"Um bom amigo conhece suas melhores histórias. O melhor amigo viveu todas elas ao seu lado."

P.O.Vs Dorcas.

A primeira semana de aulas correu tudo normal, ou tão normal quanto se pode correr nessa escola. Foi dias da mesma mesmice. Os marotos nos irritavam, nós nos vingávamos e no final acabava tudo na mesma. Era um ciclo.

Hoje é segunda feira, tem algo pior do que segunda feira?! A vontade de gritar para o sábado e domingo: “ PORQUE ME ABANDONASTE?”. Nós estávamos nos arrumando para mais um dia de aula e confusões, afinal não seria Hogwarts se não tivesse confusão todos os dias.

Todas prontas e arrumadas descemos as escadas do dormitório. Todas com cara de sono. A Lilly e a Lice pareciam zumbis e a Mel estava de um mal humor insuportável. Sempre fica assim quando não dorme direito, e foi o que aconteceu noite passada quando ficamos acordadas até tarde conversando.

Rumamos para o Salão principal, todas em silencio, apenas perdidas em seus próprios sonhos de uma cama macia. Quando chegamos La o salão já estava quase lotado, gente conversando para todos os lados e rindo. Mel fez uma careta.

- Como eles podem ter tanto bom humor tão cedo?! – resmungou incrédula.

Dei de ombros e seguimos para a nossa mesa. No caminho avistamos os marotos eu estavam sentados no meio da bagunça, vulgo mesa da Grifinória. Só ver o meu Remmy, meu coração deu uma volta olímpica. Apesar das nossas brigas entre os marotos e as pimentas, não posso evitar dizer que amo ele.  As meninas seguiram reto sem nem olhar para a cara deles e eu como a educada e fofa do grupo simplesmente acenei com a cabeça e segui meu caminho com minhas amigas, a tempo de ver elas revirarem os olhos pra mim.

Elas sabiam que eu gostava do Remus, acho que até ele e os marotos sabiam. Bom eu simplesmente não consigo disfarçar quando ele esta por perto. Sentei com elas na mesa da Grifinória e comemos em silencio,ou quase isso.

A Mel resmungava sobre como gente bem humorada de manhã é extremamente irritante. A Lilly e a Lice falava que como nunca mais vão ficar acordadas até tarde quando tiver aula no dia seguinte. E eu estava sorrindo gentilmente para elas enquanto comia.

- Serio... – a Lice começou, incrédula. – você nunca tira esse sorriso fofo do rosto? Você não está com sono?.

- É extremamente irritante como ela sempre ta bem humorada... – a Mel começou irritada. – eu só vejo ela com realmente raiva é quando os marotos nos irritam pra valer, quando o Remus ta pegando outra garota ou quando ela vê a Emaneline dando encima do Remus.

Dei língua pra elas. – Que aula é agora? – perguntei pra ninguém em particular.

Lilly olhou o horário. – Poções com a Sonserina.- falou com um sorriso. O resto de nós gemeu. Tipo a Lilly amava poções, era a melhor da turma e a queridinha do professor juntamente com o Morcego, vulgo Snape. E pra completar nós detestamos poções, a Mel até que é boazinha, mais eu e a Lice somos um desastre. E ainda é aula com a SONSERINA, normalmente a Mel e a Lice levam uma detenção lerda nessa aula porque não vão com a cara dos Sonserinos. E o sentimento é recíproco.

Deixe-me explicar algumas coisas sobre as nossas relações com sonserinos.

A Lilly já foi amiga do Snape, Ranhoso, Morcego, como preferir. Mais no quinto ano eles brigaram feio e desde lá ela não olha na cara dele. Mais ele tenta de todas as formas fazer ela o desculpar, pois ele tem tipo um precipício por ela, o que é realmente estranho. Ele anda com uma turma da Sonserina realmente repugnante. São um bando se sangues puros que acham que não devem se misturar com as outras casas. Panacas. A Lilly parou de falar com o Ranhoso pois ele a chamou de sangue ruim. Uma ofensa horrível. Quem ficou feliz desse rompimento da amizade foi o Potter que simplesmente odeia o Snape.

