Vigaristas escrita por Juh, Amanda, Taís


Capítulo 43
Vigaristas is back, baby!


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaa :)

São tantas pessoas pra agradecer! Bem, vamos começar pelas recomendações:
Riko-nee, Leah e Lays , pelas recomendações lindas em Vigaristas *-*

Nem precisamos dizer que são vocês que fazem da fic uma história tão conhecida não é?! Muito obrigada !!! Um agradecimento especial às "três Ikedas", três leitoras fiéis que comentaram, recomendaram e mandaram uma Mp de tirar o fôlego!
Muito obrigada meninas, por todo apoio *-------*

Hoje daremos início as postagens de Vigaristas Parte II . Está sendo escrita com muito carinho, esperamos que acompanhem e gostem!

Boa leitura !



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Vigaristas parte II

Escrita por

Taís, Amanda e Juliana

Eu bem que tentei por um ponto final na minha história, mas sempre tem um recalcado que mete uma vírgula abaixo do ponto; e interrompe o meu “felizes para sempre”.

Argh!

Tentei mover as pernas, mas estavam terrivelmente enganchadas entre as musculosas e pesadas pernas do meu marido.

Dei uma cotoveladinha de leve em seu abdômen pra ver se ele acordava, ou pelo menos tirava seu braço direito que estava sobre o meu pescoço me enforcando lentamente, mas nada aconteceu.

Então fiz uma manobra ninja, libertando uma de minhas mãos e belisquei de leve seu braço. Como não funcionou também, morrendo de dó das minhas unhas, fui obrigada a cravá-las de leve naquela pele resistente dele.

Diacho! Que couro de crocodilo! Este homem não acorda com nada?! Tsc...

Sentindo os primeiros sinais de esmagamento e asfixia, precisava me libertar a qualquer custo. Serpenteei o corpo, me livrando habilmente daquele peso morto em cima de mim, respirando fundo ao sentir o ar entrar novamente pelos meus frágeis pulmõezinhos... Ufa!

Espera ai...

Peso morto?

Morto?

Morto?

As malditas palavras da vidente que não me deixaram dormir a noite toda — isto é, com uma ajudinha do desempenho sexual de Sasuke —, vieram com força total, chamuscando em minha mente e de imediato encarei-o.

Estava imóvel... Sasuke não estava respirando!

Droga, droga, droga!

Rapidamente o virei na cama, de modo que ficasse com a barriga para o alto e subi em cima dele, sentindo um desespero familiar crescer dentro do meu coração.

Eu não tinha ideia de como é que se fazia aquilo, tentei certa vez e não deu muito certo, mas me espelhei nos filmes que assisti. Precisava salvar meu marido, com uma mão por cima da outra comecei a fazer massagem cardíaca...

— Um, dois, três... — Contava enquanto fazia pressão sobre seu peito. — Um, dois, três... Vamos, Sasuke, acorde!

Supliquei desviando minhas mãos para seus lábios, entreabrindo-os, e coloquei minha boca na sua a fim de mandar oxigênio para os seus pulmões.

Por favor, respire! Por favor, por favor, por favor...

Torcia, enquanto em meio ao meu medo, começava a sentir sua língua procurando pela minha, seus lábios fechando-se sobre os meus, e suas mãos acariciando minhas pernas envoltas a ele.

Quando foi que a minha respiração boa- a- boca virou um beijo de língua mesmo? Argh!

Ele vendeu a alma pro diabo, só pode!

Apoiei minhas duas mãos em seu peito, completamente irada, e me ergui para encarar aquela fileira de dentes perfeitos rindo da minha cara.

— Do que está rindo? Isso não teve graça nenhuma, Sasuke! Não se brinca com uma coisa dessas. — ralhei, vendo-o revirar os olhos.

— Não se brinca com a morte? Não está acreditando naquela besteira está? — perguntou com seu ar de deboche, censurando-me.

