Coração De Diamante escrita por Livia Dias


Capítulo 13
"A aposta se inicia no começo do bimestre."


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem deste capítulo!!!
Como já disse, a fic está chegando na reta final. Portanto, peço a participação de TODOS nos comentários. Sei que é difícil, já que todos vocês tem uma vida e provavelmente suas próprias fics, mas se puderem ler e comentar, mesmo que demore, eu não me importo. Contanto que comentem e recomendem quem sabe...
BOA LEITURA!!!



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HERMIONE POV

Não sabia que Rony era capaz de dizer algo tão gentil e galanteador e ao mesmo tempo, tão cara de pau. Pelo jeito, ele não vê que estou feliz. Ele não isso, porque acha que sou como todas as garotas que se derretem com um simples elogio que ele faz. Legume insensível, é o que ele é sempre será.

- Lilá não gostaria de ver você fazendo um elogio desses para mim. - disse com um sorrisinho enquanto passava por ele para chegar até a mesa de comes e bebes logo atrás dele. Pode ser coincidência ou não, mas ele sempre fica à frente da mesa de comida, desde que tinha sete anos de idade. Velhos hábitos nunca mudam.

- Olha, um obrigado apenas seria bem-vindo. - disse Rony indignado mas pude notar pelo seu tom de voz, que ele se divertia.

- Não estou com tempo para suas idiotices, Weasley. Mas como sou educada, vou agradecer pelo seu elogio com indiferença. - disse passando por ele novamente, só que dessa vez, para ir ao encontro de Zack, Luna e Gina.

- Legal Benson. Muito legal mesmo. Não sei porque ainda perco meu tempo com você. - disse ele alto o suficiente, para que eu ouvisse mesmo estando um pouco longe.

Suspirei. Ele continua sendo um imbecil só que agora, um imbecil ditador.

RONY POV

- Tem certeza que não sabe o porque de você perder seu tempo com a Benson? - perguntou Harry se aproximando, acompanhado de Neville, Fred e Jorge.

- Porque sou um idiota talvez. - disse irritado ao ver o BieberCover e a Benson dançando juntos. Tomei um gole da minha coca-cola e continuei a fita-los com grande indignação. Não sei ao certo o porque faço isso, mas só sei que estou sentindo a mesma coisa que senti a anos atrás.

- Ou porque você está gostando dela. - sugeriu Fred.

- Ah, calem a boca. Vamos resolver logo o que temos de resolver aqui. - disse com raiva. Mas será que Fred tem razão. Nããã. Eu não posso estar gostando dela mesmo.

Saimos dali e fomos para o ponto de encontro dos grupos. Para quem não sabe, estou aqui a negócios. E claro, porque Neville está com a Di-Lua, digo, Luna Lovegood. Mas aqui, é um lugar pouco suspeito e onde teremos mais tempo para conversar do que no internato.

Macmillan e sua turma, estavam logo atrás da casa dos Lovegood, onde por sinal, estava vazio mas muito bem decorado. Malfoy, Crabbe e Goyle não tinham chegado. Ótimo. Eu gosto muito de atrasos mesmo.

- Weasley! Vejo que você trouxe companhia. - disse Ernesto com um sorriso de deboche. - Os perdedores de St.Beens School.

Notei como ele estava estranho. Vi então, a garrafa que ele segurava e com nojo, percebi que não era refrigerante ou energético. Era uísque. Cara, ele está dirigindo. Balancei a cabeça e voltei para o presente.

- Não deveria dizer isso, Macmillan. - disse ameaçadoramente. - Nós temos mais recrutas do que vocês e somos bem mais legais do que vocês. Aliás, só perdemos no futebol uma vez e temos mais taças do que você e sua turma.

- Oh, claro. Até me esqueci disso. Mas se eu vencer este ano, empatamos não é? 10 taças e ficaremos com 11 a 11.

- Mas se eu vencer, fico com 12 taças. - disse com um sorrisinho sarcástico. Ele acha mesmo que pode vencer meu time. Não, dessa vez não.

- É. Isso mostra que você sabe contar afinal. - disse Ernesto.

- Vamos tratar de negócios. Não acho que agora seja um bom momento para discutirmos quem tem maiores chances de vencer. - disse Harry.

- É. O Potter tem razão. - disse Cedrico Diggory com um sorriso de deboche. Cho Chang, sua namorada, riu.

Para quem não sabe, Harry namorava Cho mas Cedrico roubou ela do meu amigo no primeiro ano do colegial. Assim, desde então, Diggory zoa com Harry por causa disso.

Ouviram-se passos e um garoto pálido e dois guarda-roupas humanos, surgiram. Draco Malfoy tirou os óculos escuros e Crabbe e Goyle se postaram do lado do Malfoy.

- Desculpem a demora. O trânsito estava terrível e foi difícil achar a casa da Lovegood e principalmente, entrar de penetra. - disse Draco apertando a mão de cada um de nós, chefes dos grupos. - Estes são os guarda-costas que prometi.

