One More Time In Nárnia escrita por Loren


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Haai! Antes de começarem a ler queria primeiramente agradecer por todas que acompanham, comentam e as que recomendaram a história! Muuuito obrigada! E para aquelas que não sabem, estou viajando e estou sem internet. Pedi para uma amiga minha postar, porque não quero que me deixem u.u enfim, aproveitem!



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Edmundo levantou uma sobrancelha, como se estivesse fazendo uma pergunta,afinal, realmente estava. Cristine havia dito sobre as crises como se fora algo realmente...importante, o que ele não entendera. Afinal, todos temos crise de algo. Alguns espirros, outros raiva e outros drama. Em resposta, Cristine levantou sua sobrancelha, como se fosse óbvio a resposta. O que para um narniano habituado, sim, seria óbvio. Edmundo percebeu que a menina não o entendera também.

–-Ahm...crises de ataque?

–-Sim.

Edmundo deu de ombros.

–-Bom, é normal. As pessoas ás vezes ficam um pouco nervosas, aliás, desconfio que alguns cientistas estejam até estudando isso no meu mundo.

Cristine olhou para Edmundo com um olhar mais confuso ainda. Acho que não ajudei em nada, ele pensou. Cientistas? O mundo dele? O que isso tem a ver?, pensou a menina.

–-Acho que não entendeu. Crises de ataque.-repetiu a menina.

–-Sim, eu entendi. Não sou burro.- disse ele ofendido.

–-Sim, mas desatento. Por mais que eu não me importe, e não me importo mesmo, Dark ainda é descendente dos lobos da Feiticeira. O que quero dizer é, ele fica agressivo com essas crises. Muito agressivo.- ela deu ênfase a última frase.

Edmundo por fim entendeu. Ele conseguia lembrar-se dos antigos lobos quando os viu pela primeira vez. Rápidos. Fortes. Bravos. Ferozes. Edmundo engoliu em seco. Lembrava que tremia na presença de Maugrim, o chefe da polícia secreta na primeira vez em Nárnia. Os vira em ação na guerra, mas não havia prestado atenção. Andava preocupado demais tentando salvar seu próprio pescoço. Cristine apertou os joelhos com as mãos enquanto desviava o olhar para o colarinho do menino.

–-Acha que ele...perderia o controle?- ele perguntou cauteloso.

–-Depende do que fariam com ele.

Calaram-se. O vento continuava, ela não se importava mais com os arrepios, ele pensava sobre o lobo. Ela brincava com a barra do vestido, ele olhava para o céu pensativo. Para ela, o assunto havia terminado, para ele, ainda estava no inicio.

^.^

Edmundo passou as mãos pelos cabelos até chegarem a seu rosto, passou os dedos pelos olhos e depois pelas bochechas. Por fim as deixou na nuca. Apertou seu pescoço e observou Cristine. Ela ainda brincava com a barra do vestido. Ela tinha os cabelos presos e uma pequena mecha caia do lado direito de seu rosto, atrapalhando a visão do rosto da menina. Mas ainda assim, ele conseguiu visualizar a boca dela. Ohh céus, quem me dera esses lábios pertencessem à mim, pensou ele. Os olhos dele foram descendo para o peito da menina. Não ficou muito tempo por ali, desviou assim que sentiu um pequeno calor dentro de si e temia que ela percebesse seu olhar. Os olhos dele desceram para suas mãos. Ele não conseguia compreender, como mãos tão pequeninas poderiam fazer trabalhos de semanas e semanas e nunca se cansarem? Em compensação, suas mãos sempre estavam machucadas, ásperas e alguns calos aqui e ali, mas ainda assim, pareciam mãos frágeis. Mas nada do que penso tem sentido, acusou-se Edmundo. Ele bufou, chamando a atenção da menina sem querer.

–-Majestade?

–-O quê?

–-Quer...perguntar alguma coisa?

Ele ficou quieto. Estava pensando em fazer alguma pergunta após ela ter dito sobre as crises de Dark, havia ficado curioso. Mas não sabia como fazer a pergunta. Suspirou.

–-Quero sim.- ela levantou as sobrancelhas em sinal de aprovação.- Ahm...sobre...sobre Dark. Essas crises...bom, ahm...

–-Não negarei que vossa majestade é inteligente, afinal, já foi muito requisitado em conselhos na Idade do Ouro pelo que sei. Mas para criar perguntas tem um pouco de dificuldade, certo?- perguntou ela brincando.

