Pela Lei E Pelo Coração escrita por Mago Merlin


Capítulo 2
Conselhos




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Capítulo 2 – Conselhos.

- Sim, Evans. – disse Tiago saindo de uma porta que Lilian nunca tinha visto aberta.

- Potter. – diz ela sem surpresa. – Você sabia disso o tempo todo.

- Sim e não.  – respondeu ele a acusação indireta. – Meus pais entraram em contato comigo, após receberem notificação do ministério. E me preguntaram se eu poderia ajudar. Mas não sabia que seria você, esse pensamento me passou pela cabeça, mas existem muitas nascidas trouxas, algumas fora de Hogwarts. Mas só tive certeza quando Dumbledore me chamou aqui durante o jantar.

- Por que um casamento? Por que eles não adotaram alguém? – perguntou a ruiva.

Tiago olhou para Dumbledore pedindo aconselhamento. O diretor assentiu para ele.

- Meus pais já estão com uma idade avançada. Ninguém iria acreditar que eles tiveram outros filhos. Ainda mais que somos conhecidos no mundo bruxo.

- Srta Evans, você tem que entender que mesmo entre os bruxos ter filhos na idade que os Potter tiveram é quase um milagre. – disse o diretor.

- Isso explica porque você é tão mimado. – disse a ruiva.

- Em parte. – retrucou Tiago. – Outra parte é culpa minha mesmo.

- Deixemos isso de lado, por agora. – disse o diretor. – Vocês terão tempo para se conhecerem melhor depois.

- Dumbledore, você está dizendo isso com se não tivéssemos alternativas. – disse o moreno.

- Como assim, a lei é bem clara. – disse Lilian.

- Sim, você enquanto bruxa deve se casar. – disse Tiago. – Mas não diz com quem, você pode escolher. O que Dumbledore está tentando fazer é uma escolha que não chamaria tanta atenção e preencheria os requisitos do ministério. Mas você ainda pode ter uma alternativa, que acredito que você não gostaria. Você poderia voltar para casa dos seus pais, e viver como uma trouxa até essa ameaça passar.

- Muito drástica essa alternativa, mas algumas pessoas têm escolhido ela. – disse o diretor. – Apesar de não ser garantia de segurança.

Lilian estava confusa agora. Tiago sendo sensato e Dumbledore concordando com ele.

- Diretor, acho que isso foi um pouco demais por hoje.  – disse Tiago olhando fixamente para Lilian. – Ela precisa pensar, conversar com algumas pessoas antes de ter uma resposta.

- Srta Evans é imperativo que corujas não saiam do castelo com tais informações. – disse o diretor. – Se você precisar conversar com seus pais, podemos arranjar meios seguros para isso.

- Agradeço, professor. – disse ela.

- Vocês estão dispensados. – disse Dumbledore.

Os dois alunos se retiraram e foram em direção a sala comunal.

No meio do caminho.

- Potter. – disse Lilian.

- Evans, sei que nós precisamos conversar sobre isso. Mas você tem que tomar essa decisão sozinha, digo, sem minha influência. Eu gosto realmente de você, apesar de você não acreditar. Fiquei feliz e ao mesmo tempo triste com essa situação toda. Eu queria ter algo com você, mas sem que fosse por conta de uma lei. O que você tem que saber agora, e que, para todos os outros seriamos realmente casados, mas quando tivéssemos só nós seriamos apenas amigos, se um dia chegarmos a esse estágio.

Tiago continuou o seu caminho, deixando uma ruiva pensativa para trás.

Quando Lilian chegou na torre, não encontrou os Marotos na sala. Mas não se preocupou com isso, pelo menos não desta vez. Tinha mais coisas na sua cabeça. Procurou por Maria, mas não encontrou. Ela provavelmente estava no quarto. Suas outras colegas de quarto estavam ali, então poderia conversar com a amiga sem tantos problemas.

- O Potter pediu para que eu te esperasse aqui. – disse Maria ao vê-la entrar.

- Ele anda me surpreendendo muito hoje. – disse Lilian.

- O que Dumbledore queria com você, ou melhor, com vocês? - perguntou a menina com um sorrisinho malicioso no rosto.

Lilian contou tudo, todos os detalhes até que Tiago a deixou no corredor. Sem antes colocar um feitiço de privacidade em volta da cama dela.

- VOCÊ VAI SE CASAR COM TIAGO POTTER? – gritou Maria.

- Isso era pra ninguém saber. – disse Lilian escondendo a cara num travesseiro.

- Você lançou o feitiço pra ninguém ouvir, então posso berrar A VONTADE.

- Mas não fique entusiasmada com isso, pode nem acontecer.

- Sim, seu príncipe encantando te deu alternativas. Espere, está faltando algo nessa historia. Eu já volto.

Maria saiu do quarto antes mesmo que Lilian entendesse alguma coisa ou pudesse impedir. Cinco minutos ela voltou séria.

- O que você vai fazer?

- Não sei ainda. Vou conversar com meus pais, não quero que eles fiquem decepcionados.