— Claro que não! — disse ofendida, e ele arqueou uma sobrancelha petulante. — Talvez um pouco... — ele continuou com a mesma expressão incrédula, e eu bufei cedendo. Eita homenzinho que me conhece viu! — Ok, eu acreditei sim, porque quando ela disse aquilo, eu senti um arrepio na espinha! — argumentei desejando que fosse suficientemente válido.

Mamãe sempre dizia que arrepio na espinha é morte na certa!

— Deve ser porque você estava com aquele vestido, que eu avisei pra não usar porque era decotado nas costas e faria frio! — disse relembrando-me de sua opinião infeliz sobre meu look de ontem, antes de ir.

— É o vestido mais fashion do momento, não poderia deixar de usá-lo. E eu sei discernir arrepio de frio ok? — conclui brava ao cruzar os braços, e desfazendo-os logo em seguida, pois reparei o olhar de Sasuke atento ao meu gesto. — Quê que foi agora? — esbravejei enquanto ele tomava minhas mãos entre as suas, passando o polegar em meu mega, master, blaster, advancet... Diamante com brilhantes, mais conhecido como: nossa aliança de casamento.

— Só acho que se dependesse dos teus primeiros socorros, eu teria morrido! — zombou e eu bem que tentei socá-lo, mas suas mãos estavam segurando as minhas exatamente pra que isso não acontecesse. Esperto!

Irritada, tentei me levantar, só que Sasuke não permitiu. Segurou-me pra que eu não escapulisse e deitou-me em nossa cama enquanto começava a beijar meu pescoço, caminhando para meus lábios. Miserável. Eu não podia contra aquele beijo. Ele sabia disso.

Deslizei minhas mãos ao longo de suas largas costas nuas até alcançar sua boxer, suas mãos também já estavam na barra da minha camisola, subindo-a, quando começou a soar o alarme despertador do relógio que ficava na cabeceira de nossa cama. Sasuke sempre me faz esquecer os compromissos com seus encantos, mas desta vez não deixaria que me persuadisse.

Precisávamos nos arrumar, e eu não queria chegar atrasada.

— Querido... — chamei desvencilhando-me dos beijos ágeis dele, empurrando-o pra que se afastasse antes que arrancasse de vez, minha camisola. Parecia nem ter escutado aquela sirene de incêndio que ele comprou pra nos acordar. — Se não nos arrumarmos agora, iremos nos atrasar pra nossa consulta!— disse e ele em total desaprovação me encarou unindo as sobrancelhas.

— Está doente? — perguntou sem lembrar-se do que se tratava. Argh... Homens!

— Óbvio que não... — disse revirando os olhos e sua expressão abriu-se certamente recordando-se.

— Aaaah... Finalmente resolveu se tratar da sua compulsão por consumismo! — disse esquivando-se de um soco que eu gostaria muito de acertar em seu peito.

— Não seja engraçadinho, Sasuke Uchiha! Hoje temos terapia de casal, como pôde se esquecer? Está vendo só como você não da à mínima pra nossa relação? — afrontei vendo-o bufar em desgosto ao sentar-se no colchão, levando o travesseiro consigo.

— Não acredito que quer discutir o relacionamento justo agora!

— Você só pensa em sexo! — lhe acusei.

— E você em coisas caras, fúteis e tolas! — rebateu como um soco em meu estômago.

— Você não dá valor pro que eu faço não é, Sasuke? Quando você chega dos negócios encontra a casa limpa, as roupas lavadas e passadas, a comida feita, e uma mulher deslumbrante! O que mais quer de mim? — perguntei abrindo os braços em indignação.

— Como se você pegasse numa vassoura, encostasse sua barriga no fogão ou suas delicadas mãos de fadas num ferro de passar. O nosso dinheiro faz tudo isso! — jogou na minha cara e aquilo foi à última poça. Meu sangue ferveu nas veias!

— Está me chamando de imprestável?

— Estou tentando te dizer que sei dos teus defeitos, mas aceito todos eles. Não precisamos de consulta nenhuma. Está tudo bem com o nosso casamento... — disse revertendo a situação de repente, fazendo parecer que a insensível ali era eu. Argh... Odeio este homem!

