Eu não Sou mais Criança! escrita por Tamy Black


Capítulo 8
Fugindo de casa


Notas iniciais do capítulo

Ei gente, vamos comentar por favor!



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Dois meses passam rápido. Estamos em abril e nesse tempo eu aprendi a controlar meus pensamentos para o meu papai não descobrir o que eu estava aprontando. Se ele se iludiu ao pensar que eu não iria para a competição, ele estava totalmente enganado. Com a ajuda das minhas tias eu iria passar três longos dias fora de casa e elas também. Iríamos para um SPA muito bom em New Hampshire, por isso a desculpa de sair de casa.

Minhas tias disseram para o meu pai que seria bom pra mim, pois eu supostamente estava triste por não ir ao campeonato. Estava tudo bem armado, até a minha mãe estava acreditando na minha tristeza. Jacob sabia, mas eu implorei pra ele não falar e muito menos pensar que eu iria competir. Ele me disse que eu sou maluca.

Até parece que meu pai iria me impedir. NUNCA. A propósito, eu sou filha dele, não sou? Por um acaso alguém da família o impediu de se aproximar da minha mãe quando humana? Que eu saiba ninguém, então ele não pode reclamar de mim. Eu estava treinando forte com as garotas e estava aprendendo a me acostumar com os saltos. Não que eu não saiba andar, mas dói o meu pé.

E finalmente chegara o dia da viagem. Eu já estava pronta e minha mala com as coisas de torcida estavam no carro da minha tia, já que iríamos de carro. Mentira. Despedi-me dos meus pais, já que mamãe não quis ir. Ainda bem! Despedi-me dos meus tios e dos meus avós, Jake também viera. Dei um abraço apertado e um beijo na bochecha, me senti uma completa idiota. Fiquei hiperventilando somente com esse mínimo contato.

Entrei no carro, minhas tias me deixariam na escola e elas partiriam para New Hampshire mesmo, malucas! Assim que cheguei a minha escola, eu peguei minha mala e minha bolsa.

- Tchau Nessie! – disse tia Rose me abraçando e me dando um beijo gelado nas bochechas. – Faça uma boa viajem e não se preocupe com seu pai! – ela disse sorrindo.

- Tudo bem tia! – eu disse sorridente. – Com o meu pai eu não me preocupo!

- Boa sorte querida! – disse minha tia Alice saltitante. – Não se preocupe com nada mesmo e nos ligue! – ela me abraçara e fizera à mesma coisa que tia Rose.

Elas entraram no carro e foram embora. E eu fui pra dentro da escola, as minhas amigas estavam super felizes e empolgadas, uma coisa que me contagiou plenamente. Fomos pra dentro do ônibus e eu me sentei ao lado da Monique, ela lia um livro e eu peguei meu i-pod rosa, o liguei e apertei o play.

Jesse McCartney − Daddy’s Little Girl

 Você só fez dezoito a uma semana.

Você quer aprender o que não sabe.

Você cresce, não precisa de permissão

Descobre o que esteve perdendo.

Leva um certo tempo, mas agora você quer mesmo entender

O que é que todas as outras garotas só falam.

Essa música realmente diz algumas coisas sobre a minha vida. Acho que nunca me senti tão empolgada e eufórica como estou agora! Fugir de casa, passar três dias longe dos olhos e mente dos meus pais era tudo que eu precisava.

Está deixando sua mãe louca

Porque, a garotinha do papai, agora é o meu amor.

Será que era tão difícil de notar que realmente a garotinha do papai crescera? E já não é mais aquela garotinha ingênua de antes? Que sabe andar com as próprias pernas e não precisa da excessiva proteção de seus pais pra tudo?

Acho que você está preparada, baby.

Acho que você está preparada, baby.

Venha e entre nessa.

Acho que você está.

Acho que você está.

Ai, ai Edward Cullen. Você tem que ter umas aulas sobre como lidar com uma filha adolescente. Ainda mais se ela é tão teimosa como a mãe e muito geniosa como o pai. Determinada a fazer algo quando quer, a filha vai lá e faz. E que principalmente ODEIA quando lhe proíbem de fazer algo que ela sempre sonhara.

 Você sempre seguiu todas as regras.

Era feito tudo o que você deveria fazer.

Ponha a chave na ignição e acenda as luzes.

Sinta o gosto de como é se sentir mais velho.

Mexa o seu corpo. Deixe-me vê-la assim.

Olhar pra você causa em mim um curto circuito.

