One More Time In Nárnia escrita por Loren


Capítulo 38
Capítulo 38


Notas iniciais do capítulo

Bônus



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--Onde está Edmundo?

Eustáquio deu de ombros concentrado demais no que fazia. Por mais que estivesse tentando ser uma boa pessoa, ainda tinha a mania terrível de brincar com insetos. Ainda com os olhos presos em uma joaninha, ele disse distraidamente para sua prima.

--Acho que ele deu uma saída.

--E você faz alguma ideia para onde?- Lúcia perguntou com as mãos na cintura, mas Eustáquio não ouvia mais nada depois do que havia dito.

Lúcia bufou visivelmente irritada O irmão estava dando algumas “saídas” desde que haviam voltado de Nárnia. Geralmente, saia de manhã cedo e voltava tarde da noite. Nunca tinha um dia certo de sair. Saia quando lhe bem fizesse bem. Lúcia ficava acordada até o irmão voltar e quando ele fazia, entrava calmamente pela casa como se não tivesse feito nada de errado. Não voltava bêbado ou com meninas estranhas. Mas ainda assim, parecia abatido. E triste.

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O menino chutou uma pedra enquanto andava pela praia escura e fria. Suspirou dando uma olhada ao redor. Uma coisa é certa, as praias da Inglaterra não podem ser consideradas com as de Nárnia, ele pensou sem sorrir. Já se havia passado quanto tempo? Um mês e quatro dias? Ou um mês e seis dias? Parou de andar pela praia pedregosa e virou-se para o mar. Inspirou o ar fundo e o soltou pela boca. Nunca via nada de fascinante no cheiro, mas nos últimos dias, era familiar. Era ela. Passou as mãos pela cabeça frustrado em só a ter no pensamento por tanto tempo. Droga, daqui a pouco serei um daqueles velhinhos birutas que perderam o amor e se conformará morando em uma casa abandonada, ele pensou. Tinha que tira-la de seu pensamento, afinal, a vida continuava. E não havia mudado muita coisa. Continuava ajudando Lúcia nas tarefas, apesar de Eustáquio também dividi-las com ele mesmo. Sorriu ao pensar que Nárnia fizera muito bem ao primo. Não estava estudando ainda, mas tinha esperanças de que o faria logo quando fosse para os E.U.A com o fim da guerra. Colocou as mãos nos bolsos e virou-se para poder pegar o trem de volta para Cambridge. Ainda não havia contado para onde ia a Lúcia. Parecia constrangedor demais para um menino falar isso. Entrou no trem e sentou-se com a cabeça escorada no vidro, tendo ainda em seus pulmões e mente, o cheiro dela.

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Não se lembrava que cansava tanto subir até Cair Paravel. Talvez eu esteja acostumada demais com o mar, ela pensou. Subiu e viu ao longe a aldeia animada e feliz como sempre. Com faunos pequenos correndo livremente e brincando com suas espadas de madeira. O cheiro delicioso de pão vindo da chaminé da padaria. As meninas caminhando para suas casas e rindo sob os olhares de atraentes meninos. Uma senhora regando seu belo jardim colorido. As casas limpas e coloridas. Ursos e leopardos e senhores e faunos velhos conversando alegremente a frente de um bar sentados em uma das mesas. Ouviu o grito de alguma fauna gorda e irritada brigando com os mesmos faunos pequenos de espadas de madeira. Sorriu ao ver o lugar tão familiar. Pretendia andar até a pensão que morava, mas sentiu alguém batendo em suas pernas na parte de trás e virou-se no mesmo instante. Prendeu o ar e sentiu os olhos arregalados.

--Henrique?- ela murmurou vendo o menino de cabelos loiros e olhos castanhos vendo a menina sua frente.

Estava mais alto ,sem dúvidas. Muito mais alto da última vez. O cabelo lhe caia acima dos olhos escondendo suas sobrancelhas e tinha o rosto mais magro e maduro. Óbvio que está mais maduro! Afinal, já faz cinco anos que não o vejo!, ela pensou revirando os olhos para si mesma. Olhou para ele mais uma vez e sorriu com um canto da boca. Não sabia o que fazer ou dizer, e se fosse mais uma tentação? Ou somente um sonho? O menino também não disse nada. Parecia mais estático que a menina.

