One More Time In Nárnia escrita por Loren
Notas iniciais do capítulo
haaai
Drinian não gostara no principio da ideia que lhe fora sugerida. Mas ao ver o rei Caspian confirmar com a cabeça e ver ao longe a ave que voava com tranquilidade e para longe daquele pesadelo, aceitou por fim. Deu ordens para que não baixassem a vela, era arriscado perdê-la e se saíssem dali, não teriam meios de voltar com facilidade. Sendo assim, mandou marinheiros para os remos. Ripchip dava incentivo para os homens suados e com dores nas mãos. Lúcia andava a procura da menininha quando algo bateu contra suas pernas e quase a desequilibrou.
–-Dark?- ela perguntou vendo o lobo fazendo uma reverencia rápida.
–-Perdoe-me majestade.- ele disse se retirando e levantando a cabeça para ver através da borda todo o tempo.
Lúcia andou atrás vendo um estado do lobo que não lhe parecia o normal.
–-Dark? O que houve?
Ele virou-se com uma expressão pior do que a serena ou calma, era uma de medo e pavor. Sim. Medo e pavor.
–-Estou preocupado!- ele disse por fim.
–-Com o quê?
–-Com Cristine! Não a vi mais com o dragão depois que subiu das águas, na verdade...
–-Espere! Ela não estava junto com Eustáquio depois que jogaram a espada nele mesmo?
O lobo abanou a cabeça negativamente. Lúcia perdeu a expressão confusa e assumiu uma preocupada e sentindo o ar se esvair do local. Sentiu a boca aberta tentando recuperar o fôlego, como se soltasse mais o ar do que tentar inspira-lo.
–-Então...onde...onde você acha que...
–-Eu a vi pendurada na cabeça do animal.- o lobo a interrompeu.
–-Então...ela está lá embaixo?
–-Não sei. Com o fogo não pude ver se ela foi para baixo novamente ou se ela foi jogada para algumas destas pedras.- ele disse apontando a água ao seu redor com o focinho.- Mas respondendo a sua pergunta novamente majestade- ele disse virando-se para Lúcia e os olhos arregalados-, espero que não. Oh, espero que não.
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O dragão passou as garras em seu ombro tentando alcançar a espada que estava enfiada pela metade dentro de sua carne. Sentia o corpo latejar, as asas perdendo ritmo e a cabeça rodando. Sentiu a luz bater sem seus olhos ao sair da Ilha Negra e provocando uma dor de cabeça perturbadora. Desistiu de tentar manter-se no voo. Iria cair na água, não lhe restava outra escolha. Até que viu ao longe uma parte intocada pela água, somente a areia. Tentando mais um pouco, conseguiu sem sucesso um pouso decente. Apenas sentindo o corpo sendo arrastado aos poucos pelo pequeno pedaço de terra, empurrando toda a areia com suas costas e formando uma pequenina montanha. Sentiu os olhos pesarem e permitiu fecha-los um pouco.
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A serpente subiu novamente a água gritando e desceu novamente. Até que subiu ainda gritando e desceu novamente. Algo parecia estar a incomodando. Ou alguém parecia a estar incomodando.
–-Vamos, usem toda a força que tiverem!- disse Ripchip para os marinheiros nos remos.
O barulho apareceu novamente, agora mais perto do barco e os marinheiros e majestades no convés perceberam que a serpente havia voltado à superfície. Mas somente perceberam quando a serpente passara por cima do convés esmagando a madeira com seu corpo pesado, quebrando algumas partes das bordas e desceu a cabeça na água. Um marinheiro jogou-se para o lado antes que a serpente o levasse para a água.
–-Gael, vem cá! Corre!- disse Lúcia puxando a menininha para longe do corpo da serpente.
Caspian correu atrás delas para talvez protegê-las. Edmundo afastava-se do corpo da serpente, quando fora surpreendido pela cabeça da serpente repetindo o movimento anterior do outro lado do barco e sendo jogado ao chão com força por conta de algum objeto em cima dele. Um fauno conseguiu escapar do corpo da serpente antes que o esmagasse. Ele gemeu de dor sentindo as costas batendo com força na madeira. Abriu os olhos e os arregalou mais ainda.
