett fez uma careta. Apanhar era uma coisa de que ele realmente não gostava. Ser visto apanhando era quase uma pena de morte.

-Não foi nada. – ele respondeu. – Ela bateu de leve. – ele não ia admitir que tinha doído nem se sua cabeça tivesse sido arrancada de seu corpo.

         -Bom, se é assim, vamos direto para a delegacia. – o policial falou fazendo sinal para que Emmett o seguisse.

         -Posso ir junto? – eu perguntei aflita, apertando a mão de Emmett.

         -O que você é dele? – o policial indagou, desconfiado.

         Eu parei por um segundo e olhei para Emmett. Ele olhou para mim de volta e abriu a boca, depois voltou-se ao policial.

-Ela é minha irmã adotiva. – ele respondeu por mim.

-Tudo bem. – o policial falou por fim. – Mas você precisa ir na viatura.

Eu olhei para Emmett.

-Pode ir, eu vou com meu carro logo atrás.

-Promete? – ele perguntou afagando minha mão. Como se eu fosse capaz de responder não. Eu assenti com a cabeça e ele sorriu triste. Cortava o coração vê-lo daquele jeito.

Emmett colocou sua mão livre em minha têmpora e acariciou meu rosto. Depois ele desceu os lábios até meus cabelos e me beijou.

-Até daqui a pouco. – ele sussurrou com a voz rouca. Eu não falei nada, apenas encarei o par de olhos dourados que me fitavam até ele soltar seus dedos dos meus e passar a mão pela minha bochecha uma última vez.

Emmett seguiu o policial até o outro lado do posto, onde a viatura estava estacionada, e eu me virei para o carro. Abri a porta do motorista e me joguei no assento, fechando a porta com força atrás de mim. Apoiei meus braços no volante e deitei a cabeça sobre eles. O que estava acontecendo comigo? O que estava acontecendo com Emmett? Por que aquilo estava acontecendo? Por que minha consciência nem se manifestava mais?

Quando comecei a me frustrar com a situação e comigo mesma, ouvi o motor da velha viatura se aproximar e levantei a cabeça. Enfiei a chave na ignição e liguei o carro. A viatura passou por mim e eu então acelerei atrás dela. Abaixei o vidro sem me preocupar com o vento congelante que entrava, eu só precisava de ar.

Fiquei imaginando o que Emmett estaria pensando na viatura. Será que ele estava tão confuso quanto eu? Será que ele sentia o mesmo que eu? E o que eu sentia, afinal? Nem eu sabia ao certo. Os pensamentos passavam com velocidade pelo meu cérebro, formando um emaranhado de sentimentos, idéias e sensações que eu não conseguia decifrar.

Depois de um tempo que eu não consegui assimilar, a viatura deu seta para a direita e entrou em um estacionamento velho, coberto de neve e com poucos carros. O policial desceu primeiro e depois abriu a porta do banco de trás para que Emmett se levantasse. Eu desliguei o motor e fechei o vidro com pressa, depois saí e bati a porta atrás de mim. Emmett se virou quando eu fiquei visível entre os dois carros e sorriu triste para mim. Eu andei na direção dele e me agarrei em sua cintura, sem me importar com o que ele ia pensar daquilo. Emmett passou os braços pelos meus ombros e me apertou contra ele.

Caminhamos juntos pelo estacionamento, escoltados pelo policial até entrarmos no prédio da delegacia. A única pessoa ali além de nós era o chefe de policial local, sentado preguiçosamente na cadeira com os pés apoiados sobre a mesa. Muito intimidador.

-Chefe Scott. – o policial que nos acompanhava chamou, caminhando até o homem sentado na poltrona. – Eu trouxe esse grandão aqui. – ele falou apontando para Emmett.

-Isso eu vi. – o homem resmungou tirando os pés da mesa. – Agora o que foi que ele fez?

-Ele estava brigando com um outro homem e mais uma mulher.

