Pela Lei E Pelo Coração escrita por Mago Merlin


Capítulo 6
Encontro de Famílias




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Capítulo 6 – Encontro de Famílias

Lilian estava toda atrapalhada arrumando seu cabelo. A escova já tinha caído no chão pelo menos umas cinco vezes, e ela ainda não sabia que penteado fazer.

Quando a escova caiu mais uma vez ela, pensou em dar um chute nela. Só não realizou o ato, porque a escova não estava mais ali.

- E eu não tivesse comprado essa escova, podia jurar que ela era mágica. – disse Bia, passando a escova calmamente no cabelo da filha. – Essa cena me lembra do dia que você foi pra Hogwarts pela primeira vez.

- Você também estava nervosa naquele dia. – disse Lilian.

- Eu sei, minha filha ia pra sei lá onde, aprender coisas diferentes, com pessoas que eu não poderia conhecer, somente aquela sua professora que veio explicar tudo pra gente. E se algo acontecesse com você, eu estaria longe. Sempre fico assim quando te deixo naquela estação. Mas por que você está nervosa hoje?

- Eu estava pensando... – começou Lilian mais parou.

- Isso algumas vezes pode ser muito perigoso. – disse Bia com um sorriso. – Por que você não me conta o que está passando por essa cabecinha ruiva.

- E se eles não gostarem de mim? – disse Lilian depois de um minuto. – Eles podem estar esperando alguém melhor pro filho deles, mesmo sendo um casamento falso. Sei lá o que Tiago falou para eles sobre mim.

- Eles vão gostar de você. Quem não gosta?

- Um terço de Hogwarts. – respondeu Lilian, mas continuou quando percebeu que a mãe parou de mexer em seu cabelo. – Têm os sonserinos, a maioria não gosta de grifinórios e tem as meninas que babam pelo Tiago e acham que eu o maltrato.

- Bom, elas vão te odiar mais então. – disse Bia com um sorriso.

- Mãe.

- É verdade. Você conseguiu algo que elas sonham. E não vão saber que é de mentirinha. Agora quanto ao Tiago, pelo que eu conheci, ele não falou nada de mal sobre você pros pais. Não mais do que você falou dele pra gente. E nem por isso deixamos de gostar dele.

- Mas você não vai precisar morar com ele, certo?

- Não, bem que eu gostaria, mas estaria contra a segurança que eles supostamente querem. Vocês podem nos visitar, no entanto.

- Acha mesmo que eu ficar longe daqui? – perguntou Lilian. – acho que vou com eles soltos mesmo.

- Melhor assim mesmo.

TLTLTLTLTLTL

Lilian estava tentando explicar para os pais como funcionava uma chave de portal. Seria assim que eles iriam para a casa de Tiago. Os pais de Tiago conseguiram uma especial para essa noite. Eles tinham conhecidos no ministério que fizeram esse favor, sem saber o motivo.

- Mas nos não podemos, como chama aquilo de desaparecer aqui e aparecer em outro lugar? – perguntou Marcus.

- Aparatar. – disse Lilian.

- Isso. Não podemos aparatar lá? – perguntou ele.

- Eu não aparatei muitas vezes, mas levar vocês dois pode ser um pouco além das minhas capacidades. – disse a ruiva desconcertada. – Nem sei se é possível aparatar com mais de uma pessoa.

- Então ficamos com esse negócio ai mesmo. – disse ele, apontando para a bola de futebol furada.

- Não se preocupe. É mais seguro e pode ser até menos estressante que aparatação. – disse Lilian. – Agora é só encostar, que já está quase na hora.

- Tem certeza que não quer chamar sua irmã? – perguntou Bia.

- Mãe, ela não ia querer. Você sabe como ela é com relação à magia. E acredito que não faria nada bem se ela fosse azarada no meio do jantar. Tiago não tem tanta paciência.

- Ok, então.

Eles ficaram mais dez segundo em silêncio quando a chave de portal se ativou.

Aterrissaram embolados no meio de uma sala, no que parecia ser uma casa antiga.

- Bem vindos. – disse Tiago ajudando eles a se levantar. – Chave de Portal pode ser um pouco desagradável, mas com alguma prática é possível permanecer em pé. Coisa que ainda não consigo.

- Oh, querido. Como está? – perguntou Bia.

- Estou bem. – disse ele. – Espero que a viajem não tenha estragado o seu apetite.

- No momento não posso comer nada. – disse ela. – Mas em alguns minutos.

- Bom. Meus pais estão esperando por vocês na outra sala. – disse ele.

