No quarto da enorme mansão a menina dormia aparentemente tranquila enquanto os raios de sol atravessavam a enorme janela de vidro que ficava do lado oposto de onde a cama estava os raios de sol rapidamente atingiram o rosto alvo fazendo a jovem piscar os olhos depressa, Hinata levantou-se e observou tudo ao redor, estava em uma cama com lençóis brancos o quarto não era pequeno o chão era forrado por um tapete azul claro o sono ainda pesava em suas pálpebras e limitava seus movimentos ainda assim ela se levanta, com muito esforço caminha para fora do quarto e segue o enorme corredor, com paredes brancas e tapetes vermelhos cor de sangue, vê escadas e continua caminhando segurando-se nas paredes ate agarrar o corrimão dourado da enorme escada que levava ate o salão principal que tinha muitas estatuas e pinturas alem de uma enorme lareira que estava acessa esquentando o local as janelas eram altas e grandes dando a bela visão do lado de foras vários sofás e poltronas se espalhavam pelo local perfeitamente alinhado, a menina vê cerca de dez pessoas reunidas na sala enorme da mansão que logo percebem a presença da jovem sonolenta agarrada ao corrimão.

- VEJAM TODOS! – Disse Yume apontando orgulhosamente para a jovem tonta. – JÁ TEMOS O QUE É PRECISO PARA FAZER O CLÃ HYUUGA PAGAR POR TUDO! – Aquilo arrancou enormes sorrisos das pessoas presentes.

- O... O que... Está acontecendo? – Hinata estava muito tonta e a voz mal saia.

- Kenishi-san! – A idosa chamou o rapaz que apareceu no mesmo instante. – Leve ela de volta ao quarto, vou mandar Yue arruma-la!

- Sim Yume-sama! – Disse o rapaz desaparecendo do lado da idosa. – Vamos! – O rapaz já estava segurando Hinata pelo braço levando-a de volta para o quarto.

- O que você quer de mim? – Disse a garota sonolenta. – Estou envenenada?

- Não se preocupe, não está envenenada! – Disse ele com um meio sorriso, apesar de tudo ele era sempre gentil com Hinata que já tinha percebido isso. – Estou te mantendo sonolenta para que não dê trabalho, logo Yue vai chegar e ajudar você a se trocar. – O rapaz deu um leve sorriso.

- Para que eu vou me trocar? – Disse a menina esfregando os olhos.

- Vai ganhar um presente! – Disse o rapaz sorrindo enquanto levantava dando as costas para a moça, antes de atravessar a porta o sorriso se desfaz o jovem olha de canto para a moça que se jogou na cama de braços e olhos abertos. – Me desculpe! – Murmurou o rapaz em tom tristeza quase inaudível.

- Não posso! – Sussurrou Hinata deixando Kenishi com os olhos arregalados e cheios de tristeza enquanto fechava a porta.

“Ela ouviu!” Pensava o rapaz de cabeça baixa caminhando pelos corredores da enorme mansão.

- Yue dê algo para ela comer, depois pegue este vestido... – Disse entregando um vestido branco nas mãos da loira. - E coloque na Hyuuga nojenta, quando ela estiver pronta me avise, temos que fazer ela abrir os pergaminhos.

- Sim Yume-sama! – Disse a moça saindo admirando o belo vestido que carregava nos braços.

- O que está fazendo Yue-chan? – Disse Kenishi encontrando a moça.

- Tenho que ir à cozinha preparar alguma coisa para a Hyuuga comer! – A menina estava com um sorriso nos lábios. – Pode segurar isso para mim? – Estendeu os braços com o vestido.

- Então já vai começar? – Disse o rapaz pegando o vestido das mãos da pequena garota. – Ela vai usar isso?

Caminharam ate a cozinha elegante, Yue apresou-se e foi ate os armários pegar o necessário para cozinhar enquanto Kenishi sentou em um banco de frente ao balcão de mármore que ficava no centro da cozinha.

- Sabe que isso vai levar um dia inteiro, e só temos mais três dias antes dos pergaminhos se destruírem! – Yue falava enquanto preparava o café da manhã típico para a refém.

