Presos escrita por kethycia


Capítulo 3
Capítulo 3 - Detalhes


Notas iniciais do capítulo

MIL DESCULPAS PELA DEMORA. Eu até havia postado o terceiro capítulo, que era a metade desse, só que, bem, eu senti que assim iria tirar toda a essência do que esse capítulo era.
Bem, eu compensei no tamanho né? Espero que gostem ^^! Boa leitura (:
Capítulo Dedicado à Lulu, minha gêmula liamda, que ficou muito ansiosa para este capitulo ♥
Caso queiram ter uma bela imagem de como é nosso Matteo podem ver essas duas imagens: ou do Callan Mcauliffe [http://weheartit.com/entry/42660285/via/IsaMellark] ou do meu lindo Mark Pontius (que eu não sei se está noivo ou não! ¬¬) [http://images5.fanpop.com/image/photos/31500000/Mark-Pontius-in-Call-it-what-you-want-mark-pontius-31531304-873-873.jpg]



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Os três dias haviam se passado como um jato, sem notar, já estava no final da semana, sexta-feira. No dia após a construção da maquete, haviam tido o temido teste. Valendo de zero a cinco (“Depois desse teste, eu nunca mais serei o mesmo. Nunca. Nunca mesmo” – falava Louis). Entretanto, no teste havia somente três questões (dentre as três, duas eram, ironicamente, as que os meninos haviam se perguntado).

E hoje, sendo sexta-feira, teriam que entregar suas pesquisas, que após a aula de quinta-feira foi modificada (para cada item agora teriam que ter vinte páginas). Todos amaldiçoaram Ananda por ter feito aquele maldito comentário sobre as pesquisas.

Gestão de Projetos era a ultima matéria do dia. Temerosa aula. Já que era sexta-feira, todos estavam exaustos e irritados, toda a carga e irritação suspensa durante a semana explodia em uma sexta-feira. Imagine pensar sobre a “impaciência” da Professora Pasquale no final da semana. Aborrecida não é o nome adequado que se deve se dar ao seu estado durante as sextas-feiras.

–Bom-dia. Sentem-se e fiquem quietos. Pesquisas em minha mesa. Agora.


Oh-oh, severa e fria a professora Clotilde Pasquale começou a chamar aletoriamente os nomes pela lista, cada nome intercalado entregava um conjunto de papeis. Terminada as entregas, a professora os mandou ficarem quietos enquanto corrigia cada pesquisa.


–Ei Matteo... – Invocou em sussurro Douglas enquanto virava-se discretamente para trás.

–O que foi Dou? – Respondeu Matteo, murmurando.

–... Nada não.

–Avá, Douglas, estamos correndo risco de vida aqui nesses murmúrios e você diz que é nada. Vamos, fale logo.

–Ah, é que eu queria perguntar...

–PONTYER!


Douglas, Matteo e metade dos outros alunos pularam em suas mesas, seus corações em disparadas, dava-se para senti-los palpita-los com camadas e camadas de roupas sobre o peito de cada um. Principalmente o de Douglas.


–O q-que f-foi p-professora? – Gaguejou Douglas enquanto girava corpo e olhos sobre a cadeira em direção à mestra.

–Venha até aqui. Explique-me que história é essa aqui... – Empurrou os óculos para o topo de seu nariz. – O que esta lista de supermercado tem a ver com a pesquisa que eu pedi? Ovos, macarrão, presunto... Presunto errado, senhor Pontyer? Francamente... – Folhava, intrigada, o restante da pesquisa.

–Droga, ela viu. – Molemente se levantou da cadeira, olhou para Matteo. – Fiz isso para “rechear” o trabalho, juro que achava que ela não iria notar... – Explicou-se ao amigo.


Rastejou os pés em direção a mesa da professora, seus olhos suplicavam ajuda aos colegas de classe. Chegou à frente da mesa da mentora, sendo que esta o mandou se aproximar de seu rosto. Assim, começou uma onda de sussurros.

Dados alguns – longos – minutos de um sermão silencioso, Douglas voltou com os olhos, acreditem ou não, marejados. Sentou-se em sua carteira e escondeu a cabeça em sua mochila.


– Sinceramente, eu esperava qualquer coisa, Pontyer, qualquer coisa! Menos isso. Aguentaria qualquer comentário da senhorita Ananda, qualquer um, menos isso senhor Douglas. Por favor, se retirem. – Levantou-se e começou a arrumar a própria mesa. – Isso foi o ápice da estupidez.


E retirou-se.


***

Ananda Moreau havia ficado sentida com observação que a professora havia feito sobre ela, saíra abraçada junto com suas amigas, Adrià e Daria, consolando-a. “Ela não sabe o que fala, veja, ela está ficando caduca minha querida, ignore” diziam a ela enquanto entregavam-na lenços.

