Vigaristas escrita por Juh, Amanda, Taís


Capítulo 52
Assalto


Notas iniciais do capítulo

Oieeee :D

Acreditem, estávamos com muitas saudades, e conseguimos escrever um pouquinho mais de Vigaristas. De forma que os próximos capítulos serão postados no próximo final de semana pra vocês lerem enquanto comem ovos de Páscoa, Ok?!

Obrigada pelos comentários anteriores, nós iremos responder à todos!

Muuuuuuuuito obrigada pelas lindas recomendações, este capítulo é dedicado à: anônimo,
Nikyta e Kim Izzy



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Alguém pode dizer pra Julia Roberts que ela não é uma linda mulher coisa nenhuma, please? Ela é feia de doer, isso sim! Olhem só pra isso, quantas vezes ela passou na fila da boca, hein ? Deve literalmente caber um céu dentro da boca dela. Cruzes!

Eu estava na metade do meu saco de pipoca, quando o filme “onze homens e um segredo” terminou. Se iríamos mesmo assaltar um banco eu precisaria de toda inspiração possível. Ou seja, ainda me aguardavam o "Doze homens e outro segredo” e o “ Treze homens e um novo segredo".

Só não tinha tempo suficiente pra isso.

Assim que Sasuke saiu do banho após ter me entregado aquele colar, me arrastou até uma loja de quinquilharias, onde comprei peruca, óculos e mais alguns apetrechos para o meu disfarce. Fiquei relaxada ao saber que ele pretendia me incluir na missão para assaltar o banco. O que me deixou uma pilha de nervos, foi saber que o dia do assalto, era hoje!

Logo tratei de começar a assistir o filme e reparar bem em como o Brad Pitty sorria, e em como George Clooney era charmoso, coisinhas simples que ninguém nunca repara, mas que fazem toda a diferença numa missão como essa.

Então Sasuke tomou o controle da minha mão, desligando a TV e mandado eu ir para o escritório de Kakashi, onde estava reunida toda a equipe.

Sasuke abriu um desenho colocando-o sobre a mesa, era a planta do banco.

— O horário de Sakura com o gerente do banco está marcado para as 15:00hrs. Temos cronometrado vinte minutos para levarmos o diamante, sem alarde. — começou Sasuke.

— Estarei do lado de fora fazendo ronda com Shikamaru, postos com carros para a fuga. — disse Gaara.

— Vamos acompanhar as imagens fornecidas pela microcâmara, e repassarmos informações via escutas. — afirmou Shikamaru.

— Assim que Sakura conseguir entrar no cofre para guardar o colar, eu e Lee nos livraremos dos seguranças com anestésicos — disse Naruto.

— E eu entro para roubar o diamante — disse Sai.

— Estarei na saída dianteira para pegá-los. — afirmou Neji.

E foi assim que descobri, o colar lindo que Sasuke havia me entregado não era um presente por sentir remorsos ao me trair com Sarai, mas uma desculpa para conseguirmos entrar no cofre do Banco e assim ter acesso ao diamante que iríamos roubar.

Sasuke é um homem com um segredo: Sarai.

Tomara que ela seja horrorosa e tenha uma boca gigante também! Argh!

Pelo menos eu já não estava mais nervosa, embora minha testa não parasse de coçar. Basicamente eu só tinha que guardar aquela super joia num cofre e o resto era por conta deles. Simples assim!

Quando terminei de por o meu disfarce, os meninos estavam todos me esperando na sala. Pareciam ansiosos com cara de sádicos. Na certa estavam gostando da adrenalina. Malucos!

Como eu já tinha hora agendada com o gerente do banco, foi tudo bem rápido.

Preenchi toda a papelada de praxe para a locação de um cofre. Depois, só tinha que acompanhar o gerente para a vistoria do cofre, para aí sim, os meninos entrarem em ação.

O gerente fez menção pra que eu o seguisse, reparei no cartão magnético e na senha que ele digitou para termos acesso à área dos cofres. A porta destravou e quando dei um passo à frente adentrando ao local, fomos surpreendidos por homens mascarados com metralhadoras atirando para cima. Causando pânico no local. Menos em mim que já sabia de tudo, é claro.

Mas... Os meninos foram muito rápidos!

Jurava ter entendido que iam anestesiar os seguranças primeiro e depois entrarem sem alarde.

Enfim... Entendi tudo errado e agora tenho que mostrar minha pro atividade!

E como uma atriz nata que sou, me joguei no chão um pouquinho depois do reboliço, colocando as mãos na cabeça.

