Vestigios Do Passado escrita por Isabella Cullen


Capítulo 27
Capítulo 27 Entendendo o passado


Notas iniciais do capítulo

Meninas esse capítulo está muito emocionante e vamos entender o que aconteceu melhor na vida de Isabel. Eu espero que ele seja satisfatório e que a partir de agora com as coisas mais claras possamos resolver as coisas no presente.



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E ali estávamos nós nos olhando. Eu sabia que ficar ali olhando para o cofre de nada adiantaria. Então sem falar nada eu fui para a porta.

- Bella... – a voz de Edward atrás de mim.

- Me deixe uns instantes.

E fui andando pela casa. Ela era fria e sem vida. Tinha muitas pinturas e algumas pareciam bem antigas para falar a verdade. Eu olhava para elas parando em algumas que chamaram a minha atenção. Todas elas me pareciam um tanto familiar, um pouco de mim estava ali? Ou um pouco da história de Isabel estava em mim? Me sentia ligada a casa de alguma forma, me sentia ligada a história dela e isso já estava me matando. Eu queria saber mais do que nunca o que tinha por trás de nossa semelhança.

Toquei alguns móveis e fechei os olhos. Não tinha poeira ou alguma coisa que me dissesse que não havia alguém morando ali. Passei por quase todos os cômodos lentamente e observando cada um deles procurando algo que não sabia que estaria ali. A última sala que abri no andar debaixo era vazia. Tinha o chão de madeira bem cuidado e brilhante. Tinha janelas grandes e sem cortinas, observei mais e lembrava um salão de baile antigo. Ele tinha portas que davam para o jardim e fiquei imaginando quem um dia usou aquilo. E antes de sair olhei o fundo. Tinha um lindo piano preto. Irresistível até para mim e me aproximei ouvindo o barulho de meus passos pela sala. Eu já estive ali? Me sentia bem naquela sala. Muito agradável e mais aconchegante que as outras. Uma coisa diferente do resto da casa com certeza. Sente-me ao piano e o abri. Lindo e toquei uma tecla e outra. Estava afinado. Olhei ao redor e percebi que toda  a casa não tinha ar de abandono, como Isabel mantinha ela assim? Por que a mantinha assim?

Fechei meus olhos e toquei. Quinta Sinfonia de Beethoven, algo leve e fácil até. Meus dedos deslizavam pelas teclas e nem parecia que a tanto tempo que eu não fazia isso e me senti pela primeira que coloquei os pés naquele lugar em casa. E era ótima sensação de liberdade e conectada comigo mesmo. Não com Isabel ou Eleonor, mas com  Isabella. E a saudade de mim tomou conta, do tempo em que Lily e eu éramos apenas filhas de Renée e Charlie e não havia dúvidas de mis nada. Agora a semelhança com Isabel e seu passado era coisas sufocantes. Mistérios que clamavam por uma solução. Recomecei quando acabei e respirei fundo sentindo uma brisa que não sabia da onde vinha e não me interessava. Eu estava conectada comigo e isso era importante demais. Acabei pela segunda vez e abri os olhos. Edward me olhava no fundo quando eu me levantei, passei por ele sem falar nada e continuei minha busca.

 Subi pela escada e vi os quartos. Abri um por um porque queria ver a histórias deles. Não havia em muitos nada além móveis, mas abri um enorme e vi que aquele era de Eleonor. Tinha poucas coisas que me diziam que ele não estava habitado, estava tudo arrumado, arejado e limpo. Olhei algumas fotos expostas em porta retratos suntuosos. Ela e o que imaginei ser o primeiro marido, ela estava nova demais e tinha um ar infeliz. Seus olhos... tinham algo neles familiar, não soube dizer exatamente o quê, mas havia. O homem de seu lado parecia muito feliz e senti pena dele seja lá quem fosse. Olhei uma outra, ela e ele com um bebê. Eleonor ainda guardava fotos de Esme? Estranhei aquilo, ela a desprezou depois que casou com Carlisle. Um outra de um bebê e vi logo que deveria ser Isabel, eu lembrava de minhas fotos e éramos iguais também. Respirei fundo e continuei olhando. Uma estante de livros muito antigas com livros que deveriam ser antigos. Um closet com roupas que tinham um cheiro bom. O closet bem arrumado, eu poderia esperar ela chegar a qualquer momento porque parecia que ela voltaria. Eleonor tinha bom gosto, roupas clássicas e uma caixa de joias com itens que considerava básicos. Colares de pérolas, brincos de brilhantes e rubis. Nada extravagante, mas com certeza caro.