O que há de mal ir somente 403 km longe de casa para participar de uma competição e voltar três dias depois? Nenhum. Mas como sempre o meu querido papai tinha que ser contra. Será que ele não percebe que eu quero isso? Que eu ficaria mais feliz se todos da minha família estivessem aqui, me apoiando?

Está deixando sua mãe louca

Porque, a garotinha do papai, agora é o meu amor.

A garotinha do papai cresceu Edward Anthony Cullen. E só você não percebera isso. Quando irá aceitar? Nunca.

Me diz, garota, se estou enganado.

Todos os sinais que você faz

A trouxeram para a estrada em que está.

Então venha, venha.

Venha, venha. Vamos lá!

Garota, requebre o que sua mãe te deu.

Requebre como se fosse quebrá-lo.

À cerca de começar um terremoto.

Quando finalmente chegamos a Dallas já passavam do meio dia, as preliminares começariam ao final da tarde. Nós fomos para o hotel que tinham reservado para as equipes de torcida. O quarto era lindo demais, ficamos no mesmo quarto: eu, Ashley, Amanda e Alex. Seriam divertidos esses dias. Liguei para as minhas tias avisando que já havia chegado. E logo em seguida liguei para o Jake.

- Alô! – ele finalmente atendeu ao telefone.

- Que demora hein Black? – eu tinha que implicar.

- Oi pra você também Nessie! – ele disse risonho.

- Oi Jake, só liguei pra avisar que já cheguei ao Texas. – eu disse risonha também.

- Que bom! – ele falou. – E suas tias malucas?

- Foram pra New Hampshire. – eu disse naturalmente.

- Ah... – ele murmurara. – Cuide-se Ness, não quero ter que ir ao Texas pra te salvar. – ele disse zombeteiro, mas ao mesmo tempo sério.

- Como se eu precisasse de você Jacob. – eu disse no mesmo tom.

- Magoou Nessie. – ele disse se fazendo de “sentido”.

- A intenção era essa. – eu ri.

- Como você é má Nessie, - e começara a chantagem – eu podia muito bem falar com os seus pais. – ele disse.

- Nem pense nisso Jacob. – eu disse ríspida. – Faça isso e considere-se um cachorro sem rabo! – eu falei ainda ríspida.

- Ai de mim! – ele riu. – Okay, monstrinha, ligue-me depois. Tenho que estudar para uma prova agora. – ele falou. – Tchau Nessie!

- Tchau cachorro! – eu disse irônica.

Odeio quando ele me chama de monstrinha.

Pude ouvir a sua risada e desligamos o telefone. Como esse cachorro era presunçoso!

Dallas era muito quente, bem que tia Alice dissera. Eu não agüentava de calor! E eu branca que nem um papel estava derretendo, ainda bem que eu não sou como meus pais. Pois, estaria brilhando mais que purpurina em alegoria de carnaval!

A competição era acirrada. Também, os EUA têm 50 estados! Então são 50 equipes disputando o nacional. E o grande lance era ganhar para disputar o mundial! Sonho grande.

Será que conseguimos? Nossa equipe é boa, temos ótimas coreografias e tudo mais, só que já muitas equipes ótimas aqui. Medo. Vamos ver no que dá.

[...]

Edward PDV.

Sei que posso ser um péssimo pai às vezes. Mas Nessie estava ficando sem controle. Como aquela pequena pode ser tão impetuosa? E mandona? Ela puxou muito a mãe, sei que o seu gênio é o meu, mas não consigo agüentar. Eu sei que ela queria ir pra esse bendito campeonato, mas não dava. Nós não poderíamos ir, lá faz sol e logicamente seríamos descobertos. 

Mas como era de se esperar, Nessie não entendeu e fez escândalo. Ficara triste durante os dois meses que antecederam ao campeonato nacional em que sua equipe participaria. Doía-me o coração vê-la daquele jeito, mas não podia fazer nada.

Ela continuara treinando, mas sabia que não poderia ir. Fiquei triste por ela, mas não a deixaria jamais ir sozinha para um estado desconhecido e muito menos a deixaria ir com o Jacob. É. Ainda não engoli aquela história de imprinting.

O que me deixou alegre foi à idéia da minha irmã tampinha, levá-la para um SPA em New Hampshire. Ficava a poucas horas de Connecticut, elas iam de carro pra lá no fim de semana da competição. Uma tentativa de fazer Nessie se distrair, ia ela, Rose e Alice. Bella não quis ir, ela nunca gostou dessas coisas.

