Csi: Ny Contra O Crime escrita por Milenah


Capítulo 6
Relógio Biológico


Notas iniciais do capítulo

Vem aí um crime e seu desfecho emocionante...



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Depois que as coisas se acalmaram, Stella parou para pensar, novamente, no que existia entre ela e Adam. Isso ela tinha que admitir, ela não parava de pensar. E por pura coincidência Adam passa ao lado dela.

- Ei, Adam espera! – grita Stella, sem mesmo ter certeza do que estava fazendo.
- Oi Stella, desde quando você voltou a falar comigo? – pergunta Adam surpreso com a atitude de Stella.
- É justamente sobre isso que eu queria conversar, não é legal as coisas entre nós continuarem assim. A gente pode conversar? Sei lá, tomar um café talvez.
- Eu...eu nunca pensei que iria ouvir isso de você.
- E nem eu pensei que diria, mas, então?
- Tudo bem...tudo...então, no mesmo lugar da ultima vez pode ser?
- Pode sim, a gente se vê lá.
- Certo.

Stella mal podia acreditar no que tinha acabado de fazer, e era difícil para Adam acreditar na atitude de Stella, mas, ambos estavam decididos a resolver de uma vez por todas essa situação. Stella precisava conversar então procurou Lindsay.

- Oi, você tem um minuto? – perguntou Stella.
- Claro. – respondeu Lindsay.
- Eu acabei de fazer a coisa mais improvável do mundo.
- O que? Do que está falando?
- Eu chamei o Adam para sair.
- Você o que?
- Pois, é. Eu não aguento mais essa situação estranha entre a gente, então, disse a ele que nós tínhamos que conversar e combinamos de tomar um café.
- Stella eu estou chocada! Quer dizer, eu nunca imaginei que você faria algo assim.
- Eu sei, eu ainda não acredito, mas, estou disposta a resolver essa situação.
- Ai, que bom Stella! Eu torço tanto por vocês, espero que tudo dê certo.
- Obrigada.

Estava quase chegando a hora combinada para se encontrarem, e Stella estava cada vez nervosa. A cada passo o momento decisivo se aproximava. Nos últimos tempos ela via Danny e Lindsay em um bom casamento com uma filha linda, Sheldon e Rachel também em um bom relacionamento e pensava se o mesmo poderia acontecer com ela e Adam. Ela no fundo sabia que gostava dele. Todos apostavam em um possível relacionamento entre Stella e Mac, mas, ambos sabiam que era apenas amizade o que existia entre os dois.

Finalmente Stella chega na cafeteria, Adam já esperava por ela sentado em uma das mesas. Ele esfregava suas mãos e balançava as pernas, expressando muito nervosismo. Quando Stella o viu de longe sorriu com a cena, pelo menos ela não era a única nervosa por ali.

- Oi. – disse Stella chegando por trás de Adam.
- Oi. – respondeu Adam quase caindo da cadeira de susto.
- Cuidado.
- Eu...eu estou bem.
- Tudo bem.

A noite estava agradável e sem previsão de chuva, muito diferente da última vez em que eles estiveram ali.

- Bem...Adam, eu...eu acho que nós temos que resolver essa nossa...situação. – disse Stella entre pausas.
- Stella, eu...eu...
- Escuta Adam, eu sei que da primeira vez nós dois dissemos que tinha sido bom e estúpido e que nunca mais iria acontecer, mas, agora...agora eu me sinto confusa. Na primeira vez que aconteceu, eu confesso que foi por pura carência, mas, agora eu já não sei de mais nada.
- Dessa vez também não foi por carência?
- Não Adam não foi. Ao mesmo tempo que eu não queria, eu morria de vontade de estar ali com você, eu...eu já nem sei o que pensar.

Para Adam, ouvir Stella dizer que não passou a noite com ele por carência era quase como ouvir um “eu te amo”, assim, ele viu a oportunidade de dizer a Stella o que sentia, era sua chance.