--Henrique! Henrique!- ela ouviu um grito e levantou a cabeça vendo a estrada a sua frente e logo apareceu um menino mais alto que Henrique, mais forte que Henrique e com o rosto um pouco mais maduro que Henrique, mas com o cabelo negro sem franja e os olhos azuis como o céu.

O menino chegou perto do loiro e o abraçou rapidamente, logo se afastou, segurando pelos ombros.

--Não suma desse modo! Fiquei preocupado moleque! O que acha que mamãe diria se soubesse?

--Desculpe. É que...

--Daniel?- foram interrompidos por uma voz que parecia chorar.

O moreno levantou os olhos e sua expressão com a testa franzida e os lábios apertados transformaram-se em uma de surpresa com a boca aberta e os olhos arregalados.

--Cris? Cris, é você mesma?- o moreno perguntou lentamente.

A menina não respondeu. Ajoelhou-se e no mesmo momento puxou os meninos para um abraço que corresponderam de volta a apertando pelo pescoço. Ela chorava baixinho e com um sorriso de rasgar os lábios. Assim que se afastaram, ela levou uma mecha de cabelo para trás da orelha.

--Como cresceram!- ela disse com o rosto já molhado.

--Você também cresceu!- disse Henrique ainda com uma expressão de surpresa.

--Passou bastante tempo desde que você nos deixou na casa da tia.- disse o moreno com os olhinhos brilhantes.

--Eu sei.- ela disse colocando uma mão no rosto do moreno.- Me desculpe Dani, mas era o melhor para vocês dois. Eu não tinha como cuidar de vocês e...

--Não importa.- disse o mesmo com um sorriso.- Você finalmente está aqui.

Os três sorriram e se abraçaram mais uma vez. Quando se soltaram, a menina perguntou.

--Mas...me digam! Como chegaram até Cair Paravel?

O loiro deu de ombros.

--Eu não lembro. Nunca consigo entender a explicação daquele leão.

O moreno abanou a cabeça em reprovação ao menor. A menina abriu a boca surpresa e gaguejou.

--Um..leão? Co-como assim...um leão, Henrique?

O moreno se adiantou.

--A gente acordou um dia e estávamos na praia. Aí apareceu Aslam e nos trouxe até aqui, deixando a gente com a mamãe e o papai.

A menina abriu ainda mais os olhos com espanto. Molhou os lábios com a ponta da língua, sentindo o coração palpitar a cada segundo mais rápido e com a voz baixa e pausada e uma pedra na garganta, perguntou.

--Mamãe e papai?

--É!- confirmou o loiro.

--Impossível! Eles estão mortos!

--E o que você acha que a gente tá?- repetiu o loiro.

--Como assim?

O loiro revirou os olhos e o moreno riu baixinho da expressão de incredulidade da irmã , pegou a mão da mesma e a guiou pela aldeia.  Ás vezes dava “oi” para pessoas mais velhas cumprimentando-as e dizia para os colegas da mesma idade que iria brincar depois. Dizia que sua irmã havia chegado. Pararam em frente a uma casinha simples de só um andar, com um jardim colorido na frente de diferentes espécies de flores, uma chaminé sem fumaça, a pintura vermelha bem feita e a janela da frente aberta.

--Bem vinda.- disse o moreno apertando a mão da mana.