–-Cristine?- ele perguntou confuso vendo os olhos totalmente verdes da menina arregalados e seus cabelos soltos e encharcados.
Não era uma visão ruim, ele disse uma vez rindo de brincadeira para sua irmã mais nova. Ele ouviu um barulho alto e levou os olhos para o lado direito e vendo uma corda arrebentar-se. Segurou Cristine pela cintura e jogou para o lado indo junto e ficando por cima, para que a corda ao se soltar, não os alcançasse e batesse com força em seus corpos.
–-Onde você estava?- Edmundo perguntou com as mãos ao lado da cabeça da menina e sentindo água escorrer de seu rosto.
Era uma bela visão vendo a água marcar as linhas de seu rosto, pensou Cristine um vez. Quando sentiu o terceiro pingo cair embaixo de seu olho esquerdo, a menina o empurrou pelo peito, levantando-se e estendendo a mão para o pequeno rei. Ele a aceitou e levantou-se, ainda esperando alguma resposta. Ela bufou.
–-Não é hora para interrogatórios majestade!- ela disse subindo pelo corpo da serpente e pulando para o outro lado do barco.
Edmundo balançou a cabeça concordando com a menina mentalmente. Assim que pulou, Cristine caira ao chão e fez algumas cambalhotas ali mesmo para afastar-se da serpente.
–- Cristine!- ela ouviua sua direita.
Virou-se e abriu um sorriso ao ver Dark são e salvo. Correu para perto dele, agachando-se ao seu lado com um joelho no chão e sussurrando.
–-Desculpe por prendê-lo. Tive que fazer aquilo.
–-Por quê? Você quase morreu e não adiantou de nada!
Cristine apertou as sobrancelhas e respirou fundo, endireitando as costas e levantando a cabeça, quando sempre fazia quando duvidavam dela.
–-Não adiantou de nada?- ela disse com a voz calma mas tensa e lenta.- Como não adiantou de nada? Menos uma serpente para matarmos!
–-Eram...duas?
–-Sim! A outra consegui matar debaixo da água.
–-Como você o fez?- o lobo perguntou arqueando uma resposta.
Ouviram o grito de algum marinheiro, Cristine não desviou o olhar ao contrário de Dark que procurava o dono da voz.
–-Isso não importa! O que importa é...- o lobo olhou para menina- pode ser feito de medo esses bichos. Mas dá pra matar. Temos que avisar ao rei Caspian! Rápido!
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A madeira estava quebrada, a pintura desgastada, as cordas soltas e arrebentadas, água entrando na parte debaixo do barco quando a serpente apertava o corpo contra a frágil madeira. Marinheiros tentaram fechar um buraco, mas a serpente apertou-se novamente, aumentando o estrago e mais água sendo jorrada com força, empurrando os marinheiros ao chão e outros escorregando no chão molhado. As roupas encharcadas davam mais peso em si. Alguns bateram a cabeça com força. Alguns adormeceram instantaneamente, outros sentiram pontadas fortes. Outros batiam em partes pontudas do barco. Alguns ficaram com essas partes vermelhas, outros sentiram o sangue quente escorrer. Lúcia abriu a porta do camarote de Caspian andando com Gael em seu encalço, uma mesa caira ao chão assustando a menininha. Lúcia soltou-a e pegou o arco e as flechas de Susana em cima de uma mesa. Virou-se para a menininha encolhida em um canto perto da cama, agarrada a uma parte do cobertor.
–-Não saia daqui até alguém vir te buscar, combinado?- gritou Lúcia com a menininha, que somente assentiu entre lágrimas.
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A serpente enfim mostrara a cara depois de algum tempo embaixo da água. Com a boca escancarada e ainda emitindo um agudo som, Caspian só notara a pedra alta atrás dela a alguns metros. Apertando as mãos no timão sentindo os fios de cabelo molhados e grudados em sua testa, gritou entre tantos outros gritos.
–-Ei! Edmundo!- disse chamando a atenção.- Vamos espetar a serpente, esmagar ela contra as rochas.- disse ele fazendo menção com a cabeça para a rocha.
