One More Time In Nárnia escrita por Loren


Capítulo 27
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

HAAAAI! vou incomoda-las um pouco antes de irem ler o cap. coisa rápida, enfim, eu e minha amiga estamos escrevendo uma fic sobre...nós. ela é muito, muito importante, tanto para mim quanto para minha amiga e gostaríamos que vocês lessem para nos conhecer ou para nos deixar felizes com seus coments ><
aqui está o link
http://fanfiction.com.br/historia/306169/Ill_Be_There_For_You/
não vou força-las a acompanhar, acompanhem se gostar, mas eu ficaria muuuito feliz e grata se vocês pudessem dar uma olhadinha ^^ pronto. acabei. agora, aproveitem o cap. (;



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Durante todo o caminho, ela manteu-se quieta. Ele também. Ela não o olhou uma só vez. Ele também. Ela pensava o tempo inteiro em como explicar a ele o mal entendido. Fora ele o enganado e que precisava de uma explicação. Se queria enfim explicar-se e também confessar de uma vez, tudo que estava trancafiado no baú de seu coração, teria que deixar seu orgulho de lado.Sim. Ela estava decidida a dizer o que sentia. Apesar de ainda duvidar se aquilo era amor. Eu não o conheço muito bem. Mas ele me faz bem, acho que adoraria tê-lo ao meu lado algum dia, pensou ela enquanto dobravam uma esquerda. A estrela subia rapidamente, arrastando seu branco vestido pelo caminho sujo de terras e folhas, mas por incrível que parecesse, o vestido estava intacto. Enquanto ela andava, parecia que fumaças com o mesmo brilho de sua pele pareciam ficar para trás mas se esvaiam com o ar normal. O lugar ao redor ficara mais iluminado, apressavam o passo para não perder a estrela de vista, mas sempre se prendiam aos detalhes da floresta. Até que dobraram mais uma esquerda e ali, um penhasco com algumas ruínas de alguma pequena construção do passado. A estrela avançou mais um pouco até se encontrar na beirada, sem perigo, pois uma parte da construção ainda estava em pé como uma meia parede para quem quisesse, apoiar os braços e admirar ou assustar-se com a paisagem.

--Coriakin lhes falou sobre a Ilha Negra.- a estrela confirmou, não perguntou.

Mas Caspian do mesmo modo completou visando ao longe a curiosa paisagem.

--Falou.- ele disse simplesmente.

A Ilha Negra parecia ser muito mais que negra. O escuro ao seu redor era assustador. Lúcia sentiu um frio percorrer pela espinha. A ilha parecia pequena ao longe, mas a cada olhada mais atenta, ela parecia ficar maior. A ilha era rodeada por uma densa nuvem escura, mas ainda assim, podiam ver alguns flashes rápidos cor verde. O verde é bonito. Sem dúvida! Mas misturado aquele negro, aquela ilha, aqueles trovões e a gritos que Cristine jurou ter ouvido, ele parecia ter perdido o encanto de sua cor.

--Em breve o Mal será irreversível.- disse a estrela.

--Coriakin disse que para quebrar o feitiço só era preciso pousar as sete espadas na Mesa de Aslam.- disse Caspian.

A estrela assentiu ao olhar para o rei.

--Ele disse a verdade.

--Mas só achamos seis- interrompeu Edmundo-, sabe onde a sétima está?

--Lá dentro.

A estrela apontou o dedo para a Ilha Negra, fazendo todos ali sentirem os pelos da nuca se eriçarem.

--Vão precisar de muita coragem.-continuou a estrela.

Lúcia olhou para Edmundo tentando controlar a respiração descompassada mostrando seu nervosismo. Edmundo olhou de Lúcia para a Ilha Negra demonstrando nenhum sinal diferente do normal, mas por dentro os pesadelos mais sombrios passeavam por sua mente e ele desejava que não houvesse nada parecido por lá.

--Não tem muito tempo.-disse a estrela virando-se para apressá-los- vou acompanhá-los até a Mesa de Aslam e de lá, vocês podem voltar para a praia.

--Se me permite dizer, senhorita- deteu Caspian antes que ela fizesse outro movimento-, você é muito bonita.- disse ele com um olhar abobalhado.

