Titans And New Teen Titans escrita por BBrae


Capítulo 7
Os Titãs do Leste


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demorinha, é que ando meio ocupada. Aqui vai mais um capítulo. E agradeço aos Reviews que tenho recebido. Thanks ^^



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Westfield San Francisco Centre, San Francisco

– Eu tinha sérias dúvidas de que os Jovens Titãs dariam certo. – Diz Cassie após enfiar uma batata frita na boca. – Eu já estava até pensando em falar para a Mulher-Maravilha contatar a rainha Hipólita pedindo que me treinasse. Mas acho que não será mais necessário agora que Ravena e Asa Noturna estão de volta. Isso se Asa Noturna ficar agora. – Tim apenas olhava para Cassie sem dizer nada, pensativo. Cassie dá um tapinha fraco em seu rosto e sorri ao ver sua fisionomia mudar rapidamente ao se zangar. – Qual é Tim, porque está tão pensativo assim?

- Não estou pensativo. – Ele retruca desconfortável. O incrível era que sempre ficava desconfortável perto de Cassie. A loira ergue a sobrancelha e olha para as batatas dele que não foram mexidas.

- Ah é? Então explica porque você nem tocou na sua comida. – Tim olha para ela e depois para seu prato. Dá um suspiro e diz:

- Ok, ok. Eu estava pensando nessa história toda do Slade. Ele matou vários antigos Titãs, mas parou desde a volta de Asa Noturna à torre. Acho isso meio estranho. – Cassie larga suas batatas e pergunta:

- Acha que ele tem alguma relação com Asa Noturna?

- Não. Mas acho que o que ele queria era juntá-los. – Cassie volta a comer e diz:

- Bom, não aprovo os métodos que ele usou isso, mas acho que devemos agradecer a ele por ter os juntado. – Cassie sorri ao ver o olhar reprovador de Tim e acrescenta na defensiva. – O que? Soube que os métodos de treinamento de Hipólita são muito severos e exaltantes. Eu não estava nenhum pouco animada para isso. – Tim não consegue evitar de abrir um sorriso fraco, mas logo se recupera e repreende Cassie.

- O problema Cassie, que não acho que Slade tenha os juntado porque queria que eles fossem uma família unida e feliz. A algo mais nisso. Afinal, o Exterminador sempre foi inimigo dos Titãs.

- Bom, disso eu sei. Estelar me disse esses dias. Você sabia que o filho de Slade fez parte dos Titãs? – Tim, que havia começado a comer suas batatas, as larga rapidamente. Olha intensamente para Cassie e diz:

- O filho de Slade fez parte dos Titãs? Como assim. – Cassie sorri. Era muito raro e muito prazeroso saber algo que o gênio do Tim Drake não sabia.

- Umhum. Ele era um cara esquisito chamado Jericó. Tem uma estátua dele no memorial lá na torre. – Tim olha para suas batatas, mas sem realmente visualizá-las. A informação abria novas indagações, novas pesquisas. Jericó era filho de Slade. Jericó, o herói mudo que passava de corpo em corpo com apenas contato de olhares. Jericó, o cara que morreu recentemente em uma missão pelos Titãs. Antes de Cassie ter entrado nos Titãs. Uma ideia começa a se formar em sua mente, mas um barulho e um tremor faz com que essa ideia se dissipasse. Ele olha em volta e escombros do teto de uma loja cair. Bart surge ao seu lado e toma um gole de coca-cola.

- O que você fez Bart? – Pergunta Tim já pegando seu uniforme da mochila. Bart o olha e rapidamente sai e volta totalmente vestido com o uniforme.

- Eu não fiz nada amigo. Foram eles que fizeram. – Diz apontando para a fumaça de cinzas que pairava na loja. Sete sombras apareceram. Logo a fumaça se dissipa revelando quem eram.

Eram sete jovens. Jovens vilões que eles haviam enfrentado já. Seus nomes eram: Cruzado, Enigma, Inércia, Inferno, Páreo, Arlequina e Risco. Eles se aproximam dos alvos e Arlequina Diz:

- Olá Novos Jovens Titãs. Espero que sejam educados e nos poupem o fôlego de derrotar vocês se entregando. – Robin dá um passo em direção deles e diz:

- Não acredito que está junto deles Duela. Você que sempre quis estar no topo. – A garota vestida de palhaço se aproxima do garoto prodígio e lhe dá um beijo estalado no rosto dele. Começa a rir e responde:

- Bom, alguém tem que pagar minhas contas já que papai morreu. E como os Jovens Titãs não me aceitaram no grupo, tive que procurar outro. E que grupo melhor do que os Jovens Titãs do Leste?

- Jovens Titãs do Leste? – Pergunta Moça-Maravilha confusa.

- Ops, que indiscrição a minha. Nem nos apresentei. Bem, antes tarde do que nunca. Jovens Titãs quero que conheçam o meu novo grupo. Os Jovens Titãs do Leste e...