— Saia do caminho! Saia do caminho! — gritou um dos meninos apontando uma metralhadora pra mim.

Confesso que levei um susto, mas então me lembrei de que aquilo tudo fazia parte da encenação deles. E, afinal, as pessoas iriam desconfiar se um deles me tratasse bem, não é mesmo?

Então, continuei no teatrinho, fazendo minha mais convincente cara de assustada ao sair do caminho abaixada. Inclusive, aproveitei para piscar discretamente pra ele, numa forma de demonstrar que ele estava fazendo bem o seu papel, sabe?

Daí outro mascarado, que eu não fazia ideia de qual dos meninos era, por estarem todos mascarados e serem todos altos e fortes, me puxou do chão pelo braço num agarro que quase quebrou os meus ossos, enquanto o outro pegava o pobre gerente. Os outros meninos provavelmente estavam cuidando do restante dos reféns.

Embora eu pudesse jurar que nem todos estariam aqui assaltando, e sim dentro de carros nos esperando para a fuga. Dei de ombros, o presente é o que importa!

— Ei, vai com calma aí! Você sabe que há pouco tempo o Sasuke me levou para lutar. Eu ainda estou dolorida! — reclamei num sussurro. O mascarado não me deu muita bola, apenas balançou a cabeça e me empurrou. Cambaleei para frente e só não cai porque ele me segurou pelo braço, por sorte o não machucado.

Alguém entrou demais no papel. Argh!

Adentrou na sala dos cofres mais um mascarado, dessa vez, pude ver seus olhos a mostra. Eram azuis.

Beleza, Naruto entrou em cena também. E ele estava tão bem disfarçado, que tivera o trabalho de fazer uma tatuagem falsa no pulso. Que coisa, não?

Gostaria de saber em qual momento da reunião foi discutido este assunto, porque eu queria ter opinado também! Eles poderiam estar bem mais fashions que agora.

— Onde ele está? — perguntou o Naruto tatuado olhando ao seu redor.

Um dos meninos empurrou o gerente na frente dele, que caiu no chão assustado como um perfeito bunda mole. Naruto então o pegou pelo colarinho, apontando uma pistola pra cara dele.

— Escute bem. Para que ninguém se machuque, você só precisará responder a uma pergunta. — grunhiu entre dentes Naruto ao gerente, que balançava a cabeça veemente. — Onde está o diamante?

— Senhor, há diamantes em todos os cofres.

— Você sabe do qual estou falando! Cadê? — irritou-se Naruto esfregando a cara do homem na parede.

— Céus! Ele está fazendo muito bem o papel dele, não acha? — comentei baixo o suficiente para que só o mascarado que me segurava pudesse escutar. Eu sei, eu sei... Eu deveria ficar quieta. Mas aquilo me assustou, poxa!

— O que disse? — indagou o mascarado alto o suficiente para que todos ouvissem, o que atraiu a atenção do Naruto pra mim. Droga!

— O que essa idiota está falando? — perguntou Naruto vindo à minha direção. Idiota, é? Só o perdoo porque estamos em missão, caso contrario ele veria quem é que é a idiota por aqui. — Por acaso a madame tem algo a dizer? — perguntou sarcástico.

— T-enho... — engoli a seco. — Quer dizer, tenho e não tenho. — o “não tenho” falei alto para que todos ouvissem.

Ele cerrou os olhos.

Me ajeitei para poder falar mais baixo.

— Sabe o que é? Você está fazendo tudo errado! Nunca assistiu filmes de assalto não? O ladrão nunca ameaça o gerente dessa forma, ele sempre pega um refém para fazer o gerente falar, entendeu? — expliquei o óbvio só para que ele escutasse. Esses meninos precisam assistir mais filmes! Não posso compactuar com o amadorismo.

Ele me encarou confuso.

Ah, sim, esqueci que preciso voltar para o meu papel. Com certeza ele fez essa cara para me avisar disso, tipo um sinal sabe?

Devo ter tirado um cochilo nessa parte do plano. Está tudo diferente do que tínhamos combinado na reunião!

— Está querendo me ensinar como se rouba um banco, madame? — perguntou no mesmo tom baixo que falei, só que com um misto de raiva.

O que fazer com essas pessoas que não aceitam uma crítica construtiva? Ignorá-las, claro!

— De maneira alguma. — respondi.

— Está sugerindo que a usemos para fazê-lo colaborar? — poxa, não tinha pensado por esse ângulo.

