Vigaristas escrita por Juh, Amanda, Taís


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Oláa *--*

O prólogo da fic será narrado pelo Sasuke, os demais capítulos serão pela Sakura. Espero que gostem!

Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/288960/chapter/1

Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia.

Um pobre coitado, de pouca inteligência, vivia de pequenos biscates e esmolas. Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas: uma grande de 400 REIS e outra menor, de 2.000 REIS. Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos. Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos. 'Eu sei' — respondeu o tolo assim: 'Ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minha moeda'.

Escutei muito essa história quando era moleque, e com ela aprendi que se você for ganancioso, acaba estragando sua fonte de renda. Se for inteligente, encontra uma fonte de renda para atingir seus fins maiores. Era exatamente a minha próxima meta a atingir... Uma fonte de renda.

Os golpes que executo me proporcionam uma boa vida, não posso negar. Tenho uma equipe de homens habilidosos, prontos para esgotar uma rede bancária se assim quiser, porém meu objetivo não é este, nunca foi.

Lembro-me perfeitamente de quando encontrei a minha "fonte de renda", ou pelo menos, achava que tinha encontrado...

A noite havia sido péssima, como sempre. Eu e minha maldita dificuldade de dormir. Ao menos o tempo que passava acordado me era útil com as inspirações criminais, que sempre vinham acompanhadas da insônia. Fiquei a coordenar as próximas missões de minha equipe.

Eram 07h30min e o sol invadia meu quarto, anunciando o quão cansado estava. Peguei meu celular na cabeceira, tinha acabado de receber uma mensagem do Naruto "Não se esqueça de me agradecer pelo presente", agora o que leva o ser humano acordar este horário para mandar coisas sem sentido? Não faço a mínima!

Levantei-me e fui tomar uma boa chuveirada. Fechei os olhos deixando a água gelada refrescar minha mente, apoiei as mãos no azulejo sentindo-a escorrer por meus cabelos, diminuindo o latejar insistente da cabeça, quando de repente ouvi um barulho...

Desliguei o chuveiro, e rapidamente enrolei a toalha na cintura. Com cautela, andei até o quarto parando diante da cabeceira para desencaixar o abajur, e peguei um revolver que havia escondido ali.

No corredor não havia ninguém, então olhei da escada enquanto descia apontando a arma pra sala que, embora estivesse vazia, tinha a certeza de que alguém passara por ali.

Apontei a arma em direção à cozinha, e antes que eu pudesse continuar o invasor aparece...

— Bom dia, amor.

— Pff! "Presente" — revirei os olhos lembrando-me da mensagem do Naruto. — Tá fazendo o que aqui? — Perguntei retoricamente tendo a certeza de que foi Naruto que ajudou a enfiá-la aqui dentro. Ele adorava me tirar a paciência.

— Também estou muito feliz em vê-lo! Já tomou seu banho gelado? — ela disse se aproximando. — Pensei em subir... Mas pensei mais um pouco, e preferi ficar por aqui mesmo... Uma bala na testa não ia ser uma boa ideia, já sabia que viria acompanhado. — ela completou tirando o revolver da minha mão e jogando-o no sofá.

— O que você quer, Karin?

— Você sabe o que eu quero! — explicou aproximando-se com malícia.

— Pensei que tinha sido claro da última vez. — disse ignorando-a, enquanto a contornava para ir em direção à mesa. — Café? — perguntei fingindo surpresa.

— Você nunca mais apareceu! — Karin resmungou ignorando a pergunta.

— Isso de maneira alguma quer dizer que pode vir aqui! — murmurei acomodando-me na cadeira.

— Sasuke, sou sua amiga, cúmplice, parceira e o que mais você quiser que eu seja! Eu poderia ser mais se me deixasse... Está sendo ingrato comigo!

— Ingrato? Eu te tirei da sarjeta!

— Rá, legal... Agora eu devo ser grata eternamente por ter me transformado numa dançarina barata?

— Não, benzinho, não é nada barato! — falei rindo com sarcasmo.

— Tá legal, Sasuke! Você quer que eu vá embora, é isso?

— Poxa, não vou ter que desenhar! É mais inteligente do que eu supunha.

— Está desdenhando de mim, não é? VÁ PRO INFERNO, SASUKE UCHIHA! — gritou jogando um jornal que estava em cima da mesa, com toda força que uma formiga possuía em minha direção.

Segurei no ar antes que pudesse me atingir, e lancei um sorriso debochado de volta.

— Obrigada, querida, não quero ir a sua casa... — zombei e ela mostrou-me seu dedo do meio, pisando duro ao ir embora.

