Megan Carter.
Caralho, que filme horroroso. Tudo que eu queria era me esconder em Nathan, mas, cadê a coragem? Logan e Luiza não pararam de rir o filme inteiro, jogando pipoca um no outro e nem aí pro filme. Um deitado com a cabeça em cada lado do sofá. Estava engraçado, mas o filme assustava mais do que os dois idiotas me faziam rir. Teve um cena que eu não me contive e escondi a cabeça entre o sofá e o ombro de Nathan. Cara, que vergonha! Quando olhei pro filme novamente, me sentei direito no sofá e Nathan passou o braço pelo meu ombro, me puxando para mais perto. Meu Deus, quanta fofura. Não sei por que eu estava sentindo que era a primeira vez que nos víamos pessoalmente, sendo que não, já tínhamos nos visto algumas vezes, enfim... No meio do filme, começou a chover forte e a relampejar.
- Acho melhor desligar a televisão antes que... - Sam começou a falar e foi interrompida. Acabou a força, legal. - Acabe a luz. - Revirou os olhos. - Desliguem tudo o que acharem na tomada, por favor. - Concluiu e se levantou, igual todo mundo.
Fui até o quarto dela, com Nathan atrás e achei o celular de Luiza carregando. Então, tirei o carregador da tomada. Voltei pra sala e todo mundo já estava lá.
- Vocês que vão limpar essa sujeira depois, viu? - Sam apontou para Logan e Luiza que só riam da cara dela.
- Claro - Logan afirmou, mas brincando.
- Eu não estou brincando, Logan - Ela o fuzilou com o olhar.
- Tá bom! - Continuou rindo.
Nós ficamos conversando pelo resto da tarde, rindo pelas palhaçadas de Josh, as gracinhas de Nathan e eu aguentando as olhadas do Logan. Não que eu estivesse incomodada, por mim… Menino mais fofo que ele, eu nunca vi. Nem meu ex-namorado o supera, e olha que eu achava que não dava — apesar de tudo ser falsidade. — Até aí, tudo estava maravilhosamente bem, até que Josh inventou de brincar de Verdade ou Desafio e abriu um sorriso malicioso para Nathan. Sinto que vem coisa boa por aí (ou não, né).
Assim foi, jogando com uma caneta no centro e seis idiotas ao redor dela, no meio da sala. Até que parou no Nathan e na Samantha… Só acho que lascou.
- O que você quer? - Pausa dramática. - NÃO responde! Eu falo por você. Desafio. Porque eu sabia que você ia estragar a graça da minha brincadeira, então você tem que dar um beijo, BEIJO mesmo de no mínimo quinze segundos na Megan - Me apontou e deu uma risada discreta. Bem discreta. Só que não.
- Amiga boa você - Ele ironizou.
- Só estou fazendo um favor - Ergueu os braços em sinal de rendimento e todos riram.
Nathan que estava ao meu lado, me olhou envergonhado e ficou tipo "E aí, pode ser?". Eu apenas assenti sorrindo, provavelmente corando e ele foi se aproximando devagar, olhando em meus olhos e, às vezes, era de se perceber ele olhando para os meus lábios. Não consegui desviar meu olhar de seus lindos olhos brilhantes e mais azuis que tudo. Ele encostou levemente seu lábio no meu, eu fechei os olhos e aconteceu. Puta merda, não podia ter sido melhor. Acho que durou bem além dos quinze segundos propostos por Samantha… Passei a mão levemente por seu pescoço, até chegar em sua nuca, puxando de leve alguns fios de cabelo que se encontravam ali. Porém, tudo que é bom, dura pouco. Não demorou muito para os outros quatro palhaços interromperem.
- Já deu já, já tá bom gente, que isso - Luiza riu.
- É… E um dia, vocês vão me agradecer! Não se esqueçam. - Samantha sorriu maliciosa. Dou um tiro nela agora ou daqui a pouco?
- Já que ainda está sem força, a gente podia fazer alguma outra coisa - Josh propôs.
- Tipo? - Eu perguntei.
- Sei lá... Um luau dentro de casa? - Ele respondeu e todos nós rimos.
- E como funciona isso? - Nathan se interessou.
- Ah, eu pego meu violão, a gente continua em roda, cantando, essas coisas... Típicas de luau mesmo. Só que debaixo de um teto, não da luz da lua. - Josh riu.
- Pode ser - Todos concordaram.
Ele se levantou, foi até o quarto e ficamos na sala, um encarando o outro, em silêncio. Até que todo mundo começou a dar risada. Retardados, sim ou claro? Josh voltou e começamos a cantar várias musicas, inclusive uma, que Josh havia composto, acho que se chamava More Than This. [Eu sei que não foi apenas ele quem compôs essa música, mas vamos fingir, numa fanfic pode acontecer de tudo, né não?]