Enquanto Ananda chorava para lá, Douglas passou de uma depressão passageira para um estado de choque paralisante. Os meninos, Louis e Matteo, tiveram que empurra-lo para fora da sala. Caso contrário, ele ficaria lá se sabe Deus por quanto tempo.

Sentaram-se na mureta que circundava o jardim da entrada de sua sede, colocaram Douglas entre os dois e ficaram acenando em frente ao seu rosto para ver se ele tinha alguma reação. Nada, somente a boca entreaberta e o olhar vidrado. Louis balançava-o pelo ombro, nada. Matteo repetia o ato. Nada.

Até que... Douglas movimentou sua cabeça em sequência, com um sorriso formando-se em seus lábios.

Matteo e Louis olharam-se surpresos e sorridentes. “O que foi amigão?”, perguntaram a Douglas apertando seus ombros.


–Lisa. – Apontou para a moça que entrava em uma sede distante da deles.


Matteo levantou-se rapidamente em um pulo. Um sorriso sincero estampava seu rosto. Quando seus olhos focalizaram onde ela estava se direcionando, ele conseguiu ver, somente, suas sapatilhas (um par de sapatilhas cinza com detalhes dourados) entrando.


–Era sobre ela que eu queria te perguntar. – Pulou de onde estava sentado e apontava o dedo para o nada, de repente, voltou a se sentar, com o olhar vazio. – Mas aí a velha Pasquale veio e me chamou... E eu... – Louis que havia se levantado tão vagorosamente, sentou-se ligeiro.

–Calma, calma... Passou... Passou... Pshhh... – Louis abraçou Douglas dando-o tapinhas ligeiros nos ombros, encostou sua cabeça no ombro do amigo. – Calma... Pshhh...

–E o que você queria me perguntar, hein, Dou? – Matteo curvou-se um pouco e apoiou as mãos em seus joelhos.

–É... Bem... Hã? – Piscou os olhos. – O que foi, hein? Ah, tá! – Levantou a cabeça. – Era sobre a Lisa. – Sorriu maroto olhando para Matteo que havia voltado a ficar ereto.

–Vish, lá vão começar a falar sobre essa garota. – Louis se levantou e pegou sua mochila que dantes estava no chão pousou em seu ombro. – Rapazes, eu já vou. Hoje eu irei encontrar com a minha Laura.

–Laura? Que Lau... Ah, tá. Aquela sua namorada né?

–Ah, sim. Minha bela rapariga. – Seus olhos brilharam.

–Eu ainda não a conheci, sinceramente, ainda acho que ela é ele, Lauro.

–Vão se lascar. – Deu as costas para os seus amigos e foi embora.


***

Haviam se passado alguns minutos desde que Louis havia se retirado. Durante esse meio tempo, Matteo e Douglas haviam ficado em um tipo de silencio, Matteo tamborilava os dedos pelas cerâmicas da mureta, Douglas passeava os olhos pelo o céu.


–Hoje você tem alguma aula de Física? – Perguntou Douglas repentinamente.

–Aham. Uma droga.

–A Devone. tem alguma aula com ela hoje?

–Uhum. Com ela, eu tenho umas... Três aulas.

–Vai ficar direto hoje?

–Ficaria, mas estou brocado. Por quê?

–Posso te acompanhar hoje?

–Quer que eu te apresente ela é?

–Quem sabe? – Sorriu.



Os meninos se aprontaram e seguiram rumo para o loft de Matteo. Chegando lá, o dono da casa perguntou a visita o que ela desejaria comer, “Qualquer coisa é boa”, foi a resposta. Sendo este o retorno, o anfitrião dirigiu-se aos armários da cozinha e pegou dois pacotes de macarrão instantâneo, separou a panela e cozinhou a massa. Serviu em dois pratos, despejou o tempero sobre cada iguaria, e pôs os pratos sobre a mesa da sala. Para refresco, serviu dois copos de suco de Tangerina de pacote.

Comeram silenciosamente enquanto assistiam a uma reprise de algum filme de humor; o silencio era quebrado às vezes por risadas ou comentários momentâneos.

Essa foi uma das poucas vezes que aquele loft desde que fora habitado por Matteo teve mais de uma pessoa em seu interior. Apesar de Louis e Douglas serem os melhores amigos de Matteo nunca foram muito em sua residência, na verdade, Matteo que ia mais nas moradas de seus amigos. Seu loft apesar de ser bastante pequeno, é bastante aconchegante. Apesar de que normalmente os lofts não tenham quartos o de Matteo se exclui dessa categoria. Seu quarto e banheiro formam uma suíte, sendo o único cômodo da casa com um conjunto de quatro paredes. O restante do loft separa-se somente por balcões ou colunas. Com cores pastéis e escuras, o aposento é decorado, em sua maioria, com móveis antiquados de madeira. Seu sofá é uma bela acolchoarão cor vinho; sua geladeira, fogão, cama e mesas já vinham incluídas ao contrato, junto com o refrigerador. Fora um verdadeiro milagre encontrar algum local para alugar que se encaixasse à sua mesada e que fosse próximo à universidade.


