Patrulha Vermelha escrita por Artemys Jenkins


Capítulo 5
5. Quando o planejado não acontece


Notas iniciais do capítulo

André, novamente, obrigada.
De verdade ;^;



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5.1 A noite planejada não acontece

Não sabia o que havia dado em sua cabeça. O que havia dado em sua cabeça? Em que mundo estava quando havia mandado aquela rocket message, convidando-a para sair? E não somente “sair”, mas sim assistir sua banda tocar em um bar na Cidade Satan.

Mas isso não era o pior.

O pior era que, junto dele, estavam Trunks, Maron, Bra e... Pan.

Que depois de chorar muito, bater o pé, ameaçar matá-lo e depois usar todo o seu charme feminino para cima de sua mãe, por acaso avó da garota, que o obrigou a levá-la para o bar com ele, conseguira autorização para sair com o tio.

Que naquele momento estava assinando uma autorização em que afirmava ser completa e totalmente responsável por Son Pan, filha de Son Videl e Son Gohan, residente na Montanha Paozu, nº439, no Distrito do Leste. Suspirou. O que a curiosidade não causava nas pessoas...

Pan estava na casa de seus avós, visto que seus pais ficariam trabalhando até tarde, fazendo-se sabe-se lá o quê. Goten, no auge de sua vida de freelancer, em seu regime de trabalho em casa, nunca se imaginaria virando a noite em uma redação. Ou fazendo sabe-se lá que raios seu irmão estava fazendo. Quando Goten começou a se arrumar, ela perguntou: “Tio, aonde você vai?”.

E com aquela pergunta Goten soube que sua noite iria para o brejo.

No início, seria apenas Trunks a vê-lo tocar. E a tocar, também. Já que a única coisa fora de protocolo que o pobre homem fazia naqueles tempos era tocar com sua banda de vez em quando. Maron havia dito que passaria por ali após seu expediente no escritório, porque estava de saco cheio e queria encher a cara.

Claro que os dois sabiam que ela não beberia nada durante a noite, porque não gostava.

Depois, acabou convidando Dinner. Segundo ele, “ela deveria conhecer pelo menos alguns de seus amigos, para não parecer estranho brotar em sua casa assim, do nada.”

O que ele não sabia é que, não somente Dinner e Trunks se conheciam, como também Trunks havia salvo sua vida. E que ela estava em um tipo muito estranho de dívida com a mãe de seu melhor amigo, embora nem Bulma nem Trunks a cobrariam por isso.

Estaria tudo bem se duas intrusas não tivessem resolvido aparecer. Pan, que não deveria estar lá; e Bra, que ele realmente não conseguia imaginar o que fazia por ali. Suspirou. O olhar assassino que Bra estava lhe dando não servia para deixa-lo mais calmo. Avistou Trunks assinando o mesmo papel que ele próprio assinara minutos antes, e sentiu sua espinha ficar gelada. Estavam, definitivamente, ferrados.

Goten percebeu que a noite ficaria estranha quando a primeira coisa que Dinner lhe perguntou não foi “nossa, por que sua sobrinha veio?”, ou “você toca mesmo nessa banda?” ou ainda “CARAAAAALHOOOO, VOCÊ É O TENSHI??!!!!” — coisa recém-descoberta devido a um comentário inconveniente de Trunks —... Não. A primeira coisa que Dinner lhe perguntara foi:

— Nossa, cara, você é canhoto?

Goten lançou uma olhadela para a caneta que estava em sua mão, a esquerda, e assentiu.

Dali em diante, as coisas só ficaram piores. Bra, ao ver Goten chegar acompanhado não somente por Pan, mas por outra garota, fechou a cara e foi para o bar. Por mais que Trunks tenha tentado impedi-la, a garota sabia como chantagear alguém. Suspirando, resolvera deixar para lá, enquanto tirava o contrabaixo do estojo e ligava nos amplificadores. Cumprimentou alguns colegas e conhecidos, e começou a dedilhar o instrumento, deixando sua irmã sem supervisão durante algumas horas. Sabia que, vigiando-a ou não, receberia uma bronca homérica de sua mãe. Resolvera se divertir.

Goten, ao perceber que seu amigo estava pouco se importando com quaisquer coisas que Bra pudesse fazer ali, sentira vontade de chorar. Ele via que Bra estava bebendo mais do que deveria e, por mais ilegal que aquilo fosse, sabia que os donos do bar não pediriam seu documento de identificação para comprovar que a garota era maior de idade — coisa que obviamente não era. Dinner estava olhando de forma estranha para as pessoas que estavam no bar, principalmente para as garotas.