- Para mim nunca foi carência Stella. – disse Adam.
- O que?
- Eu...eu...sempre gostei de você Stella, mas, para mim você era alguém muito distante, quase intocável. Eu quase não acreditei quando nós...enfim, você sempre foi especial para mim. – disse Adam com um tom doce.

Stella não esperava ouvir aquilo de Adam e pensou que se ele assumiu que gostava dela, ela também podia fazer o mesmo.

- Adam, eu confesso que depois de tudo o que aconteceu entre nós o que eu sentia em relação a você mudou completamente. Mas, não é fácil para mim, as minhas experiências amorosas anteriores não foram lá muito boas e...
- Me deixa mudar isso Stella. Deixa eu te provar que vale a pena. – quando Adam disse isso, Stella ficou imóvel, totalmente surpresa e Adam aproveitou e a beijou.

Stella como antes não resistiu ao beijo, mas, era algo novo para ela, beijar alguém assim, sem medo, em público. E ela estava feliz. Ele estava feliz.

- Adam...eu...
- Stella eu sei que não é fácil para você, sei o que aconteceu com você no passado, mas, eu quero te mostrar que tudo pode ser diferente, só...só me permita isso. – Stella pôde enxergar a emoção nos olhos de Adam ao dizer essas palavras.

Stella sabia o que sentia no fundo de seu coração, assim como Adam. E nesse momento, como um flash, a conversa que ela teve com Lindsay há algum tempo veio em sua memória.

- Eu não quero me arrepender do que não fiz. – ela disse.
- O que? – disse Adam sem entender.
- Nada. – respondeu Stella puxando Adam para mais um beijo.

Pouco tempo depois eles fizeram o mesmo caminho de tempos atrás no dia da chuva, porém, desta vez eles sabiam, e queriam, o que iria acontecer.

O clima de romance também reinava entre Sheldon e Rachel. Eles estavam no apartamento dela, haviam acabado de terminar o jantar e estavam prestes a começar a comer quando de repente, Rachel se sentiu mal, uma pontada no estômago quando sentiu o cheiro da comida fazendo com que ela saísse correndo para o banheiro.

- Rachel o que houve? O que está sentindo? – perguntava Sheldon preocupado do lado de fora do banheiro.
- Nada, não foi nada, não se preocupe. – ela respondeu com a voz fraca.

Ela ainda permaneceu um tempo no banheiro se recompondo do súbito enjôo, e quando saiu Sheldon estava esperando na porta.

- Meu amor o que houve? – perguntou Sheldon.
- Eu não sei, um enjôo, mas, agora está tudo bem.
- Tem certeza? Você está um pouco pálida.
- Tenho sim, na verdade estou até com fome.
- Você tem se alimentado direito?
- Tenho sim, não se preocupe, eu já estou melhor. Vamos comer?
- Tudo bem, vamos.

Sheldon ficou muito preocupado com Rachel, mas, como depois desse acontecimento ela ficou bem ele acabou ficando mais tranquilo. Eles jantaram, viram um filme juntos e depois Sheldon resolveu ir embora e deixar Rachel descansar.

- Tem certeza que quer mesmo ir embora? – disse Rachel.
- É melhor, você precisa descansar, não quero que passe mal de novo.
- Tudo bem, eu te amo.
- Também te amo.

Na manhã seguinte Stella acordou como quem acorda de um sonho bom, ela dormiu tão bem como há muito tempo não acontecia. Assim que abriu os olhos procurou por Adam, mas, não o encontrou. E nesse instante ele entra com uma bandeja de café-da-manhã.

- Bom dia. – diz ele se aproximando da cama.
- Bom dia. – ela responde encantada com o gesto de Adam.
- Com fome? – ele pergunta.
- Muita. – ela responde.
- Ai essa não! Que horas são? – perguntou Stella após alguns minutos.
- Não se preocupe, eu programei tudo, temos tempo. – respondeu Adam.

Tudo ocorreu da melhor maneira possível entre eles, e Stella decidiu não esconder mais seus sentimentos por Adam e vice versa. E quando eles achegaram ao Departamento todos estavam em reunião na sala de Mac, mais um caso à vista. Quando Stella e Adam entram na sala todos estranham o fato de os dois chegarem juntos, mas, o foco no momento era o caso que tinham em mãos.

