Titans And New Teen Titans escrita por BBrae


Capítulo 2
Rotina


Notas iniciais do capítulo

esse é o primeiro capitulo. Espero que gostem.



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Indústrias Wayne, Gotham City


– Eu já disse que o Sr. Wayne está ausente no momento, em uma viagem de negócios. Mas se eu puder ajudá-la é só você me falar o que a senhora deseja com ele que eu... – O famoso som do telefone desligado se escuta vindo do outro lado da linha. O rapaz vestido elegantemente de terno e gravata, sentando despreocupadamente na cadeira presidencial olha para o telefone e sussurra:

– Obrigado pela sua compreensão senhora – Mal coloca o telefone no gancho e ele toca novamente. O rapaz, entediado, pega o telefone e diz:

– Alô? Sim Carla?

– O Sr. Wayne está na linha dois, ele deseja falar urgente com você Sr. Grayson. – Diz a secretária na outra linha.

O rapaz passa a mão pelos seus cabelos negros e suspira, se ajeitando na cadeira.

– Ok Carla. E eu já disse para parar com esse lance de Sr. Grayson, me chame somente de Dick. Agora irei falar com o Sr. Mau humor.

Dick aperta em um botão do telefone e após tomar fôlego ele diz:

– Olá Bruce. E ai? Como anda as férias? – No outro lado da linha se ouve uma explosão ao fundo e uma voz rouca e zangada soa.

– Isso não é hora para brincadeiras Dick.

– Ah é, esqueci. Para o Sr. Mau Humor nunca é hora para brincadeira. – Diz o rapaz virando os olhos.

– É sério Dick. Algo está acontecendo. Várias pessoas estão morrendo em diferentes lugares do mundo.

– Sempre há pessoas morrendo em diferentes lugares do mundo Bruce. Isso não é novidade.

– O problema Dick, é que não são pessoas comuns. Você por acaso não conheceu alguém chamado Killowat e Pantha?

Dick arregala os olhos e se levanta.

– É claro que conheço. Mas o que eles tem a ver com isso?

– O que você acha Dick?

Dick engole em seco e fala baixinho.

– Eles foram mortos? – O silêncio do outro da linha responde a pergunta. – Não pode ser. – Diz por fim o rapaz caindo desolado na cadeira.

– Infelizmente Dick, eles não foram os únicos. Bushido, Argenta, Rapina e Columba. Todos foram mortos.

Dick fita a mesa e não diz nada, já havia se tocado de que todas as mortes tinha uma relação e o medo de ouvir três nomes muito importantes o fez esperar pelo restante.

– Seria um assunto da Liga da Justiça. Mas como as vitimas como você já deve ter percebido, são antigos Jovens Titãs, decidi passar o caso para você. Acho que quem está fazendo isso é um antigo inimigo seu.

Dick, acordando do seu estado congelado, pergunta:

– Como foram as mortes?

– Mandei as imagens para o seu e-mail agora a pouco. Ai você poderá ver com seus próprios olhos. Agora tenho que desligar, antes que Superman queime o comunicador. Assim que terminar a minha missão com a Liga, eu voltarei para ajudá-lo com o caso.

– Ok Bruce. Tchau.

E o telefone é desligado. Dick rapidamente vai até o computador e abre seu e-mail. As fotos eram horríveis. As mortes eram cruéis e horripilantes. Todos haviam sido decapitados. Muitos não havia como identificar, mas os nomes também vieram no e-mail e, para o alivio de Dick, não havia nenhum Mutano, Ciborgue e Estelar. Não conseguiu associar as mortes a um de seus inimigos antigos, até ver uma marca. Um grande S havia sido cravado peito de Killowat. Franzindo as sobrancelhas, Dick se levanta e vai até a janela passando a mão novamente pelo seu cabelo. Olha para a maravilhosa Gotham City e sussurra:

– Slade. Você está de volta. Mas por quê? E porque atacar os Titãs assim? Pelas mortes, vejo que está muitos mais forte do que antes, ou que talvez agora tenha amigos.

Dick passa a mão pelo seu bolso e pega algo de dentro dele. Um dispositivo que a 6 anos não era acionado. Dick olha para o grande T do dispositivo e continua:

– Se não consegui vencer o Slade antes, também não conseguirei agora, pelo menos não sozinho. Bruce não pode me ajudar então só me resta uma alternativa.

