One More Time In Nárnia escrita por Loren


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

haaaai guerreiras.



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Cristine apareceu e correu para perto de Lúcia, agachando-se ao seu lado. Tinha a capa encharcada e os cabelos também, grudados em seu rosto, seus olhos estavam inchados, mas Lúcia estava tão desamparada que não reparou.

--Lúcia, está tudo bem? Por que gritou?

Lúcia nada disse, pulou no pescoço de Cristine, soluçou baixinho, mas não chorou. Pouco se importou com o corpo frio e úmido de Cristine. Esta, estava atônita, o que fazer quando uma majestade abraça você? Pensou Cristine consigo mesma. Balançou a cabeça, Lúcia a tratava como uma igual e queria ser tratada do mesmo jeito, mas com respeito. Cristine abraçou Lúcia, esta agradeceu mentalmente.

--Lúcia, o que houve?

Lúcia suspirou, soltou-se do abraço da amiga e disse em voz baixa.

--Eu...não sei direito. Não sei se foi real. Eu...li um feitiço, para ser...- Lúcia calou-se.

Nunca havia tocado nesse assunto com ninguém, muito menos com Cristine, mas precisava desabafar antes que aquilo a estrangulasse novamente. Mas ainda assim, tapou o rosto.

--Para ser mais bela! Eu queria ser bela como minha irmã...

--A Rainha Susana? A Gentil?

Lúcia assentiu com a cabeça e tirou as mãos do rosto, olhou para um ponto fixo no quarto e deixou duas lágrimas caírem.

--Sim. Eu estava...como ela. Eu era ela. Mas eu não existia. Nárnia não existia. Foi horrível.

Cristine abraçou Lúcia e afagou suas costas.

--Tudo bem, já passou.

Lúcia tinha a cabeça encostada no ombro esquerdo de Cristine e murmurou.

--Mas essa não foi a pior parte.

Cristine colocou o queixo na cabeça de Lúcia e suspirou.

--Aslam viu...Ele parecia tão..decepcionado, triste. Nunca me senti tão envergonhada da minha atitude.

Cristine levantou-se e Lúcia também. As duas se sentaram nas cadeiras que havia perto da mesa.

--Lúcia, você foi tentada.

Lúcia olhou para Cristine com os olhos preocupados.

--Eu...eu não...

--Lúcia, está tudo bem. Já passou. O Mal nos ataca exatamente em nossas maiores fraquezas, você foi bastante forte ao perceber que tudo aquilo era errado e não seguiu adiante.

Lúcia abaixou a cabeça, pensava na expressão de Aslam. Nunca tinha visto seu rosto daquele jeito, desde quando ele soube da traição de Edmundo séculos narnianos atrás.

--Está preocupada com Aslam, certo?

--Sim...acha que eu o decepcionei?

--Não vou lhe mentir, acho que sim. Porque pelo o que pude ver, Aslam conta muito com sua pessoa, ele só aparece para você, na maioria das vezes, diferente de seus irmãos e irmã.  Só tome cuidado agora, todos vamos ter que tomar cuidado.

--Acha que mais alguém vai ser...

--Com certeza. Todos temos algo que nos afeta. Algo que é perigoso se vamos expor para aqueles que não nos querem bem. Não se sinta assim, eu também estou com medo.

Lúcia olhou para ela com os olhos arregalados.

--Sim, acho que vou ser tentada. Não faço a mínima ideia como, mas tenho que ser forte, mas não lhe nego que estou com medo...muito medo...

^.^

Após a conversa das meninas, a pequena névoa saiu furtivamente do quarto e encaminhou-se para a parte interior do barco, onde dormiam os marujos e foi para a cabine onde estavam Caspian e Edmundo. O primeiro, sonhava pesadamente e algo o estava deixando atormentado. Ele murmurava várias vezes, Pai, não...pai!. Edmundo não se incomodou, não conseguia dormir. Pensava em coisas demais. Pensava seriamente sobre a estrela azul, sobre o destino do Peregrino, sobre o que aconteceria no amanhã e pensava em Cristine. Pensou nela durante o resto das horas, até deitar-se. Menina complicada.Pensava Edmundo sempre, mas não conseguia esquecer  seus lábios, com um mero toque, tantas sensações. Enquanto isso, a névoa parecia estar aumentando, passou por Edmundo e Caspian e tomou posição a frente das pequenas janelas e foi tomando uma forma tão conhecida para os narnianos.

--Edmundo! Edmundo!

A voz era fina, delicada e perigosa. Edmundo estava absorto em pensamentos, quando ouviu aquela voz, percebeu a névoa que ali existia. Não conseguia ver nada somente a névoa.

--Venha comigo.- um trovão desceu dando luz e o que Edmundo viu foi ela.

Aquela que um dia, ele enganou-se de dar sua confiança e muitas consequências houve com isso. Era  Jadis, a Feiticeira Branca. Edmundo estava pasmo.

--Junte-se a mim.

Edmundo por impulso, pegou a espada e a tirou da bainha, apontando para a névoa.

--Edmundo.

Este levou um grande susto quando ouviu a voz de Lúcia, fechou os olhos e novamente os abriu, ficou assustado quando viu que não havia mais nada ali.

--Lúcia...-ele murmurou.

Mais um trovão foi ouvido e Caspian acordou. Edmundo notou que Cristine estava atrás de Lúcia, com a cabeça baixa e o rosto levemente corado. Ele não a culpou, sentiu seu rosto ficar vermelho também.

