Os Marotos escrita por Bianca Vivas


Capítulo 9
Sra. Black




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Ele tá ferrado” “O que o prof. Dumbledore quer com Sirius?” “Com certeza deve expulsá-lo” “Será que algum parente dele morreu?”. Comentários como esse surgiram na sala de aula no momento que a Prof.ª Minerva McGonagall saiu acompanhada por Sirius Black. Tiago e Remo se entreolharam, desconfiavam do motivo do amigo ter de ir à diretoria. Não seria uma expulsão, mas com absoluta certeza Sirius sairia de Hogwarts.

Contudo, eles não permitiriam que a Sr ª. Black fosse tão longe.

***

Estava extremamente nervoso. A Professora seguiu pelo corredor, sem parar uma única vez conduzindo-o à sala do diretor. Quando chegasse, provavelmente seu malão estaria no chão e sua mãe estaria esperando-o. Este seria seu primeiro e último dia em Hogwarts. Aquele tipo de coisa só acontecia, provavelmente, com ele. Minerva McGonagall parou de repente, frente a uma gárgula. Sirius quase lhe deu um encontrão.

– Professora, tem certeza de que chegamos? Só vejo essa gárgula... – Minerva, porém o interrompeu, dizendo algo sem sentido.

– Azedinhas

– Como?

A gárgula, entretanto, se moveu para o lado revelando uma escada em espiral.

– Aaah...

– Entre Sr. Black.

O menino subiu e deparou-se com uma porta de madeira. Estava fechada, mas apesar disso, podia ouvir sua mãe esbravejando. Era uma causa perdida, para ele.

***

– Professor?! – a mão de Tiago levantou-se, sua voz alarmada, enquanto Slughorn caminhava entre os alunos, distribuindo ou não elogios às suas poções.

– Diga Potter – o Professor se dirigiu a ele e, olhando dentro de seu caldeirão, acrescentou – Abaixe o fogo ou irá perder todo o trabalho.

– Er... Não é sobre isso que quero falar com o senhor...

– É sobre o quê então? – com o cenho franzido o bruxo olhou nos olhos castanhos do aluno.

– Sabe, não estou me sentindo muito bem...

– O que tem? – estava começando a ficar preocupado, não sabia onde aquilo iria dar.

– Uma dor, muito forte... Em minha cabeça... E esse cheiro... – Tiago levou uma mão a cabeça e outra ao estomago, tentando enfatizar o que dissera; algo que foi extremamente difícil com Severo, Lílian e alguns alunos da Sonserina rindo.

– Então vá a enfermaria Sr. Potter, está esperando o quê? Madame Pomfrey dará um jeito nisso, vá logo! – O Prof. Slughorn praticamente o empurrou porta afora da sala de aula.

Uma vez do lado de fora, Potter correu desesperadamente ao escritório de Dumbledore, bom correu até se lembrar de que não sabia a localização do mesmo. Por que não pensara nisso antes? Voltou às masmorras, usaria o pretexto de ter se esquecido do material escolar.

– O que que é dessa vez Sr. Potter? – o professor já estava ficando irritado.

– Esqueci meu material, professor – Colocou as mãos na barriga e olhou desesperadamente para os amigos.

– Professor...

– Diga Remo

– Acho melhor eu e Pedro levarmos o Tiago à enfermaria; ele não parece estar bem, pode desmaiar no meio do caminho...

– Está bem, está bem. Ande logo, mas o Sr. Pettigrew ficará.

– Mas professor, o senhor realmente não espera que o Remo me aguente – O menino entrou no jogo, aproveitando o momento para desmoralizar um pouco o amigo, obviamente uma forma de brincadeira.

– Exatamente.

Tiago se curvou sobre uma mesa, tentando fazer parecer que estava cada pior.

– Está bem! Está bem! Vão logo!

Remo e Pedro saíram segurando o amigo. Ao estarem suficientemente longe das masmorras, largaram-no e Lupin ralhou bem alto:

– Santo Merlin! O que estava pensando Potter? Acha que Slughorn não percebeu que era tudo fingimento? O que estava pensando? Em ir ao escritório do Dumbledore e pedir a Sra. Black que deixe o Sirius ficar no castelo?

– Bom... Era exatamente isso que eu estava pensando. – um sorriso maroto brotou em seus lábios, chegou onde queria chegar.

– E como espera fazer isso? Você nem sabe onde fica o escritório dele! E, provavelmente devem ter feitiços, ou senhas nos proibindo de entrar. E, acredite no que estou dizendo, apenas os professores ou funcionários a saberão.