—Eu sou completamente feliz com o nosso casamento, Sasuke!

— Então por que me obriga ir nessa porcaria?

— Eu não te obriguei, você aceitou!

— Porque você me chantageou com greve de sexo, lembrada? — perguntou irônico. De repente me senti um pedaço de queijo suíço. Filho da mãe!

— Nós vamos à terapia de casal porque é exatamente isso que os casais bilionários fazem! — conclui querendo por um ponto na discussão.

— Você é uma maluca. Psicólogo nenhum vai entender duas pessoas que se casaram por interesse, fizeram parte de uma quadrilha, e em meio a golpes e tiros resolveram continuar casados! Mas que droga, Sakura! Isso não é um romance, e não estamos precisando salvar nosso casamento!

— Nós já conversamos sobre isso. Essa parte de casar por interesse e dos crimes é omitida, qual é seu problema? Se nem minha unha arrancou teu couro fora, uma simples consulta não vai também! — disse procurando equilibrar minha respiração, tentando ficar menos tensa, não podia perder a pose. Nunca.

Com jeitinho enlacei meus braços ao redor de seu pescoço.

— Vamos Sasuke, é importante pra mim... — pedi manhosa, vendo sua cara de quem iria vomitar a qualquer momento.

— Você está impressionada com aquela cigana velha de ontem... — censurou- me, colocando sua mão em minha face, e eu engoli em seco.

Sim eu estava, e também sabia que ele não havia acreditado em nenhuma palavra sequer daquela bruxa. Mas eu precisava me certificar, de que Sasuke estaria comigo para sempre, que teríamos um casamento sólido, e que não fôssemos nos separar nunca.

Eu faria qualquer coisa pra que isso acontecesse.

— Eu não estou impressionada com isso, Sasuke, tipo: Não mesmo! — menti. — Mas, eu gostaria de pedir umas ultimas orientações à doutora sobre como levar sabe... Por favor? Por mim... — choraminguei, e ele revirou os olhos.

— Essa é a ultima vez que vou a essa porcaria! — declarou ranzinza.

— Obrigada, obrigada, obrigada... — repeti contente, enchendo-lhe o rosto de beijinhos e fui correndo pro banheiro. Essa eu venci, Yes!

Passei meus creminhos importados, me maquiei, consegui decidir com qual roupinha iria, borrifei meu anti- Sasuke, e num piscar de olhos, estava diante do espelho completamente pronta!

— Estamos atrasados. — avisou Sasuke lá de baixo. Me apressei em limpar o excesso de hidratante que ficou em meu braço com uma nota de euro que encontrei jogada na estante, amassando e jogando em qualquer canto, para ir de encontro ao meu impaciente marido.

Apressei-me em descer as escadas colocando os brincos no caminho, antes que ele desse cria, e sorri posando com as mãos na cintura à sua frente... Como dizia mamãe: não há mau humor que uma bela imagem não cure.

— Cinco minutinhos a mais ou a menos, não fazem diferença, viu só?! — informei completamente calma e radiante ao mostrar meu look novo.

— Estamos atrasados há duas horas! — informou.

— Oh meu Deus! Por que não me avisou antes, Sasuke? — Poxa que descaso este homem tem com os nossos compromissos, nunca vi igual!

— E avisei, duas horas atrás, quando você disse que cinco minutinhos a mais ou a menos não fariam diferença! — concluiu. Azar o dele se não soube ser incisivo. Argh!

— Eu acabei me distraindo um pouco com o espelho, foi só isso!— expliquei.

— Vamos de uma vez com isso, Sakura. — disse ao levantar-se do sofá e levar-me pela mão, até nosso automóvel novo.

Como ele estava brabinho, não ousei nem ligar o som... E pela maneira como ele corria com o carro, levamos quatro ou cinco minutos para chegarmos ao consultório da doutora Yumi.

— Ah... Aí estão vocês dois! Pontualidade não é o forte do casal... — disse a doutora que estava prestes a sair quando íamos entrar.