-E onde estão os outros dois? – o chefe perguntou apoiando os cotovelos com força na mesa, impaciente. Ele não parecia ser o tipo de pessoa que gostava de ser perturbada com muita freqüência.

-Fugiram. – o policial respondeu sem emoção, dando de ombros. Eu levantei o rosto e olhei para Emmett. Ele me encarou com a mesma expressão de “É, acho que isso não vai dar em nada”.

-Que belo trabalho, hein, Summers. – o chefe olhou para mim. – E o que a bonitinha aqui fez? Não acho que ela seria capaz de bater em alguém. – ele terminou com uma voz maliciosa.

Senti o peito de Emmett tremer mais uma vez e eu passei minhas mãos em suas costas para acalmá-lo. O tal de Scott que me desafiasse para ver o quão capaz eu era de arrancar a espinha dele com os dentes. E sem que ele se desse conta disso.

-Ela não fez nada. – o policial respondeu interrompendo meus pensamentos sádicos. – Só veio acompanhá-lo. – ele apontou com o polegar para Emmett.

-Hum... Qual o seu nome? – Scott perguntou olhando para Emmett.

-Emmett Cullen. – Emmett respondeu encarando o homem. Ele assentiu com a cabeça e se virou para mim.

-E você?

-Alice Cullen. – eu respondi com firmeza.

-Posso ver os documentos de vocês? – ele perguntou sem interesse, desapoiando os cotovelos da mesa e se encostando no encosto da cadeira.

Emmett tirou os braços da minha volta e colocou a mão no bolso de trás dos jeans, de onde puxou sua carteira.

-Eu deixei a minha no carro. – falei olhando para o chefe de polícia.

-Tudo bem, tudo bem. – ele falou impaciente. – Só o dele já basta. – ele estendeu a mão para pegar os documentos que Emmett havia tirado da carteira. – Podem sentar ali, já chamo vocês.

Emmett guardou a carteira no bolso e se virou para uma fileira de cadeiras no canto da sala, onde ele se sentou e encostou a cabeça na parede, fechando os olhos. Eu me sentei ao lado dele e coloquei minha mão em sua perna.

-Qual o problema? – eu perguntei levantando o rosto para encará-lo. Ele abriu os olhos e olhou para baixo sem tirar a cabeça da parede.

-Não sei, coisas demais... – ele falou colocando sua mão sobre a minha. – Parece que meu cérebro vai explodir.

-E isso faria alguma diferença? – eu perguntei para provocá-lo, sorrindo com o canto da boca. Ele riu e desencostou a cabeça da parede.

-Engraçadinha... – ele falou mostrando a língua e sorrindo.

-Covinhas... – eu apontei para minha própria bochecha.

-Assim você me deixa sem graça, Alice. – ele falou em um tom de censura forçado.

-Até parece que você não gosta de ser paparicado... – eu falei cruzando os braços.

-Não na frente de todo mundo... – ele cobriu a boca com a mão e se aproximou do meu rosto, como se fosse me contar um segredo. – Estraga meu sexy appeal.

Eu comecei a rir e os dois policiais olharam para mim. Problema deles, eu não estava nem aí.

-Todo mundo? – eu repeti depois de recuperar o fôlego. – Só tem duas pessoas além de nós aqui. E elas são do sexo masculino.

-Não importa. – ele falou dando de ombros. – Aí você estraga minha cara de mau.

Eu ri de novo.

-Porque você realmente tem muita cara de mau.

Ele ergueu as sobrancelhas e cruzou os braços.

-Duvida?

Eu assenti com a cabeça. Era tão divertido provocá-lo daquele jeito. Emmett estreitou os olhos e cerrou as sobrancelhas, fechando a cara em uma tentativa de parecer ameaçador.

-Esse é o seu melhor? – eu perguntei em tom de desdém.

-Digamos que nesse quesito, talvez... – ele falou mudando de tom. – E é o suficiente para assustar as pessoas normais, pra sua informação. Agora eu costumo me sair bem melhor em outras coisas...

