Vigaristas escrita por Juh, Amanda, Taís


Capítulo 45
Pulseira


Notas iniciais do capítulo

Obrigada por todos os incríveis comentários, nós estávamos com muitas saudades deles !

Boa Leitura :)



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Eu pretendia sustentar aquele olhar maligno que Sasuke estava me dando, só pra provar que não sou frouxa coisa nenhuma, mas de repente um feixe de luz atingiu meus olhos e quando olhei pro sorriso daquele cara, e todos aqueles dentes folheados entendi o porquê do nome: Ouro-Chimaru.

Aqueles dentes de ouro me davam mais medo que a cicatriz de Kakashi, e assim que der, vou trazer o cartãozinho com o número do cirurgião plástico da Jennifer Lopez pros dois.

Ai, ai... Eu e esse meu jeito incorrigível de espalhar bondade pelo mundo! Sakura Guevara, Sakura Gandhi, Sakura Luther King... Tsc!

— É mais bonita pessoalmente que nas fotos! Devo admitir que é um homem de sorte Sasuke Uchiha, seria uma lástima deixá-la sozinha nesse mundo tão perigoso, concordas? — Era só impressão minha ou ele tava ameaçando o Sasuke? Pareceu.

— Já disse que iremos trazer a porcaria do diamante, deixe-a em paz. — disse Sasuke entre dentes. — Já sei aonde quer chegar e não vou permitir que a use como garantia. Sakura não será refém, nem que pra isso eu use o teu sangue pra assinar essas palavras!

— Acalme-se, acalme-se... Não vou te privar da sua bela mulher. Só que diferente de seu irmão Itachi, você já é um homem bilionário, eu não tenho nada pra te oferecer, além das provas contra sua equipe das qual você pode se livrar facilmente. Irei apenas garantir que você não vai querer fugir sem fazer o que lhe pedi.

— Estou dando a minha palavra.

— E eu estou dando um presentinho a ela... — disse Ourochimaru apontando seu rosto medonho a mim. Presente é? Gostei.

— Eu gosto de presentes. — disse pra tentar acalmar o Sasuke que estava rosnando feito o Akamaru.

E só entendi o porquê daquela brabeza toda, quando os dois capangas que me trouxeram até aqui se colocaram ao meu lado segurando meu pulso e uma soda derretendo ferro em suas mãos assassinas.

Fechei os olhos um pouquinho, esperando sentir a pele queimando, mas ao passarem-se alguns momentos tudo o que senti foi algo pesado rodeando meu pulso.

Abri um olho para espiar, depois o outro. Me endireitei e sequei a umidade em meu rosto com a mão livre. Em seguida dei uma boa olhada naquilo.

Uma pulseira!

— É de titânio, tem um mecanismo de senha para retirá-la, e claro, somente eu sei qual é. Dentro há um dispositivo rastreador, então não pensem em fugir, desistir ou me enganar. Pois eu saberei onde encontrá-la e a matarei. — ameaçou.

Epa, epa... Isso me assustou de verdade... Então a tal pulseira não era de ouro como os dentes dele?

Não era nem mesmo da moda! Credo, eu não quero usar isso! Titânio? Eu não sei que raio de material é este, só sei que me lembra o Titanic que afundou e matou o mocinho no final, mas o mocinho dessa história aqui não vai morrer não, nem que pra isso eu tenha que... Eu tenha que...

—... Sakura??? — chamou Naruto como se estivesse fazendo isso há décadas. Olhei pra ele sem realmente vê-lo. Eu estava em estado de choque. — O acordo já foi feito. Vamos! Antes que Sasuke volte aqui e te puxe pelos cabelos! — avisou e só então olhei em volta vendo que só os meninos me esperavam. Sasuke sequer me esperou para ir embora dali. Droga, droga, droga!

Na casa de Kakashi, assim que terminei de tomar meu banho, fui pra cozinha e fiquei sentada em cima da mesa de jantar por enquanto que todos os meninos, principalmente Shikamaru, analisavam aquela pulseira nada fashion em meu pulso.

Sasuke estava mais ao fundo encostado na parede de braços cruzados, e não precisei sequer olhá-lo para saber que estava furioso comigo. Ora, quem deveria estar furiosa com a situação todinha por aqui sou eu! Afinal, esse troço estava no pulso de quem mesmo? Aaaah tá, só pra lembrar!

