One More Time In Nárnia escrita por Loren


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

haaai



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Todos estavam surpresos. Caspian chegou mais perto vendo a imagem do homem.

--Deve ter caído lá dentro...

--Pobre homem.- disse Lúcia.

--Está mais para pobre Lorde.

Disse Edmundo sarcasticamente, vendo um brasão na água feito de ouro também.

--O brasão do Lorde Rechimar.*

--E a espada dele!

Disse Edmundo e Cristine em uníssono quando avistaram a espada do Lorde. Os dois se entreolharam, mas Cristine desviou o olhar rapidamente.

--Precisamos dela.- disse Caspian.

Enquanto isso, uma névoa verde nadava no fundo do lago. Edmundo tirou sua espada (que era a mesma que o Lorde Mer entregou a Caspian) para pegar a outra.

--Toma cuidado.-disse Cristine.

Outra troca de olhares, mas desta vez, somente por parte de Edmundo. Este pegou a espada que estava dentro do lago e a trouxe para a superfície.

--As espadas não viraram ouro.- disse Lúcia observadora.

--Não, estas espadas são encantadas.-disse Caspian.

Este pegou a espada e a secou.

--Ele nem deve ter se dado conta do que aconteceu.-disse Lúcia em relação ao Lorde.

--Pode ser, mas quem sabe ele não ia tentar alguma coisa...-disse Edmundo.

--Por exemplo...-disse Caspian confuso.

Edmundo ajoelhou-se e pegou uma concha, colocou água dentro desta e rapidamente a soltou em sua frente no chão. A água penetrou na concha e esta transformou-se em ouro puro. Edmundo tinha os olhos arregalados com tamanha assombração. Ele tinha um olhar...ganancioso, ruim e em seus olhos brilhava o reflexo do ouro. Lúcia assustou-se com isso, Cristine nada disse, mas por dentro estava amedrontada.

--O que é que você tá olhando?-perguntou Lúcia.

--Quem tiver acesso a esta fonte, pode ser a pessoa mais poderosa do mundo.

Caspian olhava para Edmundo com reprovação, Cristine suspirou pesado, apertou os lábios e olhou para suas mãos, Lúcia estava imóvel.

--Lúcia, ficaríamos tão ricos, que ninguém poderia nos dizer o que fazer ou com quem viver.-disse Edmundo virando-se para Lúcia.-Cristine...- disse ele em um sussurro depois.

Cristine estava com a cabeça abaixada, ouviu o sussurro, mas não se atreveu a olha-lo nos olhos. Mas Edmundo levantou-se e foi para perto de Cristine, a menina olhava para o colarinho de sua camisa agora. Edmundo pegou em sua mão.

--Você não precisaria se preocupar com mais nada!

--Do quê está falando majestade?- ela perguntou em um tom baixo.

--Não precisaria sofrer mais com nada, poderia parar de trabalhar no Peregrino, ajudar seus irmãos! E juro que eu poderia ficar aqui para sempre! Nem mesmo Aslam me impediria!

Cristine o olhava intrigada! Como a conversa havia parado nela, mesmo? Obviamente, aquele lago o estava deixando louco! Cristine engoliu a saliva, antes que engasga-se com a mesma.

--Majestade...não sei do que está falando, o senhor deve...

Antes que Cristine terminasse de falar, interromperam-na.

--Você não pode levar nada de Nárnia, Edmundo.- disse Caspian.

As meninas suspiraram, alguém com bom senso estava tentando segurar Edmundo.

--Quem disse?- rebateu Edmundo, agora visualizando a concha.

--Eu disse.

Caspian disse com um ar de autoridade no olhar. As meninas assustaram-se novamente, mas Cristine fora discreta a tal ponto que só tinha os punhos fechados com força e apertava os lábios nervosa, Lúcia tinha os olhos arregalados, a boca aberta e piscava repetidamente. Edmundo virou-se, pegou a espada com a outra mão e tinha o olhar assustador, poderia até chamá-lo de mal.

--Eu não sou seu súdito.- disse Edmundo defendendo-se.

--Ficou só esperando, não foi? Para me desafiar? Duvida da minha liderança?

--Você duvida de mim!

O tom dos dois já chegava a ser alto para ser uma conversa civilizada.

--Você é uma criança!

--E você é um covarde!

--Edmundo...-Lúcia sussurrou tentando chamar a atenção do irmão, mas este a ignorou por completo.

