I Hate The Way I Love You escrita por Gabriela Viana


Capítulo 27
Chapter Twenty Seven.


Notas iniciais do capítulo

- Olha, pra começo de conversa vocês nem mereciam esse capitulo enorme, porém só estou o postando pelo review maravilhoso da MariGondin maravilhosa. E ele tá grande assim porque não tinha como cortar.
To sem incentivo nenhum pra continuar, e a culpa é de: vocês
Uma boa noticia para as #TeamLucas: PRÓXIMO CAPITULO AGUARDA VCS o/
Uma má noticia para as #TeamAustin: Dsclp por esse capítulo, girls :(
Enfim, boa leitura!



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(...)

Finalmente, bateu o sinal da saída bateu. Com calma, guardei o material, afinal, não adiantava ter pressa se ele só chegaria daqui uns quinze minutos.

Saí da sala e aceitei a companhia de Logan até a saída.

- Boa sorte - Sussurrou no meu ouvido, sorriu e se afastou. Eu apenas retribuí o sorriso e me sentei num murinho do lado de dentro da escola, de cabeça baixa. Respirei fundo e fechei os olhos ao sentir um perfume que me pareceu familiar se aproximar. Em seguida, duas pernas pararem na minha frente. Olhei para cima e olhei para Austin, que me encarava, com uma cara de quem não havia dormido a noite toda.

- Olha, deixa eu falar, você não...

- Nem começa - Exclamou, me interrompendo. - Eu só vim te dizer uma coisa e não to afim de ficar ouvir mentiras novamente. - Tentou soar do modo mais frio possível, fazendo meu estômago revirar.

- Eu nunca menti pra você - Senti algo em minha garganta, com meus olhos transbordando em seguida.

- Ah, claro - Ironizou e revirou os olhos. - Eu vou voltar pra Miami esse final de semana e não pretendo voltar. - Engoliu em seco. Eu não preciso nem comentar que meu mundo simplesmente desabou, né? Então.

- O-o quê? - Gaguejei e senti lágrimas escorrerem pela minha bochecha.

- Isso mesmo o que você ouviu. Assim, você pode ficar em paz e voltar correndo pros braços do seu querido Lucas, não é? - Sorriu ironicamente.

- Para com isso, nada daquilo foi minha culpa...

- Não foi culpa dela - Ouvi a voz de Lucas por trás de mim e Austin ficou com um olhar de quem poderia arrancar o pescoço dele a qualquer momento. - Foi tudo armação, você tem que acreditar nela… Se você a deixar, vai ser um grande babaca e cometer um enorme erro. - Disse, simplesmente e saiu andando. Eu não estava acreditando no que eu tinha ouvido. Oi? É sério isso? Cadê as câmeras pra anunciar que tudo aquilo não passava de uma pegadinha de mau gosto?

- Ah, o mandou vir te defender também? Que legal. Mas, não, isso não adiantou, pois não mudou minha opinião. Bom, é isso. - Abaixou o olhar rapidamente e voltou a mim, então, saiu andando. Aquele olhar frio e triste ao mesmo tempo me doeram lá no fundo.

Sequei as lágrimas que passaram pela minha bochecha, respirei fundo, sem conseguir controlar outras lágrimas que também caíram e saí da escola, caminhando para ir para casa, afinal, não era tão longe assim, apenas dois quilômetros e meio, precisava espairecer, tentar fazer com que minha ficha caia.

- Luiza! Luiza! - Ouvi alguém me chamar e olhei para trás. - O que aconteceu? - Era Logan.

- O Austin, ele... Ele vai embora - Fechei firmemente os olhos, ainda tentando engolir tudo aquilo.

- Vem, vamos pra casa. - Pegou minha bolsa e envolveu seu braço por meu ombro, num abraço de lado.

- Mas, hoje tem aula em período integral…

- Não importa, eu vou ficar com você - Me interrompeu decidido.

Durante todo o caminho, ele me confortou apenas com seu silêncio. Acabamos indo para a casa dele, que era mais perto que a minha. Ele me sentou no sofá, foi até a cozinha e trouxe um copo de água para ver se eu me acalmava mais. Nem uma palavra foi pronunciada. Ele ligou a televisão e colocou em qualquer canal. Me puxou pelo ombro e eu me aconcheguei em seu abraço, com a cabeça encostada em seu peito. Eu já me sentia mais calma, só por estar ali. Por favor, não me chamem de vadia, eu amo o Logan como amigo, ok?