- Só vai estar completo de noite! – Disse Kenishi pensativo. – Às vezes me pergunto se isso está certo, será que temos mesmo tudo sob controle? – O rapaz encarava o vazio.

- Eu também! – Disse a menina tremendo em um tom estranhamente melancólico. – Mas você mesmo disse que isso não é responsabilidade nossa! – Yue virou-se com a bandeja em mãos. – Me acompanha ate o quarto dela? Tenho que levar o vestido! – Ela estava com um enorme sorriso, era incrível como o tom da garota mudava rápido.

- Do que estão falando? – Uma garota de cabelos pretos aparece na porta da cozinha.

- Nada demais Junko-san! Estamos indo para o quarto da Hyuuga! – Disse Yue sorrindo em direção à garota.

- Finalmente voltou Kenishi-kun! – Diz aproximando-se do rapaz de cabelos prateados.

- Com licença Junko-san! – Disse o rapaz olhando por cima da garota. – Temos que levar comida para a Hyuuga! – O tom sério estava de volta.

- Tchau Junko-san! – Yue estava em um tom um tanto quanto provocador.

- Não questionem a Yume-sama! – Disse a garota de cabelos negros. – Ela tem tudo sob controle.

- Espero que isso seja verdade! – Disse Kenishi afastando-se.

- Por mais poderoso que você seja Kenishi-kun, você ainda deve tudo, inclusive a sua vida, à Yume-sama! – disse a garota vendo ele se afastar.

Kenishi afasta-se, mas ainda ouve o comentário da garota de cabelos pretos, chegam rapidamente ao quarto da Hyuuga o rapaz abre a porta permitindo que Yue entre primeiro a garota de cabelos loiros entra e vê Hinata sentada na janela aberta com a cabeça encostada no ombro.

- Kenishi! – A loira estava assustada. – Ela pode cair!

- Estava tentando escapar? – Sussurrou no ouvido de Hinata. – Ou se matar?

- O que vier primeiro! – A garota estava sonolenta, enquanto o rapaz a tirava da janela.

- Acho que não vamos mais deixar você sozinha, vou liberar você para que possa comer! – Disse o rapaz colocando o dedo indicador na testa da menina.

- Tem certeza disso Kenishi-san? – Yue estava preocupada.

- Não se preocupe vou ficar aqui ate ela terminar de comer, depois vou deixa-la em suas mãos!

Hinata sentou-se na beira da cama colocando a mão na cabeça, Kenishi apenas a observava.

- Coma! – Disse Yue sorrindo.

- Es... Está... envenenada! – A menina estava receosa.

- Você não nos vale de nada morta! – Um rapaz de cabelos verdes apareceu na porta do quarto. – Então essa é a tal Hyuuga da qual todos falam!

- Hã! – Hinata estava aparentemente nervosa. – O que querem de mim?... – Hinata respirava pesadamente. - Eu não vou abrir os pergaminhos! – A menina tentou demonstrar uma voz firme.

- Prazer! Meu nome é Toshio... – O rapaz se aproximou da jovem de olhos perolados. – Então não sabe por que está aqui! Interessante! – O rapaz ostentava um belo sorriso.

- Acho melhor você ir Toshio! – Kenishi falava com voz firme.

- Obrigada pela comida! – Hinata suspirou, talvez fosse melhor morrer do que desvendar os segredos da sua amada vila, assim ela começou a comer.

- Então? O que você achou? – Perguntou Yue animada, vendo a garota terminar de comer.

- Estava muito boa! Obrigada! – Disse Hinata sorrindo de olhos fechados.

- Obrigada! – Disse a menina com estrema alegria. – Fui eu que fiz!

- Não precisa agrada-la Hyuuga-sama, todos sabem que a comida da Yue não é tão boa assim! – Disse Kenishi fechando os olhos enquanto levantava o dedo indicador.

- Pelo menos a minha é comestível, já a que você faz ninguém consegue comer! – Disse Yue fazendo Kenishi suspirar derrotado.

- Mas você ainda é muito jovem Yue-chan, logo cozinhara muito melhor! – Disse Hinata em tom gentil.

- Ah! Tem razão Hyuuga-sama, mas não fale como se já fosse muito mais velha que eu! – Disse a menina ficando de pé. – Eu já tenho quinze anos! – A menina se orgulhava da idade.