No mesmo instante, saiu uma mulher com o cabelo preso em um coque frouxo e alguns fios no rosto, murmurando alguma coisa visivelmente irritada e com um pano nas mãos. Vestia um vestido verde de mangas curtas, os cabelos negros com alguns fios brancos a vista e a pele clara, mas enrugadinha em alguns locais, principalmente ao redor dos olhos azuis. Pegou o pano de cada ponta e começou a batê-lo para tirar a poeira ou sujeira que havia ali. A menina soltou a mão do irmão e andou com passos lentos pelo caminho de pedras que havia entre as flores até a varanda da casa. Com os lábios apertados e os olhos chorando mais uma vez, ela conseguia sorrir, vendo aquela que uma vez, já chamara de mãe a sua frente. A mulher parou de bater o pano por um momento, percebendo alguém por perto e virou o rosto lentamente até soltar um ofego ao ver sua pequena. Colocou uma mão ao peito e a outra na boca enquanto o pano caia no chão. Sorria. Oh...como sorria! Ela desceu os dois degraus murmurando.

--Cristine....oh, minha Cristine!-ela disse e correu para abraçar a menina.

As duas se abraçaram e choravam no ombro de cada uma. Não disseram nada e mesmo com lágrimas, sabiam que a outra estava sorrindo. A mulher segurou a menina pelos braços a afastou para ver seu rosto. Com cuidado e carinho, levou a mão a cabeça da menina.

--Como você cresceu filha. Como cresceu!

--A senhora também mudou!

--Só se for para velha coroca. - ela disse séria, provocando risos na menina.

--Verônica!- ouviu-se o nome da mulher de dentro da casa.- Verônica, onde você está?! Já pedi para trazer o meu pano e até agora, nada! Mas será que demora tanto tirar o pó de...

E na frente da casa, saiu uma velhinha com a pele mais enrugada ainda, olhos escuros e os cabelos brancos e presos em um coque. Mesmo com um sol fortíssimo no céu, vestia um xale preto como o resto de suas vestes e suas mangas eram compridas. Ao ver a menina abraçada com a mãe, apenas revirou os olhos e voltou a gritar quando viu o pano no chão.

--Ahh Verônica, veja o meu pano! Por que não consegue cuidar das coisas? Ahh, como pode se chamar de dona de casa? Ahh maldita hora que você foi casar com meu irmão! Ele merecia coisa melhor!

--Dona Fátima.- a mulher falou com a voz autoritária e firme, calando a velha.- Chame o seu irmão, por favor.

A velha somente voltou a murmurar palavrões e pegou seu pano antes de voltar para dentro da casa e gritar “A bastarda voltou”. A mulher revirou os olhos e bateu na testa com a mão esquerda, virou-se para a menina e disse com a voz mais doce.

--Desculpe querida, mas...

A menina interrompeu a mãe.

--Não se preocupe mamãe, sei bem como é a Dona Fátima.

A mulher sorriu e passou o braço direito pelos ombros da filha.

--Que tal um chá com bolo?

A menina deu de ombros.

--Para mim, parece ótimo!

Virou-se para os meninos e fez um aceno com a cabeça. Os dois saíram correndo, o loiro pulou no colo da menina enquanto o outro puxava a mão da mesma para dentro de casa e a mulher limpava o rosto molhada com as costas da mão.

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Ela sentia o ar faltar ao ser abraçada com força pelos abraço forte do senhor. Ele afastou-se dela e tinha os olhos molhados e um sorriso enorme com todos os dentes brancos e alinhados.

--Já é uma moça filha.

--Obrigada pai.

O senhor alto e de poucos cabelos loiros, agora já brancos, nunca fora muito bom com as palavras. A idade já o havia alcançado, percebendo pela careca e pela barriguinha saliente que se escondia pela camisa simples. Olhos castanhos questionadores e familiares. Sem rugas, mas com a pele já áspera. Usava botas de couro desgastadas e uma calça velha, mas limpa. Sem barba e bigode. Trabalhador e grande amante da família. Um bom homem. Um bom pai. Ele levou a mão mostrando a cadeira simples de frente a mesa circular da cozinha. A menina sentou-se e logo, os irmãos sentaram-se ao seu lado, seu pai a sua frente e sua mãe preparava o chá.

--E onde está a titia querida?- disse Cristine piscando para os irmãos e eles rindo baixinho. Pestinhas os três? Talvez.

--Costurando.- disse o pai.

--Ou irritando uma boa alma.- grunhiu a mãe.

--Verônica...- advertiu o pai.