— Oh me desculpe, é que Sasuke demora demais pra arrumar o cabelo e sempre acaba me atrasando... Ô homenzinho vaidoso esse viu! — resmunguei sentindo Sasuke torturar meu bracinho, com o tremendo aperto que deu. Ora, parece que é doido!

— Vamos, entrem... — disse Yumi nos tocando para dentro de seu consultório. Sasuke e eu nos sentamos e automaticamente entrelaçamos nossas mãos. Era um gesto casual que me passava segurança e apoio, mas acho que a maluca da doutora achou engraçado, pois arreganhou os dentes para nós dois. Me remexi na cadeira meio desconfortável, eu hein.— E então, como foram as ultimas duas semanas do casal?

— A mesma coisa. — respondeu Sasuke na lata, sem nenhum resquício de emoção.

— Foi maravilhoso... — intervi. — Nosso casamento está ótimo, Sasuke e eu concordamos em absolutamente tudo! Não temos afrontas e nem discussões, e é por isso, que esta será nossa ultima passada aqui na terapia de casal. Só precisamos de uns últimos conselhos, talvez venhamos precisar futuramente... — sugeri e ela nos deu uma olhada por cima de seu óculos quadrado.

— Bem... Vocês me pegaram. Não pensei que fosse a ultima vinda de vocês até aqui. — ponderou ela, afofando-se em sua cadeira reclinável. — Farei algumas perguntas ao casal. Coisas que serão de extrema importância para recordarem-se no futuro...

— Ok. — concordei e Sasuke não deu sinal de vida.

— Para começar, gostaria de saber se pretendem ter filhos?

— Não.

— Sim.

Sasuke e eu respondemos ao mesmo tempo, e a doutora uniu as sobrancelhas nos encarando.

— Vocês não estão de acordo ainda? — perguntou.

— Teremos filhos. — afirmou Sasuke e eu senti uma aflição. Ele é doido? Não pode decidir por mim!

— Bem, nós não teremos não. Sasuke está apenas tentando ser engraçadinho, nós já conversamos sobre isso, e decidimos juntos, que não queremos esse corpinho aqui destruído. E nós já estamos criando o Akamaru, nossa cachorra.

— Não é uma cachorra, é um cachorro, ele é macho! — Sasuke me corrigiu e Yumi nos olhou confusa.

— Ele é cachorro, porque Sasuke é caprichoso demais, e queria porque queria um menino. Mas, eu queria uma menina, e por isso sinto como se fosse uma. — expliquei e Sasuke revirou os olhos.

— Posso te dar um canil inteiro de fêmeas se quiser, Sakura, não precisa ficar colocando laço no meu cachorro!

— Seu cachorro? Pensei que fosse nosso! Ta vendo só doutora? Se eu tiver um filho então, ele vai ser tão dominador, que não deixará nem eu dar mamadeira ou colocar uma Chiquinha na menina...

— Se for menino, não deixarei mesmo! — ralhou. Só então percebi que o ódio me fazia esfolar sua mão, então a larguei e cruzei os braços retomando a compostura.

— Filhos são ótimos para o casamento, senhora Sakura, e é bem diferente de criar um cachorro. Não acho que deva se preocupar com seu corpo, ainda é jovem e voltará ao normal assim que o bebê nascer. Também não creio que o Sr. Uchiha vá se preocupar com isso... — disse encarando-nos, mas nenhum de nós se atreveu a dizer algo. Nos conhecíamos bem, e a essas alturas estávamos furiosos um com o outro, é assim sempre que discordamos. Sempre. Tsc! — Ouçam-me bem vocês dois. É necessário que um sempre venha ceder, seja qual for a discussão.

— Eu sou o sexo frágil, Sasuke deve ceder! — disse em dianteira.

— As damas primeiro, Sakura deve ceder! — disse sorrindo de canto para mim. Sua intenção estava longe de ser cortês! Argh...