- Chega de baboseira Arlequina. – Diz Inferno se impacientando. – Nós estamos aqui com um propósito e não para conversar. – Inércia se aproxima de Inferno e sorri com deboche para Kid Flash.

- Nós estamos aqui para mandar um recado de nosso chefe, Exterminador, para os Titãs. – Diz ele.

- Ah é? Que recado? – Pergunta Kid Flash. Inércia abre mais o sorriso e diz:

- Que mataremos todos os Titãs. E claro que começaremos com vocês! Jovens Titãs do Leste, ATACAR! – Grita ele fazendo-os correr para o inimigo.

Torre Titã, San Francisco.

Por um instante, Ravena se perdeu em suas emoções. Elas saíram de seu controle pela primeira vez em toda sua vida. E a sensação era muito boa. Excelente. E ela não tinha nenhuma vontade em trancá-las novamente. Isso era loucura. O Irmão-Sangue ao ressuscitá-la, a trouxe com seu lado negro novamente. Ela não podia se dar a esse luxo. Não podia deixar suas emoções bagunçadas. Ela tinha que dar um basta e depois ficar horas meditando para conseguir trancar suas emoções novamente. Com muito esforço Ravena desprende suas mãos dos cabelos de Mutano e as apoia em seu peito. Reuni toda sua força e o empurra. Este cambaleia e se apoia em uma mesinha. Ravena, agora com muita raiva pela ousadia do verdinho, pega uma faca da cozinha usando sua energia negra e a aponta para o pescoço dele. Mutano engole em seco e a olha assustado. Ravena se aproxima dele, raiva e algo a mais era visível em seus olhos violetas, e diz entre dentes:

- Nunca...nunca mais faça isso outra vez Garfield. Se fizer, eu corto sua garganta. – Uma fumaça negra envolve seu corpo e Ravena de repente desaparece. Mutano suspira ao ver a faca no chão. Depois senta no sofá e passa a mão pelos cabelos.

- O que foi que eu fiz meu deus. - Sussurra ele. – Como eu pude ser tão imbecil? O que deu em mim? Fiquei maluco?

- Falando sozinho desse jeito é bem possível. – Diz Cyborg ao entrar na cozinha. Ele pega um refrigerante e um salgadinho da geladeira e depois se junta ao seu amigo. – Então, que jogo vamos jogar? – Como Mutano não respondeu, Cyborg o olha preocupado. O garoto estava pálido. – Você está bem Gar? – Ele pergunta. Mutano o olha e nota a presença do amigo pela primeira vez. Acena com a cabeça rapidamente e diz:

- Sim, porque não estaria?

- Bom você está com cara de que viu um fantasma. Vamos lá, me diga o que aconteceu. – Mutano suspira e diz:

- É que eu acabo de perceber o quão idiota eu sou.

- E só agora você descobriu isso? – Diz Ciborgue tentando melhorar o astral do amigo. Ao perceber que não funcionou, ele continua seriamente. – Então? O que você fez? – Mutando hesita um pouco, mas percebe que teria que contar a alguém se não enlouqueceria. E qual melhor ouvinte do que o Ciborgue? Por isso ele encosta-se ao sofá e desabafa.

- Eu beijei a Ravena, Vic. – Ciborgue tinha acabado de tomar um gole de refrigerante e por isso ele cuspe todo o liquido ao ouvir o amigo.

- Peraí, acho que não ouvi direito. Pensei ter ouvido você dizer que beijou a Ravena. – Mutano apenas o olha. – Uau, é verdade? Você beijou mesmo a Ravena? A nossa Ravena?

- Não, que outra Ravena seria Vic? – Diz sarcasticamente Mutano. Ciborgue arregala os olhos e solta um assovio.

- É, de todas as coisas que imaginei que você pudesse ter feito, essa nem passou perto. O incrível é que você ainda está vivo para contar isso.

- Sim, mas foi por pouco. – Acrescenta olhando para a faca ao chão.

- Mas o que deu em você Gar? Beijar a Ravena? Logo a Ravena? Você sabe como ela é.

- Eu não sei o deu em mim. Nós estávamos aqui, conversando e comendo pizza de tofu e quando dei por mim, a estava beijando. Eu só posso ter endoidado. – Acrescenta colocando as mãos no rosto. Ciborgue sorri. Apesar de acreditar que Mutano se arriscara muito ao fazer isso, ele já imaginava que um dia isso iria acontecer.

- Não acho que tenha sido inteiramente algo a ver com loucura. – Mutano o olha sem entender.

- O que quer dizer com isso? – Pergunta.

- Quero dizer que você fez isso porque é apaixonado pela empata, sempre foi. – Os olhos de Mutano faíscam e ele se levanta furiosamente.