Dick suspira e após pensar por mais uns segundos aperta no pequeno botão do lado dispositivo. Um apito soa e uma luzinha vermelha pisca. Dick olha mais um instante para o dispositivo e depois o coloca no bolso novamente. Dá mais uma olhada para a janela e sussurra:

– Espero que tenham me perdoado.




A Igreja de Sangue, Fênix, Arizona.


– Bom dia Padre, eu trouxe alguns biscoites. – Diz um homem loiro de estatura baixa ao entrar na grande capela.

– Eu adoro seus biscoitos. – Diz o Padre que estava inteiramente vestido de vermelho rubro.

O servo se aproxima do padre e coloca os biscoitos sobre o banco. O padre se dirige até uma portinha ao fundo e o servo o segue. Este pega sua bolsa e retira um grande manto vermelho. O veste e continua a seguir o padre.

– O ciclo está prestes a continuar. – Diz o padre para o servo ao descerem uma escada circular. – Nosso irmão perdeu suas visões espirituais e Sebastião prometeu que outras virão.

Ambos chegam ao destino. Uma enorme antessala, no subsolo da Igreja. Várias pessoas se encontram lá. Todas vestidas de manto vermelho. Uma grande fonte se localiza no centro da sala e o que se encontra dentro dela é uma grande quantidade de liquido vermelho. Sangue. As pessoas, ao avistarem o padre se aproximando, se acomodam ao redor da fonte. O padre, juntamente com o servo, se aproxima e se sentam perto da fonte. O servo estende um braço para a fonte e diz:

– Como os outros, dou o meu sangue para ele e ela.

O padre pega uma adaga e aproximando-a da mão do servo ele diz:

– E ambos agradecem-no por isso. – O padre rapidamente corta a mão do servo e esta cai sobre o sangue da fonte. Todos ao redor gritam em uníssono, “O irmão seja louvado”.

O padre se levanta e declara:

– Nosso líder está chegando. Seguido de sua noiva. Filha do oitavo demônio tome forma...

O sangue borbulha e uma pessoa imerge. Uma mulher nua e bela surge. No meio de sua testa brilha uma linda joia vermelha. Seus cabelos negros caem sua face e o sangue escorre por eles e seu corpo esbelto. E é ai que seus olhos se abrem, lindos olhos violetas.




Torre Titã, San Francisco.


– Quem é o Exterminador? Ouvi muito dele nas histórias dos Titãs – Pergunta uma garota loira a uma mulher de pele alaranjada e cabelos vermelhos. Ambas andando pelos corredores da enorme Torre em forma de T.

– É um mercenário chamado Slade Wilson, Cassie. Alguém que os Titãs enfrentaram inúmeras vezes. – Responde a bela ruiva. As mulheres entram em uma sala totalmente escura. Cassie se afasta um pouco e pergunta:

– Estelar, onde exatamente nós estam... – A luz se acende revelando uma sala cumprida e estreita. Nas paredes estão posicionadas várias estátuas de pessoas usando vários tipos de uniformes.

– O que é isso? – Pergunta Cassie desconfiada.

– Um memorial – Responde Estelar – Um memorial de antigos Jovens Titãs que deram sua vida em prol da humanidade.

Cassie dá um suspiro e se aproxima de uma estátua que lhe chamou a atenção.

– Quem é esse da roupa esquisita? - Pergunta.

Estelar se aproxima e responde:

– Esse é o filho do Exterminador, Jericó.

– O filho daquele doido foi um Titã? O que aconteceu com ele?

– Jericó foi membro da equipe durante muito tempo e foi um bom amigo. Ele morreu recentemente em uma batalha.

Cassie acena com a cabeça e passa seu olhar para a próxima estátua. Era de uma mulher linda. Possuía a pele pálida e os cabelos num tom roxo. Usava uma capa que lhe dava a aparecia de um corvo.

– E esta. Ravena? – Pergunta a garota curiosa.

Os olhos da Tamarana se enchem de lágrimas e ela responde tristemente.

– Ravena foi um grande amiga. Uma amiga que vivia em constante batalha consigo mesma. – Como Estelar não fez menção de continuar, Cassie insistiu.

– E ai? Qual é a história dela? – Estelar abriu a boca para responder, mas nada saiu.

– Tudo começou em Gotham City. – Respondeu uma voz masculina logo atrás, vinda de um homem alto, verde de orelhas pontudas e presas.

– Mutano! Não sabia que você estava aqui. – Diz Estelar.

