Vigaristas escrita por Juh, Amanda, Taís


Capítulo 11
Alvo


Notas iniciais do capítulo

Agora sim, esse é o último capítulo do ano!! Ah, queremos muito agradecer a vocês pelos comentários, de verdade! Ficamos muito felizes, e esse foi o motivo de escrevermos este capítulo hoje!

Boa leitura!



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Com o aquecimento global estamos enfrentando vários problemas. Um deles são os rios secando, outro é que as piranhas criam pernas, invadem as cidades, usam micro-saias e dançam para o seu marido em boates!

Até ai, meus caros, tudo bem.

O sangue subiu mesmo foi quando a lambisgóia Karin me viu ali, sorriu e rebolou ainda mais para o Sasuke, que não achou suficiente só babar por ela. Ele ainda tirou de sua carteira uma nota de cem dólares e colocou na sua micro-saia.

Vendo isso, Karin me encarou na mesma hora, sorrindo debochadamente. Mas nem ferrando que essa vaquinha vai bancar a superior pra cima de mim!

Graças aos ensinamentos de mamãe, aprendi uma regra básica feminina: acabar de ver algo que te destruiu por dentro, mas manter a expressão como se estivesse tudo ótimo.

E foi o que fiz, mantive minha postura ereta, e meu nariz empinado como se nada tivesse acontecido... Sou uma diva!

Mas por dentro... Queima Sasuke, queima Karin!!!

Sasuke não desgrudou os olhos dela nem por um segundo, aliás, todos os homens estavam hipnotizados pelo gingado da cobra!

Eles assobiavam e gritavam “gostosa” para ela, que sorria rebolando ainda mais seu rabão se achando a rainha da cocada podre. Argh...

Nem bonita essa ruiva é! Sou bem mais eu! Essa coitadinha mal sabe que no verão 2013 o vermelho vai despencar de moda... Aquele cabelo de fogo brega! Tsc!

Cor do verão é rosa! Rosa nunca sai de moda! Aquela exibida! Ela não sabe que não se mexe com uma discípula de mamãe, não? Ela vai ver só uma coisa!

Olhei a minha volta, procurando por uma bazuca pra exterminar essa piranha do mapa, mas acabei optando por uma vingancinha a altura.

Ela vai aprender a nunca mais balançar seu rabo pro marido alheio.

Alguns passos atrás de mim, estava o bar da boate. Perfect!

Como se não estivesse acontecendo nada, fui até lá dançando e jogando meu charme para os rapazes a minha volta.

Parei de costas no balcão do bar, e com os braços dei impulso e me sentei no balcão jogando minhas pernas para cima, enquanto empurrava todos os copos e garrafas que lá estavam, sem me importar...

Os clientes que estavam sentados e apoiavam suas bebidas ali, resmungaram enfurecidos, mas ao darem de cara com minhas belas pernas, suavizaram imediatamente suas expressões, sorrindo maliciosamente para mim. Devolvi uma piscadela a eles.

O barman resmungou algo, mas também calou-se quando viu minhas coxas torneadas sob o vestido revelador que levantou-se um pouco quando fiquei em pé naquele balcão.

A música acabara de ser trocada, então peguei o embalo e comecei a rebolar lentamente, movendo meu corpo conforme as batidas sensuais.

Fechei os olhos e joguei a cabeça para trás, deixando-me envolver pelo ritmo. Balancei a cabeça de forma que meus longos cabelos se mexiam sensualmente e caiam em meus ombros e cintura.

Passei minhas mãos ao longo do meu corpo sensualmente, arrancando alto assovios . Abri meus olhos, e sorri com a constatação de que acabei com a vadia da Karin, sua platéia inteira agora estavam a me admirar.

Devolvi um sorriso debochado de vitória, quando a vi parada com cara de bunda, fuzilando-me com os olhos e totalmente ignorada em cima do palco.

Continuei dançando e entretendo a platéia; conseguia ouvir os berros da Ino e Hinata que me aplaudiam.

Naruto também estava lá, e na frente, piscou quando lancei um sorrisinho divertido pra ele.

Não me contive e espiei o palco, a ruiva ainda estava ali, com suas mãos apoiadas na cintura, soltando raio laser em minha direção. Coitadinha, completamente sem platéia... Toma essa!

Virei de costas rebolando até o chão e depois me levantei lentamente dando uma boa amostra de meu bumbum empinado pro povo, que gritava por mais, mais e mais... Só que... Espera um pouquinho, eu disse sem platéia? Karin estava sem platéia?