- Quanto você está cobrando? - perguntou Miguel Corner, amigo de Macmillan e sócio do mesmo.

- Vinte dólares. - disse Draco.

- 10 por cada. - disse Fred pensativo e começou a analisar os guarda-roupas.

- Um pouco...fora de forma não? - disse Jorge. - Deveria cobrar cinco.

- Sabia que vocês não teriam dinheiro para tanto. - disse Cedrico rindo.

- Ficamos com eles.

- Não! Temos dinheiro mas estamos analisando. - disse Neville.

- O que acha? - perguntou Harry me encarando. - 20 dólares?
- Não sei não. Acho que o preço está bom. Mas eu preciso de alguém que comande os seguranças. Malfoy, eu não tenho tempo para ficar comandando seguranças. Indique alguém que possa fazer isso por mim. - disse autoritário.

- Eu mesmo. Mas o preço subiria para...vejamos...40 dólares?

- Você vale 20 dólares? - Fred e Jorge riram. - Fala sério. Não deveria cobrar nem um dólar.

- EI! - protestou Draco. - É pegar ou largar, Weasley's.
Fiquei pensativo. 40 dólares? Não sei.

- Pagamos 50 dólares. - disse Ernesto com um sorrisinho. - Serviços por três horas. Recrutamente, segurança e popularidade. Que tal?

- 60 dólares. - disse decidido. Não vou perder em um negócio desses por nada. - Segurança e popularidade. 3 horas de serviço fim do ano letivo, dinheiro na mão.

- Negócio fechado. - disse Draco com os olhos brilhando. Apertamos as mãos e paguei os cinco dólares adiantados.

- Droga! Vocês vão se arrepender. O grupo dos Weasley é o pior. - disse Ernesto irritado.

- Pode até ser, mas é o que paga melhor. - disse Draco com um sorrisinho. - Nos vemos no começo do bimestre para acertarmos as coisas de última hora. Foi muito bom fazer negócio com vocês.

Os três sairam e eu sorri sarcástico para Macmillan.

- Nos vemos no começo do bimestre, babaca. - disse colocando os óculos escuros e saindo com Harry, Fred, Jorge e Neville.

Decidimos aproveitar a festa e nos separamos. Realmente fiquei animado por ter fechado um negócio de tamanho porte. Seguranças em um grupo da hierarquia significam respeito, mais popularidade e claro, segurança.

Comecei a andar no meio dos convidados e notei alguém passando por mim rapidamente. Um borrão rosa. Vi que era a Benson e ela ia para a casa da Lovegood. Ela entrou na residência mas eu parei de me misturar com os convidados ao ver isso.

HERMIONE POV

A festa da Luna está realmente incrível. Sem palavras. Ela merece. Afinal, dezoito anos não é para qualquer um. O sr.Lovegood pediu para que eu pegasse uns CD's que estão em cima da mesa da sala. Entro na casa e vejo que a decoração é simples, mas muito aconchegante.

Chego até a sala e pego os CD's em cima da mesa de centro. Sorri e ia saindo quando dou de cara com alguém. Me afasto alguns passos para ver quem é e me arrependo disso. Cabelos ruivos, cheio de sardas e óculos escuros por cima de olhos extremamente azuis. Quem mais seria, a não ser o ditador barato?

- O que você quer? Deu para ficar me seguindo? - perguntei com frieza.

- Só quero perguntar uma coisa para você. - disse ele e pude notar que não havia sorrisinho sarcástico ou algo que mostrasse ele como o imbecil que se tornou. Suspiro.

- Pergunte então.

- Você gosta mesmo do Smith? De verdade? - perguntou Rony e eu paralisei. Não consegui responder de imediato. Não imaginava que ele fosse fazer uma pergunta assim. - Era só disso que eu precisava.

Ele me puxou pelo braço com rapidez e eu não consegui me soltar. No último instante, tentei me movimentar procurando uma saída, mas Rony impediu isso quando me beijou. Eu não resisti mais. Senti os braços dele passarem por minha cintura, me puxando para mais perto dele. Não era um beijo rápido. Era como se o tempo parasse ao nosso redor e não nos importassemos com mais nada. Eu sei que não é certo, mas não vejo o problema. Sei que depois que nos separarmos, terei de dizer alguma coisa mas isso não importa no momento.

Estamos juntos. Juntos talvez não seja a palavra certa. Estamos apenas conectados. É. Conectados por um beijo. Conectados por algo mais forte do que atração, mais forte do que tudo e que se iguala ao amor. Será que é isso mesmo? Amor? Algo tão puro e reconhecível. Algo que pode mudar pessoas e de que necessitamos na nossa vida.

Eu não sei bem quanto tempo ficamos nos beijando, mas sei que nos separamos por conta da repentina falta de ar. Notei que nem com Zack, eu sentia tantas coisas assim ao mesmo tempo.

