Pensamos Que Era Uma Brincadeira escrita por Mago Merlin


Capítulo 11
Reações




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Capítulo 11 – Reações

 Molly pensou que já tinha visto de tudo naquela casa.

As magias de Gui. A coragem de Carlinhos em ir trabalhar com dragões. As confusões dos gêmeos. Sua menininha se casando com o pequeno Harry.

Mas ela não esperava nunca pelo que viu.

Ela ainda encarava os dois ovos que Harry e Gina orgulhosamente mostravam para ela.

- O...Onde vocês conseguiram ovos de dra..dragão? – perguntou ela.

- Sinceramente, mãe. – disse Gina. – Ovos de Dragão são proibidos. Esses são de grifo.

Molly não se sentiu mais segura ao ouvir isso. Grifos eram tão selvagens como dragões.

- Como vocês conseguiram isso? – perguntou ela.

- Um grifo deu eles pra gente. – disse Gina.

- Um grifo aqui? – perguntou Molly e sem esperar resposta começou a conferir os dois para ver se eles não tinham nenhum ferimento.

Harry se sentiu feliz com isso, era a primeira vez que alguém se preocupava com ele assim. Mas Gina se sentiu incomodada.

- Mãe, estamos bem. – disse a menina.

- Grifos são perigosos.  – afirmou Molly.

- Ele foi legal com a gente. - Falou Harry.

Molly estava confusa. Como um animal poderia ser legal.

- Conte essa história direito. – pediu a matriarca.

Harry contou como encontraram o grifo e ele conversou como os dois antes de entregar os ovos.

Molly ficou olhando para os dois garotos por pelo menos cinco minutos antes de correr para a lareira.

Harry agarrou seu ovo. Não deixaria que ninguém tirasse dele.

Gina ia fazer o mesmo, quando escutou uma voz familiar saindo do fogo.

- Qual o problema, mãe. – disse Carlinhos.

Molly apontou para a mesa, onde estava o ovo de Gina e depois para Harry.

- Isso é realmente o que estou pensando que é? – perguntou o domador de dragões. – Eles são realmente raros. São precisos mais de vinte bruxos para conseguir um destes, imagina dois. Especialmente que a maioria nunca retorna.

- Nós não roubamos nada. – disse Harry entendendo o que o ruivo quis dizer. – Ganhamos.

- Eu sei, Harry. – disse Carlinhos. – Mas vocês tem que me dizer quem foi a pessoa que deu isso pra vocês. Pode ter colocado isso em risco.

- Não foi uma pessoa.  – disse Gina. – Foi um grifo.

Carlinhos falou algumas palavras que Molly teria reclamado se ela mesma não tivesse pensando nelas.

- Isso muda tudo. – disse a cabeça no fogo. – Eles agora são seus bichos de estimação.

- Não são. – disse Harry com firmeza. – São familiares.

- Certo. – disse ele. – Vou procurar alguns livros sobre grifos. Mas acho que teremos visão apenas superficial deles. Grifos são difíceis de observar. Mas mãe não se preocupa, se são familiares e foram dados por um grifo, seus filhotes estão seguros. Não há lei proibindo isso.

- Bom saber. – disse Molly. – Se cuida.

Depois se virou para os dois meninos.

- Levem pra o quarto. Eles estão melhor lá. Ainda mais que os gêmeos podem querer algo com eles.

- Claro, mãe.  – disse Gina dando um beijo na mãe, antes de pegar o ovo e subir.

- Obrigado, Molly.  – disse Harry.

As reações aos ovos foram diferentes. Arthur ficou excitado como se fosse um objeto trouxa. Percy começou a fazer um discurso de como achava que era ilegal. Os gêmeos já estavam maquinando para usar os grifos. Rony se sentia com ciúmes.

- Não é como se fosse apenas a gente fosse brincar com eles. – disse Harry. – Eles vão estar aqui na casa. Eles estarão na casa, e se eles gostarem de você, não terá problemas.

- E Rony. Não vamos de deixar fora das coisas. – disse Gina. – Não é porque somos casados que você deixa de ser meu irmão.

- Certo. – disse o ruivo. – Desculpas.

Gui reclamou de que as coisas só aconteciam naquela casa quando ele estava fora.

O projeto para o resto do verão foi construir um abrigo para os felinos, ou seriam aves, ainda não sabiam.

Isso ocupou os cinco mais novos. O que manteve os gêmeos sobre controle. Molly agradeceu por eles não estarem testando as varinhas.

Seria um lugar que não seria visto da estrada, evitando os trouxas. E permitiria que eles ficassem ali durante todo o tempo, mesmo depois que tivessem crescidos.

Mas enquanto eles ainda pudessem ficar dentro de casa, ficariam no quarto dos dois.

Dumbledore aparatou perto da Toca. Ele precisava fazer mais uma tentativa de fazer Harry retornar para a casa dos tios, mesmo que isso fosse trazer algum sofrimento para o menino.

Ele se posicionou para a janela do quarto que Harry ficava, o feitiço não precisava atingir diretamente o alvo, ainda mais que era para quebrar uma ligação como essa.

Começou a cantar o feitiço. Era um feitiço longo e antigo. Devia ser enunciado em um cântico.

Na metade, uma luz começou a sair de sua varinha, indicando que o feitiço estava indo bem. Mas...

Algo bateu em seu braço abrindo um talho enorme. E pior ele tinha perdido sua varinha.

Agora na sua frente havia um grifo adulto pronto para o ataque.

- Fawkes! – chamou seu familiar.

A ave apareceu entre o diretor e o grifo. Olhou para seu protegido e o animal, e então se afastou.

Dumbledore olhou para ele espantado. Sua fênix nunca tinha agido assim, sempre o protegia.

Foi quando ele percebeu. Os dois estavam protegendo Harry e Gina.

- Tudo bem. Eu me rendo. Não vou mais tentar separar os dois, ou tentar devolver Harry para os tios. – disse o diretor.

Tanto o grifo quanto a fênix assentiram. O grifo relaxou. Mas continuava alerta para qualquer atitude suspeita do homem a sua frente.

Fawkes voou e pegou a varinha, mas não devolveu para Dumbledore.

- Entendo. – disse Dumbledore.  – Vocês não confiam em mim agora. Poderia me curar. Pelo menos?

Mas Fawkes se negou. Ele teria que se curar sozinho. Seria sua punição.

- Voltemos para Hogwarts. – disse Dumbledore. – Amanhã começa as aulas. Não seria bom que tivesse sangrando no jantar de boas vindas.


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