- Olha aqui lata velha. Para com isso entendeu? Foram essas sua ideias birutas que fizeram eu fazer o que fiz. “Ravena ficou muito bonita não acha? Vocês sempre se gostaram, por isso viviam brigando.” – Diz Mutano imitando a voz do amigo. Depois continua. – Bota uma ideia na sua cabeça de lata. Terra é o nome da mulher eu sempre amei e sempre amarei, entendeu? – Ciborgue dá de ombros e come um salgadinho.

- Certo, então porque você sofreu muito mais com a morte da Rae do que da Terra? – Mutano o olha e tenta argumentar, mas é interrompido pelo alarme de intrusos na torre. Logo Dick entra correndo na sala e diz:

- Temos intrusos na torre. – Mutano vira os olhos e sussurra “sério? Não me diga!”.

- Quem é? – Pergunta Ciborgue se levantando.

- Não sei dizer. Os sistemas de câmera e de segurança estão comprometidos. Alguém se infiltrou neles. Imagino quem deve ter feito isso.

- Slade. – Diz entre dentes Ciborgue. Mutano arregala os olhos ao ouvir o nome e sussurra, “Ravena”, e depois diz em voz alta.

- Preciso encontrar a Ravena, ela pode estar correndo perigo. – E se transforma em cachorro e sai correndo antes que alguém o impedisse.

- Contatei a Estelar, ela já está vindo. – Diz Asa Noturna. – Robin e os outros estão no centro de San Francisco lutando contra alguns jovens vilões, acho que eles têm alguma relação à Slade. Não sei se eles darão conta sozinhos.

- Eles são mais capazes do que você pensa Robin. Mas nós temos que acabar com o intruso logo para poder ajudá-los.

- Concordo, mas antes temos que encontrá-lo.

- Acredito que não precisarão procurar muito. – Diz uma voz vinda da escuridão. O dono da voz se aproxima lentamente, até que sua face mascarada se revela. Asa Noturna tranca os dentes e Ciborgue já se prepara para a luta.

- Slade. – Diz Asa Noturna entre os dentes cerrados.

- Olá meu caro aprendiz! Quando tempo não nos vimos. – E para Ciborgue ele diz. – Pode guardar suas armas, não vim aqui para brigar. Só vim esclarecer algumas duvidas de vocês.

- Ah é? Então você só veio conversar? – Pergunta ironicamente Asa Noturna.

- Sim. – Diz Slade. – Você se pergunta o porque eu matei aqueles Titãs. A resposta é simples. Eu matei por você.

- O que? – Pergunta indignado Asa Noturna.

- Entenda aprendiz, eu sempre tenho um propósito. E para realizar esses propósitos, eu tinha que ter você aqui, com sua antiga equipe. Eu sabia que se eu matasse seus antigos amigos e deixasse provas de que eu era o autor das mortes, você viria correndo para cá para ter a ajuda necessária para me derrotar.

- Então tudo faz parte de um propósito? E qual é esse propósito? – Pergunta Ciborgue.

- Desculpe, mas minhas respostas são limitadas. – Asa Noturna se aproxima um passo e pergunta.

- Você disse que sempre tem um propósito. Você não viria aqui apenas para conversar. – Slade dá uma pequena risada e diz:

- Muito esperto Asa Noturna, porém lento. Apenas uma coisa abala uma pessoa forte, o elo que une essa equipe agora. A morte. – Dizendo isso, Slade se afasta e some na escuridão.

Enquanto isso Mutano corria pelos corredores em busca de Ravena. Julgando que a encontraria em seu quarto, ele vai até lá. Ao chegar em frente do quarto dela, ele se transforma em humano novamente. Bate na porta, mas não recebe nenhuma resposta. Estava tão preocupado que nem sentiu a presença de alguém as suas costas. A garota mascarada o olha observando o homem a sua frente. Tinha que matá-lo para agradar o seu pai, mas porque era tão difícil fazer isso? Mas tinha de fazê-lo, não importa o que sentisse. Com esse pensamento em mente, Devastadora pega sua adaga e levanta. Reunindo toda sua força de vontade, ela fecha os olhos e crava a adaga no homem verde. Este solta um grito e cai ao chão.

Ravena, em seu quarto, abre seus olhos lentamente saindo de seu transe. Uma dor insuportável lhe passa pelo coração e ela cai ao chão. Com lábios trêmulos, ela sussurra:

- Garfield! – Uma lágrima se desprende de seus olhos e ela se levanta correndo. Abre a porta e o encontra ali, caído no chão inconsciente. Ravena se abaixa e tira a adaga de seu abdômen. Sua respiração estava fraca e seu pulso estava falho.

- Tenho que agir rápido, antes que seja tarde demais. – Diz Ravena, colocando sua mão sobre o ferimento e pedindo a Azarath que a ajudasse.


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Notas finais do capítulo

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