“Conte até dez, e não chore. Não chore, Son Goten. Você ajudou a derrotar um dos maiores, se não o maior, demônios da História da Humanidade. Não é uma situação embaraçosa que irá de fazer chorar”.

— Tenshi — pois era assim que seus colegas de banda o chamavam —, temos um problema. Grave.

Goten assentiu, sem saber direito o que sentir.

— A Rosemary não vem.

Goten estava começando a desistir de contar até dez e abandonar a estratégia de não chorar ao ouvir aquele aviso. Como assim a baterista não apareceria?! O que eles poderiam fazer? Tocariam num rock bar sem a bateria? Goten estava a ponto de se desesperar e sair voando para o colo de sua mãe quando, de repente, uma ideia bastante absurda passou por sua cabeça.

Avistara Pan tomando um Bloody Mary (que na verdade era apenas suco de tomate...) conversando animadamente com as pessoas do bar, dizendo que era sobrinha de um dos integrantes da banda e que viera vê-lo tocar quando sua mente sugeriu uma coisa bastante ridícula.

Pan estava aprendendo a tocar bateria.

E sabia, de cor, todas as músicas dos Listras Brancas. Claro. A bateria dos Listras Brancas chegava a ser ridícula, mas ele sabia que Pan nunca erraria uma música dos Listras, por questão de orgulho. Escolhera, inclusive, sua camiseta do álbum Elephantus, o favorito dela (claro que o de Goten era, sem dúvida, Atrás de mim, Mr. Satan!, mas Pan nunca entenderia seus motivos) para ir ao bar naquele dia...

Correu para o camarim e resolveu soltar a ideia logo. Antes tarde do que mais tarde.

— Acho que tenho alguém pra meio que substituir a Rosemary.

— Hm. E quem seria o baterista surgido assim, do nada, Tenshi? — Basil, vocalista, e, no momento, desesperado. Fora ele quem dera o recado mais cedo e, com certeza, era a pessoa que mais estava surtando naquele momento.

A baterista. Hã... Vocês viram minha sobrinha, ali, né?

Basil começou a ter uma síncope. Trunks entendeu a estratégia de Goten.

— ENLOUQUECEU, CAIPIRA? TÁ LOUCO? RESOLVEU SE DROGAR DEPOIS DE VELHO, SEU...

— Ela é boa. É nova, mas é boa. Quer dizer, se tocarmos as músicas certas, ela será ótima — interviu o violeta, sabendo que Goten provavelmente iria apanhar.

— Quais músicas certas? — disse Basil, tentando ficar mais calmo.

Listras Brancas — finalizaram, em uníssono, Goten e Trunks. Basil suspirou, gemeu, chorou durante dois ou três minutos, respirou fundo, fitou os amigos e disse, num tom de voz fraco e baixo, derrotado:

— Não tocamos Listras Brancas desde que, vocês sabem... A gente aprendeu a tocar de verdade.

— Aquelas pessoas lá fora não sabem disso... — comentou, de forma bastante despreocupada, Trunks; que, por não viver daquilo, pouco se importava se o show era lucrativo ou não. Normalmente não pegava mais do que o dinheiro do combustível que usara para chegar ao lugar, quando aceitava o dinheiro. O mesmo não podia se dizer de Basil, Rosemary e Goten; pessoas que viviam de arte.

— Vamos, Basil, que opção mais nós temos?... Até pra tocar, sei lá, bossa nova, a gente precisa de bateria!!!

Basil, já respirando dentro de um saco de papel, caído no pequeno sofá que o camarim dispunha e com o número do resgate em mãos para o caso de ter um piripaque, disse da melhor forma que pôde:

— Chame sua sobrinha...

— PannyCake. Chame-a PannyCake.

— Isso, a PannyCake. Chame-a, por favor.

E, enquanto via Goten correr, Trunks sabia que seu amigo havia ao mesmo tempo, feito a noite de sua sobrinha... E assinado seu atestado de óbito.

Pan odiava ser chamada de PannyCake, Pancake, Panqueca ou similares.

Goten voltou cerca de cinco minutos depois, segurando a mão de Pan, que sorria como nunca antes havia feito na vida. Havia ido lá apenas para não ficar, de novo, com sua avó jogando Mercado Imobiliário e, do nada, havia sido promovida a baterista substituta da banda de seu tio! Que noite feliz!

