Coração De Diamante escrita por Livia Dias


Capítulo 17
"Obrigado por nos apoiarem."


Notas iniciais do capítulo

Dedico o capítulo a D R Levi.
BOA LEITURA!!!



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Três meses depois...

RONY POV

Março. É isso ai. Março chegou com uma carga maior de deveres de casa. Eu estou indo visitar Hermione todos os fins de semana no hospital. De alguma forma, sinto que ela está próxima de mim, mesmo quando estou no internato.

Minha mente está sobrecarregada de coisas. Em janeiro, vencemos o time de futebol do Macmillan. Sabem por que? Ele foi preso. Mas meu talento contribuiu para que nós vencessemos (como sou modesto).

Em fevereiro, terminei com Lilá Brown. Sim, depois que eu comecei a ser mais legal com o pessoal, eu decidi arrancar essa página e Lilá estava nela. Eu nunca gostei muito dela, então, não foi grande perda. Claro, tentei ser o mais maneiro possível. Mas acho que quando você diz "acabou tudo entre nós" não tem como ser muito gentil, a menos que eu tivesse dito "eu gostava de você, mas cansei depois que me tornei legal". Infelizmente, não pensei na última opção na hora.

Gina retornou para o colégio junto com Luna, em fevereiro também. Ela não parecia muito bem. Eu não a culpo. Zack eraum grande amigo seu e depois de sua morte, todos ficaram meio abalados, inclusive os "populares".

Eu meio que desencanei de ser o chefe depois que retornei para o internato. Harry, Fred, Jorge e Neville, também pareceram assim. Nós continuamos muito amigos e ainda somos lideres do time de futebol, mas somos mais legais com todos e tratamos a todos da mesma forma. Acho que é meio que uma homenagem para o Smith e para a Hermione.

Neville e Luna estão felizes, como Harry e minha irmã. A principio, não aprovei, mas acabei me acostumando com isso. Fred e Jorge estão com Katie Bell e Angelina Johnson, garotas que eles já paqueravam faz um tempo mas que só conquistaram, depois de se tornarem caras melhores.

Hoje é sabádo. Não, não é sabádo de sol e eu não vou levar os amigos para comer feijão, se é o que querem saber. Está nublado mas o tempo está morno. Vou visitar Hermione. Estou perto do hospital com meu carro.

Chego e assino meu nome no balcão de atendimento e pego um selo e colo na camisa. Subo para o terceiro andar e sigo para a U.T.I. Estou com um buque de rosas brancas em minhas mãos. Eu sempre levo flores para ela. Hermione sempre gostou.

Chego no quarto da U.T.I. Abro a porta entrando e vejo Hermione, no mesmo estado. O aparelho ao seu lado, continua com o famoso "pi...pi...pi...". Ouço o som de sua respiração e isso me acalma. Ela está viva, está bem. Mas precisa acordar.

– Oi de novo. - falei tocando sua mão com a minha. Estava quente, o que me tranquilizou. Mas não se moveu ao meu toque. Isso não me deixou muito feliz. - Trouxe rosas para você. Acho que você gosta de vermelhas, não é? Bom, foram as únicas que eu achei.

Arrumei o buque no vaso com água, em cima da mesa de cabeceira. Sentei em uma poltrona, ao lado da cama de Hermione. Segurei sua mão.

– Essa semana foi boa sabe. Mas acho que poderia ter sido melhor se você estivesse lá. Eu, Harry, Neville, Fred e Jorge jogamos futebol contra Gina, Luna, Angelina e Katie. É, eu fiquei como o goleiro. Pena que você não estava. Seria legal jogar contra você como nos velhos tempos. - suspirei tristonho. - E pena que você não pode me ouvir.

HERMIONE POV

Eu estou ouvindo sim, Rony. Eu te ouço a muito tempo e quando está tudo silencioso, fica mais difícil suportar a solidão e o frio. Minha blusa de moletom já não é suficiente, e ao meu redor, as folhas continuam morrendo.

– É. Você faz falta, mesmo que eu só tenha descoberto sobre sua verdadeira identidade, quando você foi para o hospital. - disse Rony. Eu continuei tremendo de frio, mas agora, sorrio ao saber que ele sente minha falta. Algumas vezes, ele vem falar comigo. Ele fala muitas coisas e eu tento responder, mas acho que ele nunca ouve.

– Eu te amo. - disse Rony e eu olhei para o céu escuro. Ele me ama? - Mesmo. Não estou falando com ironia. Eu te amo de verdade.

Senti algo dentro de mim. Algo chamado esperança. Algo chamado amor. Muitas coisas passei a sentir ao mesmo tempo. Muitas coisas aconteceram ao mesmo tempo.

O céu clareou de repente. O sol voltou a nascer. A guitarra pareceu um instrumento novamente, e não uma pedra que não conseguia produzir nenhum som. Meu casaco de moletom, foi substituido pelo vestido novamente, branco e florido até os joelhos, sem mangas. Meus cabelos se soltaram e caiam em cascata sob meus ombros.

Entendi imediatamente. Para que tudo mudasse de novo, Rony teria que ter mudado completamente. É um sinal. Eu consegui cumprir minha missão. Consegui amolecer o coração de pedra do Rony, e transforma-lo em um diamante. É, foi isso que fiz. O mudei totalmente.

Senti que poderia ir para onde quisesse e isso significava, acordar e falar com Rony.

Sorri e comecei a tocar guitarra. Foi então que tudo girou. Girou tão rápido, que eu poderia ter passado mal. Mas não foi isso que aconteceu.

RONY POV

Eu suspirei e estava pronto para ir embora, quando ouço algo. Me viro na mesma hora e vejo um par de olhos castanhos, me fitando atentamente e com uma confusão expressas em seu olhar.