- Bem, ao que parece temos um caso de tráfico de pessoas, mais especificamente recém nascidos. – disse Mac.
- Que monstruosidade! Traficar bebês! – exclamou Rachel.
- Pois é, e justamente por isso temos que acabar com essa prática. O alvo desses traficantes são mães solteiras, sem muitos parentes para procurá-las ou sem nenhuma família. – disse Mac.
- Já temos um suspeito? – perguntou Stella.
- Suspeito não, mas, houve uma morte no mês passado, eles não esperaram a criança nascer, mataram a mãe e arrancaram o bebê. – disse Mac.
- Eu repito, que monstruosidade. – disse Rachel.
- Nós vamos encontrá-los. – disse Lindsay.
- Sim, e para isso temos que dar o melhor de nós.

Após a reunião Rachel continuou chocada com o caso que tinham em mãos e jurou para si mesma dar tudo de si para parar isso, e nesse instante Flack apareceu.

- Rápido! Temos mais um ataque dos traficantes de bebês! – Flack exclamou alto.
- Vamos. – disse Mac, levando com ele Danny, Stella e Rachel.

A cena do crime era no mínimo chocante. Era um galpão abandonado onde a mãe, já morta e ensangüentada permanecia, enquanto a criança, um menino, chorava ao lado dela. Haviam também muitos matérias cirúrgicos como luvas, bisturis e agulhas. Pelo que se pôde perceber, tudo era feito sem o mínimo da higiene necessária, eles não se preocupavam com a mãe, apenas com o bebê.

- Eles estavam terminando o serviço quando uma viatura os flagrou e eles fugiram sem levar a criança. – disse Flack.
- Tão pequenininho. – disse Rachel ao se abaixar, pegar a criança nos braços e levá-la até a ambulância.
- Vamos ver se encontramos alguma evidencia que nos leve aos autores dessa carnificina e a identificação da vítima. – disse Mac, e assim começaram a processar a cena do crime.

Rachel permaneceu com o bebê na ambulância, e apesar do parto ter sido em condições precárias ele estava bem e saudável. Quando algumas roupas e fraldas foram trazidas, Rachel trocou o bebê, além de alimentá-lo. Ela não saiu de perto dele nenhum segundo. Mac percebeu que Rachel não estava na cena do crime e foi ver o que acontecia.

- Oi Mac, olha só, ele está bem. Agora dorme como um anjinho. – disse Rachel com o bebê nos braços.
- Que bom, mas, Rachel ele terá que ser levado à Justiça, temos que verificar se ele tem algum parente que possa cuidar dele. – disse Mac.
- Não, por favor Mac, não tire ele de mim, por favor. Me deixa cuidar dele pelo menos até encontrarmos a família, por favor, Mac. – disse Rachel, mesmo em pouco tempo ela havia se apegado muito ao pequeno.
- Eu...eu não sei, vou ver o que posso fazer. – Mac respondeu comovido com a situação.
- Obrigada.

Danny, Mac e Stella recolheram todas as evidências da cena do crime, e junto com Rachel e o bebê voltaram para o Departamento.

- Como ele é lindo. – disse Lindsay ao ver a criança no colo de Rachel.
- Vamos nos concentrar e ver se com tudo o que temos, encontramos algum suspeito. – disse Mac.

Em regra, o bebê encontrado deveria ficar sob a guarda da Justiça, por meio de uma assistente social, porém, Mac ficou realmente comovido com a ligação entre Rachel e a criança e vice versa também, por isso, ele usou alguns contatos que possuía para conseguir que o bebê ficasse com ela. E como Mac era um dos melhores detetives de Nova York, esse voto de confiança foi dado a ele.

Assim a investigação começou, Sid realizou a autópsia na vítima para determinar a causa da morte e ver se através do DNA conseguia sua identificação. Danny e Sheldon se esforçavam para encontrar algum rastro dos bandidos nas evidências.