Yumi suspirou anotando algo em seu papel. Aposto que só estava rabiscando aqueles garranchos pra passar o tempo. Droga. Ela estava sacando que não somos tão perfeitos assim... Dei uma cutucada no Sasuke, que me lançou um olhar cúmplice, e então entrelaçamos nossas mãos novamente.

— Vocês têm mais alguma queixa para fazer um do outro? — perguntou.

— Não.

— Não.

Respondemos juntos. Mas por dentro, eu tinha muito do que me queixar de Sasuke! Tsc...

— Gostam de surpreender um ao outro?

— Sim.

— Sim.

O quê? Ele não move uma palha pra me surpreender! Tsc...

— Costumam ter ciúmes um do outro?

— Não.

— Não.

Grudar chiclete no cabelo da mulher que olhou na direção do meu marido, não é bem ciúmes!

— Gostam de contar um pro outro como passaram o dia?

— Sim.

— Sim.

Ele não me conta nada. Mesmo que eu implore de joelhos! E depois reclama quando desconfio de traição!

— Já houve traição?

— Não.

— Não.

Não... E aquele beijo na Tenten durante a missão, hein Sasuke? Não me esqueci não! Rum...

— Bem, já vi que concordam mesmo em tudo, meus parabéns! Acho que deveriam falar um pouco a respeito de vocês, porque não me contam como tudo começou?

Só pude acreditar que ela realmente tinha feito aquela maldita pergunta quando Sasuke realmente começou...

— Na verdade... É uma história bem curta...

— Curtíssima! — concordei aflita. Ele não ia me sacanear dessa vez ia? Me lembrei quando o maldito já tinha me feito passar por doente mental, modelo desengonçada, caipira da fazenda, prostituta... Droga, estou frita!

— Os pais de Sakura morreram, e só então minha querida esposa descobriu que estava falida. Como qualquer mulher bonita e desesperada, resolveu dar o golpe do baú. Então me casei com ela. — Sasuke disse assim mesmo, bem calminho, enquanto eu tinha uma diarreia cerebral... Ele estava mesmo contando isso pra nossa psicóloga? Argh... Que se dane!

— O que eu não sabia, é que Sasuke também estava me dando o golpe do baú, ele precisava do meu status e sobrenome para roubar toda a herança do irmão mais velho, que havia sido criado com seu pai cheio da bufunfa, enquanto ele, coitadinho, estava morando com a mãe num barraquinho de dar pena.

— Quando descobri que ela não passava de uma pobretona sem pai, nem mãe, nem teto, nem mesmo um barraquinho de dar pena pra morar, permiti que ficasse em minha casa, ajudando-me a dar golpes nos acionistas da empresa do meu irmão.

— Ele mostrou o Piu-Piu dele pra mim. E em seguida ficamos bilionários, então não vi motivos pra nos separamos. Fim. — conclui. Yumi nos olhava estática, e um silêncio estranho pairou no ar. Sempre fiquei imaginando o que as pessoas iriam pensar de nós, se descobrissem a real trajetória de nossa linda história de amor, só não contava com aquele silêncio todo.

Até que uma gargalhada explodiu da boca da doutora. Coitadinha, completamente pirada, acho que ela precisa de um psicólogo vulgo psiquiatra também. Tsc...

— Tudo bem, um dia se sentirão a vontade para compartilharem a história verdadeira de vocês! — disse ela recuperando-se da risada desembestada. Dei uma olhada pro Sasuke que apenas levantou uma de suas sobrancelhas como quem diz "eu sabia". — Então... Pra finalizar a nossa ultima consulta, um dos principais fatores de um casamento... Como vai a vida sexual do casal?

— Ótima.

— Perfeita.

Bom, se essa era nossa ultima resposta a darmos, fiquei a espera de uma carimbada de casal do ano, e uma estrelinha de ouro, mas tudo o que recebemos foi uma segunda risada da doutora seguida de uma olhada profunda.