- Tenho que ir! – Kenishi levantando-se com um olhar frio completamente diferente do modo como estava agindo ate agora.

- Tchau Kenishi-san! – Disse Hinata tampando o nariz.

- Então você percebeu? – Disse o rapaz de cabelos pratas aproximando o rosto da jovem. – Mas... Não é só pelo nariz que você pode sentir! – Disse com um leve sorriso, mas com o mesmo olhar frio.

- Que... Que doce! – Suspirou a menina corada caindo na cama com estrema sonolência.

- É o suficiente para deixa-la incapaz de lutar ou fugir. – Disse o rapaz enquanto virava as costas e se afastava. – Não a deixe só Yue-chan!

- Você tinha razão Kenishi-san! – Yue estava melancólica novamente. – Ela deve estar entre as pessoas mais puras do mundo, afinal que tipo de pessoa trata bem seus sequestradores!

“Eu sei!” Pensou Kenishi enquanto apenas assentia para a menina de cabelos loiros que deu um leve sorriso.

“Do que eles estão falando?” Pensava Hinata levemente corada. “Para que eles querem alguém puro?” A menina estava confusa.

- Agora Hyuuga-sama você deve usar esse lindo vestido! – Yue estendeu a roupa para que a jovem visse.

- Por... Porque? – Falou Hinata observando o vestido longo de manga curta, branco como a neve com alguns detalhes em azul escuro.

- É só uma formalidade exigida pela Yume-sama. – Yue fez um bico.

- Quem... Quem é... Yume-sama? – Perguntou a moça de olhos perolados.

- Ela é a nossa líder! – Yue assumiu um tom serio. – Ela encontrou alguns de nós ainda pequenos logo depois da destruição do nosso clã outros se juntaram a ela durante o passar do tempo, ainda somos poucos, mas somos os únicos que restaram. – A doce menina pareceu se perturbar com as lembranças.

- E quanto a Kenishi-san? – Perguntou Hinata curiosa.

- Ele é mais poderoso que a Yume-sama, apesar de ter apenas dezenove anos ele já ultrapassou o nível dela. – A garota estava claramente empolgada enquanto despia a jovem Hyuuga.

- Então... – Hinata falava com dificuldade. – Ele deve ter se esforçado muito para isso! – Disse a menina sorrindo.

- A maioria diz que ele tem talento. – Disse a loira encarando a menina.

- Ainda assim... – A menina continuava com seu sorriso. - Ninguém consegue nada sem se esforçar muito, de que adianta ter talento se você não se esforçar para desenvolver.

- Nossa! – Falou a menina com os olhos arregalados. – Como o seu corpo é bonito Hyuuga-sama, eu quero ter um corpo assim, bonito igual ao seu! – A garota estava empolgada.

- Hã! – Hinata corou violentamente cobrindo o sutiã com os braços. – Não fala assim Yue-chan, não sou tão bonita assim!

- Ah! Hyuuga-sama você tem um corpo lindo! – A garota estava empolgada.

- Você também vai ser muito bonita! – Disse Hinata sorrindo. – Acho melhor você me vestir! – A garota estava extremamente envergonhada. – E se quiser pode me chamar de Hinata-chan!

- Não devo te chamar assim Hyuuga-sama! – A loira voltou a seu tom sério enquanto vestia a jovem envergonhada.

- Por que vocês me querem? – Perguntou a Hyuuga com muito interesse.

- Acho que já está na hora de conversarmos Hyuuga! – Yume entrou repentinamente no aposento. – Deixe-nos a sós Yue! Espere no corredor!

- Sim Yume-sama. – Disse Yue saindo do quarto.

- Então você é a Yume-sama? – Hinata tentava manter um tom desafiador o que era praticamente impossível por causa da sonolência. – Você foi nos encontrar antes de chegarmos à vila.

- Ainda lembra-se de mim...

No quarto da simples hospedaria os jovens organizavam os seus pertences, devido a missão levar alguns dias cada um tinha levado uma mochila, Kiba levanta-se e vai em direção a uma mochila quase esquecida na direção onde Hinata havia dormido, mas ele não é o único que toca o objeto.