- Espero que eu consiga algum DNA nessas luvas aqui. – disse Danny.
- E eu vou ver se tenho sorte com as cápsulas. – disse Sheldon.

Enquanto isso Rachel cuidava do bebê, o carinho que ela tinha por ele era enorme, e Lindsay percebeu isso.

- Você se apegou mesmo a ele, não é? – Lindsay perguntou.
- E tem como não se apegar? Olha só para ele, é lindo! – disse Rachel.
- E ele também gostou muito de você, olha só como ele fica quietinho no seu colo.
- É acho que sim.
- Você será uma ótima mãe.
- Eu? Mãe? Sabe que eu nunca pensei nisso.
- Então eu acho bom começar a pensar. – Lindsay disse saindo da sala.

Rachel ficou sem entender, porém, Lindsay sabia muito bem o porquê disse aquilo a ela.
Alguns dias se passaram desde o conhecimento desse caso, e todos os dias Rachel levava o pequeno bebê para a casa, ela cuidava dele realmente como filho, mas, ela sabia que um dia eles seriam separados e esse é o motivo pela qual ela não havia dado um nome a ele. Sheldon gostava de ver Rachel cuidando do pequeno, mas, temia pela hora da separação.

- Oi Mac. – disse Sid ao entrar no escritório.
- Oi Sid, espero que tenha alguma coisa para mim. – respondeu Mac.
- Na verdade eu tenho sim. Fiz a análise do DNA da vítima e consegui uma identificação, Sharon Milton, 27 anos, professora. E foi apenas pela profissão que consegui identificá-la.
- Claro, porque todos os profissionais da educação têm seu DNA registrado no nosso banco de dados.
- Exatamente.
- Obrigada Sid, vou ver o que descubro sobre ela.
- Tudo bem.

Mac comunicou a identidade da vítima, assim, Stella e Flack foram até a escola onde Sharon dava aulas para descobrir algo sobre ela.

- Bem, o que conseguimos é que a vítima era uma ótima pessoa e ótima professora, as crianças a adoravam. – disse Flack.
- E também que ela se envolveu com um cara, digamos, de caráter duvidoso, as amigas tentaram abrir os olhos dela, mas, ela insistia, até que descobriu estar grávida. Quando ela contou ao parceiro ele sumiu, como se tivesse sido engolido pela terra. Ela ficou sozinha e grávida. – completou Stella.
- Temos um nome? – perguntou Mac.
- Não, ninguém soube informar e no apartamento dela também não havia nenhum sinal dele. – respondeu Stella.
- Mas, descobrimos que ela tem família, seus pais moram em uma pequena cidade do interior e desde que ela descobriu a gravidez ficou envergonhada por ser mãe solteira e não se comunicou mais com os pais. – disse Flack.
- Um alvo fácil para os assassinos. Vamos localizar os pais dela, talvez eles nem saibam que a filha morreu ou que eles têm um neto. – disse Mac.
- Feito. – disse Flack.

Rachel não sabia o que pensar quando descobriu que encontraram parentes do bebê. Ela estava feliz porque a criança voltaria para a família, mas, triste por ter que se afastar dele.

- Mac, eu processei um digital encontrada na parede da cena do crime e olha só o que encontrei. – disse Lindsay.
- Arthur Adams, já foi preso por contrabando e deportado de países da América do Sul. Bem, vamos ver o que ele tem a nos dizer. – disse Mac.
- Espera chefe! Vai gostar de ver isso. Eu processei o DNA que encontrei na luva e...boom! – disse Danny.
- Robert Downey, médico cirurgião que teve a licença cassada e foi impedido de exercer a medicina. Ótimo. Danny, Lindsay, vocês são uma dupla e tanto. – disse Mac.
- Pode apostar que sim. – disse Danny abraçando Lindsay.

Mac foi até Flack mostrar as informações que tinha para juntos encontrarem os suspeitos. Flack contatou o ultimo agente da condicional de Arthur e conseguiu um endereço, assim, ele vigiaria Arthur e chegaria até Robert e com sorte pegá-los juntos.