Fiz um sinal pro Naruto se aproximar e sussurrei de forma que só ele pudesse me ouvir.

— Sasuke está me ignorando. Você tem que me ajudar! — disse a ele, e tinha certeza que ele havia me entendido bem, mas por algum motivo se fez de desentendido.

— O que disse? — perguntou bem alto, como se o que eu tivesse acabado de lhe dizer não fosse confidente. Argh... Filho da mãe!

— Não podemos retirá-la do meu pulso e colocá-la num outro objeto bem longe daqui? Pode funcionar não é? — perguntei em voz alta, fazendo parecer que era isso o que tinha dito a ele.

— Não, o mecanismo dessa pulseira é de uma tecnologia muito nova, não há como desligá-lo e ligá-lo em outro lugar sem enviar um sinal à Orochimaru. Posso tentar hackear de alguma forma, mas vai levar muito tempo e não creio que temos esse tempo. — respondeu o nerd do Shikamaru que deu espaço pro Akamaru que se achegou, também querendo analisar. Deu algumas lambidas na pulseira, e pela cara que fez, titânio não deve ter gosto de Whiskas Sachê, agora não me perguntem o porquê, mas este cachorro adora comer comida de gato.

— Então retirem-na à força. Não quero ficar com isso no braço, não combina nadinha com a minha aliança. — protestei.

Eu não queria parecer ingrata, mas enquanto eu me lascava pra pensar numa solução, Lee não falava nada, Sai me deixava com sono ao mexer nos meus cabelos. Neji segurava minha mão livre pra me dar apoio, e Gaara segurava meu pé... Não sei bem por que. Mas aquela mão de Naruto na minha perna pareceu o cúmulo da ousadia. Até eu notar ele piscando pra mim e entender que aquilo era um mini plano pra fazer Sasuke voltar a falar comigo e vejam só, não é que funcionou!

— Eu não sei o que a pulseira no pulso dela, tem a ver com a sua mão na perna dela. Mas sei bem o que o meu punho vai fazer na tua cara se não tirar rapidinho.

Sasuke começava a se mover de seu lugar vindo parar bem à minha frente, colocando seus braços na mesa, fincados um de cada lado meu, de forma que os meninos se afastassem, reconhecendo que estavam no território alheio. E eu ali, a milímetros de sua respiração feroz.

— O titânio é mais leve, mais fácil de trabalhar e menos denso do que o aço. Mas também é um elemento muito conhecido por sua excelente resistência à corrosão, e por sua grande resistência mecânica. A forma mais fácil de retirá-lo é levando o teu braço junto. E com isso resolveríamos dois problemas com apenas uma solução, não acha? Iria parar de roubar carros e de se meter onde não deve! — disse sem desviar os olhos intimidadores que carregavam uma ou duas promessas de morte. E depois saiu da cozinha sem mais nada dizer.

Pra soltar uma dessas, era melhor ter continuado com seu joguinho de me ignorar. Eita homenzinho ruim viu!

Os meninos começaram uma conversinha fiada a respeito do Ourochimaru e sua pulseira de Titanic, enquanto eu, esperta e atenta como sou, não desgrudei meus olhos de Sasuke saindo da cozinha, e vi muito bem quando alguém todo de preto o seguiu.

Não, não era a morte era... Itachi.

Desci até a bat caverna do Kakashi tomando o rumo do nosso quarto, mas antes de entrar freei meus pés e grudei as costas contra a parede... O negócio estava pegando fogo lá dentro. A porta estava entreaberta e não que eu estivesse tentando me esconder, ou curiosa pra espionar... Só tentei escutar o máximo que pude da conversa, pro caso de Itachi querer matar o irmão. Isso mesmo.

— Não maninho eu não vou sair daqui. Serei os olhos de Orochimaru nessa casa. — Itachi respondeu-lhe. — Só mais uma coisa... — disse fazendo uma pausa. — Sua mãe... A nossa mãe, onde está enterrada? — perguntou fazendo um silêncio sombrio pairar entre nós três. Eu estava participando ocultamente, mas estava ué!

— Não acha que é tarde demais pra se importar? — questionou Sasuke friamente.

— Vai dizer ou não? — perguntou ignorando o comentário.