A estrela tomou uma expressão mais preocupada do que a expressão calma que mantinha.

--Se isto for uma distração para você, ainda posso voltar a minha outra forma.

--Não!- disse e Edmundo ao mesmo tempo.

Caspian olhou de canto para Edmundo e Edmundo olhou para Lúcia e Lúcia somente revirou os olhos. A estrela voltou a sorrir e passou por eles andando novamente pela trilha. Caspian a seguiu no mesmo instante, antes que Edmundo entrasse para dentro da floresta, Lúcia o chamou.

--O que foi Lúcia?- perguntou Edmundo.

--Cristine sumiu!

Edmundo revirou os olhos, como se estivesse cansado das atitudes da menina, mas seu coração deu um pequeno pulo ao ouvir as palavras de Lúcia. Ele tentou mostrar calma.

--Talvez ela já tenha voltado para a mesa.

--Acho que não, olha!- ela disse mostrando com o dedo algumas pegadas que iam para outra direção da trilha.

Edmundo bufou.

--Talvez ela tenha pegado um atalho.- disse ele tentando convencer a si mesmo e virando-se para a trilha novamente.

--Espera! Aonde vai?

--Para a Mesa de Aslam. Temos que ir pegar a sétima espada Lúcia, o quanto antes.- disse Edmundo falando sério.

Lúcia andou alguns passos até o irmão.

--Eu sei. Mas não podemos deixar Cristine andar pela floresta sozinha! Não sabemos o que há aqui!

--Coisa ruim não tem, você viu quem vive aqui.- disse Edmundo referindo-se a Ramandu.

--Mas ainda assim! Tanto eu quando você sabemos que toda situação tem um risco. Ainda mais você que é experiente nessas coisas!- disse ela sem a intenção de fazer Edmundo relembrar maus momentos.

Lúcia queria dizer que Edmundo era ótimo em planos de estratégias, o que ele realmente era bom. Fez um ótimo trabalho na Idade do Ouro em Nárnia e todo bom estrategista sabe que agir se um plano muitas vezes leva ao fracasso ou problemas. Mas Edmundo entendera outra coisa. Um erro no passado. Ele abaixou a cabeça.

--Já aprendi com meus erros Lúcia.

Lúcia percebera a falha que cometera. Colocara a mão na boca por impulso enquanto Edmundo levantava seu rosto vermelho nas bochechas.

--Ed...eu não quis dizer isso.- disse Lúcia abafadamente sob a palma da mão.

Edmundo apenas deu de ombros. Não culpava tanto Lúcia. Afinal, era fato o que ele fizera. Mas ainda doía e ele se culpava. Lúcia abraçou o irmão e sussurrou no ouvido.

--Me desculpe! Eu não quis dizer isso!- ela afastou-se dele- Só queria dizer que não seria uma boa ideia deixar Cristine perdida por esta floresta. – disse ela levando o olhar para floresta.

Edmundo a acompanhou. Suspirou. Por que tenho a impressão de que aquela menina só me causa dores de cabeça?, pensou ele.

--Ed?- Lúcia interrompeu seus pensamentos.

Edmundo murmurou apenas um “hum” enquanto ainda olhava para a floresta, pedindo internamente para que a menina aparecesse e ele não tivesse que se preocupar ou fazer o que a irmã ia pedir.

--Por que você não vai procura-la?- acusou Edmundo.

--Tenho o passo mais rápido para ir avisar aos outros que Cristine sumiu e não sou boa para andar em meio a tantos galhos e árvores juntas.- disse ela com um sorriso forçado.

Lúcia ficou preocupada com Cristine, mas vendo aquela oportunidade, ela não iria perder a chance de tentar reaproximar os dois. Realmente Lúcia, você tem uma mente brilhante!, pensou a rainha consigo mesma. Lúcia soltou as mãos que seguravam os braços de Edmundo e foi andando até a trilha de volta para a mesa, virou-se uma última vez e sorriu dizendo.

--Só não demorem. Ainda temos que achar a sétima espada.- e saiu correndo entre as árvores.