(Pan não gostava de jogar com sua avó porque Chi-Chi sempre ganhava.)

(E Pan não gostava nada de perder.)

Dinner e Bra, por sua vez, se encaravam. A primeira, com interesse e, até certo ponto, volúpia. A segunda, com ódio. Seu ki subia rapidamente — mas seu irmão sabia que ela não tentaria arrumar confusão, não em um lugar tão cheio para os padrões da Família Real Saiyajin — e a única coisa que Bra sentia era vontade de desfigurar a moça com quem seu futuro marido e príncipe dera-se o luxo de sair. De repente, resolveu se acalmar.

“Logo será meu. Não importa, essazinha, não import... Espera. Ela tá me olhando... Ela tá olhando pras minhas coxas ou é impressão minha?”

Dinner estava flertando com Bra. E a princesa, em seu momento de intoxicação, não sabia se gostava ou não. Sempre tivera curiosidade de beijar alguém do mesmo sexo, mas nunca tivera coragem de pedir a alguma de suas amigas.

Marron havia sumido há cerca de meia hora, e parecia não estar, sequer, no bar.

Pararam de se olhar quando a banda subiu ao palco, e ambas viram a pequena Pan e seus cabelos negros, e sua saia em camadas, e sua meia-calça de estrelas, e seu tênis colorido e sua camiseta preta dos Listras Brancas sentada no banco do baterista. Após a breve apresentação de PannyCake, começaram a tocar.

Bra e Dinner continuaram a intensa troca de olhares durante todo a apresentação e, quando Exército das Sete Nações estava tocando, Bra havia resolvido tomar sua iniciativa. Beijaria a namoradinha de Goten e provaria a ele que aquela mulher nunca fora para um homem como Son Goten.

Seu plano foi por água abaixo ao receber uma rocket message de sua mãe, que dizia:


“Invadiram o site da CC. Precisamos de você. Apresse seu irmão.”



Se o dia ainda não havia dado sinais de que poderia ficar pior, aquele era o maior deles.

*~*~*~*

5.2 A conversa planejada não acontece

Enquanto Pan se deliciava tocando bateria, Gohan e Videl voltavam de um breve jantar a dois que acabaram por fazer no final de suas noites de trabalho. Andavam de mãos dadas, enquanto entravam no pequeno caminho de pedras que ia do portão de madeira até a porta da casa. Entraram, trocaram pequenos beijos, e Videl iniciou uma conversa:

— É tão bom poder sair assim com você... Faz tanto tempo que a gente não saía juntos! Também, pudera, com todo o trabalho que você anda tendo...

Gohan sabia que aquela não era apenas mais uma conversa inocente.

— Esquece da família... Da esposa... — Videl disse, se afastando em direção à cozinha. Gohan passou uma das mãos pelos cabelos negros, tirou os óculos, apertou os olhos e suspirou. Videl começaria com aquela conversa... Outra vez.

Gohan não conseguia entender como ela não se enxergava tão sem tempo — ou ainda mais sem tempo — que ele.

— Às vezes acho que você se importa mais com o seu emprego do que com a gente, sabe?

Apesar de Videl estar na cozinha, tomando água, Gohan a ouvira claramente. E notara o tom de sarcasmo e, surpresa!, de carência na voz de sua esposa de tantos anos.

— Videl, você sabe que não...

— “Não é bem assim”? É o que escuto todas as vezes em que vamos discutir isso! Mas na primeira oportunidade... Pumba! “Tenho trabalho na Universidade, desculpa.” É orientando daqui, palestra dali, aula magna acolá... E a gente fica sem te ver durante dias!!

Videl, a essa altura, já estava gritando. Gohan, por sua vez, sentia seus tímpanos estourarem. Pela enésima vez naquele ano discutiriam aquilo. Videl não queria ouvir mais as mesmas desculpas de Gohan, de que seu trabalho era importante, de que sua pesquisa precisava dele, de que ele, independente de estar no trabalho ou não, estaria sempre ali para apoiá-las.

Sentia-se abandonada, carente, excluída... E sentia falta dos domingos em família, das noites de jogos de tabuleiro...

Sentia falta de Gohan.

Dos abraços.

Dos beijos.

Dos sorrisos.