Sorrio e vou para a poltrona novamente. Agarro a mão de Hermione que sorri para mim.

– Olá. - disse ela com a voz um pouco fraca.

– Oi. - disse respirando com dificuldade, pois meu coração está a mil. Eu não acredito. Ela acordou. Ela voltou para mim. - Como está se sentindo?

– Bem. - disse ela sorrindo mais para mim. - Rony, calma.

– Não consigo. Estou nervoso. - disse sorrindo mas ainda agitado.

– Por quanto tempo fiquei assim? - perguntou Hermione e aparentemente, tentava me acalmar. - Duas semanas?

– Três meses. - respondi cauteloso e finalmente, calmo.

– Ah não. E agora? Como vou conseguir recuperar toda a matéria a tempo? - perguntou Hermione tristonha.

– Eu aqui preocupado com você e você se preocupando com os estudos?

– Desculpe, Rony mas os estudos vem em primeiro lugar. Além do mais, como poderei ser estilista se não estudar?

– Você quer ser estilista?

– Não. Eu estou apenas dizendo que quero ser estilista para ver o que você acha. - disse Hermione revirando os olhos. - É claro que quero ser estilista. Você sabe muito bem porque.

– Por causa dos seus pais? - pergunto.

– É uma questão de honra sabe. Deixei tudo para trás por causa disso. Por causa dos negócios familiares. - disse Hermione com raiva.

– Entendi. Me desculpe por ter sido um idiota durante todo esse tempo? - perguntei envergonhado. Eu fiz muitas coisas erradas durante todo esse tempo. E agora, estou mudado e quero que ela saiba disso.

– Só se você desculpar-me pelas mentiras que contei. - disse ela como uma condição.

Não resisti e me inclinei para ela. Nossos lábios estavam a milimetros. Quase posso sentir como se a respiração dela fizesse parte da minha agora, quando a porta se abre de imediato. Eu quase cai no chão, me separando de Hermione rapidamente. Ao me virar, vejo o sr. e sra.Granger.

Eles mal notaram que tinham acabado de interromper um momento crucial. Mas não os culpo. Eles devem ter conseguido chegar só agora para ver a filha. Mas tipo, se passaram três meses.

– Filha! - a sra.Granger correu com o rosto cheio de lágrimas e beijou a testa da filha.

Em seguida, o sr.Granger fez o mesmo.

– Por que demoraram? - perguntou Hermione com a voz mais fraca.

– Tinhamos que resolver alguns negócios antes... - começou a sra.Granger mas não aguentei.

– Negócios de novo? É só nisso que vocês pensam? - o casal me encarou, aparentemente notando minha presença só agora.

– Quem é você para falar assim com minha mulher? - perguntou o sr.Granger rispidamente.

– Ronald Billius Weasley, 17 anos, aluno de St.Beens School e futuro marido da sua filha. - disse em tom desafiador. Certas coisas não se deixam para trás. Aperto a mão do sr.Granger e depois da sra.Granger, como fazia quando estava prestes a fechar um negócio importante. Ambos pareceram notar minha determinação, pois se entreolharam e me encararam novamente.

- Acho que podemos conversar, não?

– Rony... - Hermione disse em tom súplice mas não lhe dei atenção.

– Podemos conversar lá fora? Há algumas coisas que precisamos resolver. Seria possível? - perguntei encarando o casal Granger.

– Claro. Por que não? - perguntou o sr.Granger e a sra.Granger concordou.

– Já voltamos, meu bem. - disse o sr.Granger acariciando a bochecha da filha.

– É. Descanse. - disse a sra.Granger acariciando os cabelos da filha.

– Vamos rapaz. - disse o sr.Granger. Eu concordei e lancei um olhar para Hermione. Ela continuou me encarando até a hora em que sai do quarto, junto com seus pais.

O.O

– Então, vocês que atendiam os telefonemas? - perguntei tentando conter minha raiva. Os pais de Hermione assentiram, culpados. Tomei meu café, sem acreditar. - Por que?

– Queriamos que nossa filha se desligasse desse mundo. - disse a sra.Granger. - Nós precisavamos que ela esquecesse você e o Harry.

– Mas não deu certo. - disse o sr.Granger com um suspiro. - Decidimos deixar que ela reencontrasse vocês esse ano, por conta de suas boas notas no internato.

– Sabemos que erramos, e pedimos desculpas. - disse a sra.Granger. - Você é um bom rapaz, vai entender.

– Pretendem ficar por aqui? - perguntei.

– Sim. Nós decidimos nos mudar para cá. - disse o sr.Granger encarando a mulher.

– É. Pretendemos ficar por aqui até que tenhamos outros negócios. Mas estamos querendo nos fixar por aqui. - disse a sra.Granger.

– Entendi. Bom, eu gostaria de conversar com vocês dois uma outra coisa. - disse e suspirei, reunindo coragem. Mas os anos fechando negócios, ajudaram bastante. - Eu estou terminando os estudos. Pretendo ser empresário, negociando imóveis.

– Você tem talento, rapaz. - disse o sr.Granger.

– Obrigado, mas eu acho que posso melhorar. Continuando, eu estou me interessando por Hermione. Nós tivemos nossas desavenças neste ano, mas estamos nos entendendo. Eu gostaria de ficar ao lado dela para sempre, e quero que vocês saibam que minhas intenções são as melhores.

– Mas é claro que apoiamos. - disse a sra.Granger sorrindo.

– Você tem nossa permissão. - disse o sr.Granger também sorridente. - Sejam felizes. Vivam.

Sorri para eles. Mesmo depois de tudo o que fizeram, eles recompensaram isso hoje.

– Obrigado por nos apoiarem. - foi a única coisa que consegui dizer.


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Notas finais do capítulo

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