Doía-me lá no fundo ao lembrar o modo como aquelas palavras conseguiram ser pronunciadas com tanta frieza. Então ele não sentia nada por mim, certo? Com toda a certeza. Devia ter me iludido todo aquele tempo, otário. Era só mais um... E eu não vou ficar me humilhando. Chorando por quem não merece. É isso aí. E foi quando me lembrei do Lucas. Puta merda, como ele foi… fofo, ao tentar me defender. Ele disse mesmo aquilo ou era tudo coisa da minha cabeça? Só pode, porque olha... 

- Está melhor? - Logan perguntou, interrompendo meus pensamentos.

- Sim - Eu sorri. - Não vou ficar sofrendo por quem não merece.

- Isso aí, bate - Abriu a mão no ar, indicando para eu bater. Apenas fiz o que ele mandou e nós rimos. - Vamos dar uma volta por aí?

- Vamos! - Exclamei animada e me levantei do sofá.

Ele desligou a televisão e saímos de lá.

- Para quem estava quase entrando em depressão, você se recuperou muito bem - Me olhou surpreso.

- Não precisa me lembrar daqueles tempos, ok?

- De vinte minutos atrás?

- Watson! - Dei um tapa em seu braço.

- Não está mais aqui quem disse isso – Ergueu o braço em sinal de rendimento.

- Bom mesmo - Dei de ombros e nós rimos.

Passamos em uma sorveteria, andamos por vários lugares durante a tarde toda. Ótimo modo de superar um forOPA LUIZA, TIRA ISSO DA CABEÇA, ESQUECE, ESQUECE… Isso, passou.

- Para de me zoar, eu não estou carente, porra - Revirou os olhos e eu ri mais ainda.

- Ah, não? Então porque quando, ontem, eu perguntei "me deixa tirar sua carência?" você respondeu "eu deixo"? - Arqueei a sobrancelha.

- Ah, por que... Por que... - Gaguejou. - Foi impulso, não enche! - Acelerou um pouco o passo.

Então, eu resolvi provocar. O puxei pela mão, deixando-o bem pertinho de mim e passei minha mão por sua nuca. Ele envolveu seus braços por minha cintura, no meio da calçada e encostou o nariz no meu, como num beijo de esquimó.

- Não está carente? - Eu sorri maliciosamente. Ele estava doidinho, era de se perceber em sua respiração agitada. Então, negou rapidamente com a cabeça. - Ah, que pena - Me soltei de seus braços e ele me olhou frustrado. - Estava disposta a tirar sua carência, mas como você não está... – Provoquei de propósito e saí andando.

- Para de me atiçar! - Sussurrou irritado, com sua voz rouca, bem próxima do meu ouvido, mordendo meu lóbulo.

- Não estou te atiçando - Respondi ofendida.

- Ah, não, claro que não - Ironizou.

- Não mesmo. - Dei de ombros.

Fomos andando mais um pouco e resolvi ir pra casa, estava ficando cansada de andar. 

- Quer subir? - Perguntei, quando chegamos em frente ao meu prédio.

- Pode ser - Deu de ombros.

Subimos rindo e conversando sobre qualquer besteira e entramos em casa, Samantha e Josh deveriam ter saído, não tinha ninguém em casa.

- Qual foi a última menina que você ficou? - Perguntei, me jogando no sofá.

- Sei lá, acho que a… Marina.

- Aquela vadia do terceiro? - Arregalei os olhos e ele assentiu. - Quando? 

- Semana retrasada.

- Tá na seca, é? - Eu tive que rir.

- Para de esfregar isso na minha cara, infeliz - Revirou os olhos e bufou. - Se você não tivesse me negado DUAS vezes, eu não estaria, porém, você é uma chata. - Deu ênfase no 'duas'.

- Ah, se eu soubesse... - Fiquei pensativa... – É, não - Neguei com a cabeça.

- Para de me evitar, eu sei que você me quer e está só se fazendo de difícil.

- Ah, é claro - Assenti ironicamente.

- Vem aqui então - Se levantou irritado e eu me sentei no sofá.

- Pra?

- Vem cá - Sorriu malicioso.

- Pra? - Insisti.

- Vem logo, porra - Se irritou novamente e eu ri, me levantando e me aproximei dele, olhando no fundo de seus olhos.