--Eu perdi o sono...- disse Lúcia, mas não continuou.

--Vossa majestade pediu para que eu a trouxesse até seu irmão, senhores.-Disse Cristine após um breve silêncio.

--Já até sei...são pesadelos.- disse Edmundo raciocinando.- Ou estamos enlouquecendo.

Edmundo deitou-se, ainda um pouco desconfortável com a visão da Feiticeira e por Cristine estar ali. Lúcia apertou a mão de Cristine, que estava em seu ombro.

--Ou estão brincando com nossas mentes...

Disse por fim Edmundo, aceitando ele mesmo, assim como os outros, de que essa era a mais possível explicação.

^.^

A manhã tinha chegado. A tempestade tinha cessado. Os marinheiros estavam mais calmos. Chegavam agora em uma ilha vulcânica. Desceram dois botes para a ilha, e um deles estava Ripchip com Cristine, na ponta extrema do bote encarando a ilha.

--Os fidalgos não pararam aqui alteza, não há menor sinal de vida.- disse Ripchip.

--Tem razão. Assim que chegarmos à ilha, você e seus homens vão procurar comida, nós três vamos procurar pistas.

Disse Caspian dando as ordens e se referindo à ele, Edmundo e Lúcia.

--Não quis dizer nós quatro?- corrigiu Eustáquio na ponta de um bote.

Edmundo, Caspian, Lúcia e os outros dois marinheiros viraram-se para Eustáquio com uma pergunta nos olhos. Eustáquio pediu derrotado.

--Por favor, não me deixe sozinho com aquele rato.

--Eu ouvi rapaz.

Disse Ripchip do outro bote. Eustáquio calou-se por um breve instante, virou o rosto e resmungou para si mesmo.

--Orelhudo.

--Continuo ouvindo.

Disse Ripchip. Todos ali presentes riram, exceto por Eustáquio, muito emburrado para dizer qualquer coisa. Assim que chegaram à praia, os homens começaram a descarregar tudo que tinham trazido para colocar os suprimentos que achassem. Eustáquio saiu de fininho e foi para dentro da ilha. Caspian, Lúcia, e Edmundo já estavam percorrendo o lugar atrás de alguma informação, quando Caspian achou uma corda amarrada numa pedra. A corda descia por uma fenda até o fundo.

--Não somos os primeiros.- disse Caspian.

--Os fidalgos estiveram aqui?- perguntou Edmundo.

--Pode ser.

Caspian pegou uma pedra e jogou, para ver a profundidade de tal lugar. A pedra bateu em outra rocha e sumiu, levando para eles apenas um eco e a incerteza.

--O que será que tem lá embaixo?-perguntou-se Caspian.

--Vamos descobrir!- disse Edmundo.

Edmundo foi o primeiro a descer, assim que desceu e colocou os pés no chão, esperou por Lúcia, para ajudar a irmã a descer. Olhou primeiro ao redor, era uma gruta bem espaçosa e com um lago mais a frente. Edmundo ouviu alguns pés se firmarem na parede e descendo aos poucos. Edmundo estava encantado com a gruta, virou-se e viu Lúcia descer, já estava quase no fim, virou-se mais uma vez para ver a gruta e pegou a menina pela cintura.

--Olha Lúcia, é lindo.

Ele ouviu dois pés tocarem no chão e duas mãos pequenas e quentes nas suas, mas eram ásperas e pareciam ter muitos machucados. Lúcia não tem as mãos assim, ela não trabalha tanto, pensou Edmundo. De repente, ele pensou em uma hipótese. Ficou tão nervoso, que chegou a apertar a cintura da menina, sentindo a própia encolher a barriga com o nervosismo.

--Majestade...

Ele virou-se para os olhos sem uma definição de cor e o nó na sua garganta apertou-se mais vendo que era Cristine. Ela tinha a expressão calma e um pouco aborrecida, mas seus olhos expressavam nervosismo. Ela empurrou as mãos do pequeno rei, ignorou-o e gritou para os de cima.

--Tudo bem! Já podem descer!

Ela passou reto pelo pequeno rei, indo para perto do lago. Edmundo franziu o cenho e tinha a expressão confusa, como se nada daquilo tivesse acontecido, ou como se ela não quisesse lembrar que tinha acontecido, disse ele mais tarde de volta a Inglaterra. Depois, Lúcia e Caspian desceram. Assim, todos se juntaram a beira do lago. Cristine estava sentada em uma pedra, Edmundo estava em pé analisando o que quer que seja que estava dentro da água.

--O que é aquilo?- perguntou Caspian.

--Eu não sei, parece que é uma estátua de ouro.- disse Edmundo.

Edmundo decidiu ver que era, arrancou uma raiz que estava saindo de uma rocha e a colocou dentro d’água. De repente, ele sentiu a raiz pesada, quando a retirou, viu que a parte que molhara, estava se transformando em ouro e todo o galho se transformara também. Quando ia chegar perto da mão de Edmundo, este soltou a raiz, acompanhado de um grito de susto.

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Notas finais do capítulo

well well...é isso gurias. espero que tenham gostado,( apesar de ter ficado um c*#@!), peço desculpas se errei alguma coisa na ortografia. E agradecendo aqui tbm pela recomendação que ganhei ^^ muuuito obrigada guria, (é Joyce Styles?) de verdade, me deixou muuito happy! kkk
até o próx. cap.! o/