Após a refeição, resolveram organizar a louça antes irem se banhar e prosseguir a Universidade. Foram em direção a pia da cozinha, assim, Matteo lavava as louças e Douglas as secava. Os primeiros itens a serem limpos fora os talheres que Matteo usara.

Enquanto ensaboava seu garfo, Matteo virou o rosto para Douglas, que não sabia com qual pano de prato iria secar as louças (um violeta ou um o azul-marinho):

–Dou, o que você queria me perguntar mesmo sobre a Lisa?

Douglas decidiu pelo pano violeta, mas, quando ouviu a pergunta, deixou-o cair.

–Como? – Perguntou quando levantou a cabeça. – Ah, nada não. – Deu um sorriso amarelo.

–Fala, por favor.

–Ah, tipo, nada. Bem, sei lá, hm... Se ela, sabe, tinha namorabvo. – Selou os lábios ao pronunciar a ultima palavra da sentença.

–Se ela o que? – Franziu o cenho enquanto enxaguava a faca. Entregou a Douglas os talheres, para o próprio secar.

–Ah, se ela naboravbe. – Pegou o casal de talheres, indiferente. Começou a enxuga-los.

–Douglas, qual é, repete. Dessa forma nem eu nem a Pasqual...

–Se ela namorava! – O interrompeu. – Se ela tinha namorado, ok? Mas aí, eu vi como seus olhos brilharam quando você a viu, aí achei...

–Que?! – Dessa vez, Matteo que o interrompeu. – Meus olhos? Brilhando? –Deixou os talheres de Douglas escapulirem as mãos, ria irritadiço – Fala sério... Vo-você está a fim dela?


Matteo voltou um rosto sério a Douglas, este que estava com um olhar e um sorriso maroto, mãos no quadril (a sua direita segurava o pano de prato, que pendia em seu jeans). Matteo conhecia aqueles olhos, aquele brilho travesso. Infelizmente, previu Matteo, Douglas iria gargalhar em soluços e depois iria fazer-lhe milhares de questionamentos e, com certeza, temia Matteo, contar tudo à Louis, sendo assim, dois fanfarrões atrás de Téo.

Douglas gargalhou. E muito, muitíssimo. Com direitos a lacrimejar e até mesmo a se curvar. Matteo, que mal sentia seu coração de tão acelerado que estava quase deixou cair os pratos ainda sujos por conta de seu nervosismo adquirido pelo acesso que riso de Douglas (“Veja, e-eu quase derrubei os pratos”, tentava distrair Douglas e parar de fazê-lo rir).

–Cara, desisto. – Jogou-lhe o pano. – Vou tomar banho. Me empresta uma bermuda sua? – Matteo assentiu com o peito ainda palpitando forte.


***

–É só entrar comigo, e ficar no fundo da sala ok? Assim os professores nem te notam... – Matteo guiava Douglas que assentia com a cabeça tudo que o amigo falava.

O loiro verificou se havia trancado a porta do loft e guardou as chaves no bolso.

–Vamos.


Em um pouco mais de cinco minutos de caminhada, eles chegaram a Universidade. Matteo aconselhou Douglas a entrar segundos depois que ele; assim dito, assim feito.

Passaram por três sedes até adentraram a que Matteo fazia seu curso de Física; entraram na sala 174 e Matteo apontou para Douglas um lugar bem ao fundo no canto esquerdo da sala. Douglas, junto com sua mochila, sentou-se. Pôs a mochila na mesa e ficou estudando a sala (que não era muito diferente da de Engenharia Naval, tinha a mesma coloração azul, com a aparência de sempre estar com uma pintura renovada, bem iluminada, a sala havia alguns cartazes com vários cálculos diferentes feitos pelos próprios alunos).

Matteo havia se sentado na primeira carteira da segunda fileira da direita para a esquerda; Matteo e Douglas haviam sido as primeiras pessoas a entrarem na sala, sendo que vários alunos demoraram a entrar. Dados quinze minutos, os estudantes começaram a entrar. Todos cumprimentaram o jovem loiro da primeira carteira com acenos e saudações, o próprio rapaz retribuía às felicitações.

Muitos tinham a aparência envelhecida, todos aparentavam ter mais de 30 anos, sendo que os únicos jovens na saleta, até o momento, eram Matteo e Douglas; até que Devone entrou, uma moça de vestimentas escuras e de cabelo tingindo de vermelho que chegou junto com três amigos que conversavam entre si, todos os quatro acenaram para o Matteo. Este antes de retribuir os acenos recebeu uma bolinha de papel na cabeça jogada por Douglas (excelente pontaria, alias, se contarmos a distancia que estes estavam um d’outro).

–Devone! – Gritou Matteo com um tom meio desesperado após ver a expressão irritada e alegre de Douglas.

–Oi? – Virou-se assustada para o loiro. – Aconteceu alguma coisa? – Perguntou enquanto arrumava algumas mexas de seu cabelo em frente ao rosto que haviam sido bagunçadas com a rapidez de seu giro.

