Pensamos Que Era Uma Brincadeira escrita por Mago Merlin


Capítulo 3
Brincadeira




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Capítulo 3 – Brincadeira

Gina acordou primeiro, e se viu abraçada com Harry. Ela corou um pouco, por ser Harry. Mas ela sabia que isso poderia realmente acontecer. Seus irmãos sempre diziam que ela era uma abraçadora, sempre que dormia abraçava a coisa mais perto. Por isso ela sempre tinha um bichinho de pelúcia grande o suficiente.

Ela não esperava, no entanto, que Harry retribuísse o abraço.

Calmamente, retirou o braço que estava sobre seu tronco, e saiu da cama. Deixaria Harry dormir um pouco. E seria melhor que ela já tivesse comido antes de ver como estavam os ferimentos dele.

Na cozinha estava apenas Molly, o que deixou ela um pouco triste, queria conversar com seu pai para ver o que poderia fazer para ajudar Harry.

- Bom dia, mãe. – disse ela sentando-se à mesa, e percebendo que parte da comida já tinha sido consumida.

- Bom dia, Gina. – disse Molly colocando panquecas frescas na frente da filha.

- Cadê todo mundo?

- Seus irmãos ainda estão de castigo. Vão ficar o dia todo no quarto deles. E seu pai teve uma chamada de urgência e precisou sair mais cedo.

- Então eu posso... – mas ela desistiu ao ver que estava chovendo.

- Você sabe que não pode voar na chuva. Pode pegar um resfriado e ficar de cama, principalmente no seu aniversario. Você quer isso?

- Não. – disse ela.

Gina comeu em silêncio, enquanto sua mãe começava a lavar a louça.

Assim que acabou, juntou em um prato uma panqueca, algumas torradas e uns pedaços de bacon para levar para o Harry, junto com um copo de suco.

- Quero que você tome banho antes do almoço hoje, não se esqueça de lavar o cabelo. – disse Molly. – Pode levar seu paciente com você se for preciso. Ele pode precisar de um banho para ajudar.

- Sim, mãe. – disse Gina, quem era ela para descumprir ordens diretas.

Harry ainda estava dormindo quando ela voltou. Gina esperava que ele não ficasse dormindo tanto assim. Ela não precisava de outro Rony na sua vida.

- Harry acorde. – disse ela da mesma forma que tinha feito na noite.

Mas diferente da outra vez, Harry acordou assustado. Olhando para todos os lados como se não soubesse onde estava.

- Harry. – chamou Gina.

O moreno focalizou na mancha vermelha que ele via, e se acalmou.

- Desculpe. Achei que estava com problemas.

- Que tipo de problemas? – perguntou a ruiva.

- Tinha perdido o café. – disse ele.

Mas o que Harry quis dizer não foi o que Gina entendeu.

- Aqui está o seu café. – disse ela apontando para o prato que ela tinha trazido. – Mamãe não deixa ninguém passar sem o café.

- Vou agradecer ela depois. – disse ele.

Harry comeu o café tranquilamente.

- Você conversou com seu pai? – perguntou ele.

- Ele saiu mais cedo. Mas podemos mandar uma mensagem pra ele se você quiser.

- Prefiro falar pessoalmente. Esse negócio de magia ainda é estranho pra mim.

- Se você quer assim. – disse ela dando de ombros. – Mas vamos ter que ficar aqui dentro de casa hoje. Está chovendo.

- Não tem problema. Eu não conseguiria fazer muita coisa com dor aqui. – disse ele apontando para as costelas.

- E meus irmãos ainda estão de castigo. – disse ela. – Vamos ser só nós dois por um tempo.

- Quantos irmãos você tem? – perguntou ele curioso. A maioria dos meninos que andavam com Duda era filho único e ele não sabia bem como agir perto de pessoas com irmãos.

- Seis. – disse ela. – Todos mais velhos. O que é bem irritante, eles não me deixam fazer nada divertido.

- Estão todos aqui? – a pergunta tinha um pouco de medo, os meninos mais velhos tinham a tendência a tentar bater em Harry também.

- Não, Gui e Carlinhos já se formaram e moram longe. Gui no Egito e Carlinhos na Romênia. Percy já está em Hogwarts, a escola pra bruxos, os gêmeos Fred e Jorge, começam esse ano, então tem o Rony. Mas você não vai poder conhecer eles hoje, estão de castigo.

Harry temeu pelos irmãos de Gina.

- Por que seus irmãos moram longe?

- Gui trabalha para o Grigontes, o banco bruxo. Ele é um quebrador de maldições e trabalha nas tumbas de Egito. Carlinhos trabalha com dragões, e a melhor reversa é na Romênia.