Edmundo virou-se e olhou por rápidos segundos raciocinando rápido. Planejando algo em sua cabeça, virou-se e gritou dando ordens.
–-Virem a bombordo, que eu vou levar o bicho para a proa!
Caspian assentiu e Edmundo saiu correndo desviando dos marinheiros que tentavam fugir da serpente e tentando chegar a proa chamando a atenção do animal. A serpente avançou com a cabeça para algum marinheiro. Ninguém sabe se pulou do navio e sobreviveu ou fora realmente devorado. Lúcia subiu as escadas com o arco na mão e as flechas penduradas nas costas. Edmundo subiu as escadas que levava para dentro da boca do dragão do Peregrino, com muito sorte me atrevo a dizer, já que a serpente quase o pegara pela perna. Edmundo entrou na boca e para ter equilíbrio, forçou um pé com um dente alto e pegou sua lanterna ligando-a e jogando a luz para os olhos da serpente, chamando sua atenção. A serpente abanou a cabeça, confusa com a estranha e forte luz, mas fora para a frente do barco e vendo Edmundo praticamente indefeso somente com sua espada.
–-Vem! Tenta me pegar! Eu estou aqui!- ele disse agitando mais a luz.
A serpente foi para trás para tomar impulso para frente. Edmundo percebeu o movimento e segundos antes que ela fosse para frente, ele recuou para trás e a serpente jogara-se com a boca no dragão mordendo a parte da madeira para tira-la e assim pegar sua presa.
–-Não!- gritou Lúcia com medo aparente na voz vendo tudo.
–-Edmundo!- disse Caspian quase soltando o timão.
–-Majestade, segure o timão!- disse Dark subindo as escadas e vendo o movimento do rei.
Caspian piscou os olhos para o lobo e então voltara com as mãos firmes mas com um grande nó na garganta.
–-Majestade, tenho que lhe dizer uma coisa!- disse Dark chegando mais perto do rei.
–-Diga!- gritou Caspian com os olhos fixos na proa.
–-Sobre as serpentes, elas são feitas de medo, mas podem....
E um solavanco houve no barco. Caspian segurou com força no timão e Dark escorregara para trás perdendo o equilíbrio e batendo na borda. A serpente conseguira arrancar o nariz e olhos do dragão. O barco ainda rumava para a rocha e a serpente parecia nem perceber. Edmundo descera pela língua do dragão e a serpente balançou a cabeça jogando para longe o pedaço de madeira. Edmundo escalava a madeira estragada e indo para o topo da proa, marinheiros mexiam-se nervosamente, alguns atacando o corpo do animal em cima do barco outros tentando salvar o que pudesse, Caspian virou o timão com esforço conduzindo o barco para a rocha. Lúcia colocara uma flecha no arco e puxara a corda. Edmundo estava entre os chifres do dragão e a língua da serpenta já estava para fora.
–-Estou aqui!- Ed gritou fitando a serpente com determinação.
Lúcia fechara o olho, respirou fundo, mirou e soltou a corda. A flecha zuniu com rapidez e fluência leve no ar, a cauda da serpente levantara-se e descera no mesmo instante que a flecha iria passar, mas a flecha continuou normalmente atingindo o olho do animal quando este ia atacar. A serpente tombou um pouco a cabeça para trás e apertou os olhos sentindo a pequenina dor. Edmundo apertou os lábios e virou-se.
–-Se segurem!- gritou Caspian.
Edmundo pulou quando a serpente ia agarra-lo, a serpente fora amassada contra a rocha e o animal, tombara ainda mais a cabeça gritando aquele barulho agudo e infernal. Edmundo caira em cima do corpo escamoso e molhado da serpente, mas escorregara e fora ao chão, rolando sem parar entre marinheiros e pedaços de madeira até bater em um pedaço comprido de madeira e fazê-lo parar e desmaiar.
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haaai. viram como sou boa alma? u_u eu nem ia colocar isso tudo. no próx. tentarei fazer melhor :D comentem quem gostou >< ok? o/ ~aí o pessoal me deixa no vácuo~ -_-