One More Time In Nárnia escrita por Loren


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

haaai! AVISO IMPORTANTE: as partes em NEGRITO do texto, NÃO SÃO DE MINHA AUTORIA, são do própio C.S.Lewis! como eu havia avisado nas notas da história, talvez eu colocaria algo do livro. e coloquei uma parte que deram chá de sumiço no filme e eu senti falta. assim que lerem o cap. leiam as notas finais também! a propósito, o cap. pode parecer um pouco tedioso, mas foi necessário para o rumo da história >

N/A de 2018: Olá leitoras, como estão?
Estou editando o capítulo pois depois de anos, resolvi reler alguns capítulos de minha primeira fic e fiquei muito incomodada com o que fiz quando tinha treze anos.
Na época eu transcrevi parte de um capítulo do livro As crônicas de Nárnia, A viagem do Peregrino da Alvorada pois tal cena não aparece no filme e eu senti (ainda sinto) falta. A cena descreve e narra a aparição da estrela e de seu pai, Ramandu, um dos personagens que mais gosto. Eu não tive intenção nenhuma de ofender ou roubar ou plagiar na época, por isso mesmo tudo o que foi escrito por Lewis eu coloquei em negrito e avisei nas notas iniciais e finais.
Não me parecia errado visto que eu havia avisado que não era de minha autoria. Não penso mais assim e peço enormes desculpas pelo erro que cometi. Hoje em dia me parece errado e editei tal parte. Há, no entanto, dois breves trecho em negrito, onde começaria a cena da tripulação e majestades encontrando-se com as estrelas e onde terminaria.
Estão sinalizados com o nome do autor, livro, edição e página.
Não houve, ao meu ver, muita diferença no entendimento da história, visto que a maior parte da fanfic é baseada no filme. De qualquer forma, deixo os trechos pois a cena continua a ser muito boa de ler e quem me dera fizessem um remake com a cena inclusa! Não custa sonhar.
Eu agradeço a atenção e peço desculpas pelo incômodo.
Beijos e abraços apertados da Loren.



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Conseguiram achar uma trilha entre as grandes paredes das montanhas na beira da praia que seria um caminho para dentro da ilha. A trilha subiu por um bom tempo, aquilo os desgastou por um tempo, desacelerando o passo e fazendo com que a noite chegasse mais rápido. Faziam pausas rápidas de alguns poucos minutos e voltam a trilha. Após algumas poucas horas, a trilha tomou uma posição horizontal, aliviando os exaustos pés. Ninguém dizia nada, a não ser Edmundo, Drinian e Caspian tentando descobrir para que lado a trilha ia quando ela parecia sumir entre as árvores ou quando ela parecia dividir-se em dois caminhos. Chegaram a uma ponte que parecia um tanto velha, tinha rachaduras em toda a parte e entre estas o musgo mostrando ser muito mais velha do que pensaram. Em suas bordas estátuas de aves um tanto raras e assustadoras sob a luz da lua e a da lanterna de Edmundo. Cristine havia pedido para Lúcia devolver ao pequeno rei quando estavam na praia.

—-Por que você mesma não devolve?- perguntou Lúcia.

—-Acho que...não é necessário agora.

Antes que Lúcia dissesse algo mais, Cristine virou-se e andou apressadamente para o lado de Dark. Este, olhava agora com curiosidade para as estátuas. A menina, tinha as mãos tremendo levemente. Aquilo era mais assustador do que a calma que houve nas Ilhas Solitárias mesmo com o leve ruído da cachoeira abaixo da ponte. As estátuas mostravam um pássaro ou uma espécie de grifo apoiado em suas quatro patas, com suas asas guardadas e o rosto e o bico abaixados. Ainda nestes havia rachaduras e alguns musgos brotando. Podiam ver que eram velhas como a ponte pois sua textura já parecia estar amarelada e sensível a qualquer toque, apesar de na verdade, ser muito resistente. Assim que cruzaram a ponte, perceberam que uma árvore abria-se no meio em duas partes como se fosse uma porta. Edmundo foi o primeiro a entrar. Caspian em seguida. Ali, havia uma mesa. Aparentava ser velha também, mas o banquete acima desta era irresistível. As frutas, as carnes, as bebidas, as saladas, os doces pareciam ter sido postos alguns segundos atrás. Os marinheiros aproximaram-se com as bocas sendo molhadas por suas línguas que clamavam de ansiedade e fome. Edmundo estava chegando a outra ponta da mesa, que parecia um tanto esquisita, pois os assentos estavam sendo ocupados. Edmundo passou a luz da lanterna por ali e deu um pulo para trás, Caspian e Lúcia perceberam a atitude do rei e levantaram as espadas rapidamente. Aquelas coisas...eram pessoas! Pessoas com barbas e cabelos muito longos a propósito! Edmundo aproximou-se com cautela, percebendo que os fios a frente do rosto de um, moviam-se lentamente. Estavam respirando! Caspian apontou a espada para a mão de um dos homens que possuía um anel.