— Antes que isso tivesse chance de acontecer, eu arrancaria fora minha própria língua. — respondeu-lhe.

Em dúvida, eu não sabia se ficava pasma com o interesse repentino de Itachi, se tomava um fôlego com a resposta dura que recebeu, ou preocupada com a língua do Sasuke. Tsc...

Droga, ficar em dúvida deixa teu raciocínio parado e a sua percepção de que uma pessoa se aproximou e te pegou no flagra, completamente falha.

Itachi ficou me olhando ali paralisada e deu um sorrisinho irônico. Ele viu que eu ouvi o que eles falaram.

Lancei meu melhor olhar estilo "não dedura que eu tava bisbilhotando, por favor,". E a misericórdia alcançou o coração dele, que saiu sem dar um piu.

Ufa...

Eu quase me sentia aliviada, se não fosse a triste realidade de que agora teria de enfrentar todo o mau- humor de Sasuke Uchiha.

Contei até dez e meio, empurrei a porta e encostei-me a ela, tinha que me segurar em alguma coisa porque o homem era bonito! Estava sem camisa prestes a entrar no banho, quando seus olhos, que agora pareciam mais a mira de um fuzil, estavam fixos em mim. Se segura aí, Sakura!

— Satisfeita? — perguntou arqueando as sobrancelhas, e seu olhar... Puro ódio.

— Olha aqui, Sasuke, eles me pegariam de qualquer jeito. Você mesmo ouviu do Ourochimaru que seus homens iriam me pegar!

— Por que você acha que deixei aqui? Porque sabia que Kakashi te protegeria! — rebateu.

— O mesmo Kakashi que deixou um pirralho lhe roubar as chaves? Tem certeza?

— Se te deixei é porque sabia que estava em segurança! — ralhou como se quisesse fazer com que eu fosse à errada da história. — Mas não, você tem sempre que se meter nos meus assuntos. Tem noção do quanto estamos ferrados, Sakura?

— Eu estava lá para te proteger! — gritei.

— Me proteger do quê? — perguntou e eu fiquei com ódio de mim mesma por ter revelado aquilo. Não queria que ele soubesse que ainda estou preocupada com a macumbeira. Pera aí... Eu estou?

— Eu... E-eu... Não sei, Sasuke!

— Está vendo só? Admita que só foi lá porque é egoísta e adora ser o centro das atenções. Vamos admita, Sakura! Você não suporta quando é deixada de lado.

Ok, agora ele conseguiu me descrever. O que? Não pensaram que eu ficaria ofendida não é? Não mesmo!

— Isso mesmo baby! E não pense que vou ficar de fora das missões! Vou xeretar, me intrometer, vou torrar sua paciência como você tanto gosta de dizer. Mas eu vou! Isso daqui, — disse mostrando minha Power aliança — não é uma prisão, é cumplicidade! E se vivo agindo escondida de você, pode ter certeza que a culpa é tua! — apontei.

— Minha? — perguntou achando absurdo.

— Das estrelas que não é querido, já tem uma história com este nome e por lá o mocinho morre no final, então não se atreva a ir por este caminho! Porque aqui ninguém vai morrer, tipo: Não mesmo! Nem que pra isso eu tenha que... — alertei.

— Tenha que...? — perguntou ele.

— Nada.

— Já chega. Não dá pra ter uma conversa normal com você, vou tomar banho.

Ele simplesmente deu as costas e mostrou aquela bundinha sexy dele caminhando pro banheiro.

Deixei-o ir sem objeções, pra ele pensar no que acabara de fazer com a sua salvadora!

É esse o castigo que recebo por salvá-lo da morte? É certo que a vida dele não estava assim tão ameaçada, but... Eu não poderia arriscar, ué. E olha o que me acontece justamente por querer bancar a boazinha: pulseira brega no braço. Eu mereço, viu! Meu consolo é saber que Sasuke é louquinho por mim, e logo voltaria completamente arrependido, mandando na forma de mensagem subliminar um pedido de desculpas. Sim, isso acontecia com frequência. Uhum.

Bem, enquanto ele tomava seu banho e pensava na vida, eu teria tempo para por meu plano em prática e salvar a vida dele.

O plano era o seguinte: Não ficar na mesma cama que ele. Na verdade eu ficaria sim. Enfim, tudo o que eu não precisava agora era de um corpo atlético e cheiroso em cima de mim.