Meu estômago deu um looping outra vez. Quando ele ia parar de me provocar daquele jeito? Aquilo já estava começando a passar do nível saudável.

-E você vai me contar que coisas são essas?

Pergunta mental dois: O que eu tinha na cabeça? Nada, Alice. Desde o início.

Emmett me olhou surpreso com minha resposta. Aposto que ele não esperava que eu dissesse aquilo.

-Não. – ele respondeu se fazendo de difícil.

-Vai me deixar curiosa? – eu provoquei.

-Aham. Até porque contar – ele enfatizou a palavra. – não tem a menor graça.

Eu tremi por dentro, entendendo o que ele queria dizer com contar.

-Ah, é? E o que tem graça, então?

Pergunta mental três - É, eu não preciso explicitar. Você é um caso perdido, Alice. Sim, eu sabia disso. Mas havia alguma coisa convidativa em ser um caso perdido.

Emmett sorriu com os olhos dourados brilhando. Eu fiquei parada sem saber se devia fazer alguma coisa ou não. Ele levou sua mão grande até minha bochecha e acariciou as maçãs do meu rosto com o polegar, fitando-me com uma intensidade agonizante. Eu quase podia me ver refletida em seus olhos.

-Isso tem graça... – ele falou aproximando seu rosto do meu, me fazendo querer agarrá-lo com todas as minhas forças. Caso perdido. E o Jasper? Eu não queria pensar em Jasper, eu me preocuparia com ele depois. Fechei os olhos mais uma vez, pronta para tocar meus lábios nos de Emmett, a ansiedade tomando conta de cada célula do meu corpo.

-Senhor Emmett? – a voz do chefe Scott ecoou na sala. Eu abri meus olhos no segundo seguinte e Emmett já estava com o rosto virado na direção do homem. Aquela montanha-russa de vai-não-vai já estava me deixando irritada. Cruzei os braços e bufei, impaciente. Emmett olhou de esguelha para mim antes de responder ao chefe de polícia e sorriu rápido com o canto da boca. Como ele conseguia fingir que nada estava acontecendo?

-Oi. – Emmett respondeu se levantando e indo em direção à mesa.

-Seus documentos. – Scott falou estendendo os papéis que Emmett havia lhe entregado. – Vocês estão liberados. – ele acrescentou.

-Liberados? – Emmett repetiu franzindo as sobrancelhas e guardando os documentos na carteira. – Mas eu fui pego em flagrante...

O policial arregalou os olhos e eu me levantei da cadeira com um movimento rápido.

-Emmett, você não está ajudando... – eu falei entre os dentes, puxando-o pelo braço. – Vamos embora logo.

Eu o arrastei até a porta com certa dificuldade, e só o liberei quando já estávamos do lado de fora da delegacia.

-Você é forte, hein... – ele falou esfregando o braço que eu havia segurado.

-E você é retardado! – eu gritei histérica demais.

-Ei, calma... O que foi? – ele perguntou passando a mão em minha cabeça.

-Nada. – eu menti sem olhar para ele. Eu estava realmente ficando irritada com a enrolação daquela história. – Só quero ir embora daqui. – eu terminei com a cara fechada.

-Ali, eu entendo que você esteja brava... Sabe, já está de noite, nós ficamos o dia todo enfiados dentro daquele carro, trombamos com o James... Você deve estar cansada.

Sim, eu estava cansada, mas ele havia esquecido de citar o real motivo da minha irritação. Eu me encostei no carro e cruzei os braços. Emmett suspirou alto e veio caminhando na minha direção. Eu olhei para ele fazendo biquinho e depois voltei meu rosto para o chão. Emmett veio de vagar e levantou meu queixo com o polegar e o indicador. Eu me forcei a não encará-lo no início, mas o esforço foi em vão.

-Alice. – ele chamou. Eu levantei os olhos para encarar seu rosto angelical, ainda com os braços cruzados.

