Namorado de Aluguel escrita por Gabs Black


Capítulo 18
Hum... Namorados?


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeeeeeeeeey leitores.
Como vão vocês?
Bom, esse capitulo não está grande, admito, mas eu simplesmente amei, cada parte dele.
Espero que gostem tanto quanto eu.
Enjoy.



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Alice Longbottom.

Meu Merlin, e agora? Eu precisava pensar em algo rápido, muito rápido. Mas o que? Alvo nunca aceitaria namorar de mentira comigo, nem sei se aceitaria namorar de verdade, com todos os benefícios, imagina sem eles.

Uma questão quase impossível de resolver.

Ele foi me arrastando para a sala precisa, e parecia furioso, enquanto isso meu cérebro trabalhava agilmente em uma saída rápida.

Mas o que?

Eu não tenho nada que seja do interesse dele.

Exceto..

Claro, como não pensei nisso antes?

Afinal, que mero mortal no mundo resiste a dinheiro?

Era isso, eu teria que comprar meu próprio namorado.

Meu namorado de Aluguel.

Alvo Potter.

Enquanto eu arrastava a loira maluca pelos corredores de Hogwarts, ela parecia alheia a tudo, diferente de mim, é claro, que estava tão atento como num combate.

Eu deveria estar preparado, a qualquer hora uma garota maluca vestindo uma armadura e embainhando uma espada poderia me atacar com sede de vingança.

Por que é claro que minhas adoráveis admiradoras não utilizariam suas varinhas.

Rápido demais, indolor demais.

Ou não, alias, vocês já provaram da azaração de uma menina raivosa e ciumenta?

Pois é, não tire uma bruxa do controle.

Jamais.

Quando chegamos na Sala Precisa, fui logo pensando em um lugar para que a gente pudesse conversar, e rapidamente a porta se materializou.

Assim que entramos, ela arfou.

─ O que é isso, Potter? ─ perguntou rude.

─ Um lugar para conversarmos. ─ respondi, reprimindo uma risada.

─ Isso parece mais uma sala de tortura em massa.

Olhei ao redor, realmente, aquela poderia ser uma sala de tortura. Era pequena, toda feita de ferro, parede, chão e teto, havia apenas uma mesa de madeira de dois lugares em seu centro, e assim que entramos, senti que a temperatura caia no mínimo uns cinco graus.

Perfeito.

Claro, eu não sou tão diabólico assim, mas essa garota estava me tirando do sério com seus joguinhos, um pouco de medo não iria fazer mal.

Mas, para meu espanto, ela riu.

Riu alto e gostosamente.

Uma gargalhada tão melodiosa que eu quase ri junto.

─ Francamente, Potter, acha que pode me oprimir com... Isso? ─ ela gesticulou a sala ─ Não se esqueça de que sou uma sonserina nata, e sei também que você jamais faria mal a uma mosca.

Ela me dirigiu um ultimo olhar divertindo, então foi caminhando em direção a mesa única.

Bufei e fui atrás, me sentando a sua frente.

Ela ficou me fitando com aqueles dois olhos azuis, com um brilho tão divertido naquele momento, como se de repente estivesse achando a situação toda muito engraçada.

─ Fala ─ comecei, irritado ─ O que você quer, Longbottom?

─ Quero te alugar. ─ ela foi simples e direta, como se estivesse pedindo um copo de cerveja amanteigada a Madame Rosmerta.

─ QUE? ─ perguntei incrédulo.

─ Seja meu namorado de aluguel.

Onde essa maluca está querendo chegar afinal?

Namorados? Eu e ela? Só pode ser piada.

Será que ela esqueceu dos nossos tempos de gloria e ódio mutuo?

Aluguel.

Essa palavra soou em minha cabeça com um estalo.

Claro, quando uma pessoa aluga algo –ou alguém- ela paga com algo.

Analisei-a por um segundo.

─ E o que eu ganho com isso?

─ Ah.. ─ disse ela ─ achei que nunca fosse perguntar, campeão.

