Titans And New Teen Titans escrita por BBrae


Capítulo 4
A princesa das Trevas


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo pra vocês. Neste terá o primeiro encontro de olhares de um certo casal. Curtem ai. Beijos da BBRae ^^



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Galpão abandonado, San Francisco.

A noite cai em San Francisco e o vento vindo do sul a torna fria. Em um lugar afastado do centro da cidade, em um beco escuro, há um pequeno galpão abandonado. Pelo menos é o que o exterior revela. No interior há duas camas recém-arrumadas com cobertores. Há um banheiro limpo em funcionamento nos fundos. Uma mesa com duas cadeiras se vê no centro onde há vários restos de alimentos recém-consumidos. A parede ao fundo do galpão, está completamente forrada de televisores e computadores de ultima geração. Slade Wilson se encontra sentado em frente aos televisores observando-os. Ao seu lado, sua filha Rose Wilson, se encontra sonolenta. Slade sorri ao observar um dos televisores.

- O plano está indo como planejávamos. Tudo está indo melhor do que eu esperava. – Diz Slade para sua filha que desperta de um cochilo.

- Eu estou me saindo bem papai? – Pergunta animada.

- Está mais do que bem, está excelente. Continue assim e logo chegaremos ao nosso objetivo. Logo encontraremos a nossa vingança.

Torre Titã, San Francisco.

- Esse não é lugar para recrutas. – Diz Mutano tentando afastar Bart, Cassie e Tim da sala hospitalar. – E nem pense em passar correndo por mim Bart. – Acrescenta ao velocista que o olha irritado.

- Pensei que todas as áreas da torre fossem livres – Resmunga.

- E são. Quando não temos um caso sobrenatural em mãos.

- Caso sobrenatural? Então acho que devíamos ficar. – Diz seriamente Tim.

Mutano, já perdendo a paciência, se transforma em um urso e afasta os recrutas a patadas. Tranca a porta e se afasta.

- Isso não é justo – Cassie grita do outro lado.

Mutano sorri e grita em resposta:

- Não te falaram? A vida é injusta loira. – Seu sorriso aumenta ao imaginar a provável careta que a pequena deve ter feito. Depois fica sério novamente e se junta aos seus amigos que estavam concentrados olhando para a mulher em cima da maca hospitalar.

- E ai, ela está bem? – Pergunta Mutano para Ciborgue mas é Estelar, sentada ao lado da amiga, que responde:

- Ela está fraca, mas vai ficar bem. – Ela pega na mão de Ravena e a aperta. Os olhos da empata tremem e se abrem lentamente. Juntos, todos prendem a respiração ao verem a velha amiga, que julgavam morta, acordar. Ravena olha intensamente para eles e suspira aliviada ao reconhecê-los. Podiam estar mais velhos e diferentes, mas a posição tensa de Robin, o olhar amigo de Ciborgue, a expressão preocupada de Estelar e a pele verde de Mutano eram terrivelmente conhecíveis. Ravena conseguira escapar do Irmão Sangue e estava segura com seus amigos. Como ninguém sequer moveu um músculo, Ravena dá um sorriso fraco e diz simplesmente:

- Olá! – Isso foi como um apito inicial do juiz em uma partida de futebol. Todos se moveram e se aproximaram da empata, todos falando ao mesmo tempo. Até que Asa Noturna interrompe a balburdia falando em alta voz:

- Chega! Desse jeito Ravena vai acabar desmaiando novamente. – Ravena sorri para o companheiro e diz:

- Tudo bem Robin, eu estou bem agora.

- Eu não sou Robin, eu sou... – Todos olham para ele o fazendo soltar um suspiro. – Ah, esquece.

- Está bem mesmo Ravena? – Pergunta Estelar ao se voltar novamente para a amiga que acena com a cabeça. – Não tem nada doendo? Não está tonta ou tendo qualquer tipo de espasmo?

- Espasmo? – Pergunta rindo Dick. Estelar volta seu olhar para ele e faíscas de raiva saíram, fazendo Dick dar um passo para trás receando ser fritado pela tamarana.

Mutano se posta entre os dois e diz:

- Não que eu não esteja feliz por ver a Ravena de novo, mas será que eu sou o único a achar essa coisa estranha? – Como ninguém falou, ele continua. – Ah, qual é gente. Ravena morreu na nossa frente. Nós a matamos. Há seis anos atrás. – Mutano coloca a mão no bolso do uniforme e aperta a moeda fortemente. Respira fundo e abaixa a cabeça. – Por mais que queremos tê-la de volta não podemos desconsiderar o fato de essa garota poder ser uma impostora. É impossível voltar do mundo dos mortos e Ravena teria mais do que 17 anos agora. – Todos abaixam a cabeça, mas nada dizem. Todos queriam que fosse verdade, que Ravena estava viva. Mas não podiam negar que o rapaz verde tinha razão. Ravena olha para todos e para em Mutano. Olha fixamente para aqueles olhos esmeralda e sorri o surpreendendo.