Ser ameaçada e arrastada para lá e para cá? É claro que não era o que eu queria, nem que de mentirinha!

— Só estou querendo ajudar... — disse baixinho piscando pra ele. Depois olhei ao meu redor, voltando à encenação. — Por favor, peguem o que quiserem e nos liberte! Apenas poupe nossas vidas!

— Que seja! — deu de ombros revirando os olhos. — Acho que estamos perdendo tempo demais dando ouvidos a essa maluca! — jogou os braços para trás fazendo um sinal de cabeça para os rapazes mascarados. — Saqueiem tudo! E você... — olhou para o gerente. — Vai nos dizer onde está o que queremos ou essa belezinha aqui irá sofrer as consequências. — ameaçou puxando-me bruscamente, colocando o maldito revolver na minha cabeça.

E eu sei que fazia parte do plano, mas aquilo me deu um medinho. Principalmente por ele estar abraçando meu pescoço com certa força... Ai, ai. Espero que me paguem um dia no SPA por causa desta tortura e ataque à perfeição do meu corpinho.

O que pensa que está fazendo, sua idiota? — alguém falou no ponto em meu ouvido. E pela forma como pronunciou “idiota” imediatamente reconheci o meu marido, Sasuke.

— Seguindo o plano, ora essa! — respondi ao Sasuke. Naruto me encarou.

— O que está dizendo? — questionou.

— Conversando com você sabe quem... — respondi ao Naruto, depois falei mais alto, dirigindo-me ao gerente: — Por favor, faça o que ele está pedindo. Salve nossas vidas!

— Cale a boca! — disseram Sasuke e Naruto tatuado ao mesmo tempo me deixando maluquinha. Não era o que eles queriam que eu dissesse? Gostaria de saber o que estou fazendo de errado.

Droga, Sakura. Preste atenção... — disse Sasuke num tom raivoso. — Se você ainda não percebeu, esses caras não são da equipe. São assaltantes que estão aqui pelo mesmo motivo que nós. Portanto cale a boca e colabore. Estou indo buscá-la. Tente não fazer nenhuma merda a mais! — ao terminar de falar eu já estava completamente congelada de medo. Aqueles olhos incrivelmente azuis não eram de Naruto!

Sangue de Chanel tem poder!

— É este aqui o cofre, mas não há como abri-lo da mesma forma que os outros. — avisou o bandido mascarado, tirando a atenção do falso Naruto de mim, que me jogou no chão para pegar o gerente e arrastá-lo sem um pingo de dificuldade até o cofre gigantesco mais ao fundo da sala.

— Abra-o ou eu o mato agora. — mandou apontando a arma para cabeça do gerente que tremia de medo.

— Senhor... Não tem como abri-lo. Há a necessidade da digital e do reconhecimento da retina do presidente deste banco, para assim, conseguirem destravá-lo. Se tentarem com explosivos ou de outra maneira, um dispositivo ativará acionando o alarme e à segurança. — contou o gerente. Enraivecido, o falso Naruto começou a chutar e esmurrar o cofre, praguejando em todos os idiomas existentes. Eu aproveitei para tentar fugir, mas uma voz atrás de mim se fez presente na sala.

— Por acaso estão procurando por este homem aqui? — perguntou um cara alto com uma touca preta cobrindo o rosto, apontando a arma para um cara mais velho e gordinho que arrastava consigo. E para minha felicidade, logo reconheci aquela voz e corpo maravilhoso que faz todas as mulheres babarem. Que, a propósito, era todinho meu... E agora dessa vaca da Sarai também. O Sasuke. Argh! Voltei a ficar triste!

— Mas que diabos... — resmungou o falso Naruto surpreso, sendo interrompido em seguida pela verdadeira equipe do Sasuke. Estavam todos ali e com toucas pretas no rosto.

— Rendam-se! — ordenou o verdadeiro Naruto, triunfante. Eles haviam trazido consigo os outros mascarados que estavam cuidando dos reféns. Todos rendidos e desarmados. O grupo que estava dentro da sala de cofres, foi obrigado a se render também, uma vez que haviam sido pegos desprevenidos.

Um dos meninos me ajudou a levantar e a me recompor ali.

— Você ficou bem com essa cor de cabelo... Mas ainda prefiro o rosa. — me disse Sai, piscando pra mim. Ele é o único homem que sabe elogiar uma mulher na hora certa, viu! Eu estava me sentindo um caco!

— Sasuke, não temos muito tempo. Precisamos pegar esse diamante antes que a polícia chegue. — reconheci a voz de Neji.