- Dragões, tipo grande e cospem fogo? – perguntou ele.

- Sim. – disse Gina mostrando o seu dragãozinho de pelúcia. – Mas não tem nenhum real por perto.

- O que seu pai faz no ministério da magia? – ele estava muito interessado nesse novo mundo.

- Ele trabalha no Departamento de mau uso de artefatos trouxas.

Harry fez mais perguntas e Gina adorou responder. Mesmo porque não queria fazer ela as perguntas.

- Gina, hora do banho. Daqui a pouco o almoço está pronto, seu pai virá. – disse Molly das escadas, como o primeiro quarto era a da caçula, não tinha como não ouvir.

- Você ouviu ela. Hora do banho. – disse Gina para Harry.

- Não era pra você. – disse ele.

- Ela me falou pra te levar junto. Posso ver melhor seus machucados se tiverem limpos. – disse ela sem malícia.

Harry não viu um motivo para não ir.

Os dois seguiram para o banheiro. Harry percebeu que precisava usar o banheiro antes, Gina ficou fora esperando.

Assim que ele terminou, Gina entrou.

Eles se despiram sem falar nada e Gina entrou primeiro no box para ligar o chuveiro. Harry percebeu que ela tinha uma pele lisa e clara, ao contrario da dele que era toda marcada por cicatrizes e queimada de sol. Ele se sentiu envergonhado por isso.

- Vem, Harry. Eu lavo suas costas com cuidado. – disse ela não entendendo a hesitação dele.

- Ok. – disse ele.

- Vou lavar meu cabelo antes, depois eu te ajudo com suas costas. – disse Gina entrando em baixo do chuveiro para molhar sua cabeça.

Quando ajudava Harry, Gina pode ver que a maioria dos ferimentos já estava curada, havia algumas cicatrizes recentes e poucos cortes em cicatrização, mas estava bem melhor que antes. O problema era o ferimento do lado direito do peito que ainda estava bem ruim.

Depois Harry lavou as costas de Gina, mas seus pensamentos estavam em um dia poder passar as mãos nos cabelos longos dela, que pareciam bons para isso.

- Não tem cheiro de comida. – disse Gina quando eles saíram do banheiro. – O almoço ainda vai demorar um pouco.

- Eu não estou com fome ainda. – disse Harry como se precisasse tranquilizar sua nova amiga.

- Podemos brincar enquanto isso. – disse a ruiva.

- Acho melhor não. – disse Harry olhando pra o chão.

- Por que não? O que você tem de melhor pra fazer? – perguntou ela.

- Eu não sei brincar. – disse Harry envergonhado. – Ninguém nunca quis que eu participasse das brincadeiras.

- Deixa de se bobo. – disse Gina. – Toda criança sabe brincar. Você sabe ler?

- Sei, finjo errar pro meu tio achar que o Duda sabe mais que eu. – disse ele.

- Então podemos brincar de Teatro. A gente pega um livro, lê uma parte e depois a gente faz o que lemos.

- Isso da certo? – perguntou ele meio desconfiado.

- Sim, já fiz isso várias vezes com a Luna, uma menina que mora aqui perto. Ela também é uma bruxa. Vai dar pra gastar o tempo até o almoço e se não terminarmos não vai ter problema.

- Tudo bem. – disse ele. – Desde que não seja aquele livro sobre mim.

- Claro que não. Ele não é bom pra isso.

- Ok, então. – disse ele.

A menina pegou um dos seus livros favoritos. Disse que ia abrir em um pagina qualquer e leriam e se fosse uma cena boa eles fariam.

A primeira, infelizmente, não era boa, já que era um duelo entre cavalheiros pela honra de uma princesa. Gina queria ser a princesa, mas não teria dois cavalheiros para brigar. Se Rony não tivesse de castigo poderia ser.

A segunda era de outra historia. Era o casamento de um rei bruxo com uma fada. Essa eles poderiam fazer.

Eles leram e se posicionaram.

Ficaram de joelhos sobre a cama de mãos dadas, um de frente para o outro.

Gina leu algumas partes, que faziam parte da cena, e Harry outras. Mas tinha uma que os dois falavam juntos.

- Pela nossa magia, e amor, Juramos viver juntos por toda a nossa vida e nunca nos separarmos nem mesmo quando a morte nos buscar.

Eles precisavam fechar a cena com um beijo, era o que estava escrito. Então ele encostaram levemente seus lábios.

- Gina está na hora do almoço. Seu pai já chegou. – disse Molly abrindo a porta do quarto e vendo os dois juntos.

Uma luz multicolorida começou a emanar dos dois meninos e a crescer. Explodindo em um flash de luz e magia.

 – O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? – perguntou a matriarca.


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