–Vo-você, hã, se lembra daquele meu amigo, loirinho, que... – Às vezes, enquanto falava virava os olhos para olhar de esguelha para Douglas, que esperava apreensivo qualquer olhar ou resposta.

–Que me chamou de “lindeza” ou algo parecido? – Indagou Devone com o cenho franzido.

–É! Esse mesmo! – Confirmou Matteo com um sorriso aberto.

–Tá, eu me lembro dele. O que tem ele? – Perguntou com um sorriso confuso formando-se nos lábios.

–Bem... Eh... Hm... Ele aqui. – Apontou com o polegar para a direção em que Douglas estava.

Devone aprimorou seu olhar para onde Matteo apontara, Douglas acenou para ela como um bobo exemplar, com um sorriso programado assaz amplo. Ficou um tanto surpresa em vê-lo, até pensou em perguntar se aquele menino loiro com cara abobada teria começado tal curso com eles, mas pensou melhor e desistiu de perguntar. A moça de roupas pretas despediu-se de Matteo e seguiu caminho até uma carteira vazia em frente à de Douglas.

O primeiro professor chegou, saudou os alunos e sentou-se. Pediu para os alunos abrirem seus livros, visto os livros abertos, dirigiu-se ao quadro e começou a garatujar um questionário de vinte questões. Minutos depois, do questionário escrito e dos alunos respondendo a atividade, uma rapariga de madeixas confundidas em vermelho e preto e um garoto de franja loira pediram licença para se retirarem e passaram da porta para o mundo a fora da Universidade.


***

As duas aulas seguintes prosseguiram e Matteo ficou livre de aulas pelo restante da tarde; assim sendo ele se dirigiu para a biblioteca. Do que adiantaria ir para casa e tentar refazer as atividades e sempre aparecer novas e novas dúvidas? Matteo já estava cansado disso. Ele queria somente absorver as malditas formulas e teorias! Por que isso era tão difícil?

Assim ele fica na biblioteca da Universidade, que até porque quando lhe surgia qualquer dúvida a senhora Bergstrom o guiava, o tirando da sombra das dúvidas. Apesar da imponente bibliotecária de cabelos crespos ser bastante crua, ela tem seus dias de meiguice, assim ajudando alunos com suas infinitas dúvidas como Matteo.

–Michael Lytras! Tire o seu dedo do nariz, rapaz. Que falta de educação, e não invente de tocar ele em algum livro meu!

O estudante com olhos verdes massageava a nuca com a testa enterrada sobre um livro qualquer aberto, por que a Dona Bergstrom tem que gritar tanto? Já bastava ter que ter ficado com a pior mesa de toda a Biblioteca, pois infelizmente a senhora não parava de gritar com Michael, o veterano que cursava Enfermagem, obrigando Matteo a sair da melhor acomodação de toda a Sala (onde ele ficava perto de todas as prateleiras dos livros com que precisaria trabalhar).

Enfermagem.

Com a mente mais relaxada levantou o rosto, com o olhar atordoado resolveu observar a bibliotecária em seu continuo discurso contra as maneiras de Michael. Seus braços estavam esquematizados em uma perfeita linha torta sobre a mesa (que tinha seus pés inclinados, fazendo a mesa balançar muito, assim, atrapalhando o estudo de Matteo).

Matteo voltou os olhos para a superfície bagunçada de sua mesa, brincou com as pontas dos dedos tamborilando nos diversos livros abertos distraidamente até que um certo ruído lhe chama a atenção, o fazendo virar o rosto indiferente para o lado.

A Biblioteca da Universidade situava-se me uma sede privada das outras; sendo que dividia território com o auditório, reitoria e secretária. A biblioteca era o menor aposento de toda a sede (e até mesmo da própria Universidade, extinguindo os banheiros). O cômodo é retangular e bastante escuro, o único modo de entrar qualquer tipo de luz lá é pelas frechas das janelas. Esse retangular cômodo é cheio de estantes abarrotadas de livros, as mesas são redondas e escassas, velhas. Além das mesas, estantes e livros, há muitos cartazes e maquetes, objetos feitos por alunos que já se formaram há anos. Falando em anos, a bibliotecária Bergstrom é uma senhora braçuda e idosa, cabelos em uma velha tintura loira fogem com inúmeras mechas e uma grande porção de raiz crescida cinza, baixinha e barriguda, a Dona Bergstrom é a assalariada de mais tempo em tal Universidade, rígida e resmungona ela toma conta de seu Santuário Literário há anos.

Seu rosto procurou pelo autor do ruído entre as frestas que os livros enfileirados permitiam, tal som lembrava as solas de algum calçado sofrendo com o atrito da pressão do corpo contra o solo para expandir a altura de tal benfeitor. Seu olhar lutava contra a má iluminação para descobrir tal autor. Um livro foi retirado da prateleira. A visão foi melhorada. E muito.

