Alguns dias se passaram depois que eu fui até a casa do meu... É, eu e Jake não temos uma relação definida, mas sabemos que estamos juntos. Ele voltou para Connecticut, para o seu antigo apartamento e a minha barriga cresce desesperadamente, pelos cálculos de Carlisle eu devo ter os meus bebês antes de completar três meses de gestação.

Eu estava em casa, mas precisamente em meu quarto, deitada. Esses bebês me deixam muito cansada e morrendo de sono, tenho instintos de lobo às vezes. Fico me perguntando como essas crianças vão sair.

Tia Alice está super empolgada, já comprou mil e umas roupinhas, mas ainda não compramos móveis e nada disso. Ainda não decidimos se vamos morar aqui ou se vou morar com ele em seu apartamento.

O sonho era tão bom, sonhava que estava brincando com três crianças correndo comigo e Jake correndo atrás. A casa era linda e tinha um imenso gramado verde. Nós cinco estávamos tão feliz.

Eram três crianças: duas meninas e um menino, a primeira menina tinha os olhos de Jake e os cabelos pretos e lisos, o sorriso era o mesmo que o meu; o menino era a minha cópia, mas tinhas olhos expressivos dele combinando com a cor de chocolate; e a outra menina tinha os olhos verdes – a cor dos olhos do meu pai quando humano – e os cabelos cor de bronze, mas o sorriso e as expressões eram iguais aos do Jake.

Quando Jake ia nos agarrar, eu despertei e logo pude sentir o cheiro dele impregnado no meu quarto, mas ele não estava lá. Devia estar na casa, mas o cheiro era mais forte e vinha do banheiro.

Entrei no mesmo e quando olhei no espelho, fiquei em choque. Estava escrito de batom com a caligrafia que eu conhecia muito bem a seguinte pergunta:

Casa comigo?

E logo na pia continha uma caixinha de veludo azul. Fiquei curiosa, Jake me pedia em casamento e simplesmente deixa o anel e uma pergunta riscada no espelho? E se eu dissesse não?

Deixei meus pensamentos de lado e fui abrir a caixinha, mas não continha nada dentro dela. Fiquei mais curiosa ainda. Quando de repente só sinto um ser de braços quentes e muito definidos me abraçando por trás.

- Pensou que iria ser tão fácil? – ele perguntara sussurrando em meu ouvido.

OMG! Meus pêlos se arrepiaram totalmente com esse simples toque, os bebês se remexeram completamente dentro de mim.

- Pensei que você me pediria como uma pessoal normal. – me virei para ele sorrindo.

- Não existe a palavra “normal” no meu dicionário Nessie. – ele deu uma gargalhada gostosa, não pude não acompanhar. – Mas você ainda não me respondeu... – ele coçou a cabeça, sinal de nervosismo.

- E você por um acaso me perguntou alguma coisa? – me fiz de desentendida.

- Oh certo... – ele riu – Vou ter que perguntar mesmo? – fiz que sim com a cabeça – Tudo bem... – hesitou – Quer casar comigo Nessie? – ele retirou um anel de dentro do bolso da calça.

Fiquei sem reação, o anel era lindo! De prata e com uma pedra no centro, e algumas pequenas ao lado. Simples, porém perfeito.

- Claro que quero! – joguei-me em seus braços e partimos para um longo beijo apaixonado.

Ficamos nos beijando avidamente, até que escutamos uns rosnados nada contentes lá de baixo e paramos sorrindo. Jake colocou o anel no seu devido lugar, depositando um beijo na minha mão direita.

- Amo você Jacob Black. – eu disse sorrindo.

- E eu amo você Reneesme Cullen. – ele me deu mais um beijo.

Saímos do banheiro e já encontramos minha tia Alice eufórica nos esperando.

- EU JÁ SABIA QUE VOCÊ IA ACEITAR NESSIE! – ela gritou.

- Calma Alice! – esbravejei com a mão na barriga.

- CALMA? – ela disse indignada – E esse casamento vai ser pra quando? – ela se sentou no meu sofá e cruzou as pernas como uma perfeita dama.

- Acho que só para depois que os bebês nascerem. – disse olhando para Jake que sorriu.