Onde estava Sasuke?

Vasculhei o loca com os olhos sem encontrá-lo. Droga, assim minha vingança não se completa! Diminuí o ritmo da dança para procurá-lo, depois de uns segundos de desespero, finalmente o encontrei encostado numa coluna de braços cruzados me encarando, sem expressão alguma no rosto.

Mas meu sorriso foi instantâneo.

Ele estava bem ali, assistindo meu showzinho!

Ta certo que eu esperava alguma reação a mais vinda dele... Sei lá, uma careta monstruosa, um quebra-pau, ou pelo menos que ele me arrancasse à força do balcão, mas nada disso aconteceu. Saco, seria um barraco e tanto...

Quando ele viu que eu o vi, balançou a cabeça negativamente dando-me as costas. Nitidamente ele havia reprovado minha atitude...

A essa altura, eu já não estava mais dançando, minha platéia reclamava, mas não me importei. Pedi ajuda para que me tirassem daquele balcão, e assim que desci corri na direção pela qual Sasuke havia seguido.

Corri para fora da boate indo em direção ao estacionamento, onde o encontrei pronto para entrar em seu carro. Corri até ele segurando seu braço, Sasuke me se virou me encarando com uma expressão horripilante.

— Então quer dizer que sua amante pode dançar e se exibir, sua mulher não, é isso mesmo, Sasuke? — reclamei cruzando os braços.

— Cala a boca, ela não é minha amante!

— Ah, não? Então me explica isso direito, porque até dinheiro você deu a ela, não bastou só a baba? Ridículo! — disse com raiva, colocando minhas mãos na cintura e pisando duro no chão.

— Sabe o que é ridículo, Sakura? Sabe? — perguntou entre dentes, segurando com força meu braço. — Ridículo foi você dançando com esse vestido, isso sim!

— Sua amante estava rebolando com uma roupa bem menor que a minha e você não achou ridículo! — contestei empurrando-o.

— Ela não é casada comigo, você é e se deve ao respeito! — vociferou.

— Ei, não grite com a Sakura! — uma voz de pirralho interveio atrás de mim. Sasuke e eu nós viramos e lá estava Konohamaru todo hominho, brabinho, vindo me defender.

Era só o que faltava!

— Você o conhece? — Sasuke indagou achando graça do meu defensor.

— Lógico que não! Está vendo esse garoto? É um morador de rua! Não falo com moradores de rua! Saia daqui garoto, anda! Só ta assim porque te dei esmola outro dia... — disse espantando ele.

Sasuke não ficou para ouvir e foi direto para o carro, fui atrás dele, mas o idiota já havia dado partida e me deixado naquele estacionamento. Maldito! Virei para me desculpar com Konohamaru, mas este também já havia se teletransportado pra outro lugar.

Fiquei péssima, não queria magoar Konohamaru, mas também não queria que o Sasuke soubesse dele. Não sei se foi por vergonha ou medo da reação de Sasuke, mas preferi destratar Konohamaru e agora me sinto a pior pessoa do universo.

Meu coração apertou ainda mais ao me lembrar das palavras que disse a ele. Oh, céus, o que fiz?

Como se já não bastasse eu me sentir a mosca do cocô do cavalo do bandido, percebi que estava sozinha naquele estacionamento, sem ninguém para me levar pra casa. Argh!

Comecei a caminhar de volta até a boate para pegar um taxi, mas no caminho encontrei com Naruto.

— Que cara é essa, Sakura? Está tudo bem? — ele perguntou todo atencioso.

— Só me leve para casa, por favor.

— Ah, claro, sim... Vamos! — ele disse.

Voltei de carona com Naruto, no caminho não conversamos absolutamente nada.

Estava cansada, frustrada com Sasuke, e preocupada com Konohamaru... precisava me redimir com ele.

Quando cheguei em casa, fui direto para o quarto; Sasuke não estava lá, melhor assim. Troquei de roupa e arrumei meu sofazinho, peguei no sono assim que desabei sobre nele.

Acordei toda dolorida, como se o fato de ter dormido tivesse me deixado ainda mais cansada que antes. Argh... E se eu dormi quatro horinhas foi muito. Tinha certeza que havia acordado mais cedo que o habitual.

Olhei pra cama de Sasuke que estava complemente arrumada, e cheguei a conclusão de que ele passou a noite em sua Bat Caverna.