***

Matteo ficara desesperado quando vira o rosto de Lisa no espaço deixado pelo livro, assim que reconheceu aquele olhar, aquelas sobrancelhas, aquelas feições mergulhou o rosto entre seus cadernos, fingindo estar focado em algo. Sendo que em sua mente a única coisa que se passava era de se esconder dela, fugir de lá.

Não sabia exatamente o porquê, mas precisava se esconder dela.

Pudera ouvir à senhora Bergstrom cumprimentar Lisa e oficializar o empréstimo do livro que pegara da prateleira, ouviu também a delicada voz da moça de que se escondia, perguntando para a bibliotecária como havia sido seu dia, e ditando o próprio e até mesmo saudou Michael, que longo em seguida, Michael e Lisa tiveram que ouvir uma lista de reclamações dirigidas ao menino pela velha senhora. Lisa defendeu o pobre garoto, e também riu um tanto quando Michael disse já estar acostumado com as reclamações da dona Bergstrom.

Assim que Matteo teve certeza de que Lisa havia ido embora (a sua despedida e o som da porta se fechando), jurou sentir a atmosfera de a saleta ficar menos densa. Chegou a suspirar aliviado, estava até mesmo suando frio de tão nervoso!

Teve uma frustrada tentativa de tentar voltar a estudar, mas infelizmente não conseguia focar a mente em qualquer assunto, seu raciocínio estava a quilômetros de distancia de qualquer contexto relacionado ou a Engenharia Naval ou a Física. Ficou na biblioteca por volta de mais vinte minutos até que não aguentou mais se sentir sufocado. Precisava sair de lá.

Despediu-se de uma bem diferente senhora Bergstrom e agradeceu a algumas ajudas que ela havia lhe concebido durante aquela tarde e alugou dois livros. Despediu-se de Michael com um aceno de cabeça e retirou-se.

Após ficar tanto tempo sentando e depois de tamanha aflição, agora que andava, Matteo sentia-se tonto, as pernas um pouco duras e o corpo um pouco pesado. Sentia-se fraco e incompetente.

Havia andado algumas dezenas de metros da biblioteca até chegou ao Lanche do Pete, uma bela lanchonete retro futurística aberta que ficava quase depois dos portões de entrada, era colorada em laranja e cinza, algumas mesas arredondadas e banquetas espalhadas por todo canto.

Sentou em uma das mesas, acomodou a mochila no chão e pousou os cotovelos no tampão da mesa; ficou passeando os olhos pela estrutura do lugar; sempre fora um rapaz muito detalhista. Notou os detalhes do teto e algumas falhas arquitetadas de algumas das colunas que suportavam o lugar, viu o balcão envelhecido – e muito repintado – enfeitado por jovens empregados entediados com o trabalho que olhavam para seus bonés ou para o teto do local, cada um com uma cara mais emburrada que a outra; também enfadado voltou o olhar para a vasta floresta que arejava a Universidade (e toda sua cidade, também), notou algumas folhas brincarem com o vento, sentiu uma brisa divertida passear por seus cabelos encaracolados...

–Oi, cara. Vai querer alguma coisa? – Cessou os pensamentos de Matteo um rapaz com o rosto manchado por marcas de espinhas.

–Han? Ah, bem, tem agua? –Perguntou Matteo com o olhar atrapalhado.

–Agua acabou, man, foi mal. Mas tem... Cheetos. – Sorriu bobamente.

–Mas, ah, eu tô com sede. – Matteo fez questão de fala pausadamente cada palavra, com o olhar bastante atento para o rapaz de boné, para ter certeza se ele estava entendendo.

O rapaz ficou olhando para Matteo com um olhar confuso, ainda digerindo as palavras ditas pelo jovem loiro.

–Não tem agua não. – Falou de repente balançando a cabeça.

–Não tem Pete? Putz, eu caindo de sede. Mat.. Matteo! Oi! – Disse Lisa que havia chego e parado a alguns centímetros de onde Matteo estava sentado. O rapaz que havia perguntado o que Matteo queria retirou-se devagarinho.

A moça puxou uma cadeira e sentou em frete ao rapaz. Colocou sua bolsa em cima da mesa, apoio os cotovelos nela e ficou olhando sorridente Matteo. Este fazia o máximo do máximo para não manter qualquer contato visual aqueles olhos. Não, não com esses olhos que o fazem ficar nervoso ou com esse olhar que faz com ele fique com as mãos suadas, ou que o deixe sem ar. “O que é isso, cara? E, esse boboca é Pete, nossa, bem... Caracoles”, perguntou a si próprio em devaneio.

–Matteo? Matteo? Estou falando com você... – Cutucou-o Lisa com um sorriso torto.

–Oi. Desculpa, é que muito calor e esse carinha que é o Pete e...