--Tudo bem! Desculpe Fernando! Esqueci que é sua irmã queridinha!

As crianças riram enquanto o pai revirava os olhos para um lado. A menina sugeriu ajudar a mãe, mas esta pediu para ela se sentar e ficar a vontade desta vez.

--Por que não nos conta do que houve com você lá querida?

--Ahm...aqui, a senhora quis dizer, certo?

--Não exatamente...- respondeu a mulher baixinho.

--Os meninos ainda não levaram você para Aslam?- interviu o homem.

--Ele está aqui?- ela perguntou surpresa.

O pai deu de ombros.

--Ás vezes faz uma vistinha.

Ela calou-se. Sua mente tudo estava claro. Claramente bagunçado. Vendo a confusão no rosto da menina, a mãe colocou um prato com pedaços de bolo fatiado e colocou uma mão no ombro dela.

--Deixe-a comer e descansar um pouco, Fernando. Vamos esperar o vovô e depois a levaremos para Aslam.

A menina virou a cabeça para a mãe.

--Vovô também está aqui?

A mulher sorriu e apertou a bochecha da menina com o polegar e o indicador.

--Não tenha dúvidas.

A menina bufou por conta do aperto em sua bochecha. Detestava. A mulher riu e soltou os dedos.

--E onde ele está?

--Do jeito elétrico que seu avô é, deve estar por aí cavalgando ou caçando. Sempre fora menos preguiçoso que seu pai.

--Obrigado pela linda declaração de amor.- disse o homem ironicamente.

Os meninos riram com a boca cheia de bolo, a menina se engasgou com o chá e a mulher dava uma bronca nos meninos enquanto abraçava o marido que tinha a testa franzida, mas ria internamente, assim como todos os outros ali presentes.

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--Explique-se.- disse a menina com o tom autoritário na voz e as mãos na cintura.

Ele suspirou cansado e tirou o casaco, deitou-o na cama enquanto abria o primeiro botão da camisa. A menina encostou as costas na parede e cruzou os braços.

--Não tenho pressa para sair.- ela disse.

Ele sentou na cama e passou as mãos pelos cabelos.

--O que quer Lúcia?

--O que quero? O que quero?! Edmundo! Você some alguns dias da semana pela manhã e só volta a noite! E nem me diz nada! Estou aliviada que não volta bêbado ou com garotas estranhas, mas ainda assim tenho motivos para me preocupar!

Ele olhou para ela com uma sobrancelha arqueada e as mãos no joelho.

--Por que acha que eu voltaria com garotas estranhas?

A menina suspirou e descruzou os braços. Andou até o irmão e sentou-se ao seu lado. O menino não a olhou. Ela colocou a mão em seu ombro.

--Não quis dizer que você é ruim. Mas...sejamos francos. Você é um idiota e tenho sérias dúvidas se não chegaria até esse ponto.

Ele revirou os olhos.

--Obrigada pela parte que me toca.- ele disse levantando-se e deitou na outra cama do quarto.

Desconfio que Eustáquio estava saindo com os pais naquela tarde. Lúcia pegou o casaco do imão e tinha a intenção de guarda-lo quando algo irritou seu nariz. Ela levou o casaco até o rosto e o cheirou, depois que o tirou, com uma cara confusa, virou-se para o irmão que estava olhando o teto com muito interesse.

--Você foi na praia?

Ele não respondeu. Apenas fechou os olhos e Lúcia pode jurar ter visto um indicio de lágrimas. Sua expressão se suavizou quando compreendeu tudo. Deixou o casaco na cama novamente e cruzou as mãos sobre as pernas.

--Hum...Ed?- ela o chamou após um silencio.

--Sim?

--Você nunca me disse tudo o que houve entre você e Cristine em Nárnia.