Eles seguiram para a sala de jantar. O que deixou Lilian um pouco apreensiva, aquele cômodo cabia todo um andar de sua casa.

- Sejam bem vindos. – disse Richard.

- Não se preocupem com a casa. – disse Miriam. – Herança da família Potter, eu também fiquei assim quando vim aqui pela primeira vez. Olha que eu venho de uma família bruxa tradicional.

- A casa é realmente grande. – disse Bia, já que Marcus e Richard estavam se encarando.

- Grande e antiga.  – disse Mirian. – Deve ter mais de 300 anos.

Os dois homens ainda se encaravam, mas de repente deram um grande abraço.

- Homens. – disseram Bia e Mirian.

- Só falta eles começarem a conversar sobre futebol. – disse Bia.

- Melhor não. – disse Mirian. – Não aguento comparações com quadribol mais. Passei o verão passado todo assim quando Sirius esteve aqui.

Tiago estava sorrindo, as duas famílias estavam se dando bem. Lilian estava espantada. Não esperava isso, pelo menos não tão rápido.

TLTLTLTLTLTLTL

O jantar foi tranquilo, apesar de que Bia levou um susto quando um elfo apareceu para servir.

- Espero que tenham gostado. – disse Mirian. – Os bruxos gostam de receitas mais antigas, ainda não se adaptaram as modernidades, ou comidas estrangeiras.

- Lilian já tinha explicado isso. – disse Marcus. – Só ainda não consigo prever os feijões de todos os sabores.

- Realmente os doces são um pouco diferentes. – disse Tiago.

Partiram para a sala de estar, para um café ou licor.

Onde discutiram alguns detalhes do casamento.

- Quer ver o quarto? – perguntou Tiago para Lilian.

- Se não tem mais jeito. – disse Lilian.

Seguiram para o segundo andar. Onde havia muitas portas.

Tiago abriu uma porta.

- Esse é o meu quarto. – disse ele.

Lilian poderia ver perfeitamente isso. Tinha muitos detalhes vermelhos, especialmente na cama, que era enorme. Uma vassoura em uma parede. Alguns retratos, dos marotos, dela, das amigas dela. E o mais surpreendente, uma estante ao lado de uma escrivaninha com duas cadeiras.

- Não era o que eu tinha pensado para seu quarto. – disse ela.

- Esperava mais quadribol.

- Também. – respondeu ela, não querendo revelar o que realmente tinha pensado.

- Achei melhor tirar algumas coisas, colocar mais livros ali, para dar a impressão que você vive aqui.

- Impressão? – disse ela.

- Você não esperava dormir aqui? Se você quiser pode ficar a vontade. – disse ele. – Mas temos um quarto só pra você.

Seguiram para o próximo.

O quarto era do mesmo tamanho que o de Tiago, assim como a cama. Mas não havia nenhuma decoração, a não ser dois vasos como lírios. E uma estante com vários livros, mas espaços em branco.

- Minha mãe achou que era melhor deixar que você decore. Somente a família vai poder entrar.  – disse ele. – Os livros, tanto do meu quarto quanto do seu podem ser lidos, alguns você não deve ter lido mesmo.

Foi quando Lilian percebeu uma sacada.

- E a melhor vista da casa, mas é melhor de dia. – disse Tiago.

Lilian percebeu o quanto estavam se empenhando para que ela não ficasse mal.

- Não queremos que você fique triste aqui. Você vai poder entrar em qualquer lugar da casa. – disse Tiago. – Atrás daquele tapete, tem uma porta para o meu quarto. Obviamente eu não posso entrar por ela. Fiz questão disso.

- Aposto que Sirius morreu de rir quando você disse. – falou ela.

- Na verdade ele não sabe.

- Não? Não tinha reparado, mas onde ele está? Ele não morava com vocês?

- Ele achou que poderia assustar seus pais. – disse Tiago com um sorriso. – Ele morava, mas um tio deixou um apartamento de herança para ele em Londres. Mudou pra lá assim que voltamos de Hogwarts.

- Existe algum Black descente sobrando?

- Uma prima do Sirius, que se casou com um nascido trouxa. Mas acho que era a última, já que não tem mais o sobrenome.

Eles logo desceram e perceberam que ninguém havia notado a ausência deles.

Voltaram para casa, mas desta vez foram aparatando. Tiago e Richard levaram um cada, Lilian foi sozinha.

- Não gostei desse também.  – disse Bia. – Prefiro perder tempo, mas meu estomago fica no lugar.

- Acho que deve ser pior para não mágicos. – disse Richard. – Mas realmente espero que seja a última vez que sejam necessários.


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