E o final de semana da competição chegou, elas estavam empolgadas. Menos Nessie, mas como conheço a minha irmã, elas iriam se divertir. E finalmente elas saíram. Passou-se o dia, já era de noite quando estava chegando a casa quando uma nervosa Bella estava de um lado para o outro na sala. O que será que aconteceu? Emmett e Jasper tinham saído para caçar, Esme e Carlisle estavam numa festa de aniversário de um amigo do meu pai.

- O que foi Bella? – eu perguntei logo.

- Oh Edward! – ela me abraçara. – Finalmente você chegou! – ela me deu um beijo.

- O que houve amor? – eu perguntei aflito.

- As roupas do time de torcida da Nessie não estão no armário. – ela falou séria.

- COMO É? – eu gritei.

- Acalme-se amor! – Bella me olhara nervosa.

- COMO QUER QUE EU ME ACALME BELLA? – eu continuei a berrar. Será que ela não via o problema?

- Se acalmando, oras! – ela se exasperou.

- Bella, você não compreende o que essa menina fez? – eu disse com a voz normal, mas irritado.

- Compreendo Edward, mas a única solução é esperá-la voltar. – ela disse. – E creia que tem o dedo da Alice e da Rosalie nisso. – ela falou.

 - Droga! Será que Renesmee é tão criança que não entendeu que NÃO podia ir a esse maldito campeonato?! – eu perguntei furioso.

- Edward, até parece que você não conhece a sua filha. – Bella rira nervosa. – Ela é igual a mim quando humana.

- Realmente. – eu bufei de ódio. – Vou ligar pras minhas irmãs.

VOU MATAR AQUELA ANÃ VIDENTE E AQUELA LOIRA OXIGENADA!

Mal acabo de pensar e o telefone toca.

- Quem é? – eu atendi ríspido.

- Somos nós Edward. – disseram Rose e Alice juntas.

- AHHH... As traidoras resolveram dar o ar da graça! – eu disse irônico.

- Eu vi Edward. – Alice disse séria. – Desculpe irmão, mas eu não consigo dizer não a Nessie! – ela se lamentara.

- Assim como eu Edward! – disse Rosalie lamentando também.

- Olha, quando vocês voltarem, nós conversamos. – eu disse cortando logo a conversa. – E avisem a Renesmee que ela está muito encrencada! Passem bem! – eu desliguei o telefone.

Bati mesmo o telefone na cara delas! Aquelas traidoras de uma figa! AHHHH QUE ÓDIO!

- Precisava disso Edward? – Bella me olhara irritada.

- Precisava Bella! – eu respondi. – Quando Renesmee chegar ela terá um belo castigo! A se vai! – eu exclamei e saí da sala com Bella no meu encalço.

Reneesme estava pedindo por isso. Eu não gostava de impor as coisas desse jeito, mas de uns tempos pra cá, ela estava rebelde demais pro meu gosto.

[...]

Nessie PDV.

Foi incrível a competição toda! Não conseguimos ganhar o primeiro lugar, mas ficamos em segundo! Foi muita comemoração! Pois o time da H3 nunca chegara a nem ir para o nacional! Foi tudo! Já estávamos de volta a Connecticut.

Assim que eu pus os pés pra fora do ônibus tive uma visão nada agradável. O plano era: minhas tias viriam me buscar e iríamos pra casa. Mas, não havia só o Porshe amarelo da minha tia Alice, estavam os carros do meu pai e do meu avô. E encostados nos seus respectivos carros estavam: meus pais, meus avós e minhas tias me olhando como se falassem “Sinto muito Nessie!”.

DROGA! ELES HAVIAM DESCOBERTOS! ESTOU ENCRENCADA!

- E pode crer que está mocinha. – disse minha mãe se aproximando de mim.

- Vamos falar com o diretor e a sua técnica agora! – meu pai disse furioso comigo. – E em casa conversaremos, Renesmee.

- Mas eu... – tentei argumentar em vão.

- Mas nada Renesmee! – disse minha mãe brava. E então ela disse à coisa que eu nunca imaginei que ouviria da boca dela. – Eu estou decepcionada com você.

Eu fiquei sem palavras e meus pais me rebocavam para dentro da escola onde o diretor já nos esperava em sua sala. Entraram na sala, meus pais e meus avós junto comigo.

- Senhor e Senhora Cullen, um prazer revê-los. – disse o Diretor Finnigan.

- Igualmente diretor Finnigan, mas creio que não é por uma boa causa. – disse meu avô Carlisle sério.

- Eu gostaria que o Senhor me explicasse melhor o que lhe trás aqui numa manhã de segunda-feira. – ele falara limpando os óculos.