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Cristine cortou com raiva mais um galho que batera em sua face com a espada. Continuou andando distraidamente até que outro galho batera em sua face. Ela grunhiu com raiva e cortou novamente o galho. Continuou andando, um pouco mais atenta a cada passo, mas ainda com os pensamentos quicando em sua mente. O que a fizera sair despercebida do penhasco? Hum...acho que foi a Ilha Negra, se bem que...não. Posso ter ficado com medo, mas me iria me manter firme. Hum...já sei! Fora aquela estrela! Sim! Aquela estúpida estrela querendo se fazer por santa!, pensou ela rangendo os dentes uns com os outros causando um barulho esquisito. Pensava em uma explicação lógica para culpar aquela estrela quando caiu ao chão. Tinha o rosto contra as folhas secas que ali haviam e não se moveu, apesar de ter gritado quando com o susto. Bufou. Levantou o peito apoiando-se com as mãos e virou a cabeça para trás vendo que seu pé ficara preso em uma raiz. Ela revirou os olhos e sentou-se. Pegou a espada com um pouco de dificuldade que se afastara dela, esticou todo seu corpo e mais um pouco sua mão. Quando pegou a espada cortou a raiz e levantou-se pronta para continuar. Mas parou e fincou a espada no chão em pé.

(Quem quiser colocar a música: http://letras.mus.br/shania-twain/224701/traducao.html , acho a letra perfeita em relação a Edmundo e Cristine! *-* )

--Mas o que estou fazendo?! Para onde estou indo?! Eu devia ter pegado a trilha para a Mesa de Aslam! Mas não!- ela começou a falar descontroladamente e andando em círculos e fazendo gestos com as mãos.- A culpa fora daquela estrela, aquela estúpida estrela! Sim! A culpa fora dela! Tentando passar uma imagem de boa menina que não quer nada, mas aposto que esconde muitas coisas por debaixo daquela máscara que, a propósito, é ridícula! Ela é ridícula! Droga! Estou falando sozinha! Um sinal de que talvez eu esteja ficando insana. Ah, que maravilha! Agora todos acharão que eu estou louca e vão me internar em um lugar para gente louca! Ah, que maravilha maravilhosa!- ela disse por fim sentando-se em uma pedra e colocando as mãos no rosto.

Ela suspirou. Massageou os olhos, cada um com os dedos indicadores e anelares de cada mão fazendo movimentos circulares. Assim que retirou as mãos, manteve os olhos fechados e disse em alto bom tom.

--A culpa também é dele! Outro idiota! Outro estúpido! O que ele viu de tão bonita nela?- ela abaixou a cabeça e a deixou descansando nos joelhos por algum tempo.- Só há uma explicação.-ela disse levantando-se enfim.- Se ele é um estúpido e ela uma estúpida, formam um perfeito casal!- disse ela com ironia e desgosto na voz.

Pegou a espada e virou-se para voltar ao caminho da trilha. Andava com o olhar preso a cintura pois colocava a espada na bainha até que se chocou com algum árvore.

--Eu não tenho sorte!- ela murmurou com o olhar na cintura ainda.

--Concordo.

Ela levantou o olhar confuso e assustado para a possível árvore. Pois não são necessariamente as árvores que falam, mas sim os espíritos que ali se formam. Sentiu o sangue sumir do rosto quando visou um par de olhos travessos e um sorriso convencido nos lábios do ser a sua frente. Droga!, fora a única coisa que ela pensara.

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Os olhos ainda a encaravam e o sorriso se instalara nos lábios, visto que demoraria para ele partir. Fale alguma coisa, ela pensou. Reunindo o pouco de sã consciência que ainda possuía, ela conseguiu enfim guardar a espada na bainha, colocou as mãos na cintura, endireitou a postura e subiu um pouco o nariz.

--Posso saber o que está fazendo aqui, majestade?- ela enfatizou a última palavra.

Aquilo só o fizera aumentar mais o sorriso.

--Procurando nossa querida marinheira.- disse ele enfatizando a penúltima palavra.

O corpo dela tremeu. Ela apertou os lábios e levantou as mãos em rendição.

--Já me achaste. Podemos voltar para a Mesa de Aslam?- ela disse já desviando-se dele e continuando a caminhar de volta pelo antigo caminho.

