Um suspiro de alívio em uníssono foi possível se ouvir quando o policial abre o saco e revela o corpo de um homem. Ele revelou um rapaz jovem que usava o uniforme da policia e em sua identificação estava o nome Joe Harper.

“Eu o conheço” diz o mesmo policial que havia aberto o saco “Ele era novo na divisão”

“Sheldon fique a fora você cuida do corpo. Lindsay assim que Adam chegar diga a ele para levar o carro para o laboratório e analisá-lo e Danny você fica com ela aqui fora.”

Eu dei todas as coordenadas que foi preciso e então sigo pra dentro da casa e passo por Kevin e Flack a caminho da viatura. Kevin olha pra mim e seu nariz está sangrando e ele tem um olho arroxeado ele sorri pra mim e a minha única vontade era tirar minha arma do coldre e fazer com os miolos do seu cérebro venha parar no meu casaco, mas Flack o tira da minha frente em segundos eu sigo pra dentro da casa.

Uma casa grande de apenas um andar, repleta de móveis de madeira rústica e grosseira. Eu encontro algumas gotas de sangue na sala, uma arma na mesa de cabeceira e cabelos no sofá. Eu examino cada canto daquela casa, cada cômodo e espaço e eu estou inteiramente frustrado sentado em uma cadeira em um canto do quarto quando vejo um tapete em baixo da cama e a primeira coisa que me pergunto é porque ele estaria ali. Eu afasto a cama pesada e tiro o tapete dali. Um Porão. Tinha um cadeado enorme e enferrujado. Eu corro até o caro para pegar algo que me ajude a abrir aquilo e Danny percebe minha agitação.

“Encontrou alguma coisa?” Ele pergunta, mas como eu não o respondo ele vem correndo comigo para dentro da casa.

“Um porão?!”

“Anda Danny me ajude a puxar isso” Eu digo depois de arrebentar o cadeado.

Ele revela uma escada estreita que depois dá espaço a um corredor escuro e úmido com uma porta de madeira que eu abro facilmente com um único chute. Uma sala grande se mostra pra mim tudo era escuridão até eu acender a luz, uma luz fraca e amarelada. E foi nesse instante que eu pude sentir o chão desabando embaixo dos meus pés. E eu nem ao menos percebi o quão era frio lá dentro não reparei a pequena já nela aberta quebrada e nem os cacos no chão apenas vi ela ali inerte em uma poça de água, com seus punhos e tornozelos amarrados com fita adesiva estava pálida, seminua e tinha marcas por to o seu corpo e rosto eu tiro meu casaco para cobri-la antes de gritar para Danny chamar uma ambulância o que era algo que ele já estava fazendo.

“Danny, nós vamos precisar dos bombeiros, os paramédicos não vão conseguir tirá-la daqui”

Eu tiro as fitas de seus pés e mãos, checo seus pulsos que estão extremamente fracos, ela tem seus lábios azulados e pequenos tremores.

“O que é isso?” Eu pergunto ao Danny que segura algo na mão. Acho que uma seringa.

“Eu achei uma seringa e um frasco de ketamina”

“Meu Deus, Danny. Onde está a droga da ambulância? Ela está hipotérmica, Danny se ela estiver drogada não vai aguentar por muito tempo” Eu grito minutos antes que o barulho das sirenes possa ser ouvido.

Os bombeiros descem a imobilizam e a cobrem com o cobertor térmico. Eles demoram um pouco para levá-la para cima e conduzem direto para a ambulância.

“Ela provavelmente foi drogada com ketamina foi uma dose grande o frasco estava vazio”.

Em todo o caminho para o hospital eu estava com ela segurando sua mão. Os médicos trabalhavam freneticamente, enquanto, eu fazia uma prece silenciosa. Nesse curto espaço de tempo ela teve duas paradas cardíacas e eu sou obrigado a admitir que meu coração também só não parou porque eu precisava ser mais que nunca forte naquele momento, não por mim, mas por ela.

Em um pouco mais de cinco minutos nós chegamos ao hospital e foi preciso que eu me separasse dela e começava então o momento mais torturante da minha vida.