Os Marotos escrita por Bianca Vivas


Capítulo 10
Atrevimento


Notas iniciais do capítulo

Minerva e Walburga se enfrentando no capt. anterior haha
E aí, mais brigas acontecerão?



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– Hagrid! Hagrid! Hagrid!

Três alunos do primeiro ano batiam à porta da cabana do guarda-caça de Hogwarts, à orla da Floresta Proibida. A urgência com que eles precisavam falar com o bruxo era perceptível pelo tom de voz e pelas batidas constantes e rápidas. Ao que parecia, suas vidas dependiam do bruxo. Ou qualquer que fosse o assunto considerado urgente por alunos de primeiro ano.

– Que estardalhaço é este? – o meio gigante apareceu à porta, sua barba e seus cabelos negros cobriam-lhe a face. Parecia procurar por quem fizera todo este barulho.

– Aqui embaixo! – Pedro Pettigrew estremecido de medo, gritou por detrás de Remo e Tiago, onde estava escondido.

– Ah! Oi – cumprimentou-os Hagrid, porém, logo seu cenho se franziu, estranhando a presença dos meninos – Peraí, não deviam estar na aula?

– Er... Bem... – Tiago balbuciou

– Na verdade Hagrid, precisamos falar com o senhor. – Remo acrescentou decidido.

– Exatamente. É sobre o Sirius.

– Esperem aí. Quem é Sirius? E quem são vocês?

– Sou Tiago Potter; e estes são Remo Lupin e Pedro Pettigrew – apontou para os amigos à sua volta.

– Sirius Black é nosso amigo Hagrid, e precisamos de sua ajuda para ajudá-lo.

Uma sombra de compreensão perpassou por Hagrid. Como todo mundo no mundo bruxo, conhecia a família Black, tradicionalmente sonserina e puro-sangue. O jovem Sirius recebera, no café da manhã, um berrador de sua mãe anunciando que o tiraria de Hogwarts. A única coisa que não entendia, era como poderia ajudá-los.

– Hagrid, se pudermos entrar explicaremos tudo – tornou Remo.

– Tudo bem, entrem logo.

Tiago Potter explicou-lhe que seu melhor amigo poderia sair de Hogwarts a qualquer momento, e para impedir que tal fato se concretizasse, precisavam falar com o Prof. Dumbledore e com a Sra. Black.

– Mas como esperam que eu ajude? Ora bolas!

– Não é óbvio Hagrid? Nós não sabemos onde fica o escritório do professor, precisamos que nos ajude.

– Óbvio que não sabem. Alunos do primeiro não tem necessidade de irem ao escritório do Prof. Dumbledore.

– Mas Hagrid... – Tiago insistiu mais um pouco – O Sirius...

– Nós só precisamos que nos leve até lá.

– Por favor...

– Santo Merlin! Como vocês são insistentes! - Hagrid, apesar do berro, sorria - Venham comigo.

Rúbeo Hagrid saiu de sua cabana, seguido pelo trio. Levou-os ao pé da gárgula que guardava o escritório de Alvo Dumbledore.

– Azedinhas!

– O que disse Hagrid? – Tiago perguntou intrigado.

– A senha, olhe – Remo apontava para a escada que surgira onde, momentos antes, estava uma gárgula.

– Ah...

– Eu irei à frente. Sigam-me.

Ao chegarem ao escritório do diretor, a imagem que viram os surpreendeu. Walburga Black e Minerva McGonagall se encaravam, apesar de as varinhas estarem abaixadas, não demonstravam relutância em usá-la caso necessário. Alvo Dumbledore, sentado em sua confortável poltrona, demonstrava cansaço e irritabilidade devido as constantes alfinetadas das bruxas. E, por fim, Sirius Black, encolhido a um canto, porém com os punhos fechados e a varinha em mãos. O mesmo velho Sirius. Tudo permaneceria na mesma, não fosse o escândalo que Hagrid fez ao adentrar no recinto.

– DUMBLEDORE, NÃO PODE PERMITIR! ISSO É UM ABSURDO! – O diretor levantou-se de um pulo ao ver, surpreso, o guarda-caça do colégio rodeado de três alunos.

– Absurdo é isso! Nunca em minha época de diretor permitiria um meio gigante no castelo. - resmungou Finneus, de sua moldura, desaparecendo, indo para sei lá onde.

– Controle-se Hagrid. Sirius ainda está aqui, não está? – Dumbledore olhou-o com bondade, sua sagacidade já o permitira deduzir o motivo da vinda do meio gigante ao seu escritório.

– Mas... Mas... Mas os meninos disseram que o senhor permitiria que levassem o jovem Sirius, apenas pelo motivo de o menino ter sido selecionado para a Grifinória.

– Não deveria confiar tanto assim nas palavras de uma criança Hagrid – o sorriso preenchendo-lhe a face, não havia censura ou recusa em seu olhar, apenas bondade – Sabe, me decepciona saber que acreditavam que eu deixaria tamanho absurdo ocorrer.

– Absurdo? Absurdo é você, Alvo, permitir que Sirius continue nessa casa – a Sra. Black olhou com desprezo e nojo para Minerva.

– Creio, Walburga, que esqueceu-se a qual casa pertenço. Todavia, devo lembrar-lhe que o Chapéu selecionou-me justamente para aquela que tanto despreza, e sendo a Grifinória minha casa, exijo respeito.

A bruxa abaixou os olhos e sentou-se na poltrona, a professora de Transfiguração exibiu um sorriso vencedor. Sabia que o diretor não aguentaria por muito tempo os insultos da outra.

– Já que estão aqui, acredito que Sirius gostará de ficar perto dos amigos. Então, queiram fazer o favor de se sentarem. – Alvo conjurou mais três poltronas para os garotos – E... Hagrid creio que deveria estar fazendo algo antes desses alunos marotos o procurarem.

– Er... Claro... Então, já vou indo... – O meio gigante corou intensamente, saiu correndo porta afora.

– Prosseguindo. Digo e repito que acredito que o único com o poder de decidir esse impasse é o Sirius. Então, Sirius, irá ficar ou voltará para casa?

– Claro que ele vai ficar. Não é Sirius? – Tiago intrometeu-se

– Cale a boca, traidor do sangue! – a Sra. Black apontou a varinha para o pequeno Potter.

– WALBURGA BLACK! – gritou a Prof.a McGonagall, a varinha apontada para a outra bruxa, os punhos cerrados e os dentes trincados.

– Minerva! Walburga! – ao som da voz de Alvo, as duas sentaram-se novamente – Cara Sra. Black, creio que deva se controlar, e devo pedir que não aponte mais sua varinha para qualquer aluno deste colégio, ou terei de tomar medidas drásticas. – o tom severo na voz do Prof. Dumbledore, raramente visto, se acentuou ao ver que a bruxa estava armada.

A Sra. Black abaixou a varinha, porém a Prof.a McGonagall continuou na posição em que estava.

– Sirius... – Alvo olhou para o jovem, seus bondosos olhos azuis brilhavam.

– Eu vou ficar.

Os olhos de Walburga Black se arregalaram perante a decisão do filho. Jamais alguém a afrontara daquele modo. Saiu pisando fundo do escritório do diretor, mas sem se dar por vencida. Não permitiria que seu próprio filho insultasse-a ou a Família Black. Todavia, o jovem Sirius sabia que acabara de assinar sua sentença de morte, ou algo pior.


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Notas finais do capítulo

TiagoXWalburga, quem ganha?