—-Lorde Revilian.

Ele aproximou-se de outro.

—-Lorde Mavramorn.

Drinian e Cristine guardaram as espadas na bainha que haviam as tirados após Caspian e Lúcia terem movido-se também.

—-Lorde Argos.- disse Caspian perto de outro.

Lúcia tirou os cabelos da frente do rosto do último Lorde dito por Caspian. Lúcia tentou puxar o cabelo mais para trás mas a cabeça do homem se moveu de acordo com o movimento da mão da menina, esta retirou a mão apressadamente assustada com o acontecimento. Ela tinha a respiração rápida e os olhos agitados. Caspian aproximou-se mais e constatou o quê Edmundo havia reparado antes.

—-Está respirando.

Ele virou o rosto para os outros dois Lordes.

—-Eles também.-disse Edmundo apontando a luz para um dos homens ao seu lado.- Estão enfeitiçados.- pensou alto logicamente.

Caspian virou a cabeça rapidamente para o outro lado da mesa. Levantou a mão como aviso e gritou.

—-É a comida!-disse ele para os marinheiros.

O minotauro soltou uma maçã que estava prestes morder. Outro marinheiro levou a mão à boca e a outra a barriga. Como se esperasse o efeito do feitiço. Começaram baixos murmurinhos. *Caspian virou-se para a cintura de um dos Lordes, desconfio que era Lorde Argos.

—-Peguem as espadas.-ele disse rapidamente.

Caspian retirou a espada do meio dos galhos e longos cabelos e barbas e a visou por um momento. Edmundo foi fazer o mesmo com a do Lorde ao seu lado, desconfio que era Mavramorn. Com um pouco de dificuldade por causa dos galhos e cabelos presos a espada, ele a retirou e a deixou sobre a mesa. Caspian colocou outra ali. Lúcia pegou a outra com um pouco de medo, mas não demonstrou. Deixou ali também a sua que era outra das espadas que achara durante a viagem. Edmundo fez o mesmo com a que usava. As espadas formavam a leve ideia de um desenho de uma estrela.

—-Ainda falta uma.- disse Caspian com desânimo.

As espadas tomaram um brilho azul. Lúcia levantou a cabeça.

—-Olhem!- ela gritou.

Todos os olhares levantaram-se e perceberam a estrela azul descendo entre os galhos. As majestades afastavam-se aos poucos dos três dorminhocos com os olhos presos na estrela que descia aos poucos. Caspian retirou sua espada. Edmundo e Lúcia já não possuíam mais alguma. Cristine retirou a sua também e passou sua mão livre no pescoço de Dark que já tinha as costas retas e os ombros arqueados. A estrela já chegava ao chão, sua luz projetava as sombras dos galhos em todos ao redor da mesa. Parecia que havia uma fumaça ao seu redor que aos poucos aumentava tomando forma e seu brilho diminuía.

Era uma moça alta, com uma vestimenta azul-clara que lhe deixava os braços nus. Os cabelos louros caíam-lhe soltos pelas costas, e só quando a viram compreenderam o que era a verdadeira beleza.  (C.S.LEWIS; As Crônicas de Nárnia, Volume único; página 493)

 

 

 

[...]

—-Não há menor dúvida senhor- disse Ripchip- Não há o que discutir! Faz parte fundamental da nossa missão libertar, esses três fidalgos. (C.S.LEWIS; As Crônicas de Nárnia, Volume único; página 498)

Alguns por ali, principalmente as majestades, Cristine, Dark, o marinheiro e Drinian assentiram com a cabeça, concordando com o valente ratinho. O velho sorriu satisfeito.

—-Muito bem. Então, partam!- disse ele levantando as mãos.- E que Aslam vos proteja!

Todos ali curvaram-se ao silêncio que se prosseguiu a última palavra do velho. Exceto, Cristine. A menina andou com passos certos até o velho, quando ficou a alguns metros, curvou-se e disse.

—-Senhor, se me permite, estou com uma pequena...dúvida.

—-Diga minha filha.- disse o homem abaixando os braços enquanto a menina levantava-se novamente.

—-Senhor...o senhor disse que para acordar os dorminhocos, precisaríamos viajar até o Fim do Mundo.- ele assentiu.- Mas...e as espadas?

—-Perdão?

Cristine molhou os lábios vendo a sobrancelha do velho levantar-se. Era estranho e incrível ao mesmo tempo estar a frente de uma estrela.