— Tenho certeza que essa é à única verdade que disseram até agora. Se querem saber a verdade, não é a terapia de casal que muda o relacionamento. Também não é a cor da blusa que seu horóscopo falou pra usar, também não é a freqüência com que fazem sexo ou a vinda dos filhos. A mudança ocorre a partir de vocês mesmos. A partir da admissão do que sentem. A partir do momento em que entenderem que vocês não se casaram para serem felizes, e sim, para fazerem um ao outro feliz. Virão muitos tempos ruins, e será necessário que entendam que o que têm não é um contrato que pode ser desfeito com um simples divórcio, mas uma aliança e isso costuma durar, até que a morte os separe.

Até que a morte os separe...

Morte os separe...

Os separe...

Naquela tarde, eu senti que nossas vidas estavam irremediavelmente ligadas. Entrelacei meus dedos entre os de Sasuke, que o acolheu de um modo bem confortante, eu sabia que ele estaria ali por mim, pro que desse e viesse. Nós não éramos o tipo de casal que se declarava ou que fizessem muitas exposições de afeto e sentimentos, embora não nos faltassem nem um e nem outro.

Nós saímos para comer alguma coisa, mas havia pouco assunto dessa vez. A verdade é que eu só queria chegar logo em casa, abraçar minha cachorra, e me meter no banheiro pra chorar sem que ele visse. E foi o que fiz.

Assim que fechei a porta, meus olhos foram de encontro ao terno que Sasuke usara na festa da noite passada, e uma sensação de Deja-vú, tomou conta dos meus sentidos.

Quando dei por mim, minhas mãos já estavam ali dentro vasculhando em busca de alguma...

— Sakura? — Sasuke me chamou batendo na porta e fazendo-me pular de susto. Escondi o envelope que achei no vão do espelho à minha frente.

Mas o que diabos eu estava fazendo? Não, dessa vez, eu não iria esconder isso comigo.

Uma ótima oportunidade de exercer a confiança, bem aqui e agora.

Puxei o envelope de volta, e abri a porta, encontrando um Sasuke seminu de testa franzida pra mim. Quando percebeu a carta em minhas mãos, algo semelhante à fúria faiscou em seus olhos.

Comecei a abrir aquela bagaça e ele não me impediu, então retirei-a , ignorando os demais papéis juntos ali, e em voz alta li:

"Precisamos relembrar os bons tempos, nada como um almoço familiar. As passagens de ida e volta, estão compradas, e envio-lhe junto com este convite.

Ass: K."

— Me diz que não está pretendendo se encontrar com essa vadia, Sasuke! — disse sentindo o sangue ferver nas veias. Ele fez uma careta, mas antes que pudesse mentir, me apressei. — “Almoço familiar”... Está querendo rever sua irmãzinha Karin, não é mesmo?! Quando pretendia me contar que iria viajar? Quando iria me contar sobre essa maldita carta? Ah, espere um momento, acho que já sei: Nunca! — disse jogando a carta nele, mas antes que pudesse fechar a porta novamente em sua cara, seu pé impediu e seu braço agilmente pegou o meu espremendo-me entre a pia e seu corpo.

— Bati na porcaria dessa porta, justamente pra te dizer que faça as malas. Eu não sei como funciona pra você, mas tenho pra mim, que minha esposa é minha família. Se desse uma olhada nas passagens veria que tem duas de ida, isso quer dizer que não vou a lugar algum sem você idiota. Ele vai adorar saber o quanto gostou do convite pra porcaria do almoço. — disse soltando e dando as costas, louco pra se livrar de mim.

— Espera! — Disse segurando seu braço. — Ele? Ele quem?

— Kakashi. Estamos voltando pro Estados Unidos, Sakura.


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Notas finais do capítulo

Façam parte da página que criamos no Face: https://www.facebook.com/pages/Vigaristas/244020002450868?ref=hl

E para quem acompanha Wake e Konoha, houve um imprevisto e não conseguimos postar, mas não esquecemos das fics, hein! Essa semana saí capítulos fresquinhos pra vocês.

O que acharam do cap??? Nos aguardem, vem muita doidera por ai !!!

3 beijos ;)