Os Marotos escrita por Bianca Vivas


Capítulo 12
Salgueiro


Notas iniciais do capítulo

E mais um capt. que, como vocês podem ver, falam do querido Salgueiro Lutador que quase matou o Harry e o Ron em A Câmara Secreta.
Aproveitem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/290002/chapter/12

O Castelo nunca fora tão tranquilo e ao mesmo tempo tão perturbado sem que seus habitantes se dessem conta. Embora, talvez, alunos, professores e funcionários ainda não tenham se dado conta dos tamanhos segredos escondidos por aquelas paredes de pedra. Se um dia descobririam? Nem o próprio Castelo poderia dizer. A noite de primeiro de setembro trouxera mais um segredo que seria escondido nas redondezas da propriedade. Um segredo não tão secreto assim. Um menino que pulava de um canto a outro; a alta capacidade intelectual, apesar de tudo que vinha a acometer-se sobre ele, relutava em ir embora. Como alguém tão devastado por desgraças poderia ser feliz como ele era? Alvo Dumbledore se perguntava. O velho bruxo levantou-se, elevou a varinha até a cabeça e com ela arrancou alguns fios memória. Dirigiu-se a penseira.

Iria rever algumas memórias. Memórias há muito perdidas de um lobisomem. Relutou em jogar os cabelos na penseira, mas havia prometido-lhe. Lembrava-se como se fosse hoje.

“Chovia quando uma mulher de cabelos negros como a noite e olhos castanhos desfocados aparatou frente à escola. Era férias de verão e a chuva atípica não eram típicos da época. Parecia que o céu chorava pelo ocorrido há algumas horas. A mulher entrou abruptamente em seu escritório. De um susto levantou-se.

– O que houve?

– Remo. O pobre Remo... – a pobre coitada não conseguia terminar, tamanhos eram os soluços que saiam involuntariamente de sua boca.

– Diga – ordenou o velho.

– Aconteceu Alvo. Aconteceu o que eu temia. – os cabelos negros cobriram-lhe a face e a capa rodeou seu corpo quando desabou no chão, com soluços intermináveis.”

Lembrava-se desse dia. Não precisava de uma penseira para revivê-lo. Nesse dia o destino do menino havia sido traçado. Nesse dia também prometeu a jovem Sra. Lupin que encontraria o lobo que tinha feito tal atrocidade a seu filho, cuja identidade apenas uma pessoa conhecia, o pai do menino. Contudo, não era prudente pensar nisso agora, jogou as memórias ao chão e retornou a sua poltrona. Levantou-se novamente pôs-se a caminhar. Decidiu então por chamar Hagrid.

– Dumbledore! Dumbledore!

– Entre Hagrid...

– Mandou me chamar professor?

– Mandei sim. Sente-se. – o diretor fitava o guarda-caça com seus profundos olhos azuis – Preciso de um favor seu.

– Diga, senhor diretor.

– Hagrid, devo lhe pedir que sente... – Alvo esperou o bruxo acomodar-se na poltrona à sua frente – Como é sabido de todos os professores, temos um aluno lobisomen, o Remo Lupin. Esta noite, o Sr. Lupin se transformará pela primeira vez desde que chegou a Escola. Ele ficará na Floresta Proibida durante todas as luas cheias do ano. Quero que passe o olho nele, entendeu Hagrid?

– Mas... Professor... Diretor... Senhor... – Rúbeo parecia não saber o que dizer – Por que eu?

– Porque confio em você Hagrid. Simplesmente por isso.

O bruxo ficou estupefato. Não tinha ideia que Alvo Dumbledore, um dos maiores bruxos do mundo, o tivesse em tão alta estima. O velho diretor parecia divertir-se com a cena.

– Agora, chame a Prof.a Minerva, por favor. Diga para vir a minha sala imediatamente.

***

Pela segunda vez naquele dia Remo teve sua aula de Transfiguração interrompida.

– Agora... – Sirius olhou para o amigo cansado.