- Deixa que eu levo! – Disse Sasuke em tom baixo.

- Não se preocupe com isso! – Disse Kiba levantando a bolsa. – Não terei problema nenhum em levar!

- Não! – Disse Naruto se aproximando da conversa. – Quem deve levar essa mochila é o Shikamaru que não trouxe nada.

- Ele tem razão. – Shikamaru pegou o objeto das mãos de Kiba. – Vamos logo que estamos perdendo tempo.

Os sete ninjas saem da hospedaria depois de pagar pelo quarto dirigem-se ao precipício e logo chegam ate a ponte velha estreita de madeira, logo percebem que deveriam passar em fila andando normalmente ate o outro lado, assim o fizeram ate que todos atravessaram a ponte.

- Para onde vamos? – Lee falou.

- De acordo com a Hinata tem uma bifurcação mais a frente. – Disse Sasuke se lembrando do que a menina havia lhe contado. – Nem temos certeza de que eles vieram por aqui.

- Um desses caminhos leva para um templo! – Disse Sakura.

- O mais provável e que ele tenha vindo por aqui Sasuke! – Sem mais explicações Shikamaru continuou. - Acho que vamos ter que nos separar! – Disse Shikamaru sério. – Mas isso não vai ser nada bom.

- Vamos deixar para decidir isso quando chegarmos a tal bifurcação! – Naruto estava estranhamente centrado na missão.

Com isso todos passaram a correr atravessando com velocidade a estrada vazia e coberta de neve branca sem nem um rastro devido uma leve nevasca durante a madrugada, ao chegar à bifurcação eles param.

- O que é isso? – Disse Naruto puxando um objeto que estava cravado na neve com apenas uma ponta brilhosa amostra. – É a bandana dela! – Naruto segurou forte o objeto e o guardou no bolso atitude que não passou despercebida por Sasuke e Kiba.

- Kiba você pode farejar o cheiro dela? – Disse Sasuke.

- Está muito frio! – Disse Kiba. – Não conseguimos rastrea-la pelo cheiro. – Kiba odiava sentir-se inútil ainda mais se tratando de Hinata a pessoa que ele sempre queria proteger desde que ficaram no mesmo time.

- Então não há solução! Temos que nos separar! – Disse Naruto decidido. – Agora temos a confirmação que eles vieram por aqui, mas não sabemos ao certo para que lado eles foram! – Naruto abaixou a cabeça. – A minha equipe vem comigo pelo lado esquerdo.

- Calma Naruto... – Shikamaru foi interrompido.

- Não vou esperar nada! Eu sou líder de uma equipe, isso é uma ordem! Já você faz o que quiser! – Naruto estava claramente irritado.

- Tudo bem Naruto! – Shikamaru suspirou. – A minha equipe vai pelo lado direito, se não encontrarmos nada vamos atrás de vocês!

- Faremos o mesmo! – Disse Naruto preparando-se para seguir correndo pelo seu caminho seguido por Ino e Kiba.

No quarto de paredes brancas Hinata estava frente a frente com a líder das pessoas que a sequestraram.

- Nós somos o clã Tenko, nosso clã era respeitado e a nossa linhagem sanguínea está na nossa mente! – Yume não desviava o olhar da Hyuuga que escutava atentamente o que a idosa falava.

- O clã Tenko? – Hinata parecia não acreditar. – Já ouvi esse nome, mas eu não sabia do seu poder!

- Há algum tempo entramos em guerra com o clã Hyuuga a vila da folha resolveu esperar o resultado desse embate pelo medo de desencadear uma guerra e por acreditar que o seu clã já era o suficiente para nos derrotar, alem de terem derrotado a raposa de nove caldas o que havia custado muitos ninjas a eles, você provavelmente era uma criança e não deve se lembrar de nada. – Yume falava com firmeza encarando os olhos perolados que ela tanto odiava.

- Por que os clãs entraram em guerra? – Hinata perguntou com a voz carregada de curiosidade.

- Pela posse disso! – Yume mostrou um pergaminho antigo com o símbolo do clã Hyuuga. – Esse foi o pergaminho que roubamos da sua vila, foi por ele que o seu clã aniquilou o meu! – A idosa era fria em suas palavras, aquilo soava como uma terrível acusação.