Uma constante movimentação foi vista no endereço de Arthur, várias pessoas entravam e saiam do lugar a todo o momento. Quando o local ficou vazio Mac, Stella e uma equipe entraram no local, enquanto Flack e uma outra equipe seguiam os suspeitos para prendê-los.

O local funcionava com um escritório, havia vários armários e arquivos contendo listas e mais listas com nomes de pessoas, clientes e possíveis interessados e em “adquirir” um recém nascido. Havia também um livro de movimentação financeira, onde todo o lucro do tráfico de bebês era guardado.

- Nossa, isso é muito maior do que eu pensava. – disse Stella impressionada com os números do tráfico.
- Pessoas desesperadas cometem atos desesperados. Aqui estão famílias e mais famílias que não podem ter filhos e por alguma razão não conseguiram adotar, então recorreram ao tráfico para realizar o sonho de terem uma criança. – disse Mac.
- E pagam caro por isso. – disse Stella.
- Taylor...tudo bem, estarei ai. – disse Mac ao telefone.
- O que foi? – perguntou Stella.
- Era Lindsay, ela disse que os pais da vítima chegaram e estão no Departamento. – respondeu Mac.

Este era um momento muito difícil para todos, tanto para quem dá, quanto para quem recebe uma notícia assim. Lindsay e Stella foram escolhidas para esse momento.

- Bem, senhor e senhora Milton, vocês estão aqui por que temos notícias de sua filha Sharon. – começou Stella.
- Que bom, não falamos com nossa filha há um tempo, nós tentamos nos comunicar, mas, ela nunca responde. – disse o pai de Sharon.
- Senhor Milton eu gostaria de dizer que sua filha era uma boa moça, uma ótima professora e todos gostavam muito dela. – disse Lindsay.
- Sim, ela sempre foi nosso orgulho. – ele respondeu.
- Pois, é, mas, infelizmente ela se envolveu com o cara errado e acabou engravidando, e quando isso aconteceu, ele a deixou sozinha. – disse Stella.
- O que? Minha filha está grávida? – perguntou a mãe de Sharon.
- Na verdade a criança já nasceu, é um lindo menino. – disse Lindsay.
- Mas por que...por que ela nunca nos contou nada? – perguntou a senhora Milton.
- Ela estava muito envergonhada por ser mãe solteira, achava que vocês rejeitariam a ela e a criança. – disse Stella.
- Nós nunca rejeitaríamos nossa filha e nosso neto. – disse ela novamente.
- Onde ela está? Onde está Sharon? – perguntava o pai.

Stella e Lindsay se entreolharam, elas sabiam que a parte mais difícil da conversa havia chegado.

- Senhor e senhora Milton, infelizmente a filha de vocês está morta. – disse Lindsay.
- Morta? – eles perguntaram juntos.
- Sim, ela foi vítima de traficantes de pessoas, mais especificamente de crianças. Eles não esperaram a criança nascer e... – Stella não conseguiu terminar a frase.
- O que? Mas, você disse que tínhamos um neto. – disse o pai de Sharon.
- Sim, e vocês têm, nós chegamos antes dos traficantes levarem o bebê, ele está bem e a salvo, mas, sua filha já estava morta. – continuou Stella.

Foi muito difícil para eles receberem a notícia da morte da filha, ainda mais de uma forma tão brutal, mas, o que diminuía essa dor era saber que eles tinham um neto.
Enquanto isso Flack conseguiu pegar os traficantes em flagrante negociando uma criança, o que foi uma vitória para o caso.

Sheldon sabia que o momento da separação entre Rachel e o bebê seria difícil, mas, ele sabia que não poderia ser adiado e assim que ficou sabendo que os avós da criança haviam chegado e queriam ver o neto, ele foi falar com Rachel.