- NUNCA! – ela gritou. – Sobrinha minha não vai casar já mãe! Tem que ser para antes!

- Mas Alice... – tentei intervir.

- MAS NADA! – ela disse já de pé – Vou começar e é agora!

E lá se foi ela saltitando para fora do meu quarto.

- Ela sabe ser assustadora quando quer. – Jake disse me olhando amedrontado.

- É. – me limitei a responder, fiquei chocada com a reação da minha tia maluca.

Depois desse surto da minha tia fadinha, ela surtou mais ainda. Eu já estava com uma barriga de seis meses e quase maluca! Eu e Jake nos casaríamos em Forks! Fiz a maior festa quando meus pais decidiram que iriam fazer minha festa de casamento lá, já que a família de Jake estava lá e meu avô também.

Os convites já foram entregues. Não pude convidar as garotas da escola porque elas estranhariam a minha gravidez. Pena, gostaria que elas estivessem aqui.

Casar-nos-íamos na mansão Cullen que ainda era nossa em Forks, convidamos todos os nossos amigos vampiros da época da confusão com os Volturis e os Quileutes, acho que o único humano que ia era o Charlie, ficaria sem graça em ver tantos vampiros bonitos.

A escolha do meu vestido fora feita em Seattle, perto de Forks, escolhi um vestido simples e que ficou lindo em mim. Meus bebês cresciam fortes, acho que em menos de duas semanas eles nascem.

Estava com medo. Muito por sinal... Eles eram espertos e não deixaram meu avô ver o que eram, e nem meu pai conseguia ler a mente deles. Só ás vezes quando os mesmos deixavam, mas era raro. Eles já tinham um dom. Fiquei feliz com isso!

Eu estava arrumando a minha mala, pois íamos para Forks duas manhãs antes do meu casamento. Mal via Alice, minha mãe e Rose. As três não me deixaram ver o que arrumavam para o meu casamento. O bom de tudo é que Alice previra que o tempo não estaria ruim em Forks, nos casaríamos pela tarde. Queria que fosse no gramado verde da mansão e a recepção seria dentro de casa.

As três malucas me concederam isso. Meu pai só ria das loucuras de tia Alice e dizia que ela estava colocando todos malucos. Jake estava apavorado, ela sempre o mandava fazer as coisas e ele ia sem pestanejar, eu morria de rir com isso.

Nós já havíamos comprado a nossa casa. Quer dizer, meus pais compraram e deram de presente para nós. Era linda, mas quem estava cuidando da decoração era eu e ele. O quarto dos bebês que já estava semi-pronto, já tinha comprado os móveis e os berços, mas algo me dizia que não seriam somente gêmeos.

Por isso, eu comprei mais um berço e deixei guardado no meu quarto sem que ninguém soubesse. Eu estava colocando uma última peça de roupa das milhões que Alice me comprara para grávidas. Era engraçado aquilo.  Terminei de fechar a mala e me olhei no espelho, estava tão bonita. Usava uma calça jeans larga e uma bata rosa, com uma rasteirinha. Meus cabelos estavam presos num coque mal feito.

- Está a cada dia mais linda, amor! – disse Jake me abraçando por trás e pondo a mão na minha barriga.

Nossos filhos se manifestaram prontamente.

- Obrigada amor. – disse e lhe roubei um beijo.

- Nossos filhos estão crescendo tão rápido! Será que eles vão crescer como você? – ele me indagou.

- Não sei Jake, isso me preocupa. – disse nervosa – Carlisle disse que talvez não cresçam do mesmo jeito que eu, porque o pai é o humano e eu tenho uma parte humana também... – eu disse o abraçando.

- Independente disso Nessie, eu vou amá-los sempre! – ele depositou um beijo na minha cabeça.

Meus olhos se encheram de lágrimas, eu estava emotiva demais.

Os dias foram passando e eu já estava dentro do meu bebê vermelho, Jake ia dirigindo e eu ia dormindo no banco do carona. Quando chegamos a nossa mansão eu quase tive um acesso de choro, olhar aquela casa branca e cheia de vidros era como se tudo que eu vivi nesses quase sete anos de vida estivessem ali.