Acho que essa é a primeira noite que dormimos brigados. Quer dizer, estamos sempre brigados, mas dessa vez nós sequer conversamos, e eu to num mau humor daqueles, ou seja, sem saco pra esses raios de treinamentos dos quais me submeto. Argh... Espero ser indenizada por isso viu.

Já podia ouvir suas vozes grossas que ecoavam do andar de baixo. Saco viu.

Levantei-me e fui fazer minha higiene, tomar um banho.

Prendi o cabelo num rabo- de- cavalo frouxo, coloquei um short jeans curto e uma blusa de alcinha branca.

Desci para tomar meu café da manhã e lá estavam Shikamaru, Sai e Sasuke que continuava com aquela cara de demônio natural de sempre. Mas eu estava o cão de tão brava!

Sentei em uma das cadeiras, pretendendo tomar meu café da manhã em paz. Isso é claro, se tivesse sobrado algo, parecia só ter restado a laranja do bagaço.

Ah, se não fosse o salvador da pátria Naruto, com aquelas sacolas nas mãos e seus cabelos desgrenhados loiros dando uma luz naquela cozinha, o que seria de mim?

— Eu sei, eles devoraram tudo, mas o reforço chegou! — Naruto disse sorrindo, e analisando meu rosto, tentando... Me decifrar?

— Obrigada. Eu realmente estou com fome! — agradeci abrindo as sacolas. Peguei suco e passei geleia de morango em umas cinco torradas das quais eu pretendia comer lentamente, enquanto mastigava cada milímetro da primeira mordida de pão-de-queijo que estava em minha boca.

— Dá pra comer logo essa merda? Não temos o dia inteiro! — Sasuke rosnou e eu apenas o ignorei colocando mais suco em meu copo e vasculhei a sacola pegando um iogurte, claramente anunciando que não pretendia ir logo, só porque ele queria que eu fosse.

— Gostei dos cabelos presos, ficam sexy! — observou Sai sorrindo pra mim. Sorri de volta.

— Vou rapar eles se essa mula não se concentrar nas aulas! — disse Sasuke.

— Onde está o Lee? Sabe, me deu uma saudade dele, pelo menos ele sabe calar a boca na minha presença, mais pessoas deveriam aderir a fobia. — disse, evidentemente direcionando-me a ele.

— Ele está trabalhando, Sakura. Foi logo hoje de manhã, porque pretendo fazer uma confraternização lá em casa, depois de seu treinamento. — Naruto explicou desviando o assunto.

— Confraternização? — perguntei sem fazer ideia de que esse povo fazia algo do tipo.

— Ah, é só uma maneira de dizer. Vamos pra piscina e beber um pouco, só isso. — Naruto respondeu.

— Ah, que legal! Vou poder estrear meu biquíni novo! — me animei até Sasuke interromper.

— Ótimo, então levanta seu traseiro da cadeira e vamos logo! — rosnou.

— Vamos, Sakura... Sua primeira missão é depois de amanhã, então esforce-se em aprender minha aula, obviamente a minha é a mais importante. — Shikamaru disse empolgado, não pude deixar de sorrir com ele. Mas como assim, depois de AMANHÃ? Primeira missão? Eles não me avisaram nada! Argh...

Então foi com Shikamaru que demos inicio ao treinamento...

Descemos para a bat caverna, em uma das salas das quais eu nunca havia entrado. Era bem grande e espaçosa, feita de um material realmente muito enrijecido. Haviam dois grandes armários que pendiam nas paredes, uma mesa e cadeiras. Na verdade parecia mais uma sala de tortura — se é que não era.

Shikamaru abriu uma das portas sorrindo ao ver minha expressão embasbacada. Ali tinha um monte de trecos tecnológicos, aparelhos de ultima geração, localizadores, aparelho biométricos para reconhecer as impressões digitais, notebooks, bombas caseiras — desenvolvidas pelo próprio Shikamaru —, entre outras coisas.

Mas a única coisa que ele realmente quis me explicar era a respeito das escutas e aparelhos de comunicação. Disse que seria de extrema importância na minha primeira missão, e que depois me daria as orientações, pelo menos já saberia como usá-las.

Logo depois, Sai entrou na sala, afastando a mesa e cadeiras, como se montasse um ringue.

Ele me daria aula de defesas pessoais. Ensinou-me alguns golpes, e por vezes tocando algumas partes de meu corpo, demonstrando os locais nos quais eu deveria atingir para que a dor e imobilidade fossem certeiras.