– Nos diga o que o Dumbledore queria – Tiago completou.

– Estamos curiosos – Pedro, na verdade, não estava ligando para o que havia acontecido na sala do diretor, mas os amigos estavam; então ele aparentava querer saber tudo.

– Não foi nada. – virou-se para o livro, fingindo interesse.

– Então por que o diretor do colégio lhe chamou hein?

– Carta. Uma carta de minha mãe foi parar no escritório dele por engano.

– E ele lhe chamou ao invés de pedir a alguém para trazê-la? - o curioso Black estreitou os olhos, desconfiando do teor da conversa entre aluno e diretor.

– Exatamente.

– E por que ele faria isso?

– Eu que irei saber? Dumbledore é um velho estranho.

Remo deu o assunto por encerrado, porém Tiago e Sirius se entreolharam, desconfiados. Não haviam acreditado na história contada pelo amigo.

***

– Alvo? O que deseja?

– Sente-se cara Minerva.

A professora sentou-se, encarando o velho amigo e também superior. Acreditava saber do que se trataria o diálogo.

– É uma mulher inteligente Minerva, deve saber porque a chamei.

– De fato, desconfio dos motivos. Espero estar errada.

– Infelizmente Minerva, não está. Remo Lupin realmente é um lobisomem.

McGonagall boquiabriu-se. Como Dumbledore pôde permitir que um aluno demasiado perigoso, mesmo que não fosse a intenção do mesmo, estudar no colégio?

– Não se assuste minha cara. Temos razões suficientes para acreditar que tanto o Sr. Lupin quanto nossos outros alunos estão seguros.

– Então por que me chamou? Já que todos estão seguros... – a boca franzida indicava uma leve irritação, embora seu tom de voz fosse dos mais calmos.

– Porque, como já deve saber o menino não se lembra de quem é quando está em sua forma de lobisomem. Poderia matar seu melhor amigo.

– Não entendo Alvo. Diz que todos estão seguros em um momento, e no instante seguinte, afirma que os alunos podem ser machucados.

Dumbledore abriu um largo sorriso, deixando a Prof.ª McGonagall ainda mais intrigada e irritada.

– Acho que devo-lhe uma explicação.

– Certamente.

– Pois bem! Durante o período de lua cheia Remo se encontrará na Floresta Proibida. Pedi a Hagrid que desse uma olhada nele. Entretanto, como nós dois sabemos, se Hagrid se aproximar do Sr. Lupin, corremos o risco de perder nosso guarda-caça.

– O que, obviamente, Rúbeo irá fazer. Acha mesmo prudente deixar o Hagrid cuidar disso? Realmente confia nele?

– Confiaria minha vida a Hagrid, professora. Contudo, não estamos discutindo em quem confio ou não, mas a segurança de todos os alunos do castelo. – o diretor curvou-se sobre a mesa, seus profundos olhos azuis perfurando a vice-diretora – Quero que se certifique que Hagrid se sairá bem e que o aluno Remo Lupin não se machucará.

– Como irei fazer isso? - o cenho franzido, a dúvida plantada em sua mente brilhante.

– É uma animaga Minerva. Lobisomens não atacam animagos. – o sorriso demonstrava que a conclusão era óbvia.

– Eu sei disso Alvo! – a paciência agora extinguia-se da professora – Quero saber como um lobisomem se enfiará na Floresta sem que ninguém perceba. Alguém ouvirá uivos. Alunos rebeldes... Isso tem tudo para dar errado...

– Porém, não irá dar errado. – Alvo riu e entregou a Minerva um pedaço de pergaminho lacrado - Quero que entregue isso a professora Sprout.

– O que tem aí?

– Um pedido. Para a professora providenciar um salgueiro lutador.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Six e Tiago em busca de respostas... Eles descobrirão a verdade?
O plano de Vovô Dumby dará certo?
Sprout conseguirá um Salgueiro?
Hagrid ficará machucado?
Quem morrerá?
Vocês saberam no próximo capt. haha Aguardem!