—-Coriakin nos disse que teríamos que achar as sete espadas e coloca-las na Mesa de Aslam. Mas o senhor disse que teríamos que viajar até o Fim do Mundo...eu não compreendo. Então colocar as espadas na mesa, foi uma mentira?

—-Não. Apenas foi mal contada.

—-Poderia contar então?- ela pediu rapidamente.

—-Sim. O que Coriakin disse não é mentira. Colocar as espadas na Mesa de Aslam quebraria o encantamento, mas não o encantamento dos dorminhocos.- vendo a expressão confusa da menina, ele continuou.- O encantamento que ele se referia, na verdade, a maldição, é o Mal.

—-A névoa verde?- Caspian perguntou.

—-O que está por trás da névoa verde.

—-Então...para quebrar a maldição e libertar todas aquelas pessoas que sumiram, temos que do mesmo modo, colocar todas as espadas na Mesa de Aslam?

—-Sim minha filha.

—-Mas...onde está a sétima espada? Passamos por ela?

O velho negou com a cabeça.

—-E onde ela está?

—-Minha filha irá mostrar para vocês.- ele disse levantando o braço com a mão aberta e a direcionando para sua filha atrás dele.- Mas antes...- ele virou-se para a menina- uma pergunta filha.

—-Sim senhor.

—-Coriakin lhe disse algo na ilha? Algo para você?

Cristine apertou os lábios. Sabia do que a estrela aposentada falava. Abaixou a cabeça.

—-Ele disse...que eu possuo sangue nobre a algo sobre o imprevisível amanhã. E que se ele não fosse tão imprevisível...eu poderia...

—-Sentar-se no trono que há em Cair Paravel.- o velho terminou para ela.

Ela levantou a cabeça só um pouco para que seus olhos encontrassem o rosto sereno e calmo do velho.

—-Senhor, eu sei que não é verdade. Talvez Coriakin....

—-Mentiu? Poderia ser. Mas ele não precisa mais fazer isso. Ele só disse algo que não era permitido.

—-Pois não?

—-Não podemos revelar o amanhã de alguém. Nem que seja filha de Eva ou um filho de Adão.- ele suspirou.- Tememos que estes sempre tentam reverter a situação a seu favor. Mas vejo, felizmente, que isso não aconteceu com você. Continuou a mesma.

Ela levantou mais a cabeça e viu o velho sorrindo. Ela permitiu-se sorrir de canto também. Não iria perguntar mais nada. A estrela já havia revelado demais, mas gostaria de somente sentar-se a Mesa de Aslam e poder conversar. Nem que fosse somente banalidades. Para ela, ele passava uma sensação de calma e segurança. Curvou-se murmurando um “obrigada” e andou para trás.

—-Minha filha, pode levá-los agora?

A menina sorriu lindamente, encantando a todos os marinheiros ali. Cristine voltava para seu lugar e viu ele sorrindo abobalhadamente para a estrela. Sentiu um estranho correr de seu sangue em sua veia, sentiu o local ficar quente apressadamente e seus dedos fecharem-se em punho sem aviso prévio. Mordeu o lábio interior e voltou para o lado de Dark.

—-Que te passa Cristine?- perguntou o lobo em um sussurro.

—-Por que teria acontecido alguma coisa?- respondeu a menina cruzando os braços e revirando os olhos.

—-Porque estás vermelha como pimenta.- a menina tocou em seu próprio rosto e o sentiu quente.- E tem uma expressão...brava. Parecia ter saído tão calma da conversa com a estrela Ramandu.

—-Shhh Dark, silêncio.- ela pediu colocando um dedo na boca.

A filha de Ramandu curvou-se para o pai e andou em direção a uma outra trilha que havia por entre as árvores. Antes que continuasse, ela parou e virou-se.

—-Quem me acompanha?

Caspian deu-se por conta da pergunta após ter sido acordado com violência pela cutucada de Lúcia. Ele assentiu e andou em direção a estrela que já entrava para dentro da floresta. Lúcia chamou a atenção de Edmundo talvez algumas duas vezes antes dos dois seguirem a menina e Caspian. Cristine bufou. Esta sentiu sendo empurrada nas pernas.

—-Dark!- ela disse quando viu o lobo com o focinho em suas pernas.

—-Sua majestade está te chamando.- disse ele apontando para Lúcia que chamava Cristine com a mão.

Cristine suspirou. Não iria rebater Lúcia. Sabia que a menina era teimosa quando queria e sabia que ela seria naquele momento. Ela andou com passos rápidos para alcançar os outros. Não disse nada quando ficou atrás de Lúcia e Edmundo. Muito menos quando a rainha apressou o passo deixando o pequeno rei para trás, ao lado da marinheira.

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