– Eles não ficarão. – disse Maria de forma misteriosa. – O problema maior é como as pessoas reagirão a essa notícia, se realmente acontecer.

- Ai. – disse Lilian.

- Mas pelo que eu entendi seu noivo pode ter ajudar nisso.

- Ninguém, absolutamente ninguém pode saber disso. – ameaçou Lilian.

- Você está doida? Eu não quero uma ruiva doida atrás de mim.

TLTLTLTLTLTLTLT

Lilian conseguiu uma chave de portal para poder ir para casa, no sábado. Dumbledore fez a gentileza de criar duas para ela. Uma para ida outra para volta.

Ela estava extremamente nervosa. Não sabia a reação dos seus pais a essa notícia.

A ruiva apareceu no seu quarto, não queria problemas, caso seus pais ou sua irmã tivesse com visitas. 

Parou um segundo para escutar, mas não ouviu nada. Esperava que isso não significasse que seus pais não estavam em casa. Desceu as escadas com cuidado, não queria surpreender ninguém.

Ouviu algo na cozinha, e foi para lá.

Seus pais estavam terminando de lavar a louça do café.

Ela deu um suspiro, aliviada.

- Pai, mãe. – chamou ela.

- Lily. – disse Beatriz Evans. – Algum problema? Eles não te expulsaram da escola, né?

- Não, eles não me expulsaram. Duvido muito que poderiam. – disse ela tentando tranquilizar os pais, e a si mesma. – Mas tenho algo importante pra conversar com vocês, tanto que o diretor me deu permissão e recomendação que viesse aqui.

- E o que seria isso? – perguntou Marcus.

– Eu sei que parece estranho, mas vocês se lembram de que disse que tem algumas coisas acontecendo no mundo mágico. Alguns bruxos estão causando caos.

- Sim, lembro. – disse Marcus. – Isso não é exclusividade dos bruxos, infelizmente.

- Acho melhor vocês lerem. – disse ela, pegando um pergaminho que Dumbledore tinha dado para ela, enfeitiçado para sumir em algumas horas, assim não caindo em mãos erradas.

Marcus terminou primeiro, passando para sua mulher. Ele ficou olhando para a janela, tentando absorver.

- Você vai ter que se casar? – perguntou Beatriz.

- Se eu quiser continuar no mundo bruxo sim. – disse Lilian. – Mas posso voltar pra casa, enquanto isso.

- Você é uma bruxa, não vai ser voltando para casa que isso vai mudar. – disse a mulher.

-E nem vai adiantar muito. – disse Marcus, apontando para o jornal. – Mortes estranhas andam acontecendo.

Lilian pegou o jornal, e reconheceu alguns nomes e sobrenomes, inclusive de uma menina da corvinal que se formara quando ela estava no quarto ano.

- São nascidos trouxas e suas famílias. – disse a ruiva.

- Então essa lei não protege apenas os bruxos de origem trouxa, mas também a sua família. – disse Bia.

- Então, era isso que Maria foi descobrir. – disse Lilian.

- Ela também vai ter que se casar? – perguntou Marcus. – Você me disse que ela é nascida trouxa.

- Na verdade, o pai dela é um aborto, filhos de bruxos sem magia. Então tem o sobrenome de família bruxa.

- Já tem alguém de uma família digna em vista? – perguntou Marcus um tanto aborrecido.

- Professor Dumbledore me sugeriu um nome. – disse Lilian,

- É aquele menino que morava aqui perto? – perguntou Beatriz.

- Não, o pai dele é trouxa. E bem não somos mais amigos. Dumbledore sugeriu alguém com uma família bruxa antiga e que é bem respeitada.

- O que você está sentindo sobre isso tudo? – perguntou Marcus.

- Eu não sei. – disse Lilian. – Eu estou confusa. Se eu tivesse envolvida com ele, como os outros casos, não seria tanto problema. Mas...

- Qual é o nome dele? – perguntou Beatriz.

- Tiago Potter. – disse Lilian, esperando a reação dela.

- O famigerado Tiago Potter. – disse a mamãe dela com um sorriso.

- Mãe. – gemeu ela, sabia que não devia ter falado tanto do moreno.

- O que você vai fazer, meu anjo? – perguntou Marcus.

- Se não adianta esconder, vou casar.

- Com o Potter? – perguntou ele.

- Infelizmente. – disse ela.

- Só vou permitir quando o conhecer.

- Eu temia isso. – disse Lilian. – Acho que ele ia querer o mesmo. Assim como seus pais. Podemos marcar algo para o começo das férias.

O resto da manhã, eles fofocaram sobre o que tinha acontecido nos dois mundos, sem ser nada realmente sério.

Antes do almoço, Lilian voltou para o castelo. Era o combinado com o diretor para evitar que alguém percebesse.

- Tomou alguma decisão, Srta Evans. – perguntou ele ao ver a ruiva.

- Sim, logo essa denominação será ultrapassada.

- Devo felicitar ou dar meus pêsames pelo seu casamento? – perguntou Dumbledore com um brilho no olhar.

- Depois eu te respondo. Ainda tenho que conversar com Potter.

- Lembre-se de fazer isso em segredo.


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