– Acabei de chegar. E já que você pretende deixar a Moça-Maravilha no vácuo, decidi tomar o seu lugar. – Mutano se aproxima de Cassie e passa o braço esquerdo sobre o ombro da loira. Por sobre o ombro, ele olha para Estelar e diz:

– Aliás, Ciborgue está te chamando. – Virando seu rosto para a estátua, continuou – Como eu ia dizendo, tudo começou em Gotham City, com uma jovem chamada Ângela Roth. Ela fugiu de casa quando tinha dezessete anos. Seus pais nem perceberam. Ou não se importaram. Mesmo depois de semanas não deram queixa de seu sumiço. Na verdade, seus pais nunca mais tiveram contato com Ângela. Morreram alguns anos depois sem saber o que havia acontecido com sua filha...ou que tiveram uma neta. Eu me pergunto se chegaram a se preocupar com isso. Faminta e com frio, Ângelo andou desenfreada pelas ruas até achar um lugar que julgou ser o local adequado. Uma igreja. Lá ela encontra um culto. Muitos chamariam Ângela de fraca por se deixar levar por um culto daqueles. Mas quem a critica nunca se perdeu como ela. A seita que acolheu Ângela deu-lhe a sensação de ter a família que nunca havia tido. Prometeram a ela amor verdadeiro. Uma família. E foi o que ela teve. Com um demônio chamado Trigon. Ela foi usada como a hospedeira da semente de Trigon. Ângela deixou a igreja naquela noite, sangrando e impregnada pela cria do demônio. Um bebê. – Cassie desprega os olhos da estátua e fita o homem verde ao seu lado.

– Ravena era o bebê? – Mutano ergue uma sobrancelha e diz:

– Quer ouvir a história ou não? – Cassie faz uma careta e olha novamente para a estátua. Mutano toma fôlego e continua sua história. – Ângela tentou se matar inúmeras vezes, mas sempre falhava. Certo dia um grupo de pessoas de um mundo chamado Azarath foi atrás dela. Levaram Ângela a Azarath, uma dimensão sobre a paz e a espiritualidade. Deram um novo nome a Ângela, Arella, para que Trigon não a encontrasse. Mais uma vez ela havia encontrado uma família que não era a sua. A bondade e o amor do lugar quase tornaram a dor da gestação suportável. Quase. Meses depois nasceu Ravena. A criança foi ensinada a jamais mostrar desagrado, jamais sorrir, chorar ou gargalhar. Ira, alegria, medo e dor. Eram sentimentos que poderiam ser explorados pelo seu pai. Pra assegurar que Ravena não sucumbisse as trevas presentes em seu corpo, Arella foi proibida de tocar na criança. E, em toda Azarath, foi proibida qualquer demonstração de afeto para com Ravena. Durante seus primeiros 15 anos, Ravena não sentiu nada. A única emoção que entendia era ódio por seu pai. Quando Trigon ameaçou a terra usando a Ravena como portal, juntos nós o repelimos, até que o destruímos.

Cassie olha novamente para o Mutano e pergunta:

– Como sabe sobre tudo isso? Nas histórias dos Titãs sempre fala que ela era filha de um demônio e que era muito poderosa, mas nada mais que isso, por isso pensei que ninguém realmente conhecesse sua história. – Mutano olha para a loira e diz:

– Poucos sabem da real história. Ravena e eu não éramos muito amigos, mas ela me contou isso pouco antes de morrer e eu não imagino o por que.- Mutano coloca uma mão no bolso e pega uma velha moeda de dentro dele. A fita em silencio durante um tempo, silencio que foi quebrado por Cassie.

– E então? Como foi que ela morreu? – Mutano sai de seu devaneio e diz suspirando:

– Apesar de Trigon ter desaparecido, o mesmo não aconteceu com sua influência sobre a filha. Ravena sempre foi destinada a seguir os passos de Trigon. Logo após voltarmos em uma missão em Tóquio, esse lado dominou sua existência. Sua carne traiu sua alma. – Mutano aperta a moeda e continua. – Ravena sofria, ela era nossa amiga e sofria por estar sendo dominada, nos machucando. Tivemos que desintegrar seu corpo para que ela se libertasse. Livre da carcaça corrompida. Seu ego espiritual desapareceu e Ciborgue especulou que ele tivesse ido para outro mundo. E foi assim que perdemos nossa amiga e foi assim que os Jovens Titãs se acabaram. – Era a primeira vez que Cassie via um Mutano tão triste. Tentando reconfortá-lo ela diz:

– É mas agora vocês estão juntos de volta, bem, pelo menos uma parte né. Os Titãs estão volta agora. – Mutano olha para a loira e sorri. Cassie suspira ao ver o velho Mutano de volta.