–Nossa! Muito calor mesmo né? Minha nossa, eu daqui a pouco estarei derretendo... –Riu embaraçada. – Ah, sim, esse é o Pete. Mas na verdade esse aí é filho do Pete, Pete Segundo é o nome dele. – Riu olhando para os pés.

–Imaginei. – Matteo falou olhando para as mãos.

–Eu estou morta de sede e a droga dessa Universidade não...

–Eu... Já estou indo para casa. – Matteo interrompeu Lisa e forçou um sorriso enquanto encaixava a mochila em um dos ombros.

–Ah, então eu lhe acompanho até a parada do ônibus. – Lisa levantou-se calmamente, arrumou o short e segurou a bolsa pelas alças.

Matteo até pensou em replicar, dizendo que iria para a biblioteca ou teria que repor alguma aula, mas assim ele se sentiria patético e um verdadeiro covarde.

A moça assim fez o que havia dito ao rapaz loiro, este que somente havia relaxado os ombros (ou ficou encurvado em algum modo de decepção); seguiram o caminho com um ruído os acompanhando, o atrito de seus sapatos com a caco do solo. Ele com as mãos nos bolsos da calça e ela com os olhos focados em suas sapatilhas, um ar de incomodo passou a escolta-los em determinado ponto da caminhada.

Após passarem do portão chegaram ao Ponto de Ônibus, Lisa puramente sentou-se em dos bancos de concreto do local, organizou sua bolsa e observou Matteo passar direto por ela.

–Matteo... Você não disse que iria... – Perguntou.

–A minha casa é dobrando a esquina. – Sorriu selado e apontando para a ponta da rua com o polegar.

–Ah, sim. – Na voz daquela mocinha havia uma ponta de desapontamento imperceptível.

Matteo assentiu a ela em forma de despedida (ela somente baixou os olhos e alongou o pescoço para ver se seu ônibus estava ou não dobrando a esquina). Assim que ele chegou a ao poste que dividia as duas ruas, virou-se e chamou por Lisa. “Ainda está com sede?”, perguntou tampando os olhos por causa do Sol.

***

Certamente Matteo não ficou muito confortável com Lisa caminhando ao seu lado, por vezes via-se com a ideia de apressar o passo e distanciar-se da moça, mas notava o quanto má educada era essa ideia...

Após adentrarem o saguão, ressaltou que ou teria que subir as escadas ou encarar segundos mortais e incômodos com Lisa no elevador; a sua decisão fora feita quando seu braço impediu que Lisa se aproximasse do portão metálico.

“Quebrado”, fora essa palavra que saiu sem querer dos lábios do rapaz.

–Ah, bem, temos as escadas não é?


Com a subida compassada, Matteo ficou com alguns degraus a frente de Lisa; esta agia com total naturalidade, não tinha a respiração bufante e nem se queixava de cansaço, já Matteo, que já era acostumado com tal escada e subidas há cinco anos sentia-se um pouco ofegante.

Matteo morava neste prédio desde começara a Universidade; o prédio era constituído de cinco andares (sendo que o nosso rapaz mora no terceiro, loft número 05), o prédio é tomado por uma pintura descamante de um amarelo envelhecido.

Finalmente eles chegaram ao parapeito da escada, ele tentava ao máximo para não ficar curvando-se, tinha que ao menos ficar apresentável na companhia de Lisa. E ela só fez arrumar o short, como havia feito no Lanche do Pete.

Matteo procurava pelas chaves quando ouviram um som metálico por trás deles.

Era o elevador. Em perfeito funcionamento.

Lisa olhou confusa para Matteo, seus olhos questionavam por uma resposta decente, já que aquelas pessoas saindo do elevador negavam o que Matteo havia dito a ela escadas abaixo, mas é claro que ela tinha um sorriso camuflado naquele olhar.

“Ah, droga! Não me avisaram que...”, tentou disfarçar em gaguejos, mas aquele olhar de Lisa o fazia se sentir derrotado.

“Tudo bem”, falou Lisa com a mão apoiada em um dos ombros dele.


***

Lisa estava sentada no monteado vermelho há um bom tempo quando Matteo aparecera com um copo de vidro suando gotículas grossas d’água entre os dedos do menino; ele a entregou.

–Obrigada. – Falou enquanto levava o copo à boca.

–De nada, querida. – Disse a ela com um sorriso.

Ele sentou ao seu lado e pousou as mãos em seu próprio colo; ficou a olhando enquanto ela observava a sua casa por cima da circunferência do copo. Estavam de frente para a televisão, Matteo pressentia que os ares incômodos pudessem voltar, ele, temeroso, ligou o aparelho.

Passava alguma novela no Canal Aberto, presumindo que esse tipo de programação não agradava nem a ele nem a Lisa, Matteo passeou os dedos pelo controle e deixou em um canal de música, que passava uma maratona de videoclipes acústicos.

–Essa aí é uma boa música... – Comentou Lisa, confortando-se no sofá, colocou um dos braços no apoio no próprio. – Eu prefiro até essa versão a original. – Falou com uma expressão decidida.