- Sim? - Pisquei várias vezes? ele me puxou pela cintura e me beijou.

Ri maliciosa ao perceber que havia conseguido o provocar.

- Satisfeito? - Ergui as sobrancelhas e continuei rindo.

- Não. - Me olhou sério e me beijou de novo.

Espero que ele esteja consciente que não vai passar disso. Acho que não, mas daí eu pego e corto a graça dele. Além do mais, um beijo não significa nada. Ou uns, tanto faz, não sou compromissada. Eu passei meus beijos por seu pescoço todinho, dando mordidas de leve. Já falei que amo provocar? Não? Então, eu AMO o provocar.

- E agora? Satisfeito?

- Acho que você está zoando com a minha face, né?

- Nossa amizade não é aquelas com benefício, ok? Sinto por ter que cortar sua graça e... seu fogo. Assanhado - Dei de ombros e me virei, indo me sentar no sofá.

- Cala boca, eu não sou assanhado.

- É sim.

Ele revirou os olhos e se sentou.

- Vai me deixar assim mesmo?

- Assim como? - Me fiz de desentendida.

- Com vontade - Fez bico e eu ri.

- Sim. - Dei de ombros.

- Eu não te entendo.

- Como assim?

- Por que você ama me provocar?

- Porque é legal. - Respondi, simplesmente.

- Só pra você.

- Com certeza. - Eu ri abafado e liguei a televisão.

- Assim você me magoa.

- Não exagera.

- É sério! - Exclamou ofendido.

- Sem drama, please. - Nós rimos.

- Não é drama, não é legal me provocar, sabe... - Ele continuou e eu apenas ergui a sobrancelha, fazendo-se como quem não havia ouvido o que ele disse. - Não me ignora, porra! To aqui me abrindo e você me ignorando.

- É isso o que você quer? - Me levantei, fingindo estar irritada e sentei em seu colo, distribuindo vários beijos em seu pescoço. - É isso? - Perguntei novamente e ele não respondeu. Eu não me controlei e ri.

- Você tá vendo alguma graça aqui? To com cara de palhaço?

- Sua expressão tá a melhor! - Eu ri de novo, me sentei no outro sofá e ele me reprovou com o olhar, bufando.

- Não é comigo que você vai fazer isso o que você tanto deseja. - Ri da sua cara de decepcionado e voltei meu olhar a televisão. - Desculpe.

- Sem graça. - Rosnou.

Logo Sam também chegou.

- Oi, Logan! - Exclamou animada.

- Oi, Sam! - Respondeu no mesmo ânimo.

- Tenho uma coisa pra te contar, urgente - Me levantei e puxei Samantha pela mão até o quarto.

- O que aconteceu? - Me olhou preocupada.

- Hoje o Austin chegou em mim pra dizer que ele vai embora...

- Oi? - Me olhou assustada.

- É, ele falou que vai voltar pra Miami… Mas, o caso não é esse! O Lucas veio me defender quando viu que eu estava quase chorando e disse que pro Austin que não era culpa minha, que se ele me deixasse, ele seria um grande babaca e estaria cometendo um enorme erro! - Falei rapidamente, até ficar sem ar e respirei fundo. Ela apenas me olhou pasma.

- Cê tá falando sério mesmo que ele disse isso?

- Com todas as palavras…

- Ele te ama, sua cega! - Gritou e, em seguida, notou a merda que havia feito, pois tapou a boca.

- Eu sei! - Exclamei. - Eu sei, infelizmente...

- Então por que não volta com ele?

E eu fiquei quieta. Se ele realmente já tinha feito tudo para provar, por que não lhe dar mais uma chance? Não, não, não mesmo...

- Não Samantha! Eu não posso, não posso... - Comecei a andar pelo quarto, inquieta.

- Se você ama ele e ele já te provou que também te ama e que está arrependido de tudo o que fez, por que não ceder?

- Eu não sei, sinto que não vai dar certo...

- Você nunca vai saber se não tentar.

- Não sei, me deixa pensar.

- Reflete bem o que eu te falei... Vou lá pra sala. - Falou e saiu do quarto, encostando a porta.