Não encontraria nada ali e fui para outro quarto. Sorri com esse, era de Nicolas. A casa era um museu. Tinha um céu no alto com aviões e muitas nuvens. A cama dele ainda ali, desfeita. Eles não mexeram no quarto. Os brinquedos espalhados e com muitos papéis de desenhos. Peguei um que estava numa mesa azul. Era uma tentativa dele desenhar a família. Sorri com os desenhos de Isabel e James. Nicolas deveria ser um menino muito especial e sua morte foi uma tragédia. Sai do quarto porque não aguentava imaginar ele vivo e depois afogado.

Entrei num quarto que tinha um romântico. Camas desfeitas também, Eleonor não mexeu em nada enquanto viveu aqui? Ela não deixou ninguém mexer nos quartos de Isabel e Nicolas? A cama de casal, lençóis no chão, um pouco de poeira, janelas abertas e a sacada me atraiu. Algo me chamava para ela e fui andando devagar, com medo do que eu veria, eu sentia que haveria algo forte e não tive dúvidas quando cheguei perto. Dava para a piscina. Coloquei a mão na boca porque eu de certa forma misteriosa sabia que foi ali que Isabel viu o filho, Nicolas morto na piscina e ela viu da sacada. Lágrimas desciam pelo meu rosto e imagens que eu imaginava ser do dia me atormentavam. Gritos e desespero de ambas as partes. Sim, James estaria ali dormindo do lado dela. Fizeram amor e depois viram o filho morto. Foi a culpa que matou James, foi a culpa que destruiu Isabel. James se matou e ela ficou sozinha para encarar todos os problemas que a morte de Nicolas trouxe... Como eu tinha certeza disso? Como uma casa me falava tanto sem ao menos ter um habitante... e eu chorava agora caída naquela sacada por eles, pelas vidas que se desfizeram e pelo amor. Eles não seriam mais capazes de amar. Controlei minhas emoções e me levantei lembrando que eu estava ali por papéis que só eu poderia achar. Por coisas que só eu poderia fazer pelos Cullen e tudo fez mais sentido para mim agora, as palavras de Isabel em meus sonhos. Eu precisava estar ali, ela nunca poderia ajudar Edward porque ela estava envolvida demais e era fraca demais. Isabel era manipulada e levada por qualquer um. Ela foi para cama com Emmett sendo usada, Edward conseguiu casar com ela porque Eleonor e Richard não respeitavam suas dores e se um dia tivesse dúvidas disso o contrato estaria ali para provar tudo que eu acreditava ser verdade. Já não mais me importava nada além de salvar os Cullen da ruina que Richard tramava, era a minha missão e eu deveria ser forte para conseguir fazer isso.

Levantei e vi Edward na porta observando o quarto assustado. Ele via o que via. O quarto não vou mexido desde a tragédia. E ele estava muito desolado, arrependido e até triste por eles.

- Venha amor... vamos sair daqui... chega disso. Nada mais importa a não ser nós dois. – ele me abraçou forte e chorei um pouco mais e quando abri os olhos eu vi uma foto de Nicolas, James e Isabel num lindo jardim. O jardim que a vi no meu sonho. Meu coração acelerou. Estava ali. Eu tinha certeza que estava ali e me soltei de Edward e fui até o porta retrato que tinha um formato estranho. Era maior do que os outros e o peguei. Eles estavam sentados rindo e alguém tiro a foto para eles. Tive uma ideia louca e balancei ele. Edward olhou assustado quando o barulho estranho. Olhei se havia alguma forma de abrir e parecia um livro olhando de lado. Abri e uma chave caiu em meus pés. Nessa hora Edward e eu olhamos aquilo como se tentássemos entender onde aquilo nos levaria. Mas eu tinha certeza que por hoje era o suficiente. Respirei e peguei a chave em minhas mãos. Era bonita, pequena e tinha um ar de antigo. Onde aquilo nos levaria? O que teria em qualquer lugar para precisar ser escondido ali? Qual valor emocional teria para estar justamente atrás de uma foto de seus bens mais queridos? Muitas perguntas e nenhuma resposta.

- Vamos embora Bella. Por hoje estamos cheios. Estou cansado e quero só os seus braços nos meus e quero você nos meus.

-Eu te amo Edward. – disse sabendo que nossa jornada estava apenas começando rumo ao desconhecido e com medo de que isso custasse nosso amor. Sim, meus braços e os deles juntos. Era isso que eu queria. Talvez era isso que precisasse mais do que qualquer resposta. Peguei em suas mãos querendo que elas grudassem umas nas outras e fomos em direção a porta.


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Notas finais do capítulo

DICA: A chave que abre meu coração também abre novas perspectivas.
Meninas espero a opinião de vocês porque eu sei que vocês tem muitas kkkkkkkkkkkkkkkkkkk E agradeço a uma leitora linda que disse que espera uma coisa da fiction e que acabou se surpreendendo porque não era nada parecido com a Usurpadora kkkkkkkkkkkkkkkkk Não meninas não foi essa exatamente minha inspiração. Beijos lindas!