Percebi quando houveram alguns rosnados em protesto, como se Sai tivesse tirando alguma casquinha de mim. Estava? Azar.

Ele veio pra cima e me imobilizou, deixando-me no chão. Eu fiquei com tanta raiva pelo sufoco que passei, que assim que ele me largou, levantei minha perna com toda a força que pude, e dei bem no meio de suas pernas.

Todos em volta gritaram de dor, embora eu só tivesse atingido Sai. Tsc!

Ainda sentada no chão, eu estava morta de cansaço. Mas é claro que o insensível do Sasuke, que me gorou durante todo o treinamento, não estava nem ai pra isso.

— Já cansou, dondoquinha? Vamos... Levante! Ainda tem que treinar com seu marido. — Sasuke disse todo irônico me estendendo a mão, segurei para me levantar.

— Claro que sim, querido... — coloquei teatralmente, uma mão em seu rosto — Mas antes vou comer alguma coisa, estou faminta! — dei dois tapinhas em seu ombro e me mandei pra cozinha, onde Naruto estava sozinho. Sai e Shikamaru já tinham dado no pé. Espertos.

— E então... Gostou do treinamento? — Naruto perguntou colocando uma mistureba em minha frente. Sentei-me e comecei a comer. Não sabia o que era, mas era bom!

— Hm. Sei lá... — dei de ombros — Naruto... — o chamei com a voz doce, ele imediatamente se sentou a minha frente atencioso.

— Que foi?

— Quero fazer uma pergunta.

— Faça.

— É sobre Sasuke. Sasuke e... Karin. — fiz cara de nojo pronunciando seu nome. — Eu sei que você sabe, o que houve e há entre eles. Me conta, Naruto? — pedi com cara de cachorrinho.

— Sakura... Não sou a melhor pessoa pra te falar sobre isso. Na verdade, eu nem sei ao certo a história deles, por que você não pergunta pro Sasuke? — perguntou.

— Porque não quero parecer enciumada.

— Mas é o que parece, vindo perguntar a respeito disso pra mim. — disse Naruto.

— Não tenho ciúmes coisa nenhuma. Mas quero saber até onde posso confiar, entende? — disse e ele assentiu, soltando uma profunda respiração.

— Eles cresceram juntos, Sakura, se conhecem desde a infância. Pelo que todos nós sabemos, eles nunca foram namorados ou algo do tipo. Ela sempre quis que o Sasuke tivesse um compromisso sério com ela, até mesmo se casar e participar de nossa equipe. Tudo o que você é hoje e ela não. — ele contou dando uma pausa e depois prosseguiu. — Sasuke nunca quis dar esperança a ela, mas também nunca negou o fato de que tem um carinho especial pela moça. Na verdade acho que ele acabava sempre ficando com ela, para não magoá-la mais, e conseqüentemente matava toda e qualquer possibilidade de outro homem se aproximar dela. — disse Naruto pensativo.

— Que outro homem? — perguntei sem esconder o interesse. Seria Naruto? Ele também gostava da vaca?

— Esquece isso... Você tem treinamento agora. — disse Naruto ao acenar para Sasuke que adentrava a cozinha.

— Terminou? — Sasuke perguntou me encarando.

— Não. — respondi dando mais uma garfada na comida.

— Sakura, pode parar de me irritar e mastiga essa merda logo! — ralhou.

— Na verdade... Não é merda, é uma comidinha muito gostosa que Naruto fez. — disse ao sorrir pro loiro que nos observava com interrogação no olhar.

— Na verdade... Comprei pronta! — Naruto se explicou.

— Já chega de conversa, vamos! — determinou Sasuke, me puxando bruscamente da cadeira.

— Nãaaaao, eu não terminei... — protestei inutilmente. É claro. Só deu pra escutar Naruto dando um tchau para nós, que nem nos demos o trabalho de responder.

Logo nos enfiamos lá debaixo novamente. Entramos na mesma sala dos treinos anteriores. Dessa vez, Sasuke abriu a outra porta. E agora sim, eu estava muito assustada.

Eram armas, muitas armas! Um montão delas... De todos os tipos.

Ele as colocava sobre a mesa sem me olhar. Eu estava em pânico, até que ele veio até mim, tentando entender a minha reação. Ué? Se pra eles é normal ter um armário de armas no andar subterrâneo de casa, pra mim não é não!