Gohan sentia-se injustiçado. Não se considerava mais sem-tempo do que sua esposa, que vivia para a redação do jornal. E como, para o bem e para o mal, era filho de Son Chi-Chi, seu relógio de paciência acabava de ser zerado.

EU tenho muito trabalho? EU fico fora muito tempo? EU, Videl? E as noites que você passa trancafiada naquela redação? Os jantares que você já cancelou por conta de um furo de reportagem? As noites em que VOCÊ me deixou sozinho, POR CONTA DE UM DEFUNTO!!!

Gohan estava à beira das lágrimas.

Óbvio. Porque Gohan, sendo Gohan, sempre choraria antes de bater nas pessoas.

Como nunca bateria em Videl, ele ficaria apenas chorando.

Videl olhava o marido com os olhos feito pratos, não esperando o súbito ataque de nervos sofrido pelo homem a sua frente. Sabia que era sensível, mas não ao ponto de segurar o choro daquele jeito — porque Videl sabia que Gohan estava se esforçando muito para não chorar.

Gohan ajeitou-se em uma das cadeiras da cozinha, sentou-se e, abaixando a cabeça, começou a chorar. Videl não sabia como agir. Momentos como aquele eram de raridade extrema, e sempre que aconteciam, Chi-Chi, Bulma ou até mesmo Goten, Goku ou Piccolo estavam lá para ampará-lo.

Não tinha nenhuma dessas pessoas... E era a causa daquela dor.

Tentou se aproximar, balbuciando fracas desculpas.

— Eu... você... não queri...

— Queria sim. — cortou Gohan, a voz amuada, molhada, entre os braços já encharcados. — Queria, porque se não quisesse, não teria feito.

Sabia que Gohan a conhecia bem demais para engolir aquela justificativa.

— E, quer saber? — disse Gohan, levantando a cabeça — Você está certa.

Videl abriu a boca para tentar impedi-lo de continuar, mas não conseguiu proferir uma só palavra antes que Gohan voltasse a falar, num tom machucado; triste.

— Eu passo muito tempo na Universidade. Afinal, estudar é minha vida. É a coisa que mais gosto de fazer, depois de passar tempo com vocês e comer. Que posso fazer além de estudar? Lutar? Viver apenas para lutar não me faria completo...

Videl aproximou-se de Gohan, e tentou abraçá-lo da maneira que pôde. Manteve-se calada, sabendo que ele iria continuar a falar:

— Aquela pesquisa é uma parte importante da minha vida. Assim como sua redação é parte importante da sua. Nunca roubaria aquilo de você...

Videl suspirou, acariciando os cabelos negros do marido.

— A verdade é que precisamos todos de férias...

Gohan, em uma velocidade incrível, mas não surpreendente, deu um jeito de virar-se e derrubar sua esposa em seu colo, abraçando-a forte e carinhosamente.

— E se a gente viajasse... Amanhã?

Videl riu. Sabia que a proposta provavelmente era uma brincadeira, pois se Gohan não aparecesse na tal “reunião” marcada na casa de sua mãe, Chi-Chi com certeza lhe arrancaria todos os membros com as próprias mãos.

— Amanhã é impossível, e você sabe por quê. Mas talvez depois dessa confusão... É algo a se pensar.

Beijaram-se durante alguns minutos na cadeira. Entreolharam-se. Sabiam que seus problemas estavam longe de serem resolvidos, mas o momento de resolvê-los não era ali, com ambos corações partidos.

Reservaram a noite para curar suas feridas. A resolução dos problemas podia esperar.

*~*~*~*

5.3 Os resultados esperados não acontecem

— E você deixou isso no ar até agora só para mostrar pra gente? — disse Kuririn, desacreditando que Bulma não tirara do ar a mensagem ofensiva que o site da Corporação Cápsula exibia após o ataque sofrido por um hacker aparentemente invisível. Bulma suspirou, olhando para o teto.

— Isso é um backup da invasão. O site foi normalizado assim que vimos o acontecido.

— Ou estaríamos mortos, eu e meu irmão — murmurou Bra, olhando para Pan, que lhe presenteou um sorriso cúmplice.

— Antes de iniciarmos, o que essa intrusa está fazendo aqui, pirralho? — disse Vegeta, apontando para Dinner, destilando mau humor. Sua cara, normalmente de poucos amigos, estava ainda pior em ver aquela garota humana ali.