-Vamos passar a noite em algum lugar? – eu falei engolindo seco. – Não quero ficar dentro desse carro nem mais uma hora.

Emmett sorriu torto. O sorriso que era uma tentativa de homicídio - doloso.

-Pode demorar mais do que isso para encontrarmos um lugar pra ficar.

-Eu não me importo. Contanto que nós achemos um lugar.

Emmett assentiu levemente com a cabeça.

-A senhora que manda. Agora... – ele chegou com o corpo mais perto de mim, adotando um tom mais presunçoso. – A Rosalie vai querer te matar se souber que você passou a noite comigo...

Eu ri com o canto da boca e o encarei.

-Ela só vai saber se você contar...

O que eu estava dizendo? Como eu era traíra! E o Jasper? Aquilo não era certo. Não era certo. Mas era tarde demais para pensar em qualquer coisa. Emmett sorriu com as covinhas e apoiou os braços no carro, com a minha cabeça entre eles, virado de frente para mim e com o rosto abaixado na altura do meu. Eu engoli seco.

-Você sabe que eu posso contar. – ele provocou.

-Só se você quiser morrer junto comigo.

As palavras simplesmente saíam sem o meu comando. Era como se eu tivesse perdido meu filtro de bom senso. Você já perdeu há muito tempo, Alice. É, talvez.

Emmett começou a chegar ameaçadoramente mais perto de mim e eu coloquei minha mão em seu peito em uma tentativa incerta de mantê-lo afastado.

-Sabe, - eu falei engolindo seco mais uma vez, sem olhar para ele. – acho que não é uma boa idéia você se aproximar assim de mim.

-Ah, é? – Emmett me provocou, se aproximando mais. Quando ele disse as palavras seguintes, eu senti seu hálito frio sobre meus lábios. – Por quê?

-Por isso.

Minha mão que estava em seu peito subiu até sua nuca e eu o puxei para mim com violência. Emmett colou seu corpo grande no meu e me prensou contra o carro. Ele olhou fundo nos meus olhos antes de fechá-los e abrir a boca com sede para tocar meus lábios. Senti um calor ardente pulsar quando nossas línguas finalmente se encontraram e ele tomou meu rosto em suas mãos enormes. Subi meu outro braço até seus cabelos e enrosquei uma mecha com força entre meus dedos. Eu queria tanto aquele momento. Eu me senti tão protegida nos braços fortes dele. Tão segura.

Desgrudei meus lábios dos dele por um instante, mantendo meu rosto perto o suficiente para que nossas bocas ainda se tocassem, e desci minhas mãos até a linha de sua mandíbula.

-Emm... – eu sussurrei com a voz fraca, sem abrir os olhos. Ele acariciou meu rosto com as costas da mão e sussurrou um “hum” sem abrir a boca. – Me promete uma coisa?

-Qualquer coisa... – ele falou ofegante, correndo as mãos pelos meus cabelos.

-Promete que você vai ficar perto de mim independentemente do que acontecer? Pra sempre...?

Ele hesitou por um momento e eu abri os olhos. Emmett estava me encarando, o ouro líquido dos seus olhos quase entrando em ebulição.

-Prometo... – ele falou por fim, suas pupilas acompanhando as minhas, com meu rosto em suas mãos. – Pra sempre...

Ele sorriu mais uma vez e eu fechei os olhos, ficando na ponta dos pés para alcançar seus lábios proibidos uma segunda vez.

 

 

*****

 

NOTAS: Oi, povo! ^^

 

Muito bem... calma, respira, pisca forte, foca o monitor de novo... isso... pronto. XP

 

 

Já deu pra convencer que eles ficam fofos juntos *-* ??

Calma que vem mais por aí... =)

 

Espero que estejam gostando!!! ^^

Só pra não perder o costume, votem – quem não votou ainda – e comentem! Eu sempre adoro os comentários o/

 

Próximo capítulo, “Rendição”.

Beijos gelados, sonhem com o Emm, oin =B =***

 

JMcCartyC


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