– Pensando por este lado... Mas precisamos entrar lá de qualquer jeito – Tiago sentou-se no chão frio de mármore e pôs-se a pensar, deveria haver um jeito.

– Precisamos, mas não entraremos.

– E se perguntarmos a algum professor? – a ideia veio de Pedro, que se mantivera calado todo esse tempo.

– Ei, não é uma má ideia. Parabéns Pettigrew.

Pettigrew ruborizou-se. Ficou menor do que já era e extremamente vermelho. Os olhos brilhavam de felicidade, tivera a aprovação de um dos garotos mais legais que conhecera, era maravilhoso.

– Não, não é uma boa ideia. Nenhum professor diria nada à alunos do primeiro ano, ou melhor, não diriam nada a nenhum aluno. – Lupin jogou um balde de água fria na felicidade do pequenino.

– Então sugira algo Sr. Inteligente! – Tiago perdeu o controle, levantou-se e gritou vermelho. Já estava muito irritado com a situação.

– Pois sugiro caro amigo. Nenhum professor nos diria nada, mas um funcionário...

– Não espera que Argo Filch nos diga como poderemos entrar no gabinete do diretor espera? - A risada e tom da voz de Tiago eram extremamente irônicos. A cólera entrava por cada poro de seu corpo, Remo quase estava irritando-o mais que o Ranhoso.

– Não, não espero. Mas o Hagrid talvez nos diga.

Pedro Pettigrew estremeceu levemente ao ouvir o nome do meio gigante que os levara a Hogwarts no dia anterior, tinha medo do bruxo, por mais que parece simpático e inofensivo. Naquele momento, torcia que Tiago se recusasse ir à cabana.

– Então vamos logo, não podemos perder tempo, Sirius pode sair de Hogwarts a qualquer momento.

***

Uau. É o primeiro pensamento que alguém tem ao adentrar no recinto onde se encontrava o escritório do diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, Alvo Dumbledore. Objetos pequenos e prateados brilhavam ou soltavam fumaça por todo o local. Uma bela fênix vermelha estava empoleirada no ombro do diretor, e este se sentava confortavelmente na poltrona atrás de sua mesa, enquanto sua mãe gritava e exigia que o filho, ou retornasse para casa neste exato momento, ou fosse para Sonserina; seu lugar, como ela gostava de dizer.

– Aham – a Professora McGonagall pigarreou, chamando a atenção dos presentes.

–Oh! Minerva, Sirius... – Dumbledore cumprimentou-os – Não querem se sentar?

– Deixe disso Alvo! Sirius vá arrumar suas coisas. Agora!

– Sra. Black, seja razoável...

– Razoável? Faça-me o favor Minerva! O lugar de Sirius é na Sonserina.

– Quietas! – Dumbledore falou em um tom severo, que raramente usava – Se Sirius foi selecionado pelo Chapéu para a Grifinória, creio que é a ela que ele pertence. Mas, contudo, deveríamos ouvir a opinião dele, não acham?

– Ultraje! Desde quando um garoto de onzes anos tem direito de decidir sobre si? – O quadro de Fineus Nigellus Black, ex-diretor de Hogwarts e avô de Sirius Black, gritou indignado.

– Fineus! Quieto! – O quadro silenciou-se e fingiu que estava dormindo.

– Concordo com Fineus, Alvo. Sirius não tem o poder de decidir sobre si, ainda é muito jovem.

– Ora, vejam! Até a diretora dessa casa imunda está de acordo.

– Exijo mais respeito! – Minerva se levantou da poltrona onde estava, varinha em punho – A minha casa não está manchada por bruxos praticantes das Artes das Trevas. E, se Sirius foi para ela selecionado, é lá que permanecerá.

– Como ousa? – a voz da Sra. Black foi sumindo ao avistar a varinha da Professora.

– Acalmem-se! – O Prof. Dumbledore agora se levantava, ameaçador e severo, fazendo as duas bruxas sentarem – Sirius Black irá decidir se continuará em Hogwarts ou não. – e, se voltando para o garoto completou – Então, jovem menino, decidirá continuar? É bom lhe avisar que, em caso de optar por continuar, sua casa será a da Grifinória, já que o Chapéu lhe selecionou para ela.

O jovem Sirius, apesar de quieto, não demonstrava medo. Era para a Grifinória que tinha ido e nela continuaria.


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Notas finais do capítulo

Heey galera, tenho uma notícia desagradável: provavelmente não postarei mais capítulos até o Natal. O motivo: recuperação, corro o risco de ficar em química, contudo, se eu passar direto, sábado terão um capítulo novinho em folha
Bjs ;*