Namorado de Aluguel escrita por Gabs Black


Capítulo 22
Ainda não é o fim


Notas iniciais do capítulo

Não me matem.
Por favor.
Tenham piedade da alma da autora.
Gente, sério, eu tenho uma explicação totalmente lógica para a minha demora, eu tinha perdido essa conta aqui, sério, eu não conseguia entrar de jeito nenhum e já tinha até dado ela por perdido, tava pensando em recomeçar aqui no Nyah! e tal. Maaaaaaaas, hoje de tarde veio uma luz na minha cabeça e eu fui fuçar meu antigo e-mail, e por lá consegui recuperar o e-mail dessa conta aqui e ai sim recuperar a conta.
Enfim, espero que possam me perdoar.
Juro que nunca mais demoro tanto pra postar.
Adoro vocês, espero que ainda estejam ai.
Nos vemos lá embaixo.
Enjoy.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/288228/chapter/22

Alvo Potter

Me levantei da mesa com certa violência o que fez Scorpius e Rose virarem o olhar para mim.

─ Que foi cara?

─ perguntou Scorpius, franzindo o cenho.

─ Nada, só preciso falar com a Alice.

─ Isso me cheira a ciúmes... ─ disse ele, voltando a atenção para suas panquecas. ─ Se precisar bater no Nott, me chame.

─ Alvo... ─ chamou Rose, me olhando com um olhar inquisidor.

─ Tudo bem ─ falei forçando um sorriso ─ Só quero dar uma palavrinha rápida com ela.

Sai dali em direção a garota, que ia saindo pelas grandes portas do salão. Era isso, já estava mais do que na hora desse namoro terminar, já havíamos enganados todo mundo, inclusive nossos pais. O plano dera certo até demais.

Andei a passos largos até ela e assim que a alcancei a segurei pelo braço.

─ Alvo!? – exclamou com um quê inquisitivo.

─ Alice... É, precisamos conversar. ─ falei meio sem jeito, por que nesse momento todos que passavam por ali olhavam para nós.

─ Ah ─ ela sorriu ─ Eu queria mesmo falar com você – disse entrelaçando seus dedos nos meus e olhando dentro dos meus olhos com um olhar que dizia claramente “não ouse dizer uma palavra sequer” ─ mas temos aula agora, mais tarde, sim?

─ Mas eu tinha que... – falei apertando levemente meus dedos nos dela ─ É importante.

─ Duvido que não possa esperar ─ ela sorriu novamente e depositou um beijo em minha bochecha ─ Até o almoço.

Bufei frustrado e voltei para a mesa da Grifinória, com Rose e Scorpius.

─ Então...? ─ perguntou Rose, arqueando uma sobrancelha.

─ Bom, odeio interromper esse momento, mas eu tenho aula agora. A propósito Alvo, você também. ─ disse Scorpius se levantando ─ Vamos?

─ Ah, vamos sim ─ me levantei rapidamente, deixando Rose com um olhar fulminante para mim por não ter contado o que estava havendo.

─ Depois conversamos Rosie ─ falei juntando minha bolsa da mesa e a jogando no ombro, mas quando passei por ela, não pude deixar de colocar discretamente a carta que meu pai me enviara ao lado de sua bolsa.

xx-xx

As aulas daquela manhã se arrastaram, e eu como sempre não consegui prestar atenção em nada, apenas pensando em o que ela queria falar comigo e como eu iria terminar tudo. Quer dizer, nós não estamos namorando de verdade, mas eu nunca namorei nem de verdade nem de mentira, logo não sei como terminar nenhum dos dois namoros.

Droga. Alvo Severo Potter, quando foi que você foi se envolver com essa garota problema?

Estava tão distraído com esses pensamentos que nem notei que a professora fazia uma pergunta a mim.

─ Então, Potter, qual feitiço devo usar para transformar esse par de chinelos felpudos em pequenos coelhinhos?

─ Ah... Hum... Talvez deva tentar uma poção polissuco? ─ falei com um meio sorriso maroto e pude ouvir algumas pessoas rirem.

─ Muito engraçado Potter! ─ ralhou a professora Minerva ─ Menos dez pontos para a Grifinória.

Ah, qual é, ela tira pontos da própria casa por causa de uma brincadeirinha a toa? É, parece que hoje não é o meu dia.

Foi um alivio quando o sinal bateu e eu pude sair daquela sala abafada e com cheiro de coelhos.

─ Fala ai cara, o que te preocupa? ─ perguntou Scorpius, caminhando ao meu lado enquanto saímos da sala.

─ Ah, nada cara.. ─ falei forçando um sorriso ─ Então.. Vou encontrar Alice agora, mais tarde a gente se fala.

─ Ah, claro, Alice, Alice, Alice... ─ murmurou ele, tomando um caminho inverso ao meu.

Se eu não conhecesse Scorpius muito bem, poderia dizer que ele está com ciúmes.

Continuei andando pelo castelo, até que alguém chegou pelas minhas costas, me assustando.