Campeão? Essa é nova. Onde está Alice não-tenho-senso-de-humor Longbottom e o que você fez com ela?

Revirei os olhos.

─ E então? O que eu ganho com isso.

Ela sorriu.

─ 150 galeões?

Reprimi um palavrão.

150 galeões? Isso é muito galeão.

Quer dizer, meu pai nunca nos dá tanto dinheiro, com todo aquele papo chato de não quer que a gente fique mimado como seu primo era, Dudley.

Mas 150 galeões dariam uma boa ajuda, quer dizer, eu poderia voltar a pagar Jason Bell para que ele volte a fazer meus deveres, poderia até comprar uma vassoura nova.

Ela percebeu minha hesitação e olhava para mim, triunfante.

─ E então? É pegar ou largar.

Realmente, eu seria um idiota se dissesse que não.

Um namoro de aluguel valendo 150 galeões? Sem contar o Mapa do Maroto, esse namoro só reforçaria mais ainda minha vitória na aposta. Eu poderia esfregar na cara de Fred como Alvo Potter poderia ter a garota que quisesse, e com um pouco de sorte, poderia ganhar até mesmo um beijo dela.

Claro, tudo faria parte da nossa farsa.   

─ Eu aceito. ─ respondi.

─ Bom, se é assim, vamos as regras.

Regras?

─ Como assim, que regras? ─ perguntei estupefato.

─ Claro que teremos regras. Isso é um namoro de mentira.

─ Ah.. Claro. ─ murmurei, deixando evidente meu desapontamento.

─ Bom, é simples, nada que sua mente limitada não possa entender.

─ Tava demorando..

─ Então, primeira regra e mais absoluta: NADA DE CONTATO INTIMO. ─ ela quase gritou a ultima parte.

─ Nossa, deixa eu te contar uma coisa, se você não sabe, namorar hoje em dia não é só pegar na mão.

Ela revirou os olhos.

─ E não revire os olhos enquanto eu estiver falando, mocinha. ─ completei.

─ Tudo bem, você pode me abraçar em publico, podemos andar de mãos dadas. Mas nada mais do que isso, tudo bem?

É, acho que eu não conseguiria nada melhor que isso.

─ Ta.. Ok.

─ Ninguém, NINGUÉM, pode saber que esse namoro é de mentira.

Claro, isso era meio obvio.

─ E o que mais?

─ Você não pode ficar com outras garotas. ─ ela falou baixo, mas eu ouvi com clareza.

Realmente, eu não tinha pensado nisso.

─ O QUE? ─ e praticamente gritei.

─ Ah Alvo, o que você esperava? Que iria ficar com outras garotas enquanto nós supostamente namoramos? Não vou passar de otária para a escola uma segunda vez.

É, vendo por esse lado, ela tinha razão.

─ Tudo bem.. ─ falei com relutância.

─ Bom, então, acho que é isso. Terminamos por aqui.

─ Terminamos não, isso é só o começo. ─ falei me levantando, e acompanhando-a até a porta.

─ Eu já vou indo, boa noite. ─ disse ela.

─ Espera. ─ falei segurando-a pelo braço. ─ Seu namorado merece mais do que um simples boa noite, não?

─ Nós só namoramos perto dos outros. ─ disse ela.

Apontei com a cabeça para o quadro a nossa frente, de Barnabás, o amalucado, que tentava ensinar balé a trasgos.

─ Aqui em Hogwarts ─ sussurrei ─ os quadros tem ouvidos.

Ela sorriu. Então fez algo que eu não esperava.. Ficou na ponta dos pés e deu um beijo estalado em meu rosto.

─ Boa noite, namorado.

─ Boa noite, namorada.

Então ela girou nos calcanhares e caminhou rapidamente, indo em direção ao seu salão comunal.

Com esse ultimo ato, ela me deixou uma coisa bem clara.

Isso não era apenas uma aposta. Era um jogo. E de uma coisa eu tinha certeza. Eu iria adorar jogar com ela. 


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Notas finais do capítulo

E então?????
Bom, comentem falando o que acharam.
Beijos.