Sirius estava feliz com a sua recém-dada liberdade. Mas a realidade logo o atingiu quando ele chegou até a saída do ministério.

Para onde ele iria? O que seria agora? Onde estaria Harry?

- Finalmente a aparência exterior retrata a loucura interior. – disse alguém nas sombras.

- E você entende bem loucura interior, Aluado. – disse ele dando um abraço.

- Me desculpe por ter duvidado de você, Almofadinhas.

- Só se você me desculpar por isso. – disse o ex-prisioneiro.

- Reencontro emocionante. – disse Dumbledore aparecendo ao lado dos dois. – Mas acredito que precisemos conversar, antes que você tome outra atitude precipitada.

Combinaram de se conversar em Hogwarts.

Dumbledore abriu o portão para os Marotos, e liderou o caminho. Eles imaginaram que seguiriam para a sala do diretor, mas tomaram um rumo diferente e acabaram na sala da professora de transfiguração.

- Sr Black, isso são roupas para se apresentar? – disse Minerva ao ver o homem.

- Eu não tive oportunidade de me trocar. – disse ele com a cabeça baixa, esperando a detenção.

Dumbledore e Remo riram da situação.

- Você não é mais um aluno, Sirius. E entendo que Azkaban não de uma roupa boa.  – disse a animaga com um sorriso.

- Ótimo, sai da cadeia e já recebo uma vingança. – disse Sirius.

Minerva revirou os olhos e fez um movimento de varinha. Sirius estava com uma roupa limpa.

- Essa roupa e do meu falecido marido. Vai ter melhor serventia em você que no meu armário, não precisa devolver. – disse ela. – Se quiser o feitiço, peça para Filius.

- Não viemos para educação. – disse Dumbledore. – Temos um assunto importante para discutir com vocês. Harry Potter.

- Eu gostaria de poder visita-lo. – disse Remo triste.

- A última notícia que tive dele, você o estava enviando para a irmã da Lily. – acusou Sirius. – Espero não ter que ir resgata-lo.

- Não será necessário.  – disse Minerva com um sorriso no rosto. – Mas acho que ele não vai querer sair de onde está.

- Eu realmente deixei Harry com a tia. – disse o diretor. – Era o melhor para ele, crescer longe do mundo mágico. E o sacrifício de Lily tinha deixado para ele uma proteção de sangue. Uma magia antiga que nem mesmo Voldemort pode contornar.

- Você prefere que ele seja odiado por sua família que nunca gostou de Lily? Aposto que não deixou ninguém chegar perto.

- Era para o bem dele.

- Bem dele? – berrou Remo, o que assustou a todos. – Eu me lembro de como Petúnia tratava Lily. Aposto que Harry só foi para escola porque ela não queria que os vizinhos achassem que o menino era negligenciado.

- Você está certo. - disse Dumbledore. – Mas não precisamos se preocupar mais com isso.

- Você percebeu o erro que cometeu e o tirou de lá? – perguntou Sirius.

- Ainda acho que ali é o melhor para ele. – disse o ancião. – Mas não fui eu. Aparentemente Harry ou sua magia encontrou uma forma de sair dali.

- Ainda bem, não sei se ele chegaria a vir para Hogwarts se as coisas continuassem desta forma. – disse Minerva.

Rosnados vieram dos dois.

- Não se preocupem, Harry está bem e seguro. – disse Minerva. – Amanhã, se vocês quiserem, posso levar vocês para a comemoração de um ano de casamento dele.

- Seria maravilhos.... Casamento? – perguntou Sirius.

- Harry se casou? Foi assim que se livrou da tia? Mas ele não tem 10 anos? – perguntou Remo.

- Como disse, a Magia de Harry arrumou um jeito. E um ritual esquecido que acabou em um livro de histórias infantis.

Minerva contou para eles tudo, mas sem revelar nada sobre a família que acolheu Harry. Isso ela queria ver de perto.

Harry acordou antes de Gina e ficou olhando para a esposa que dormia. Ele gostava de vê-la assim. Era o anjo que tinha o resgatado de sua vida com seus tios, aquele para quem ele rezava todos os dias.

Gina acordou e deu um selinho em Harry.

Molly estava na porta. Olhando para os dois e pode ver novamente a luz envolver o dois. Isso a reconfortava. Esse casamento não era uma brincadeira do destino.

Ela voltou para a cozinha. Tinha uma festa para preparar e um sabia que teria uma batalha nela.

Quando todos estavam na mesa, para uma refeição especial ela deu um anuncio.

- Na festa teremos alguns convidados extras. Quero respeito com eles. – disse ela.

- Quem? – perguntou Fred.

- Gui finalmente vai trazer uma namorada? – perguntou Jorge.

- Carlinhos vai trazer um dragão? – perguntou Rony.

- Minerva vai trazer dois amigos. – disse ela sabendo quem seria, mas queria manter a surpresa para Harry. – Não quero perguntas. Entenderam?

Todos assentiram.

Os gêmeos já estavam bolando o que eles poderiam fazer para contornar essa regra. Harry e Gina tentando imaginar quem seria. Rony não estava preocupado, agora que ele teria um dia de refeições especiais a mais, poderia vir quem quisesse.

No meio da manhã, chegaram os primeiros visitantes. Julia e Luna entregaram presentes para os dois. Julia entregou um álbum de fotos que se autopreenchia, bastava que um dos dois quisesse que a foto estivesse ali. Luna entregou um colar que afastaria mal olhado e alguns animais estranhos que nenhum dos dois guardou o nome.

Durante o dia, corujas entregaram felicitações e presentes de pessoas que não poderia estar presentes. Carlinhos e Gui mandaram presentes regionais. Dumbledore mandou um malão com fundo extensível para que as roupas dos dois pudessem ir juntas, quando viajassem ou fossem para escola.

Mas o presente mais surpreendente foi dado por Ragnarok. Era uma peça de prata feita pelos duendes. Era um escudo com o brasão da família Potter. Era um grifo sobre uma varinha e uma espada cruzadas.

- Agora entendo por que um grifo estaria de olho em vocês. – disse Arthur. – Somente famílias com afinidade com esses animais podem ter eles em seus brações. Muitos já tentaram. Ou tiveram que mudar, ou foram exterminadas em pouco tempo.

Os gêmeos tremeram a menção do extermínio, eles estavam planejando algo do gênero.

Logo a noite se aproximou e com isso a pequena festa.

Sons de aparatação indicaram que os convidados haviam chegado. Era possível ver quatro figuras andando até a casa. A menor com certeza era a professora de transfiguração. Dois homens a seguiam de perto, mas a figura atrás era um pouco intimidante. Era bem maior que qualquer um que Harry já tivesse visto.

- O que Hagrid está fazendo aqui? – perguntou Percy, que quando viu que os três mais novos não entenderam. – Ele é o guarda-chaves e terras de Hogwarts.

- Eu me lembro de Minerva ter dito que ele juntou as fotos de meus pais. – disse Harry. – Deve ter conhecido eles.

- Faz sentido. – disse o menino.

Harry achou os dois homens familiares, mas não conseguiu identificar os dois.

Minerva cumprimentou os dois, e apresentou seus companheiros.

- Espero que não se importem de eu ter trazido alguns amigos comigo. – disse a professora. – Este é Rubeo Hagrid.

Harry recebeu um abraço que fez doer suas costelas.

- E estes são Remo Lupin e Sirius Black. – disse ela.

Mais uma vez ele foi agarrado e abraçado.