--Lúcia, deixe-os.- disse Cristine.

--O quê? Cristine, vão se matar. Me ajude!

--Não posso ajudar e nem você! Não devemos fazer isso!

--Por quê não?!

Cristine não sabia o que responder. Foi quando a conversa dos dois parecia piorar que as duas esqueceram-se do que falavam antes. Lúcia virou-se para os dois que continuavam a trocar farpas.

--Estou farto de ficar em segundo plano! Primeiro com Pedro! E agora...com você!-desabafou Edmundo.- Sabe que sou mais corajoso do que vocês dois! Por que ficou com a espada do Pedro? Eu mereço ser rei! Eu mereço um reino só meu! Eu mereço governar!

--Se você se acha tão corajoso, prove!- disse Caspian empurrando Edmundo.

O que foi a última gota d’água para ele, levantaram as espadas e bateram-nas com força. Pareciam que queria se matar. Antes que a luta piorasse, Lúcia interviu, mesmo com a possibilidade de ser machucada, ficando no meio dos dois.

--Não! Não, parem com isso, vocês dois! Tomem vergonha, não veem o que está acontecendo?

Os dois ficaram em silêncio absoluto. Lúcia tinha o olhar triste, sabia agora como Aslam se sentiu. Cristine apareceu por trás de Lúcia e completou.

--Este lugar tentou vocês. Está enfeitiçado.

--Era disso mesmo que Coriakin estava falando.-disse Lúcia por fim e se retirou.

Caspian saiu logo depois. Edmundo olhava para a concha de ouro, Cristine suspirou e este olhou para ela. Envergonhou-se instantaneamente quando viu o que tinha quase feito e o que tinha dito. Cristine estava decepcionada também e por um momento quase teve medo do que poderia acontecer à Edmundo. Mas ela não poderia intervir, não deveria.

--Vamos sair logo daqui.-ela disse e saiu.

Edmundo ficou sozinho. Pensou no que havia feito, arrependeu-se e jogou a concha na água. Suspirou e saiu daquele lugar maldito antes que fizesse mais alguma besteira.

^.^

Enquanto isso, Eustáquio andava. Para onde? Nem ele mesmo sabia, a única coisa que desejava era ficar o mais longe possível daquele roedor irritante e de todos os outros que ele considerava loucos, que por sinal, seriam todos ao seu redor. Enquanto caminhava por um caminho que não fazia a menor ideia de onde iria parar, ele resmungava para si mesmo.

--Ah claro, sigam a estrela imaginária...até a Ilha Ramandudo. Botem as sete facas de carne na mesa do leão falante.-ele bufou e chutou uma pedra- Lunáticos.

Continuou andando, as fumaças saiam dos pequenos vulcões e crateras do chão. Eustáquio parou quando chegou à beirada de um desfiladeiro e acho que ele nunca esteve tão assombrado como aquele momento. Ouro. Ouro. O mais reluzente e puro ouro que já havia visto. Em grande massa. Pilhas. Quilos. Toneladas. Não poderia nem dizer qual o comprimento e largura do desfiladeiro, com uma visão daquelas, seria difícil prestar atenção em mais algo. Eustáquio estava sem falas, estava tão hipnotizado que deu um passo em falso e acabou caindo. Tentou se segurar, mas só fez com que outra pedra desprende-se e caísse junto com ele. Levantou-se e olhou ao redor, esqueceu-se da dor e nunca mais voltou a senti-la.

--Eu cheguei no céu!- disse Eustáquio surpreso.

Taças, pratarias, louças, baús, colares, brincos, vasos e outros mil tipos de qualquer objeto que você possa imaginar sendo do mais puro ouro. Eustáquio deu uma espiada vendo quanto o desfiladeiro se estendia e sentiu-se satisfeito após ver que o lugar era longo o bastante, pensando realmente que conseguiria pegar todo aquele ouro. Eustáquio bateu as mãos e começou a juntar tudo o que via pela frente, para começar, pegou um vaso e colocou tudo o que via pela frente. Como colares de ouro puro, brincos de ouro bruto e tecidos revestidos pelo mesmo material. Eustáquio era rápido, pegava tudo a sua frente, para ser sincera, desconfio que ele nem sabia o que pegava. Ora, se brilhava, era ouro, se era ouro, estava aprovado. De repente, Eustáquio viu algo ofuscar seu olho. Piscou e procurou o dono do brilho. Viu então um belo bracelete, com algumas pedrinhas pequenas que pareciam ser outro material valioso. Ele soltou sem ver onde colocou o vaso e foi pegar o bracelete, mas foi para atrás quando viu que já tinha dono.

