Os Marotos escrita por Bianca Vivas


Capítulo 16
Capa da Invisbilidade


Notas iniciais do capítulo

Heeey pessoas, estamos chegando ao final :((. Provavelmente só escreverei mais dois ou três capítulos :((((



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A Lua Cheia foi e voltou e Remo ia e vinha da Floresta Proibida. Ele agora sabia que não machucaria ninguém, mas tinha medo que seus amigos percebessem o padrão de sua ausência. Entretanto, se desconfiavam de algo, não demonstravam. Aos poucos, foi tirando a preocupação dos ombros. Em meados de novembro, se convenceu de que os amigos ou não percebiam ou acreditavam que ele, às vezes, virava a noite na biblioteca. Como estava enganado. Por três noites seguidas, Pedro, Tiago, Sirius e Lílian seguiram Remo até a orla da Floresta. Pararam na terceira, pois quase foram pegos e decidiram não abusar da sorte. Assim, não seguiram mais o jovem Lupin. Até a primeira Lua Cheia de dezembro, quando Tiago insistiu que deveriam segui-lo uma última vez antes do Natal.

– Vamos! Daqui a uma semana é Natal. Esta pode ser nossa vez de sorte e assim descobrimos o que ele tanto faz naquela floresta.

– Não sei não... – Lílian ponderava a sugestão – Talvez não queiramos descobrir...

– Claro que queremos Lily.

Ela pensou mais um pouco, até decidir-se finalmente.

– Tudo bem – parou apenas para pensar nas recomendações – Iremos rápido, e apenas ficaremos por pouco tempo. Dez minutos.

– Dez minutos?! – Tiago exclamou – É muito pouco tempo!

– Quase fomos pegos da última vez, não podemos arriscar.

O menino sentou-se cruzando os braços, porém sabia que Lílian tinha razão. Não poderiam arriscar. Filch quase os pegou da última vez, por sorte corriam mais rápido que o velho zelador, seguido por sua gata, madame Nor-r-ra. Realmente era melhor ficar pouco tempo. Dessa forma, decidiram que no final da tarde seguinte seguiriam Remo e, se tivessem sorte, descobririam o que ele tanto fazia na Floresta, todo mês, durante a lua cheia.

***

– Estou indo à biblioteca.

– Volte antes da meia-noite – brincou Sirius, que imediatamente recebeu uma cotovelada de Tiago e um discreto chute de Lílian. – Ai!

Remo franziu o cenho, os amigos pareciam estranhos. Entretanto... Era a última Lua Cheia antes das férias... Prometeu a si mesmo que após o Natal tentaria contar aos três sobre sua condição. Tentaria... Balançou a cabeça, tirando os pensamentos negativos da mente e seguiu a rota já tão comum a seus pés.

***

– Ele já saiu? – perguntou Lílian.

– Já – Tiago e Sirius responderam em uníssono, impacientes com a cautela dela. O único que não estava ansioso para o que a noite os reservaria era Pedro, que tentava a todo custo fazer com que os colegas desistissem da ideia.

– Tem certeza?

– Sim!

– Não acham melhor não irmos?

– Não! – Tiago, Sirius e Lílian tinham o desejo comum de descobrir o segredo de Remo e a falta de coragem de Pedro os enervava.

– Tudo bem... – deu de ombros, as mãos suando; os olhos lacrimejando de medo.

O quarteto se esgueirou para fora da Sala, andando pelos lugares mais escuros do castelo e evitando atalhos. Ao avistarem a orla da Floresta observaram Remo e Hagrid adentrando-a. Um gato os seguia. Foi assim nas três vezes anteriores. Nada mudou. Nada de diferente. Os dez minutos estipulados por Lílian vieram e passaram. Quando a bruxinha deu por si, a lua estava alta no céu.

– Temos de ir. – declamou sem delongas.

– Por quê? – questionou Tiago. Ela apenas apontou para o céu.

– Tem muito tempo que estamos aqui.

– E daí?

– E daí que podemos ser pegos!

– Eu não ligo. Estamos perto do Natal; a detenção não vai ser tão ruim assim.

– Mas eu ligo Potter! É a minha ficha escolar que estará em jogo! – Lily ficava vermelha e cerrava os punhos. Fazia um longo tempo que não se referia a Tiago pelo sobrenome, e o jovem bruxo notou.

– É só com isso que se importa não é? A ficha perfeita da Lílian Perfeita Evans! – enquanto falava, apontava o dedo para o rosto dela.

–Não. Aponte. O. Seu. Dedo. Para. Mim.

– Se não o quê? – desafiou-a, entretanto a disputa foi ridicularizada por um uivo agudo.

– O... O q-que foi isso? – o corpo de Pedro tremia compulsivamente, suas mãos suavam, os olhos estavam arregalados.

– Não sei... – Mesmo no escuro via-se que os olhos de Sirius brilhavam frente ao perigo que aquilo representava. Sua voz era puro êxtase, e ele ponderava se devia embrenhar-se na Floresta.

– Nem pense nisso. – Lílian, às vezes, conseguia ser mais autoritária que Walburga Black.

– Qual o problema? – o mesmo brilho, o mesmo êxtase era visto em Tiago.

– Todos. E se for algo perigoso?

– Você está com medo!

– Não estou não! - Entretanto a negativa fora demasiado rápida para ser considerada verdadeira.

Ele poderia tê-la obrigado a ir até a Floresta Proibida. Poderia ter dito a Sirius que seria uma grande aventura aquela. Contudo... Contudo... Assim que mirou o rosto da garota que tanto detestava, ou achava que detestava, não tinha certeza, viu medo. Não. Era mais que isso. Era pavor. Desconfiou imediatamente que Lílian fazia alguma ideia de qual era o segredo de Remo, mas suas feições davam a entender que ela jamais diria qual era. Ele teria de descobrir. Só que não seria hoje. Voltou-se para Sirius com a resposta a pergunta silenciosa que fazia

– Vamos voltar para o castelo antes que o Filch nos pegue aqui fora.

– Mas... – começou a protestar.

– Vamos cachorrinho. – Liílian foi a primeira a sair do lugar, seguida por Pedro e Tiago. Sem alternativa, Black seguiu-os.

***

Algum tempo se passou desde a última vez que Tiago Potter e seu melhor amigo Sirius Black saíram à noite do castelo. Era Natal e a casa dos Potter estava decorada de forma aconchegante para receber o convidado especial. Após muita insistência de Dorea, Walburga deixou seu filho passar a festa natalina fora de casa. Estavam todos reunidos ao redor da lareira, trocando presentes e conversando. O Sr. Potter levantou-se e pigarreou, chamando a atenção dos presentes.

– Eu gostaria de dar um presente especial a alguém especial – começou – É algo que recebi de meu pai, que recebeu do pai dele e assim por diante. É um ciclo que ninguém sabe onde começou. Algumas especulações existem, contudo, nada de provas. Temos uma tradição para com essa relíquia de família. Ela é passada ao filho mais velho no Natal de seu primeiro ano em Hogwarts. – com um gesto, chamou Tiago, que se prostrou ao seu lado. O Sr. Potter abaixou-se, pegou um embrulho vermelho vivo e entregou a seu filho – Aqui está uma das mais raras relíquias, não só de família como também do mundo bruxo: sua Capa da Invisibilidade.

Tiago e Sirius entreolharam-se, boquiabertos. E, ainda que não pudessem dizer em voz alta, pensavam a mesma coisa. Poderiam descobrir agora o segredo de Remo Lupin.


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Notas finais do capítulo

Capa da Invisibilidade + Six + Potter = muita confusão vindo aí!