Que vontade de enfiar a cara pra fora da janela e começar a gritar. Meu Deus, me segura. Deitei na cama, de barriga pra cima e comecei a pensar nas coisas que ele falou pro Austin, naquele beijo que tivemos... Eu o amo, mesmo depois de tudo. Porra, por que complicar tanto? Por que EU complico tanto as coisas? E sabe quando bate aquela vontade de chorar? Então.

- Hazza... - Fui até a porta, sem muita força e o chamei, que veio quase correndo e, quando me viu com os olhos transbordando, me deu um forte abraço.

Entramos no quarto e ele me sentou na cama.

- Não fica assim… - Passou a mão pelo meu cabelo. - Me conta, o que aconteceu?

- Eu to confusa, eu amo o Lucas apesar de tudo, mas o Austin, ele me deixa assim, mexida e eu sinto culpa por tudo aquilo e ele vai embora com raiva de mim…

- Não é raiva - Me interrompeu. - Ele ficou mal com aquelas coisas, então resolveu voltar pra Miami pra esfriar a cabeça… Ele já tinha vários problemas por aqui, então isso foi só mais um motivo pra ele voltar. Você não sabe o quão difícil foi pra ele te dizer aquilo tudo. Austin estava realmente gostando de você.

- Como você sabe? Mas, precisava ser tão frio? Se ele estivesse no mínimo sentindo alguma coisa, ele deixaria eu falar, não tiraria conclusões precipitadas, assim como ele fez.

- Ele não queria demonstrar que estava machucado. Sabe como menino é, por menos que demonstre sentimentos, eles também saem machucados. Mas, para não parecerem frouxos, fingem não estar magoados - Disse, simplesmente. - Tenho minhas fontes. - Deu de ombros.

- Então por que vocês magoam as meninas e fingem não ligar pra isso? Não sabem o quanto dói? - Pra isso que serve meninos amigos, sempre te dando bons conselhos ou explicando o que se passa na cabeça de umas criaturas tão frias.

- Eles fingem não ligar, como eu já disse, para não parecerem caretas.

- E eu só quero que eles saibam que, para nós, isso não é cafona e é lindo e raro um menino demonstrar sentimentos, sem se importar com a opinião alheia.

- Eles querem fazer média com a 'galera', sabe como é - Deu de ombros novamente.

- Não, não sei - Arqueei a sobrancelha.

- Sonhar com meninos demonstrando seus reais sentimentos, é bom né?

- É... - Suspirei.

- Mas, e aí, o que você decide?

- Ainda não sei... - Murmurei e fui interrompida pelo toque do celular dele.

- Oi, mãe. Não. Na casa da Luiza. Pode ser. Tá bom. Tá. Beijo. - Desligou. - Daqui a pouco ela vem me buscar.

- Entendi... Quanto tempo?

- Uns quinze minutos.

- Quer ir esperar lá embaixo?

- Pode ser - Deu de ombros e nos levantamos.

- Só vou lavar o rosto, espera - Falei, entrando no banheiro.

Lavei e nós descemos. Fui com o braço agarrado em sua cintura, minha cabeça em seu peito e sua mão estava em meu ombro, como mais ou menos num abraço de lado. Ficamos no mais puro silêncio. Até que sua mãe chegou. Ele se levantou, deu um beijo em minha testa e sussurrou:

- Fica bem.

Então, Logan se afastou e sorriu. Retribui o sorriso e me levantei. Subi para o apartamento e assim foi pelo resto da noite. Me deitei na cama e logo senti uma presença ali, com quatro pernas. Sorri ao perceber que era Bela. Ela se aconchegou ao meu lado e eu fazia carinho em seu pelo macio, perdida em pensamentos. Eu estava sendo só mais um problema na vida de Austin, um encosto, sei lá. Se nada daquilo tivesse acontecido, eu podia estar ajudando-o agora, ele já tinha muitos problemas e eu me tornei apenas mais um. Apesar de nada ter sido com intenção e eu não ter culpa, eu me sentia assim, vai entender... Enfim.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram? #TeamAustin, o que vcs têm a me dizer? Querem me apedrejar? :( AHEIHEIAEAUHEAUHEA, quem é #TeamLucas, mas gostava do Austin, vão me perdoar no próximo capitulo que sairá apenas com três reviews u_u
PO GENTE, VCS SÃO 31, SÃO CAPAZES DE PERDER UM MINUTO DA VIDA DE VCS DEIXANDO UM MÍSERO REVIEW! Plmdds!
Hm, bjs gatas.



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