- O que tem nesse pergaminho? – Hinata foi tomada pela curiosidade, afinal um aparentemente simples pedaço de papel era o responsável pela aniquilação de um clã inteiro.

- Aqui está o segredo de invocação para uma Kitsune, tão antiga quanto a Kyuubi! – Yume sorria ao fala. – Essa Kitsune tem uma ligação direta com o inicio do meu clã, foi ela quem nos presenteou com o dom de entrar nos sonhos, alem de outras coisas que não cabe a você sabe, assim ela nos deu o nome de criação de uma Tenko selando assim o nome do nosso clã, depois de ensinar muitas coisas aos antigos Kitsune se foi deixando apenas esse pergaminho com o jutso de invocação explicando que se precisássemos dela seria necessário a pessoa mais pura do clã daqueles que podem ver ao longe, ou seja, o clã Hyuuga. – Yume estava com um leve sorriso sem deixar de encarar a menina confusa. – A Kyuubi deu muito trabalho para sua vila e depois de selar ela o seu clã tinha a missão de descobrir se existia outra Kitsune e se existisse garantir que ela não pudesse causar nem um dano a ninguém, o que foi muito irônico já que foram eles a destruir um clã inteiro, quando nos encontraram nos recusamos a dar o que queriam então eles decidiram tomar a força o que ocasionou a nossa aniquilação total não éramos forte o suficiente o mais poderoso dentre todos havia morrido e o herdeiro dos seus poderes absolutos ainda era apenas uma criança que nada podia fazer contra as investidas dos Hyuugas, muitos morreram tentando impedir que chegassem ate o nosso maior tesouro, fomos derrotados, os Hyuugas foram embora vitoriosos levando consigo o nosso pergaminho deixando um pequeno vilarejo devastado cheio de morte, eu consegui sobreviver por pura sorte quando consegui me levantar juntei todos os sobreviventes a maioria crianças indefesas entre eles o herdeiro do clã, no total sobreviram apenas vinte e duas pessoas dentre eles cinco adultos e dezessete crianças, saímos daquela terra quente e agradável e viemos para cá esse lugar frio, essa mansão pertencia a um antigo aliado que nos devia favores passamos a viver aqui deixando que o todos acreditassem na nossa aniquilação total como nunca nos estabelecemos em nenhuma vila não tivemos problemas em viver sozinhos.

- Por que está me contando tudo isso? – Disse Hinata com a voz chorosa, apesar da sonolência se mantinha encarando a idosa.

- Para que entenda o que você vai sofrer criança! – Agora Yume desviou olhar começando a caminhar pelo quarto. – Entenda que o que vamos fazer pode te ocasionar muita dor, mas é necessário, alguém tem que pagar pelos crimes do clã Hyuuga, alguém tem que limpar a alma deles, alguém tem que se sacrificar por outras pessoas! – Yume estava agora fitando o lado de fora através da janela.

- Entendo... – Disse Hinata abaixando a cabeça na tentativa de esconder os olhos marejados. – Se acha que a minha morte pode pagar essa divida de sangue que o meu clã tem com o seu então que assim seja, que o meu sangue jorre e acabe com a sede de vingança do clã Tenko. – A voz da herdeira soou decidida apesar da sonolência e da tristeza profunda.

- Está triste porque vai morrer? – Yume indagou.

- Não me importo de morrer... – A voz falhou, mas logo voltou. – Estou triste por saber que tantas pessoas perderam a vida. – Disse a garota que não suportava a morte das pessoas mesmo em uma guerra. – Talvez seja melhor morrer do que levar essa culpa comigo. – Hinata era apenas uma criança na época dessa batalha, mas após ouvir a triste historia sentia-se culpada.

- Não vai ser tão fácil assim Hyuuga nojenta! – A voz de Yume era carregada de ódio. – Você vai sofrer tudo viva, vamos invocar a Kitsune através de você, mas não precisamos da sua permissão para isso, vai fazer querendo ou não. – Yume voltava a encarar os orbes perolados da menina indefesa, aquela idosa odiava a pequena Hyuuga sonolenta.