Ele olhou para a irmã por um instante e sentiu uma ferida interna abrir novamente. Suspirou. Não podia mais viver com aquilo o sufocando e era sua irmã! Podia confiar nela. Ainda deitado, voltou a olhar para o teto e começou a falar desde o momento que a viu. Disse que não gostara do comportamento dela no primeiro instante. Achara grosseiro. E também não tinha gostado quando soube que ela havia usado sua lanterna. E depois que ela o enfrentara...sentiu-se mais bravo ainda! Não explicou exatamente o por quê. Não queria irritar a irmã mais uma vez dizendo como se achava inferior a tudo e todos, apesar dela já saber que esse era o motivo. Não negou quando Lúcia perguntou se ele havia achado ela bonita a primeira vista. Confesso que achei sim, e digo mais, se eu não estivesse tão orgulhoso e bravo com bobagens, poderia dizer que havia a achado linda!, ele disse. Depois, foram parar até as Ilhas Solitárias e não comentou sobre quando havia escapado das mãos de um homem para tentar soltar Cristine. Nem ele entendera o por quê. Era cedo demais para dizer que sentia algo por ela. Lúcia não falou nada. Se o irmão não queria falar, não iria pressionar muito. Mas confessou que gostara dos cabelos dela.

--Gostara?- Lúcia perguntou com um sorrisinho maroto.

--Sim.- ele respondeu sentindo o rosto corar.

E não disse mais nada e ela também não incentivou, mas deu uma risadinha baixa. Depois, ele contou sobre a batalha que tiveram. Por um momento, se esquivaram do assunto e perguntaram-se se todos já haviam chegado em casa bem e se Caspian já havia acabado com o assunto dos mercadores de escravos. Lúcia chamou a atenção de Edmundo.

--E depois da batalha?

--Ah claro!- ele falou com a voz sarcástica.- Depois fui conversar com ela, porque acho que teve um certo alguém que me ordenou a fazer isso.

--Eu não ordenei, eu pedi!

--Lúcia.

--Hum?

--Você disse que ia quebrar minha lanterna se eu não fosse falar com ela.

Ela corou.

--Mas você sabe que eu não seria capaz.- ela se defendeu.

Ele virou o rosto para ela e sorriu com as  sobrancelhas levantadas.

--Não seria?

Ela jogou o travesseiro de propósito e ele riu. Ela cruzou os braços fazendo um pequeno biquinho com os lábios por conta da brabeza que sentia.

--Tudo bem, mas e você conversou com ela. E...?

Ele colocou o travesseiro atrás da cabeça e colocou as mãos no peito enquanto relembrava. Não sorria.

--Foi estranho no inicio. Afinal, só brigávamos. Mas confesso que eu olhava para ela, mas com um sentimento ruim.

--Qual?

Ele deu de ombros.

--Raiva talvez pelos primeiros acontecimentos. Quando vi as costas dela, completamente estragadas...me senti mal.

--Por quê?

--Você havia me contado sobre o passado dela naquela manhã, antes de descermos para as Ilhas. E depois o homem contou que os pais dela estavam mortos. E o próprio tio a torturou. Impressiono-me que ela não tenha ficado traumatizada.

--Ela não é uma garota fraca.

--Não. Nunca vai ser. Depois...nos demos um abraço.- ele sentiu o olhar da irmã e o sorrisinho por ali, mas continuou com os olhos no teto.- Senti uma vontade de protegê-la. Acho que..que, é normal né? Sentir algo do tipo quando alguém...ahm..precisa de...

--Proteção?

--É.- ele respondeu por fim.

--E foi bom?

--O que?

--O abraço.- ela disse óbvia.

Ele fechou os olhos e por um segundo, se viu de novo no Peregrino, vendo o sol aos poucos descendo no horizonte, os braços ao redor de um corpo frágil e vulnerável, uma respiração calma bate em seu peito, o vento bate calmamente na vela e nos corpos quentes e outros braços estão enroscados em sua cintura apertados.

--Foi bom. Foi bom sim.- ele respondeu com os olhos fechados e a mente divagando sobre um mar sem ondas.

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Notas finais do capítulo

haaai. volti pra vida o/ não, a fic ainda não acabou e não sei quantos mais cap.s vai ter. mas não serão muitos (; espero que tenham gostado. >