Ele ficou corado. Revirou os olhos tentando parecer bravo, mas estava envergonhado. Ela riu sozinha. Sim, eu penso antes de falar alguma coisa! Algum problema?, pensou Edmundo consigo mesmo.

–-Mas não é sobre mim que vamos falar.

–-Muito bem, o que queres saber sobre Dark?

–-Sobre essas crises...quando...

–-Acho que ele sempre teve, não falamos muito sobre isso. Não é confortável.

–-Mas, ele sempre tem quando se irrita?

–-Digamos que sim, mas é muito difícil irritá-lo. Ele tem muita paciência. Acho que é um dom.- ela deu de ombros.- Deve ser para poder me aturar.

Ele riu primeiro. Ela o acompanhou depois. Riram baixinho. Após, ela tirou o sorriso aos poucos e continuou.

–-Só o vi de perto com essas crises três vezes. Mas de longe já vi várias.

–-Como assim?

–-Longa história.- advertiu ela.

Ele deu de ombros e relaxou no chão, encostando-se na pedra, parecendo muito confortável.

–-Temos a madrugada inteira.

^.^


Ela suspirou. Ele realmente ficará assim, para escutar minha história e a de Dark? A cada dia me surpreendo mais com essas majestades, ela pensou contente. Ela ajeitou-se, cruzou as pernas, endireitou as costas, respirou fundo e direcionou seu olhar para a direção do mar. Tentou ouvir as ondas. Ouvi as batendo-se contra as pedras de um lado e no outro chegando calmamente na praia. Ela não olhou para ele.

–-Muito bem, Lúcia já lhe contara sobre minha história. Lembra-se quando eu disse que

encontrei com Dark quando cheguei a Nárnia?

–-Sim.

–-Naquele dia, eu havia chegado depois de algumas semanas na Arquelândia e outras semanas no mar. Eu nem sabia que estava em Nárnia ainda, para falar a verdade. Tinha perdido o senso de direção e não me passava pela cabeça que iria encontrar Nárnia, ainda estava um pouco abalada com tudo.

–-Mas você não morava em...

–-Telmar. Mas nunca havia entrado no centro de Nárnia.

–-E como você havia parado na Arquelândia?

–- A mulher com quem eu havia deixado meus irmãos morava lá. Atravessamos o deserto inteiro, dias complicados aqueles. –disse ela com uma dor em seu peito.- Quando o bote parou na praia, eu estava realmente cansada, perdida e com fome. O estoque de comida e água havia acabado três dias atrás. Peguei minha espada e entrei na floresta. Era muito fechada e eu comecei a cortar os galhos com a espada, para dar mais espaço. Mas só estava me cansando mais. Foi quando algo havia caído em minha cabeça. Olhei para cima e vi um pássaro. Ele havia me jogado uma maçã. Eu resmunguei alguma coisa e o pássaro me respondeu. Eu não esperava por aquilo. Depois ele saiu voando. Foi então que me dei conta que só podia, estar em Nárnia. No centro de Nárnia.- ela tomou fôlego.- Foi então que vi as árvores com outras maçãs e subi para comer algumas. Depois, eu dormi em cima de um galho. Estava tão cansada que nem havia percebido. Por muita mera sorte, eu não caí no chão. Mas acordei em um galho que estava mais baixo do que o que eu havia dormido e tinha um machucado na testa. Não sei como, nem me pergunte. Depois, desci e continuei a caminhada. Caminhei assim por mais dois dias. Eu almoçava e jantava maçãs, ás vezes laranja e encontrei algumas vezes ameixas. Mas depois da primeira noite, eu dormia no chão. Não me lembrava de nada e tinha medo que eu me mexesse enquanto dormia. Foi no terceiro dia que encontrei o anão, o lobisomen, a bruxa horrorosa e Dark.

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Notas finais do capítulo

haaai. again. Okok. Estou demorando a postar e esse cap. foi curto. ;xx me desculpem, mas é que estive sem tempo e sem criatividade. Aliás, também quero agradecer a minha amiga que gastou seu tempo para me fazer esse favor de poder postar aqui. Obrigada cabeçuda!
O que mereço? Comentários? Criticas? Ironias? Elogios?
Beijos e abraços apertados da Loren.