— Que é Sakura, vai chorar? Pensou que tínhamos o que aqui? Uma coleção da Prada? — ele perguntou sarcástico.

— Até que não seria mal... — ponderei ainda atordoada com a visão.

Sasuke me deu um fone de ouvido para abafar o barulho dos tiros, depois foi até a parede arrumar uma plaqueta de alvo. E voltou até mim.

— Vem, você vai aprender a atirar. — disse ele bem naturalmente. É, isso é bem normal! Argh.

Que? Não Sasuke, eu não quero! — choraminguei, mas ele mostrou os dentes colocando um revolver em minha mão, fechando-a como quem diz: você não tem escolha.

Desesperada, joguei aquela coisa no mesmo instante pra bem longe de mim e a arma ao cair no chão disparou, o que me fez pular de medo.

Sasuke! — gritei seu nome imediatamente, como se ele pudesse me defender daquela arma com vontade própria.

O QUE ESTÁ FAZENDO, SUA ANTA? — perguntou enraivecido, e me empurrando foi pegar o bendito revolver do chão, logo após dando a volta.

Ufa, ele desistiu deste absurdo! Pensei comigo, quando de repente, o senti bem atrás de mim, segurando minhas mãos e encaixando nelas o revólver.

Estava nervosa, minhas pernas estavam bambas e minhas mãos nitidamente tremiam, mas ele as segurou firmemente, mirando no alvo.

Inclinou meu dedo no gatilho e disparou, o barulho do tiro ecoou fundo dentro de nossos corpos que estavam colados, de modo que ele me sentiu estremecer.

— Abra os olhos, Sakura. — ele mandou, e eu os abri. O tiro tinha sido exatamente no centro da placa.

Quando percebi que havia dado certo, uma alegria inesperada tomou conta de mim...

— Consegui. Sou demais! — comemorei.

— Conseguiu o caramba! Eu que fiz tudo, sua idiota... — reclamou me largando. Poxa, meus pais sempre me deixavam sentir vitoriosa, mesmo quando eu não ganhava de verdade. Mas Sasuke? Nãaaaao. — Tua vez. Faça sozinha.

E eu mirei trêmula para a plaqueta, fechei os olhos, virei o rosto e atirei cambaleando para trás.

— Você se esforça pra ser tão ruim? Esta querendo esburacar toda minha parede, é? — Sasuke rosnou. Tsc... Meu tiro não chegou nem a atingir a placa de alvo.

— Eu não consigo! É difícil demais... Eu desisto. — disse decidida, me virando pra ir embora, mas o demo me puxou de volta.

— Vai desistir o caralho. Pega essa merda que nem homem. Pare de tremer, anda! — Sasuke gritava colocando a arma novamente em minhas mãos. Endireitou minha coluna com suas mãos rígidas e segurou minha cintura com firmeza.

Respirei fundo pra tomar coragem e atirei, agora mais segura por ele estar comigo.

Filho da mãe, sequer queria me ajudar.

Abri os olhos percebendo que agora sim... Tinha acertado o espaço no circulo mais distante do alvo. Tsc!

— De novo — ordenou. E novamente atirei sem conseguir o alvo.

— Vamos, Sakura... Eu sei que você é burra, mas não consigo acreditar que não pode acertar o centro! — pressionou-me Sasuke. Sim, este era seu grande incentivo pra que eu conseguisse.

— Vai se danar, Sasuke. Eu não consigo! — disse emburrada. Afinal eu queria acertar. Mas era difícil, droga!

— Ah é? Então ta... — ele disse indo até o alvo, levantando-o mais pra cima, e ficando em frente a plaqueta encarando- me. — Vamos, atire! Se não acertar o alvo, vai acertar minha cabeça! Vamos Sakura, quer virar viúva? ATIRE... — ordenou. Até que não era má ideia destroçar seus miolos, hein. Tsc!

— Não posso... — choraminguei. Ir pra cadeia não estava em meus planos.

ATIRE!

— NÃO POSSO!

— ATIREEEE!

AAAAAAAAH — gritei com a pressão insistente dele em minha cabeça, e apertei o gatilho.

Quando abri meus olhos que estavam inundados de água, pude ver Sasuke sorrindo pela primeira vez, e o alvo central afundado pelo tiro que dei.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?? Façam 3 autoras amadoras feliz, comentem, recomendem!

Mais uma vez: FELIZ ANO NOVO!!

Beijos, e até o próximo que sairá ano que vem, agora é oficial!!

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