- Como as coisas mudam com tempo. – Diz Ravena ainda sorrindo para o verdinho. – Quem diria que o palhaço da turma fosse crescer tanto e se tornar tão sábio. Gar, você tem razão. – Todos olham para ela. Estelar dá um passo para trás e Mutano ergue uma sobrancelha. – Relaxem, não estava me referindo a ele me acusar de ser uma impostora. Estava me referindo a sua dúvida quanto a minha morte e a este corpo juvenil. Irei explicar a vocês. – Ravena apoia suas mãos no colchão e se levanta lentamente, pois ainda estava muito fraca. Fecha os olhos por um momento e depois os abre respirando fundo.

- É verdade Mutano. Pessoas não podem voltar do mundo dos mortos. A não ser que algo de errado aconteça com a porta que tranca. Mas posso garantir que eu sou a Ravena porque eu nunca morri. Meu corpo humano foi destruído, mas meu ego espiritual, minha alma, não. – Ravena dá uma parada e os olha. Ninguém se atrevia a se mover. O que era bom para ela já que contar sobre ela mesma sempre foi um desafio. – Meu espírito ficou preso durante todo esse tempo em uma dimensão paralela. Ainda não sei direito por que ele fez isso, mas por meio de um ritual o novo Irmão Sangue me resgatou dessa dimensão e me transferiu para esse novo corpo. Por isso pareço ter 17 anos Mutano, porque este não é o mesmo corpo de seis anos atrás.  – Mutano pisca e desaba em um cadeira, passando as mãos pelos cabelos esverdeados dizendo:

- Isso é muita loucura até para mim. – Ele olha para Ravena e a encontra fitando-o. Cora um pouco e diz sorrindo. – Mas desde quando sua vida não foi uma loucura não é mesmo?

- Acredita agora que sou eu? – Pergunta Ravena erguendo uma sobrancelha negra. Mutano alarga seu sorriso ao ver todos voltando seus olhos para ele. Era muita boa a sensação de liderança que a suposta Ravena estava lhe proporcionando.

- Ainda tenho minhas duvidas, mas não posso negar que sua história é convincente.

- É claro que é convincente, porque é verdadeira. – Se intromete finalmente Estelar, acabando com o estrelato do verdinho. – Isso é tão...tão – Lágrimas ameaçam sair dos olhos da Tamarana ao olhar para sua amiga. – Isso é tão glorioso. Ter você aqui novamente quando pensei que nunca mais a veria. Eu nem consigo me aguentar de tanta felicidade.  – Finalmente as lágrimas saem. Não podia expressar suas emoções, mas Ravena não resistiu ao impulso de abraçar sua amiga e confortá-la. Estelar se agarra na amiga e desaba em choro. Ciborgue, rindo de alegria, se junta às amigas e lhes dá um abraço de urso. Dick abaixa a cabeça e Mutano balança os pés sem jeito.

Quando todos se recuperam, Dick toma a palavra.

- Então Ravena. Quando você foi trazida de volta, você estava na posse da Igreja de Sangue. Como foi parar inconsciente aqui? – Ravena se encosta na parede e fecha um pouco os olhos que ficaram pesados novamente.

- Bom, eu fui mais esperta do que o Irmão Sangue e acabei escapando. Usei toda a minha energia e o resto de poderes que o irmão sangue não havia tomado para me libertar e me teletransportar para cá. Pelo meu sentido descobri que a Torre Titã era agora em San Francisco e por isso vim aqui. Desmaiei por falta de força. – Dando um bocejo, Ravena se afunda mais nos lençóis da maca. Estelar, percebendo a exaustão da amiga, diz:

- Bem, e ainda está sem força. Enchemos demais ela por hoje. Mataremos as saudades amanhã. – Acrescenta ao ver Dick tentar argumentar. Ravena sede e acaba dormindo antes que todos tenham saído. Mutano é o ultimo a sair. Da uma olhada na empata e sussurra:

- Como é bom te ver novamente Ravena. Você não imagina a falta que nos fez. – Aperta novamente a moeda e sai cantarolando pela porta.


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Notas finais do capítulo

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