─ Hey! ─ exclamou Alice em um tom animado, ela jamais havia se dirigido a mim daquela maneira

─ Oi ─ falei me virando para ela, deixando transparecer meu desanimo.

Sua expressão alegre sumiu no momento em que ela me fitou, transformando-se em uma mascara fria e sarcástica, nada fora do comum para ela.

─ Precisamos conversar. ─ disse ela, então virou as costas e começou a caminhar na minha frente, eu sabia muito bem para onde ela iria.

Eu estava irritado, irritado demais para sequer ouvir o que ela tinha a me dizer, por isso que no momento em que a porta da sala precisa se fechou as minhas costas disparei a falar.

─ Que história é essa de “reunir as famílias no natal”? Você está louca? Eu até faço caridade loira, mas meu espirito natalino não está dos melhores ultimamente – falei com ferocidade, mas assim que completei a frase me arrependi amargamente. Ela não é do tipo que leva desaforo pra casa.

Ela chegou com o rosto bem próximo ao meu, a ponto de conseguir sentir nossas respirações se cruzando.

─ Olha aqui ─ falou baixo, em tom ameaçador – Acho que a única pessoa fazendo caridade aqui sou eu, te pagando 150 galeões pra ficar com uma garota que você nunca conseguiria em circunstancias normais, então acho melhor você calar a sua boca antes que eu saia gritando para Hogwarts inteira que você é um broxa.

Meu rosto exibia apenas perplexidade diante daquela ameaça tão direta.

─ Você não se atreveria...

─ Tenta a sorte então, Potter.

Eu não tentaria, com certeza não, Alice Longbottom não é do tipo que se deixa ser desafiada, e eu não queria comprovar aquilo da pior maneira.

─ Quer saber? Pra mim chega, eu cansei das suas loucuras garota. Cansei. ─ falei, exaltado, me afastando dela ─ Você é louca, e vai me deixar louco também.

─ Que pena ─ ela sorriu de lado tirando um saco barulhento de dentro das vestes e despejou seu conteúdo sobre a mesa de ferro que aparecera ao seu lado, várias moedas de ouro caíram, mais dinheiro do que eu já vira em toda minha vida. ─ Eu iria fazer um adiantamento do seu pagamento neste exato momento, era até para isso que tinha vindo pra cá, mas pelo visto meu namorado não está mais interessado. Não é?

Eu a encarei com um olhar de raiva e perplexidade.

─ Garota, isso é quase prostituição, sabia? – falei arqueando uma sobrancelha.

Ela riu. E eu gostava do som da risada dela.

─ Ai tem noventa galeões – ela disse parando de rir e indicou o dinheiro com a cabeça ─ Menos do que o combinado, eu sei, mas não é fácil arrumar cento e cinqüenta galeões da noite para o dia.─ ela pegou uma moeda e ficou passando entre os dedos ─ Você poderia levar isso pro seu dormitório agora, se ainda fosse meu namorado, claro.

─ Olha aqui, Longbottom... ─ tentei continuar firme, mas ela me interrompeu.

─ Ouça com bastante atenção, Potter, não está na hora disso terminar ainda, nós vamos para casa, vamos passar o natal juntos, trocar presentes e tirar fotos, como um casal apaixonado faria. – ela sorriu falsamente e me puxou pela gravata, roçando seus lábios nos meus ─ e se você abrir o bico, corto sua língua.

Então ela me soltou e foi embora, e eu fiquei ali, parado no meio da sala precisa ainda sentindo o perfume dela no ar. Bom, ela estava sendo bem direta, pelo menos não é do tipo que fica enrolando para dizer as coisas, detesto garotas assim.

Alice Longbottom.

EU. VOU. MATAR. NEVILLE. LONGBOTTOM.

Definitivamente ele não precisava ter aberto a boca para o Sr. Potter e ainda por cima dar ao entender que eu e Alvo estamos praticamente com o pé no altar.

Agora ele simplesmente quer que eu vá passar o natal na casa dos Weasley’s para “reunir as famílias” . Merlin do céu, de todos os castigos que ele poderia me aplicar por ter estragado o baile da escola, ter que passar o natal com os Weasley’s é o pior.

E ainda serei obrigada a bancar a queridinha apaixonada por Alvo Potter.

Que coisa mais ridícula.

Assim que entrei no meu dormitório, depois da conversa nada amistosa com o meu “namorado”, encontrei Domi sentada em sua cama escrevendo em seu diário.

─ Nossa, o que foi? ─ ela desviou o olhar do caderno e o dirigiu a mim ─ Parece que estava fugindo de um trasgo. ─ ela sorriu de lado.

─ Estava com o meu... namorado. ─ falei colocando o maior desprezo possível na palavra “namorado” ─ Vamos fazer as malas Domi. Vou passar o natal com você esse ano.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então.. O que acharam?
Espero o comentário de vocês hein.
Juro que o proximo vem bem rapidinho.
Beijos..