Ele apenas assentiu com a cabeça e seguiu a menina. Andaram por alguns minutos, ela ia na frente, mas sempre parava quando percebia que não sabia por qual caminho havia pego. Nesses momentos, ele continuava andando e ela o seguia, até passar em sua frente novamente. Até que em certo momento, ela continuou andando, mas percebeu que ele fora para outro lado. Bufou e decidiu deixá-lo guia-la. Já haviam se passado poucas horas. Não me lembro de ter andado tanto, ela pensou.

--Cristine?- ele a depreendeu de seus pensamentos e era estranho ouvir sua voz após tanto silêncio.

--Majestade?- ela respondeu mas não o olhou.

--Você tem problemas....mentais?- disse ele com o olhar na trilha também.

Ela sentiu o corpo gelar e tremer novamente.

--Não majestade, po-por que a pergunta?- sua voz falhou e ela mordeu levemente a língua em reprovação.

Ele estava na frente dela e parou de andar. Virou-se e tinha o olhar sério, mas parecia er dificuldades em esconder o riso nos lábios.

--Então...por que você parecia falar sozinha?- ele perguntou com a parte direita de sua boca levantada.

Ela sentiu o corpo esquentar desta vez e amolecer.

--Po-por nada!- ela gaguejou novamente.- Eu ás vezes, penso alto! Mas...vossa majestade...ouviu algo do que eu disse?- ela perguntou em voz baixa.

Ele colocou uma mão no queixo e levou os olhos para cima, como se estivesse pensando.

--Não. Não ouvi.- ele disse e Cristine suspirou aliviada.

Não sabia se ele realmente não tinha ouvido, mas se ele tinha dito que não, aceitou a ideia de acreditar. Sentia-se mais aliviada. Ela sorriu sem sal e acenou  cabeça como se estivesse agradecendo e começou a andar deixando o rei para trás, quando andou cinco passos parou.

--Mas eu acho que...- ele disse vagamente.

Ela virou-se sentindo o coração bater forte e o rosto ficar vermelho.

--Acho que você dissera algo sobre a estrela azul.- disse ele olhando para ela com a mão ainda sob o queixo.

Cristine ficou quieta por alguns segundos. Depois, começou a rir. Rir descaradamente.

--Ora, francamente majestade, por que eu iria ficar ocupando meus pensamentos naquela estrela?- ela disse enquanto ele chegava mais perto.

Ele ficou a alguns centímetros dela. Ela sentiu sua respiração em seu rosto. Ela tentava manter um riso no rosto, mas era um pouco difícil com o corpo dele tão próximo do dela.

--Cristine...posso lhe fazer uma pergunta?

Ela assentiu com a cabeça baixa. Ele abriu ainda mais o sorriso.

--Está com ciúmes?

Ela levantou o rosto, os olhos arregalados, a boca entreaberta, mostrando uma língua que dançava nervosamente na boca tentando formular alguma palavra. Ela somente virou-se a fim de sair dali o mais rápido possível, pouco se importando se fosse se perder novamente. Mas ele foi mais rápido, a segurou pelo braço e a puxou de encontro com seu peito. Ela arfou com o bruto toque. Ela manteve os olhos no primeiro ou segundo botão da camisa dele. Ele admirou mais uma vez os lábios dela. Com a outra mão, ele levantou o rosto dela pelo queixo delicadamente. Com os olhos, ela aterrissou nos olhos dele. Ele desceu a mão do queixo dela para sua cintura, apertando-a contra seu corpo. Ela agarrou-se a sua camisa com a mão em seu peito, puxando-o para si quando a intenção era empurra-lo. As cabeças se moveram para mais pertos, as faces uma frente a outra, os narizes encostando-se, as testas coladas, os lábios....ah os lábios, os lábios enfim unidos presos por suas línguas.

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Notas finais do capítulo

haaai, gostaram do cap.? não? sim? aaah, não se esqueçam do recadinho lá em cima nas notas iniciais ok? (; mas como sou uma boa alma, já vou deixar aqui tb o link
http://fanfiction.com.br/historia/306169/Ill_Be_There_For_You/
pronto. é isso. obrigada guerreiras! >< tenham um bom dia! k