–Ah, sim. Concordo. O sentimento da música fica até mais evidente nessa versão né.

Matteo ficou com os olhos vidrados na tela. Sabia que Lisa estava o olhando.

–Você é sempre assim, Matteo? Desse jeito? –Perguntou Lisa logo quando Matteo fez seu comentário.

–Haan? – Virou-se em direção a moça, que sorria.

–Sabe tímido... Dessa forma. Quando eu te vi lá na Biblioteca...

Epa.

Quando Matteo ouviu Biblioteca saindo dos lábios dela, houve algo que foi como tivessem sugado todo o som ao redor, e o que Lisa estivesse falando fossem meros sussurros muito distantes.

–Ah. Bem, espero que entenda, eu... Não sei... Juro que iria falar com você só que...

–Eu te entendo. Eu te vi com todos aqueles livros na mesa e entendo que você não quisesse ninguém lhe incomodando. Sem problemas, tudo bem, sério. – Falou em um tom de que não iria ficar nem um pouco feliz se ele não levasse isso a sério. – Por favor, não ache que estou com raiva. Mas então, o que você cursa?

É, Matteo havia ficado bastante atordoado com todas as palavras que Lisa havia falado. Obviamente que se sentia aliviado por ela achar que ele estava focado naqueles livros que jaziam estirados na mesa. Mas sentia-se estupidamente estúpido por ela ter achado isso. E sentia-se igualmente estúpido por ela ter o visto naquela posição.

–Não, isso nunca passaria pela minha cabeça, mas então... – Suspirou, não queria nenhum um pouco que Lisa se sentisse culpada por algo, mesmo que esse algo sequer existisse. – Engenharia Náutica. Ou se preferir, Naval. Eu gosto mais de Naval.

–Pô, fantástico. Você é o primeiro futuro Engenheiro que eu conheço, hah. Explica aí o que um Engenheiro Naval/Náutico faz.

–Ah, hm, bem... – Começou a falar, todo tímido. –É a mesma coisa que todo Engenheiro faz. Só que em barcos, navios, na água.

–E é difícil? Claro que é, duh. Que pergunta mais estúpida Lisa, nossa. Hã, mas continua, fala aí mais. –Disse, irritada consigo.

Lisa deu uma golada no copo d’água que estava pela metade. Agora era Matteo que a encarava. Seu olhar não era mais admirador ou irritado, ou até mesmo assustado. Agora era, somente, curioso.

–E você, Lisa?

A moça quase se engasgou com água, mas mantéu a pose e conseguiu disfarçar, fazendo que Matteo nem notasse o acontecimento.

–Como? Que curso eu faço? Eu já lhe disse, bobinho, esque...

–Não, assim. Eu nem sei explicar... Assim.

–Bom, eu não sei o que você está querendo dizer, mas tudo bem. Eu sou curiosa, e um pouquinho, hm... Caridosa, quem sabe? É complicado dizermos quem somos sem nos auto elogiar, entende?

–Na verdade, não. – Agora sim, agora ele sentia-se confortável nessa conversa. – Eu sou vulnerável. Muito, alias. – Com exceção, claro, de agora. Agora, ele sentia-se forte como nunca. – Confuso, e, muito, irritado, deve ser por causa da Universidade, nem sei. Talvez um pouco engraçado e amigável. Falo pouco, penso desproporcionalmente para o tempo que tenho. Talvez seja por que sou solitário... Ei, eu só falei adjetivos até agora. Vamos, Lisa! Fale um pouco sobre você.

–Eu realmente não sei falar sobre mim, Matteo. Sério mesmo. Eu sei descrever muito bem os outros, mas a mim mesma que é bom, não.

–Você é curiosa?

–Sim, e muito.

–Vulnerável?

–Não, não mesmo. Nunca. – Falou com a face rígida.

–Viu? Mesmo sem qualquer característica dita, das dadas por mim você falou de cada, mesmo que somente dando o grau delas, você falou muito de você para mim. E olha que a intensidade de cada atributo dado pode dizer muito mais de alguma pessoa do que a qualidade em si.

Após isso, ficaram se observando por alguns segundos até que Lisa, Lisa, desviou o olhar.

–Confusa? – Continuou Matteo.

–Não... Não.

–Você hesitou.

–Não!

–Sim.

–Tá, talvez. Um pouco, sei lá.

–Me deixa refazer a pergunta então... Normalmente, nos dias normais, é confusa?

–Não.

–E agora?

–Sim. Agora estou confusa.

Os dois voltaram a se olhar, e riram.

–E o que o seus pais acham disso? – Perguntou Lisa de repente.

–Sobre? Posso? – Apontou para o copo d’água que estava na mesa.

Ela assentiu para a segunda pergunta de Matteo. – Sobre a Engenharia Náutica.