Ele distribuiu uma letra pra cada um e separamos a parte que cada um cantaria. Primeiro foi Logan:
- I'm broken, do you hear me? I'm blinded, cuz you are everything I see. I'm dancing, alone, I'm praying, that your heart will just turn around. And as I walk up to your door, my head turns to face the floor, cuz I can't look you in the eyes and say:
(Agora era apenas Samantha):
- When he open his arms and holds you close tonight, it just won't feel right, cuz I can love you more than this.
(Agora o Josh):
- Yeah, when he lays you down I might just die inside, It just don't feel right, cuz I can love you more than this, can love you more than this.
(Logan):
- If I'm louder, would see me? Would you lay down in my arms and rescue me? Cause we are, the same, you save me, when you leave it's gone again. - Ele canta olhando pra mim e, gente, que voz é essa? Socorro! Posso morrer já? Pelo menos, morro feliz.
(Eu):
- And then I see you on the street, in his arms, I get weak, my body fails, I'm on my knees, praying.
(Luiza e Logan):
- When he open his arms and hold you close tonight, It just won't feel right, cuz I can love you more than this.
(Samantha e Josh):
- Yeah, when he lays you down I might just die inside, It just don't feel right, cuz I can love you more than this.
(Eu e o Nathan):
- Yeah, I've never had the words to say, but now I'm asking you to stay, for a little while inside my arms, and as you close your eyes tonight, I pray that you will see the light, that's shining from the stars above. - De novo, ele cantou olhando pra mim e, pelo riso que ele deu quando terminamos, eu devia estar uma pimenta. E também, eu já podia sentir minhas bochechas queimando.
Cantamos a ultima parte todos juntos e ficou lindo, por favor, todo mundo aqui devia ser cantor. Menos eu, obviamente. E o Josh? Porra, me doa um pouco de criatividade? E a voz do Nathan? Do Logan? Me humilharam, cacete viu.
Cantamos mais algumas musicas aleatórias, rimos, conversamos e ficamos até tarde lá. Não demorou muito e a força chegou, ainda bem, eu não estava afim de descer 14 andares de escada. Quando eram 21h30, minha mãe me ligou, enchendo o saco, mandando eu ir pra casa. Assim que falei pra todo mundo, fui me despedindo, um por um, até chegar ao Nathan.
- Eu te acompanho até lá embaixo - Sorriu.
- Não, que isso, não precisa... - Comecei a falar e ele me interrompeu.
- Não teima comigo, vamos logo - Revirou os olhos e foi até a porta. - Lá debaixo já vou ligar pra minha mãe vir me buscar, então até amanhã.
- Tchau, gente! - Exclamei antes de fechar a porta.
Me virei e olhei para Nathan, que já me olhava, com o braço aberto, indicando para eu o abraçar. Apenas sorri e fui até ele, ainda meio envergonhada e o abracei. Ele encostou o queixo em meu ombro e eu pude inalar o delicioso perfume que ele estava usando. Ele sabe como fazer com que uma garota se apaixonasse por ele, meu Deus!
Assim que a porta do elevador se abriu, ele continuou me abraçando e me 'prensou' contra a parede do mesmo, ainda com o queixo apoiado em meu ombro e eu apenas sorria. Após o elevador ter descido uns dois andares, ele se afastou um pouco e tirou uma mecha de cabelo do meu rosto. E foi se aproximando devagar, devagar... Ele estava afim de me torturar? Podia dizer isso logo. Eu acabei não resistindo e mordi seu lábio, vendo um sorriso satisfeito aparecer em seu rosto e eu o puxei para mais perto. Logo ele me beijou. Lembra que eu disse que não tinha como ficar melhor? Pois é, me enganei... Dessa vez foi natural, espontâneo, não foi 'forçado', aconteceu mesmo... Ah, vá? Não me diga, Megan? Achei que era sonho. Levei minha mão para sua nuca, puxando levemente alguns fios de cabelos que se encontravam por ali (sim, de novo, eu amo fazer isso) e ele se arrepiou, fechando mais as pernas, fazendo com que eu ficasse sem movimento, apenas com o das mãos. Logo que acabei ficando sem ar, fui parando o beijo e encerrei com um selinho. Então, chegamos ao térreo. Saí do elevador, o puxando pela mão, mas, quem realmente me puxou, foi ele, e para mais um beijo, que me deixou sem fôlego rapidinho. Assim que nos separamos, observei seu lábio vermelho e seus olhos brilhando intensamente. Apenas sorri travessa e ele foi me deixar na porta do meu prédio.
- Boa noite - Sussurrei em seu ouvido.
- Boa noite - Me deu um selinho e eu me virei para entrar no prédio.
Quando eu já estava próxima do elevador, olhei para ele, que sorria que nem um bobo. Tipo eu. Acenei mais uma última vez e entrei no elevador.