Um problema a menos... Comemorei, torcendo para que seu orgulho ferido a mantivesse bem longe de mim. Embora duvidasse muito que acontecesse.

Coloquei o jornal sobre a mesa, dando uma rápida olhada quando algo me chamou atenção... Ou melhor, um rosto de nariz arrebitado que me saltara a memória.

Era a tapada em que havia esbarrado no dia anterior, quando estivera no clube para realizar mais uma de minhas missões...

Lembrei-me de sua aparência fútil, recuperando-se do esbarrão ao arrumar sua cabeleira cor-de-rosa, exalando o cheiro de seu maldito sangue azul...

Voltei à manchete que dizia: “Filha de milionário fica órfã”.

E aquela informação mudara o rumo de boa parte dos meus planos...

Uma garota jovem, sozinha e milionária...

A oportunidade se apresentou e sem pestanejar, apostei todas as minhas fichas nela.

Notei que a data do noticiário já tinha pouco mais de uma semana, mas terminei de ler a fim de obter as poucas, porém úteis, informações sobre a moça.

Sakura Haruno, filha e herdeira única de seu falecido pai, vinte e um anos de idade, nenhum familiar, sua mãe havia falecido há dois anos. Completamente sozinha...

Uma busca completa a seu respeito foi o que fiz em seguida. Consegui seu endereço e com algum esforço, descobri também os lugares que costumava frequentar — todos muito requintados —, sondei seus horários e graças a seu hobby de fazer caminhadas matinais, criei a situação perfeita para revê-la e reverter qualquer má impressão que poderia ter deixado.

Como se pudesse facilitar ainda mais as coisas, espatifou-se no chão dando-me a oportunidade de ajudá-la. Agi com cavalheirismo, aturando toda aquela frescura de menina mimada de merda.

Não que eu tivesse asco por sua posição social, a desgraçada sequer escolheu nascer em seu berço cravejado de diamantes. Mas o fato de sorrir para mim, confiando num completo estranho como se implorasse por ser roubada, me fazia sentir raiva.

Também senti raiva daqueles seus olhares ingênuos, tão inocentes e pidões que ela me lançava, era como se quisesse se jogar em meu colo, e quem poderia lhe culpar? A garota se tornou órfã, sem um mísero familiar ou alguém para lhe consolar... Era a maldita vítima perfeita.

Não demorou para que eu começasse a cortejá-la, propor namoro e cercá-la de presentes caros fazendo-a acreditar que era tão podre de rico quanto ela, o que nem de longe era uma verdade — não ainda. Ela parecia confiar em mim e em tudo o que eu dizia inteiramente... Não fazia questão de grude e romantismo, e sinceramente, isso foi um tanto aliviador para mim, não queria ter de fingir baboseiras.

Por vezes, até me pegava apreciando seu corpo e suas feições delicadas. Mas a criatura era odiável demais para pensar em me sentir atraído por ela... O que eram aqueles cabelos cor de rosa ridículo? Por Deus, ela tinha vinte e um anos e não cinco! O perfume era demasiadamente adocicado, chegava me revirar o estômago. Seus assuntos... Completamente desinteressantes para mim... Quem se importa se a coleção nova da Prada foi postergada para a semana que vem?

Ficava um verdadeiro tesão quando calada. O que só acontecia quando estava dormindo, descobri isso ao fitá-la deitada descansando na manhã seguinte após o nosso casamento que ocorrera em uma capela em Vegas. Ela havia bebido o suficiente para passar a noite hibernando, enquanto eu passava em frente ao computador, dando novas orientações à minha equipe a respeito de um novo golpe.

Estava aninhada aos lençóis com os lábios entreabertos, os cabelos espalhados pelo travesseiro, enquanto algumas partes de seu corpo ficavam sugestivamente à mostra. Talvez não fosse assim tão ruim quando ela tivesse sóbria, para passar uma noite acordada comigo... Pensei, desviando meu olhar para a porta ao escutar a campainha tocar.

Era o serviço de quarto deixando o café da manhã que havia pedido. Coloquei a bandeja na ponta da cama. Antes de acordá-la, me sentei para ler o jornal que viera junto, quando fui arrebatado pela notícia que acabara de ler.

Olhei novamente para a cama onde ela dormia, analisando aquele rosto puramente angelical e inofensivo... Se tivesse um revólver em mãos a mataria agora mesmo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam???

Esta é a segunda fic que escrevemos e estamos ansiosas pela opinião de vocês!

Deixem um review *--*