— Anda... — Sasuke empurrou o gordinho, que quando chegou o cofre, hesitou, olhando para Sasuke. — Vamos, anda logo! Já conversamos sobre isso, eu quero o diamante e você não vai querer saber o que eu faço quando não consigo o que eu quero. — ameaçou o cara num tom baixo. Se eu fiquei arrepiada imagina o cara?

Visivelmente nervoso, o presidente do banco depois de quase apanhar do Sasuke, conseguiu abrir o cofre. Sasuke então o empurrou para o lado, ficando deslumbrado com o conteúdo até então trancado ali. Pegou a pedra grande e rosa e incrivelmente brilhante em mãos analisando-a, depois, entregou-a a um dos meninos que guardou o nosso passaporte à liberdade. Adeus Ourochimaru! Já poderia sentir os ares europeus!

Já estávamos saindo da sala dos cofres quando fomos avisados de que para o nosso infortúnio, a polícia havia chegado. Eu já estava orquestrando a minha desculpa de que eu era nada mais do que uma vítima e refém de tudo aquilo, tendo como testemunha o gerente. Mas Sasuke interrompeu meus devaneios prensando o presidente contra a parede e lhe mostrou seu celular.

— Está conseguindo ver essas imagens? São em tempo real. Se você não nos tirar daqui, acabamos com ela. A escolha é sua. — avisou Sasuke triunfante, deixando o velho com o semblante desesperado. Eita homem que sempre tem uma carta na manga!

— Não, por favor, não ouse tocar na minha filhinha, seu moleque desgraçado!! Ela só tem sete anos, por favor, não a machuque. Prometo ajudá-los, mas não a machuque! — implorava o presidente.

— Ela está em segurança. Mas pode sofrer as consequências dos teus atos se você não colaborar. Basta um telefonema meu e eu explodo sua herdeira, entendeu?

— Está bem! Eu posso tirá-los daqui. Há uma saída! Só, por favor, não machuquem minha Sarai! — ele disse. Peraí, ele disse Sarai? Sarai?

Então é isso? Todo este tempo e todos aqueles esforços, fios de cabelos perdidos e unhas quebradas, para a tal da Sarai ser uma criancinha mais nova que o Konohamaru? É isso mesmo? Aquilo me reduziu a pó. Argh! Ainda bem que Sasuke estava ocupado demais para me olhar.

— Leve-nos até lá imediatamente. — ordenou Sasuke impaciente.

— O que faremos com eles? — perguntou Gaara referindo-se aos mascarados da outra equipe.

— Temos que levá-los conosco para interrogatório! Eles não são meros assaltantes de bancos. Estão aqui pelo mesmo motivo que nós! — disse Naruto.

— Não! — interrompeu Sasuke. — Não podemos levá-los, temos que sair imperceptíveis daqui e não há tempo para novos imprevistos. — disse e os meninos assentiram, concordando.

— O que faremos com eles, então? — perguntou Neji.

— Deixem- os aí para que escapem da polícia em nosso lugar. Isso se forem bons o bastante! — Sasuke disse sorrindo irônico, aproximando-se de um dos mascarados. — Mas que fique bem claro: não pensem que eu esquecerei que vocês estragaram o meu plano, tentaram roubar o meu diamante e ameaçaram a minha mulher. Que fique bem claro que eu irei caçar vocês e que os farei pagar por este inconveniente. — ameaçou antes de darmos o fora do local. E é claro que eu amei a parte em que ele me citou na ameaça.

Com a ajuda do presidente, saímos do banco por uma saída secreta da qual só o mesmo tinha acesso. Chegando à saída, Sasuke chamou Shikamaru que dirigia a van que nos tiraria dali. Mas antes de tudo, Sasuke libertou o presidente.

— Você fica aqui. E como prometido, sua filha será devolvida em segurança. Não se preocupe, nós não machucamos inocentes. — disse ao presidente do banco antes de entrarmos na van.

E eu suspirei de alívio com o dia produtivo: Saraí não passa de uma criança, roubamos um banco, estamos vivos e finalmente temos o diamante! E tudo isso com “Sete homens e uma linda mulher: Eu”. Tsc...


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Notas finais do capítulo

Galera, obrigada pelas 163 curtidas na nossa página no Facebook, fizemos algumas postagens fresquinhas por lá, pra relembrarmos algumas frases de Vigaristas !

Bem... É isso! O que acharam do capítulo? Três grandes beijos na bochecha de cada um que leu. Não deixem de comentar ! :D