--Você morreu feio.-disse Eustáquio com nojo para o esqueleto.

Ele hesitou, então empurrou o esqueleto para o lado, como se estivesse testando para ver se estava morto mesmo, ou seria mais uma pegadinha. Vendo que estava realmente morto, pegou o bracelete, colocando-o no antebraço direito.

--Não vai precisar disso, não é?- perguntou ironicamente Eustáquio.

Voltou-se ao seus interesses. Ajoelhou-se e começou a catar tudo ao alcance de suas mãos. Um ruído. Não, um rosnar. Alto. Muito alto. Tão alto e assustador, que fez com que Eustáquio parasse para ver o que era, olhou para o fim do desfiladeiro. Mas nada encontrou. Mas não se atreveu a ir embora, continuou a catar mais e mais e mais do que encontrava.

--Até que enfim! A minha sorte mudou!- comentou Eustáquio.

Realmente, ele parecia ser feliz. Mas enquanto sua felicidade crescia, uma névoa verde surgia dentre aquele tesouro. Se Eustáquio notou? Ora, creio que não. Afinal, quem iria prestar atenção em algo, quando se pode ter o tesouro do dragão em mãos?

^.^

Caspian, Edmundo, Cristine e Lúcia voltavam para os botes. Caspian ia na frente, Lúcia ia mais atrás e Cristine em seu encalço, enquanto Edmundo tentava alcança-la. Será que é uma boa hora para tentar falar com ela? pensou Edmundo. Caspian chegou perto de algums cestas que havia á alguns metros dos botes e perguntou olhando-as.

--Que comida encontraram?

O marinheiro, pai da menininha, ajoelhou-se e segurou uma das cestas.

--A ilha é vulcânica majestade, não há muitas plantas aqui.

Caspian apertou os lábios, olhando para algum ponto qualquer mas com os pensamentos a vapor. Após semanas e semanas de tempestade, a água já estava para acabar, ao contrário da comida, que já estava totalmente escassa e pronta para acabar dali alguns dias. E a comida que haviam encontrado duraria no máximo alguns dias, talvez três ou quatro. Cristine olhava para o mar ao longe, parecia buscar a calma e realmente a buscava. Suspirou. Edmundo a observava, respirou três vezes. Tudo bem, vá com calma, não fique nervoso. Por que eu estaria nervoso, certo? Muito bem, lá vou eu. Edmundo foi. Ele realmente foi. Mas foi somente cinco passos, até ele se deter e ver Dark aproximar-se de Cristine. Esta, sentiu alguém cutucar sua mão. Olhou para baixo e arriscou um sorriso para o lobo. Este somente a olhou, sentou-se e assentiu com a cabeça. Os dois olharam para o mar.

--Em que pensas pequena?

--Estou...insegura.

--A tentação?

--Exatamente.

--Por quê?

Cristine suspirou.

--Hoje as majestades quase se mataram por causa da tentação.

--E fora o quê?

--Cobiça.

--Tem medo do que pode vir a acontecer com você?

--Tenho medo do que pode vir a acontecer com eles.-disse Cristine virando-se para todos que estavam perto dos botes.-E a você.- disse ela sorrindo para Dark.

--Não há nada com o que se preocupar comigo, preocupe-se somente com o necessário.

--Você é necessário pra mim garoto. Nunca se esqueça disso!- disse ela chacoalhando a cabeça de Dark.

Dark levantou-se, tirou a cabeça do alcance da mão da pequena e abanou-a. Bufou enquanto Cristine ria com vontade. Ao longe, uma pessoa apreciava seu riso. Era uma risada nem escandalosa demais, nem tímida demais. Era uma risada contagiante, seja qual fosse o motivo da alegria, qualquer um gostaria de saber e acompanha-la. Ao menos, era o que Edmundo queria fazer.

^.^


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Notas finais do capítulo

haaai..again. espero que tenham gostado e espero que o tamanho lhes tenha agradado, sou péssima na hora que vou postar um novo cap. e se está muito grande ou muito pequeno xD
e coments são sempre bem-vindos u.u kkk beijos e abraços da Loren o/