- Sim, senhor. – Carlisle disse. – Minha filha Renesmee é uma das líderes de torcida da escola, o senhor sabe, e eu a proibi terminantemente de participar do campeonato nacional que foi em Dallas no Texas, mas ela se atreveu a ir sozinha com a ajuda das irmãs mais velhas. – Carlisle disse isso sem me olhar e Esme, minha suposta “mãe” fingia chorar.

- Oh... – o diretor disse me olhando incrédulo. – Sinto muito Sr. Cullen, mas creio que não posso fazer nada a respeito disso.

- Ah pode sim! – dessa vez meu pai verdadeiro se manifestou.

Minha mãe segurou seu braço e o olhou fulminante.

- Acalme-se Edward. – disse meu avô. – Desculpe o meu filho, diretor. – o diretor assentiu com a cabeça. – Eu gostaria de lhe pedir que o senhor cancele a inscrição da Reneesme nas aulas do time e a impeça de participar dos treinos e competições. – falou o meu avô na maior calma do mundo.

- O QUE? – eu não tive como não gritar. – COMO PODE?

- PODENDO RENESMEE! VOCÊ SABIA QUE NÃO PODIA IR, MAS POR SE ACHAR INDEPENDENTE FEZ O QUE NÃO DEVIA! – berrara meu pai, Edward comigo.

- Edward, por favor? – disse Carlisle.

- Meu filho, leve a sua irmã para casa e converse lá com ela, eu e seu pai continuaremos daqui. – pronunciara minha avó.

 Meu pai me pegou pelo braço e me rebocou para fora da escola. Fui o caminho todo em silêncio e chorando. Não acredito que meu pai jogava tão baixo! Como ele pôde fazer isso comigo? Será que ele não pensa?

Cheguei a casa e saí em disparada para dentro. Queria o meu quarto e chorar a vontade na minha cama.

- Não pense que vai escapar da conversa Renesmee Carlie Cullen! – dissera minha mãe raivosa.

Meus tios estavam todos na sala e quando me viram se levantaram.

- Como você pôde sair assim Renesmee? – perguntou minha mãe ao se aproximar de mim.

- Podendo mamãe! – eu disse do mesmo modo.

- Não responda pra sua mãe desse jeito mocinha! – disse meu pai. – Você estava proibida de ir minha filha! Conversamos sobre isso! Nós não podíamos ir com você por causa do sol em nossa pele, você sabia disso! – meu pai dizia furioso.

- EU NÃO TENHO CULPA DE VOCÊS SEREM ASSIM! – eu esbravejei no meio das minhas lágrimas.

- NÃO GRITE RENESMEE! VOCÊ NÃO TEM MOTIVOS PARA AGIR DESSE JEITO! – meu gritara comigo. – A ÚNICA ERRADA AQUI É VOCÊ!

- VOCÊ SABIA QUE ERA O MEU SONHO! SABIA DISSO! E MESMO ASSIM ME PROIBIU DE IR! – eu chorava e gritava. – EU PODERIA MUITO BEM IR COM O JACOB! ELE IRIA SEM PROBLEMAS! MAS COMO SEMPRE O SENHOR TEM QUE SER DO CONTRA! ATÉ MINHA MÃE TINHA SUGERIDO A IDÉIA!

- EU NÃO DEIXARIA NEM QUE ME MATASSE VOCÊ IR COM AQUELE CACHORRO! – meu pai gritava demais.

- POR QUE VOCÊ SEMPRE É ASSIM PAPAI? – eu chorava.

Minha mãe e minhas tias faziam expressão de choro, mas não tinham lágrimas.

- SEMPRE ESTRAGANDO A MINHA VIDA! SEMPRE! – as minhas lágrimas eram grossas e pesadas.

Eu não podia ficar ali. Não mais. Saí correndo pra garagem, peguei minhas chaves e entrei no meu carro pisando fundo. Eu sabia quem poderia me ajudar agora. Só ele me entenderia, somente Jacob para me ajudar numa hora dessas.

Eu dirigia a mais de 100 km/h. Nem ligaria se me multassem. Cheguei a seu condomínio, estacionei na vaga dele e fui pro elevador.

Não conseguia parar de chorar. Eu queria sumir. Meu pai era um idiota que não entendia nada! E isso porque ele queria que eu tivesse experiências humanas. HIPÓCRITA.

Finalmente o elevador parou. Saí e apertei a campainha do apartamento de Jacob. Ele não demorara a atender, provavelmente sentira o meu cheiro. Assim que a porta se abrira ele me olhara confuso e eu me joguei em seus braços chorando mais compulsivamente que antes.




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Notas finais do capítulo

CAPÍTULO REPOSTADO. (FEV/11)



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