A Mel já é um caso de honra. Desde que ela chegou aqui ela virou tipo uma anti-sonserina, ela simplesmente coloca pânico nas víboras. No começo ela apenas azarava e brigava com os sonserinos que ela via amaldiçoando os alunos de outras casas ou que chamavam alguém de sangue ruim, mais depois isso evoluiu. Ela simplesmente ODEIA o sonserinos e os sonserinos odeiam ela. Ela não generaliza, pois tem alguns que são na deles e não fazem nada, mais um conselho para sonserinos: “ Não entrem no caminho da Mel.”. Ela simplesmente odeia o  Snape e o grupinho com que ele anda, acho que uma das poucas coisas que ela tem em comum com os marotos. Assim como eles já armou pegadinhas lendárias pra cima das serpentes.

A Lice é exatamente igual a Mel, quando se trada das víboras elas duas são as que mais levam detenções.

Eu já sou mais na minha, brigo também com as cobrinhas principalmente quando um deles vem ofender uma amiga minha, mais fora isso sou mais na minha.

- Vamos logo, antes que o leão marinho nos queira dar detenção por chegarmos atrasadas.- Mel falou irritada. Agente riu por causa do “apelido carinhoso” que ela deu para o professor.

- Claro que ele não daria na Lilly. A sua aluna favorita. – Lice falou sorrindo e revirando os olhos. A ruiva corou.

Levantamos e fomos em direção as masmorras. Odiava aquele lugar, era muito sinistro. Quando chegamos na sala o professor ainda não tinha chegado mais quase todos os alunos sim. Vimos os marotos do outro lado da sala sentados na mesma bancada já que era para quatro pessoas. Os sonserinos torceram a cara com nojo assim que nos viram, mais precisamente viram a Mel, a Lice e talvez até a Lilly já que até ela pegou nojo dos sonserinos, apesar de ser assim como eu “certinha”.

A Mel e a Lice nem se deixaram abater. Sorriram largamente para as víboras [N/ Lilly: Incrível como o mal humor da Mel passa rápido quando é para irritar os sonserinos.] a Lice mandou uma piscadinha para eles e a Mel mandou um beijinho, na maior cara de pau, fazendo a maioria dos grifinorios rirem. Fomos em direção á uma bancada e nos acomodamos esperando o professor chegar. O que não demorou nem uns 30 segundos.

- Bom dia... – o professor começou sorrindo. Ouvi a Mel resmungar um “ Só se for pro senhor.”- hoje vamos aprender uma poção nova. Alguém sabe me dizer que poção é essa? – apontou para uma caldeirão em que uma fumaça azul subia. A mão da Lilly subiu mais rápido do que achávamos possível. Que novidade. – senhorita Evans. – deu a palavra a Lilly e a sala inteira de virou pra ouvir a “ruiva sabe tudo”.

- É a poção Soniferus, dá para notar pela fumaça azulada que sobe pelo caldeirão. Ela tem como função fazer uma pessoa dormir por uma determinada quantidade de horas dependendo da quantidade ingerida. Pode ser muito perigosa se feita errado, pois é capaz de uma pessoa dormir e nunca mais acordar.- falou num fôlego só.

O professor a fitou maravilhado. – Correto. 20 pontos para a Grifinória!

- Como sempre. – a Mel comentou risonha. Nós três rimos quando uma Lilly muito corada, num ato muito maduro, deu língua a Mel. Depois disso ele começou a falar na teoria, sobre os ingredientes e como os achamos e que na próxima aula iríamos fazer a poção. Mais nem prestamos atenção na aula pois um pergaminho apareceu na nossa mesa. Eu me inclinei para ver, assim como as meninas. Estava escrito no topo “ PERGAMINHO DE COMUNICAÇÃO.”

Mais quem será que tinha feito esse pergaminho aparecer pra gente? Minha pergunta silenciosa foi respondida quando em uma caligrafia inclinada apareceu a seguinte frase:

“ Olá meu lírio, como vai? Linda e inteligente a combinação perfeita.”