- Oi amor. – ele disse vendo Rachel embalando a criança.
- Oi.
- Você já sabe que encontraram os avós do bebê não é?
- É, eu sei sim.
- Então, eles chegaram em Nova York hoje e descobriram sobre a morte da filha, foi um choque muito grande para eles.
- Eu imagino.
- Pois é, mas, o que os deixa um pouco mais felizes é a existência dessa criança e...
- Sheldon eu sei onde você quer chegar, tudo bem? Eu sei que os avós vão levá-lo de mim, eu sei.
- E você está preparada?
- De verdade? Não. Eu nem sei quem são eles ou se vão cuidar bem dele.
- Amor, são os avós, eu tenho certeza que vão cuidar muito bem dele.
- Quando? Quando eu terei que levá-lo?
- Amanhã. A assistente social estará lá no Departamento para acompanhar tudo.

Aquela seria a última noite que Rachel passaria com o bebê, ela nunca imaginou ter um instinto maternal tão grande. Sheldon a ajudou a arrumar as coisas da criança e colocá-lo para dormir. Rachel passou a noite toda em claro, velando pelo sono do menino e chorando pela separação. Quando o dia amanheceu, Sheldon fez um café bem forte para Rachel e se incumbiu de trocar e alimentar o bebê enquanto ela tomava um banho e se trocava. Ele até se surpreendeu com sua habilidade em cuidar da criança.

Mas, não havia mais como adiar, a hora havia chegado. Assim, Sheldon, Rachel e o bebê chegaram ao Departamento e foram direto para uma sala reservada. Sheldon saiu, pois, não aguentou ver a tristeza de Rachel.

- Como ela está Doc? – perguntou Danny.
- Arrasada. – respondeu Sheldon.
- Eu imagino como deve ser difícil para ela. – disse Lindsay.

Nesse momento Stella e Mac chegaram com os avós da criança e a assistente social, que ordenou que trouxessem o bebê. Assim, Sheldon foi até a sala onde Rachel estava com a criança e os trouxe.

Todos os CSI’s estavam presentes ali naquele corredor, que mesmo cheio de gente, para Rachel parecia frio e vazio. Ela estava com a bolsa com as coisas da criança nos ombros, com o bebê, que dormia tranquilamente, no colo e com Sheldon ao seu lado dando todo o apoio.
A distância entre Rachel e os avós da criança e a assistente social era pouca, apenas alguns passos, mas, ela não conseguia sair do lugar.

- Chegou a hora meu amor. – dizia Sheldon.
- Não. – Rachel choramingava.
- Vamos Rachel, eles são avós da criança e têm o direito de ficar com ela. – disse Mac de forma séria, mas, por dentro muito entristecido.

Mac pegou a bolsa e depois o bebê, e nesse momento Rachel desabou a chorar, se apoiando em Sheldon.

- Eles vão cuidar bem dele meu amor. – disse Sheldon.
- Não...não...não – ela chorava quase desesperada.

A cena foi de longe uma das mais emocionantes presenciadas pelos CSI’s de Nova York. Mas, o que deixou todos felizes foi a prisão dos traficantes de bebês, Arthur e Robert foram pegos em flagrante e ficarão presos quem sabe o resto de suas vidas.

Passadas algumas horas da entrega do bebê, Rachel havia se recuperado um pouco. Ela era uma CSI e tudo não deveria ter passado de um caso para ela, mas, ela se deixou envolver emocionalmente com a criança. Ela pensou em sua conduta e em como havia se comportado diante dos fatos e decidiu ir falar com Mac.

- Mac? – disse Rachel entrando no escritório do chefe.
- Oi Rachel, entra. – disse Mac.
- Eu...eu vim pedir desculpas pelo modo que me comportei com esse caso, eu me deixei envolver emocionalmente e não deveria ter sido assim.
- Não se preocupe, no final deu tudo certo não é mesmo?
- Sim, mas, minha conduta foi errada.
- Está tudo bem. E quer saber o que eu acho?
- O que?
- Eu acho que o relógio biológico de alguém está despertando. – disse Mac saindo do escritório.

Rachel ficou pensando sobre o que Mac tinha dito e tentando entender o que ele quis dizer com aquilo. Esse caso foi resolvido, mas, com um certo sabor de nostalgia.


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Notas finais do capítulo

Rachel acabou se envolvendo emocionalmente com esse caso, mas, no fim tudo acabou bem. Mais acontecimentos e mais crimes estão por vir...