Por isso tratei de forrar nossa caminha, e peguei dentro daquele guarda- roupa pré- histórico, todos os travesseiros que pude encontrar. Eu bem que pensei em ser caridosa com ele e dividir a cama no meio, mas como ser boazinha nessa história aqui não vale de nada, deixei o espaço maior do colchão pro meu lado e fui me deitar. Isso mesmo!

Quando Sasuke saiu do banheiro enxugando o cabelo com a toalha, usando somente uma cueca e bateu seus olhos em direção à separação de travesseiros formada entre nós, me borrei todinha.

— Que merda é essa agora, Sakura?

— Medidas de segurança querido. Você sabe bem como sou inquieta na cama, e você já deu uma olhada no tamanho disso aqui no meu pulso? Não quero te dar uma pulseirada na cara, totalmente sem querer enquanto durmo, entendeu? — perguntei esperando meu argumento cair na caixola dele como verdade verdadeira.

Sasuke balançou a cabeça unindo as sobrancelhas.

— Faça o que quiser, to cansado demais pra tentar te entender. — disse desabando em seu lado da cama.

Esperei um pouquinho em silêncio.

— Não estamos brigados, não é mesmo? — perguntei um pouquinho aflita. Como não obtive resposta nos próximos cinco segundos fiquei bastante aflita.

Será que ele já dormiu?

Me acheguei perto do muro de Berlim e espionei o Sasuke. Ele estava acordado encarando o teto.

Argh droga. Ele está me ignorando, e ele sabe que não gosto disso. Coincidência, não?

Sem suportar mais, rolei meu corpo sobre os travesseiros, indo direto para o território inimigo e cai em cima dele.

Nos olhamos por um momento, e eu inclinei meu rosto para deixar um beijo em seus lábios. Sasuke segurou meu rosto entre suas mãos e ficou me olhando.

— Não percebe que estou bravo é com essa maldita pulseira rastreadora no seu braço, não é? — perguntou com a voz baixa.

— Não me importo, Sasuke. Tenho você pra me salvar no final mesmo. E eu não vou a lugar algum. — menti desavergonhadamente.

Sim, eu me importava com o acessório brega. E quem está salvando ele por aqui sou eu. E quanto a não ir a lugar algum... Bem, assim que senti a mão dele pairar em minhas costas, me lembrei que estava evitando este tipo de contato íntimo com ele e rapidinho retrocedi nos travesseiros, indo me deitar na minha parte da cama.

Eu estava consciente de que não era só a ausência de calcinha que me tornava nua quando estava na cama com Sasuke, trocando carícias e palavras calientes. É como se despisse minha alma, fico vulnerável e acabo demonstrando coisas muito parecidas com... Sentimentos.

"Se gosta mesmo dele, se separe ou haverá morte!

Guarde bem minhas palavras garota... Não se pode ter tudo... Não terá amor!"

Não pode ser coincidência Ourochimaru ameaçando o Sasuke, enquanto estamos tão ligados. Também não é como se eu o amasse. Sim, eu gosto dele, sou apaixonada por ele, mas amor? Quem precisa disso?!

Enquanto não pensar numa solução para a praga que a maldita macumbeira jogou, procurarei ficar longe de sentimentos. Enquanto isso, vou mandar um recadinho subliminar pra ele: Fica na tua Sasuke, eu não pretendo fazer com que a paixonite que sinto por você, venha virar algo mais. Te amar, te faria morrer.

Eu não quero estar casada com um homem morto, não tenho perfil para protagonizar PS eu te amo.

PS eu te amo?

Um romance em que o mocinho morre logo no começo da história? Com o falecido enviando cartas de amor do além?

— Sorry, mas... PS: eu não te amo Sasuke! Tenha uma boa noite! — acabei dizendo em voz alta, e me virei cobrindo-me até o pescoço.


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Notas finais do capítulo

Pessoal, tem uma cambada de gente que havia marcado essa fic como terminada assim que concluímos a parte I, e por este motivo não estão sendo notificados. Não sabemos como isso funciona, mas parece que é só entrarem no capítulo mais recente e voltar a marcar acompanhamento.


Mas e aí... O que acharam do capítulo?

Grande beijo à todos!

XD



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