O rosto da Lilly ficou vermelho, não de vergonha, de raiva. Ela odiava que o Potter a chamasse de Lírio, na verdade ela odiava que o Potter falasse com ela. Eu levantei meu olhar do pergaminho e olhei para os marotos que estavam do outro lado da sala. Eles sorriram pra mim e levantaram o pergaminho. Meus olhos se estreitaram. Voltei meu olhar para o pergaminho.

Lilly puxou sutilmente a varinha, ainda com o rosto vermelho de raiva e tocou o pergaminho fazendo com que uma frase aparecesse lá e eu sabia que tinha aparecido no dos meninos também.

“ EU NÃO SOU SEU LIRIO POTTER.”

Vi pelo canto de olhos os marotos rindo e Sirius puxar o pergaminho da mão de James. Logo depois uma outra frase apareceu.

“ Oi minha loirinha. Você sabia que você está excepcionalmente linda essa manhã?”

Vi a Mel fechar os olhos pedindo paciência, a qual pelo jeito ela não conseguiu. Ela puxou o pergaminho da mão de Lilly e tocou sua varinha nele fazendo aparecer essa frase muito delicada.

“ EU NÃO SOU SUA LOIRINHA BLACK! VÁ VER SE EU ESTOU EM ASKABAN E SE EU NÃO ESTIVER PODE ESPERAR QUE DAQUI A POUCO EU APAREÇO LÁ POR MATAR UM BLACK.”

Vi todos os marotos começarem a rir alto, recebendo os olhares da turma e um olhar repreendedor do professor que logo em seguida ignorou e voltou a sua explicação. Eles estavam se divertindo com a nossa irritação. Eles tão pedindo pra morrer.

Vi Frank, ainda rindo, pegar o pergaminho da mão do Sirius e logo em seguida a frase apareceu.

“ Oi minha morena. Como esta? Quer dar uma volta comigo mais tarde?”

Vi o rosto da Alice se contorcer de raiva, ela puxou o pergaminho da mão da Mel, fazendo aparecer outra frase.

“EU ESTARIA MELHOR SE VOCÊ NÃO ESTIVESSE FALANDO COMIGO! E É MELHOR VOCÊ ME ERRAR POR HOJE SE NÃO QUISER QUE EU PEGUE SUA VARINHA E ENFIE PELA SUA GARGANTA.”

Os meninos voltaram a rir, agora o mais baixo possível para não chamar a atenção. Frank mandou um olhar pervertido para a Lice que dessa vez corou de vergonha ao perceber que essa frase saiu estranha. Isso fez os meninos rirem mais. O Remus pegou o pergaminho e tocou com a sua varinha. [N/ Autora: não pensem besteiras.]

“ Oi castanha. Como esta? Sei que esta linda como sempre!”

Eu corei, mais foi de vergonha. Tava parecendo um tomate. Vi os meninos rindo e eu toquei o pergaminho com a varinha.

“ PAREM DE RIR SEU BANDO DE MULAS! VOCÊS TÃO PEDINDO PARA MORRER!”

Isso não fez eles pararem de rir, chamando atenção do professor.

- Algum problema senhores?- o professor se dirigiu aos marotos, que com muito custo pararam de rir.

- Não é nada professor. – O Remus falou com aquele jeito de garoto certinho dele. O professor olhou mais uma vez para eles e voltou a sua aula.

Do nada eu vi aparecer outra frase. Olhei para os marotos que estavam sorrindo para agente. Voltei meu olhar para o pergaminho.

“E vocês ainda vão casar com agente e só para constar, os marotos são melhores que as pimentas.”

Fogo subiu aos meus olhos assim como nos das meninas. Parece que tivemos a mesma ideia, pois nós quatro apontamos a varinha para o pergaminho e ao mesmo tempo falamos “Incendium”.

Com uma explosão o pergaminho pegou fogo e virou cinzas, mais em compensação atraímos todos os olhares da sala, inclusive o do professor que nos olhava aturdidos. Os marotos riam tanto que só faltavam cair no chão

Abrimos um sorriso amarelo para o professor murmurando um “desculpe” e em seguida mandando olhares assassinos na direção dos marotos.