–Ah, eles acham isso maravilhoso. Que pai não quer ter um filho Engenheiro? – Matteo deu uma golada. – É um motivo para se orgulhar. – A voz do loiro saiu embargada por conta da água que ainda caia por sua garganta. - Por quê?

–Eu queria perguntar. – Deu de ombros. – Você tem contato com eles?

–Até que sim. Eu estou nesse lado há cinco anos, meus pais moram n’outro lado da cidade. E eu não os vejo muito, mas a mamãe sempre me liga. - Falava olhando para as antenas da tevê.

–Você não se importa? – Falou Lisa enquanto arrumava os joelhos sobre o sofá.

–Com o que? – Moveu a atenção dos olhos da tevê para Lisa.

–De não falar com os seus pais! De não os ver!

–Claro que eu me importo! Sinto muita falta da minha mãe, você nem imagina. Mas... Sempre que eu encontro meu pai, ele nunca, sabe, se mostra orgulhoso por eu ter entrado em uma Universidade Federal ou por ter entrado em um curso bastante concorrido. Eu sou muito grato por tudo que eles fizeram por mim. Mas prefiro ser grato distante. Para não sofrer “decepções”. – Fizera as aspas com os dedos. – Eu amo os meus pais. – Continuou. – Pra valer. Só que o meu pai é um assaz professor de Física, e nunca me ajudou nem nada. Sempre achou que se ele foi capaz de aprender tudo aquilo sem a ajuda do pai, eu poderia muito bem aprender sozinho. E isso nunca foi bom de discutir nas reuniões de família.

Dito isso, ele colocou o copo na mesa de centro. Lisa o ouvia atentamente. Ela até iria falar algo, mas notou que Matteo iria continuar.

–E eu iria te falar mais alguma coisa. Só que eu esqueci. Quer mais água? Vou tomar um café.

–Não, obrigada. – Falou, sem jeito.

–Tá bom. Já volto.


***


Lisa havia ficado indignada com o fato de Matteo e seus pais morarem na mesma cidade e mal de encontrarem. Lisa era uma moça muito, muito família e por alguns segundos achou que Matteo não fosse ser aquele garoto que ela achava que ele fosse.

Mas logo quando ele começou a explicar-se, ela viu que tinha o julgado errado. Ele era aquilo sim.

Verificou se Matteo já havia adentrado a cozinha e encheu os pulmões de coragem.


***

“Matteo?”, o loiro estava segurando o bule com café requentado ouviu a mocinha o chamando.

“Sim, Lisa?”, prontamente perguntou, servindo-se de café em uma pequena xicara rachada.

“Posso falar uma coisa? Eu meio que estava flertando com você lá no ponto de ônibus, naquele dia.”, e ela não havia esperado qualquer resposta de Matteo.

Ele, por mais incomum que pareça não ficado surpreso com isso, de fato, era uma tremenda surpresa, mas ele levou para o lado cômico da coisa.

Lisa havia entrado na cozinha e encontrou um Matteo com um sorriso fugitivo nos lábios.

–Oi. – Disse timidamente.

Ele provavelmente não havia a visto, pois quase derramou o liquido fervente e marrom em si.

–Olá... – Sorriu timidamente.

–Aquilo que eu falei era sério.

–Eu sei.

E depois disso nada mais foi dito, somente os olhares entre aqueles dois que gritavam um para o outro. E nessa conversa por olhares que eles acabaram se beijando.

Matteo havia dado dois passos em direção à moça, quando de repente, ele inclinou a cabeça para encaixar seus lábios nos dela. Houve um contraste térmico entre as bocas; ela, lábios gélidos por causa d’água; ele, lábios mornos por conta do café.

Até que houve um momento em que tiveram que se soltarem. E quando se soltaram, voltaram a cada um ficar se fitando. Matteo guiou a mão com a xicara de café para o seu lado direito, onde ficava o balcão.

Feito isso, agora havia sido Lisa que deu a oportunidade para aqueles se encontrarem. De algum modo, Lisa conseguiu por suas pernas em torno da cintura de Matteo. Este a abraçou.

Matteo, mesmo com os olhos fechados conseguiu guiar-se até seu quarto, onde pousou a moça em sua cama, deitando-a. Ele deitou ao seu lado.

–Você beija bem, Matteo.

–Você também, Lisa beija muito bem.

Dito isso, as mãos deles se encontraram e entrelaçaram-se.




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Notas finais do capítulo

Oie! Pois é, o que acharam? Os próximos capítulos não iram demorar tanto assim para sari, até porq eles vão ser menores né! :P
E aí, já tiveram algum amigo/amigo que fez a mesma artimanha que o Dou?
E vocês viram que eu tentei por um pouco da personalidade do Matteo aê?
E em questão a cena do beijo, esse foi o cerne de cenas que eu escrevo. Ou seja, não terá nada mais pesado do que isso.
Espero que tenham gostado! Fiquem com Deus e até o próximo o/
Kethycia ^^
AAH, COMENTEM!! ♥ mesmo que seja só para me dar pedradas...