– Você está certa Cassie. Aos poucos os Titãs estão de volta. – E seguem para outra estátua.




Enquanto isso no laboratório da Torre.

– Queria falar comigo Victor? – Pergunta Estelar ao se aproximar do conhecido Ciborgue.

– Sim Kory. Acabo se receber um sinal vindo de Gotham City. – Diz seriamente o robô.

– Sinal de Gotham City? Que espécie de sinal? – Diz Estelar sem entender. Ciborgue vai até sua mesa e pega algo sobre a mesa. Vai até Estelar e entrega o dispositivo a ela. – Um sinal disso aqui.

– Não sei o que me deixa mais surpresa. O sinal dessa coisa ou o fato de você ainda ter um desses. – Diz erguendo uma sobrancelha.

Ciborgue passa a mão pela nuca e responde sem jeito.

– Guardei-o de lembrança, mas isso não vem ao caso agora. O fato é que ele disparou. Acho que alguém precisa de ajuda e imagino que seja o Robin.

Estelar arregala os olhos e diz furiosamente:

– O Robin? E por que diabos o Robin pediria ajuda para a gente? Ele já deixou bem claro a anos atrás que não quer ter mais nenhuma relação com a gente.

– Eu sei disso Estelar. Mas o sinal que recebi veio do comunicador antigo do Robin. Eu sei que ele não quer ser envolvido com a gente, por isso eu acho que deve ser uma coisa muito grave para o Robin pedir a nossa ajuda.

– E você está certo Vic. É muito grave. – Estelar e Ciborgue se viram rapidamente para a porta e se deparam com um homem alto vestindo um uniforme todo preto com uma águia toda azul no peito – Aliás Vic, precisa melhorar o sistema de segurança. Do jeito que está qualquer um pode entrar. – Estelar se aproxima do intruso e franzindo as sobrancelhas pergunta:

– Robin? – Dick olha para ela e responde:

– Olá Kory. E não, não sou o Robin, não mais. Me chame de Asa Noturna e eu preciso desesperadamente de vocês.




Igreja de Sangue, Fênix, Arizona.


– Ela é linda. – Diz uma voz terrivelmente infantil.

Era um lugar úmido e fétido. Várias pessoas vestidas de capuz vermelho se encontram ao redor de algo que parece um altar banhado de sangue. Nele está a mulher de olhos violeta e com a belíssima joia vermelha na testa, presa entre correntes.

A mulher, que aparentava ter uns dezessete anos, ergue a cabeça e olha para o dono da voz. Este não possuía mais do que 15 anos. Era branco feito osso e seus olhos, vermelhos, brilhavam feito rubis.Ao seu lado, uma mulher também de capuz vermelho.

– Tem razão, mas o fedor do pecado ainda existe nela, Sebastian. – Diz a mulher receosa. – A cria de Trigon jamais será completamente livre da influência de seu pai enquanto estiver presa aqui na terra... – O garoto se vira furiosamente para a mulher e diz malignamente:

– Cale-se mãe. Antes que eu a prive de sua língua. – O garoto se aproxima da mulher e continua:

– A carne dela salvará este mundo – Seu rosto se aproxima do dela e sussurra: - E Ravena, chega de fugir. Bastará um gole de seu sangue par ter os meus poderes aumentados e logo depois nos casaremos, minha linda Ravena.

– Isso nunca irmão sangue – Diz Ravena pouco antes de lhe dar uma cabeçada e puxar as correntes com toda a força da parede. Essas se arrebentam deixando as mãos de Ravena livre. Rapidamente desce do altar e começa a correr o mais rápido que pode. Devido a sua regeneração rápida, a cada passo sente seus poderes voltando. Sabia que estava sendo seguida mas ela escaparia daquele lugar custe o que custar.

Ao sair da igreja, sente seus poderes voltando a tona. Um olhada por sobre o ombro mostrou que os irmãos estavam a alcançando.

– Bom, é agora ou nunca. – Usando todas as suas forças, seu corpo se dissolve em uma grande nuvem de fumaça negra em forma de corvo, a teletransportando daquele lugar.










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Notas finais do capítulo

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