Dinner, por sua vez, apenas arrumou sua espessa franja, organizando os fios de modo que cobrissem sua testa inteira. Ignorou por completo o saiyajin e não se arrependia daquilo.

— Hã... Ela tem a ver, né? E... Hã... Achei legal chamar ela e...

Goten calou-se com o olhar irritado que Vegeta lhe lançou, claramente ordenando que ficasse quieto.

— É uma pena que o principal alvo do nosso assunto não esteja aqui... — comentou, de forma bastante distraída, Yamcha.

Tamém pudera, ele tá no fim do mundo! Nem telefone aquele vilarejo tem! — disse ChiChi, irritada. De braços cruzados, sentada no sofá e no centro da reunião, ainda não se conformava de ter sua casa invadida para motivos não tão... Legais.

Em todos os termos.

— Então, o site da Corporação Cápsula foi hackeado e você acha que o culpado são as mesmas pessoas que tentaram atacar essa moça há algum tempo? — perguntou Pan, para esclarecer sua curiosidade.

— Não achamos. Temos certeza — comentou Bra, sorrindo — Ele acha que não conseguiríamos descobrir quem ele é... Não conseguiríamos mesmo. Claro, se não fôssemos os Briefs. Mas, como somos, foi bastante fácil. Ele acabou deixando alguns rastros, uma “assinatura”, e eu consegui criptografar.

— E vocês sabem quem é?

— Claro que sabemos. É o...

— Desculpem-me pelo atraso!!! — disse um homem alto, careca, usando uma pequena touca, entrando sem sequer bater à porta. Ao seu lado, um homem não muito alto, com enormes olhos negros — sem cílios — e pele tão branca quanto porcelana. Sorriram e fizeram uma pequena reverência em sinal de desculpas.

ChiChi sentia sua mão arder. E sentia que ela só pararia de coçar quando encontrasse a face não tão macia daqueles dois seres vivos.

Dinner, por sua vez, olhou o homem que entrava. Surpreendeu-se, prendeu a respiração por um ou dois segundos e pensou consigo mesma: “é ele...”. Guardou seu pensamento para si mesma, como deveria ser.

— Da próxima vez que ocê entrar na casa de alguém, vê se bate na porta antes de entrar. — comentou ChiChi, ainda mais contrariada. O suspiro foi coletivo.

— Quais são os planos? — perguntou Marron, abandonando seu hoiSMART por alguns minutos para fingir que estava participando da conversa.

— Acho que primeiro é descobrir onde esse cara se enfia, né... — comentou Bra.

— Que cara? — perguntou Dezoito, fazendo questão de lembrar a Bra que a interrupção de Tenshin Han havia feito com que ela não dissera o culpado pela invasão do site.

— O hacker.

— Que hacker?

— Ora essa, que hacker! Kitsch von Käse! De quem mais estaríamos falando senão do novo presidente da Patrulha Vermelha?!

E todos esbugalharam os olhos.

— Eu sabia que tinha algo por trás daquela linha de smartphones...

*~*~*~*

5.4 A rotina planejada não acontece

Bra estava acordada há cerca de vinte e oito horas. Também, não se importava em dormir. Tudo o que importava era conseguir a localização daquele computador, cujo nome DuFrömage não lhe saía da cabeça. Não dormiria e não sairia de seu quarto enquanto as coordenadas daquele desktop não aparecesse em seu Prompt de Comando.

Digitava códigos furiosamente, como se o mundo estivesse destinado a acabar ali, enquanto fazia sua pesquisa. Não havia possibilidade de desistir. Descobriria onde aquele computador estava e seria logo.

Seu sangue saiyajin começou a enfurecer. Apesar de ser um gênio, descobrir a localização exata daquela máquina estava se tornando tarefa impossível. Sabia que estava em uma região afastada de Satan City, provavelmente um bairro periférico, mas não conseguia o número da casa...

Um bip diferente chamou a atenção da jovem.

Sorriu.

Na cascata de caracteres que suas telas ligadas começaram a exibir, Bra Briefs havia acabado de conseguir acesso total aos computadores pessoais de Kitsch von Käse e de toda a Patrulha Vermelha.

*~*~*~*


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Notas finais do capítulo

Acho que esqueci de alguma referência, qualquer coisa, me perguntem!
Era pra esse capítulo ser beeem maior, mas como percebi que se eu seguisse o que queria pra ele ele ficaria MUITO grande, resolvi separar em dois capítulos diferentes =)
*Weasel*Kisses ;
;*



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