Os Marotos escrita por Bianca Vivas


Capítulo 14
Aposta


Notas iniciais do capítulo

Ei pessoal, eu ia postar dois capítulos hoje, para comemorar o Natal, mas não terminei o capt. 15. Amanhã eu posto. Bjs



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Remo acabara de abrir o livro de transfiguração quando Rúbeo, com todo o seu tamanho incomum adentrou na biblioteca. Caminhou em sua direção, fazendo tamanho estardalhaço que a bibliotecária – uma bruxa atarracada, com algumas mechas grisalhas nos cabelos negros e grandes olhos de conta castanhos claros, que lembravam os olhos de uma coruja, levantou-se e pediu que fizessem silêncio.

– O que foi Hagrid? – cochichou o garoto para o meio-gigante

– Dumbledore. Quer vê-lo. Imediatamente. - A resposta veio num tom anormalmente alto para o local onde se encontravam; a bibliotecária lhes lançou um olhar severo.

– Fale baixo Hagrid! – e aproximando-se ainda mais de Rúbeo, falou mais baixo que um sussurro: - A senha é a mesma?

– Ele não está no escritório.

A bruxa vinha em direção a eles, prestes a expulsá-los, quando Remo levantou-se e, fechando os livros, foi para a porta. Hagrid o seguiu, o mais desajeitadamente possível.

– Onde ele está? – perguntou quando já estavam à alguns metros de distancia da biblioteca, onde ninguém poderia ouvi-los.

– Na orla da Floresta, é claro – tomou o passo a frente enquanto falava, andando rápido demais, obrigando o garoto a correr para acompanhá-lo.

Cobriram a distância até a floresta sem dizerem uma palavra. Remo estava nervoso. Esta seria a sua primeira noite como lobisomem no castelo. Não sabia o que esperar. Tantas eram as coisas que poderiam dar errado. Ele realmente achara uma boa ideia aquela do Dumbledore, entretanto, face a face ao momento crucial, não tinha mais certeza. Sabia que o homem era considerado um dos bruxos mais inteligentes do século, porém... Era tudo muito perigoso; muito complicado e até um bruxo tão brilhante como o diretor do seu colégio, poderia errar. Todavia, precisava confiar em Dumbledore. E iria fazê-lo. A certeza da conclusão deu-lhe mais força e coragem para seguir em frente, em direção a orla da Floresta Proibida.

– Vai dar tudo certo – dizia baixinho para si mesmo, a cada passo que dava.

Alguns minutos depois estavam próximos a cabana de Hagrid. Dumbledore esperava por eles, segurando um lampião acesso, sem necessidade alguma, visto que o céu ainda estava claro. Porém, o bruxo sempre fora meio estranho mesmo. Ao seu lado, um gato com quadrados ao redor dos olhos miava.

– Será útil na Floresta – comentou Alvo, ao ver o olhar do menino pairando sobre o lampião.

– Mas posso...

– Acender a varinha? – sorriu, seus olhos azuis pareciam perfurar e ler cada pedacinho da alma de Remo – Sugiro que a guarde; não a queremos quebrada não é mesmo?

– Hã... Diretor? – Hagrid chamou meio desconfortável, hesitando – A lua, o sol...

– Ah, claro! Muito bem lembrado Hagrid - sorriu e virou-se para o garoto, ficando novamente sério – Quero que preste muita atenção. Entrará na Floresta e ficará onde Hagrid o deixar. Não mexerá em nada; não fará barulho e muito menos magia. Entendeu?

– Sim, senhor – assentiu o menino, e olhou hesitante para o gato, até, por fim, questionar: - ele irá também?

– Receio que seja ela – um sorriso zombeteiro surgiu nos lábios de Alvo, como se soubesse de algum segredo desconhecido, ao olhar o gato – E sim, ela irá também.

***

Já era tarde da noite, apenas uns poucos alunos estavam na sala comunal da Grifinória àquela hora. Alguns jogavam Snap Explosivo; outros tentavam terminar, de última hora, as toneladas de exercícios passadas pelos professores. Dentre estes últimos estavam Pedro, Tiago e Sirius; os dois parentes o faziam de má vontade, resmungando frequentemente.

– Me lembre Pedro, por que diabos seguimos seu conselho? – Sirius fazia cada vez mais garranchos no pergaminho à medida que a irritação e o sono aumentavam.

– Porque o Remo iria nos matar se copiássemos o trabalho dele – respondeu o menor do grupo, sem piscar seus úmidos olhos.

– Ele nem ia perceber - bufou o único Black grifinório da história da magia.

– Ele tem sono leve.

Tiago riu perante a afirmação.

– Sono leve? – riu novamente – Aposto que está passeando pelo colégio.

– O Remo? – foi a vez de Sirius rir - Até parece que o Sr. Certinho iria descumprir alguma regra.

– Por que não? Fazemos isso sempre...

– Acontece que o Remo só quebra regras quando está com vocês.

– Pois eu aposto com os dois, Senhores Pettigrew e Black, dois galeões e dois sicles de cada, que ele não está nos dormitórios ou banheiro – Tiago estava quase debruçado por sobre os trabalhos, as sobrancelhas arqueadas, em desafio.

– Tudo bem. Mas você dará dois galeões e dois sicles para cada um de nós - apontou para si e para Pedro – quando perder.

– Acontece caro amigo, que não irei perder.

Com uma piscadela, subiu as escadas que levavam ao dormitório, ansioso para receber logo sua recompensa.


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Notas finais do capítulo

Não preciso nem dizer quem vai ganhar, certo? Mas, o que será que eles farão para descobrir quem está certo?