Me distanciei de Rony por precaução, caso ele me beijasse de novo, e respirei fundo. Ele estava ofegante e sorriu para mim.

- Você não gosta do Smith. Você gosta de mim.

- Não. - disse negando com a cabeça. - Não. Não e não. Eu...eu estou feliz com o Zack.

- Mas ficaria mais feliz comigo.

- Se você não fosse um imbecil quem sabe. Se você não tivesse uma namorada talvez. Mas acho que só vou ficar com você em outra encarnação. Só nascendo de novo. - disse rapidamente por conta do nervosismo e Rony riu. Isso me deixou irritada.

- Olha, eu não gosto da Lilá. E você me chamou a atenção desde o primeiro momento que te vi. - disse ele mas eu o cortei.

- Não diga isso! Pare de mentir, certo? Você não sabe o que está dizendo. Você me odeia e eu te odeio. Vamos terminar St.Beens School com este sentimento. - disse.

- Não. Podemos mudar isso. - disse Rony.

- Não podemos não. Você não vai mudar mais Rony. Você já mudou uma vez e não ficou muito bom. - disse e me calei ao notar o que tinha dito.

- Do que você está falando? - perguntou Rony.

- Nada. Nada. Esqueça o que eu disse. - falei.

- Não tem como se eu não esqueço nada do que você faz e diz. - falou Rony galanteador e eu revirei os olhos.

- Pois você vai ter que esquecer agora. Preste atenção! Nós. Nos. Odiamos. Entendeu? Fui clara? - perguntei.

- Você me lembra muito uma garota que conheci. - disse ele.

- Ah é? Quem posso saber?

- Hermione Granger. - disse Rony e houve um "que" de tristeza em sua voz. Eu não acredito. Só devo estar sonhando. Ele se lembra mesmo de mim? - Éramos jovens. Tinhamos seis anos de idade quando nos conhecemos. Os cabelos dela eram cheios como os seus. Dentes da frente um pouco grandes que a deixavam muito bonita. Eu tinha acabado de me mudar quando fui falar com ela pela primeira vez. Nós nos tornamos grande amigos, sabe? Fomos estudar em St.Beens School e conhecemos Harry. Nós três ficamos muito unidos mas no final do ano letivo, ela teve que ir embora.

Eu estou perplexa. Ele se lembra de tudo. Pensei que ele havia se esquecido de mim desde que se tornou esse ditador.

- Então, eu e Harry tentamos manter contato com ela. No começo conseguiamos mandar cartas e tudo o mais. Ela tinha ido para outro país. França. Acho que mora em Paris atualmente. Mas depois, acho que a partir do segundo ano...

- Terceiro. - corrigi ele sem pensar.

- É a partir do... - Rony parou e me encarou desconfiado. - Como sabe que foi a partir do terceiro que nós paramos de falar com ela?

- Ah...intuição. - disse pouco convincente.

- Bom, Harry e eu não recebiamos mais respostas de nossas cartas e não conseguiamos mais ligar. Tentava várias vezes mas alguém atendia o telefone e quando eu falava, simplesmente desligava na minha cara. - Rony disse e deu um suspiro. - Ela era como você.

Atitude, respostas. Mas é coincidência.

- Você acha que era...hum...essa tal de Hermione que desligava o telefone e que não respondia as cartas? - perguntei receosa.

- Não sei bem. - disse Rony dando de ombros. - Só sei que cansei sabe. Eu estava pagando de idiota.

- Não diga isso. - falei sem pensar novamente. - Olhe, muitas coisas podem ter acontecido mas eu acho que em breve, você vai rever a Hermione.

- Quando? - perguntou Rony triste e incrédulo ao mesmo tempo.

- Em breve talvez. O mundo dá voltas. - disse calmamente e segurei a mão dele. - Só espero que você entenda, que a Hermione odiaria saber que você se tornou um ditador barato.

Ele riu.

- Não tem como voltar atrás. - disse ele. - Tenho o poder nas mãos. Essa é minha única forma de não pensar muito nela. Sem isso, me torno um fraco novamente.

- Certo. Você pode continuar com o poder. Mas você já pensou que pode conquistar mais amigos se parar de mandar em todo mundo?

- Será? - perguntou Rony e riu. - Não. Acho que não. Acho que tenho mais amigos por conta do meu poder.

- Vamos fazer uma aposta então. - disse. - Se você não mandar em todo mundo e ameaçar contar o segredo de todos por uma semana, e não conseguir mais amigos e companhia, você tem o direito de fazer um pedido à mim.

- E se você ganhar? - perguntou Rony divertido.

- Se eu ganhar, tenho o direito de fazer um pedido à você. - disse simplesmente.

- Fechado. - disse ele estendendo a mão e eu a apertei. - Prepare-se para o pedido que vou fazer, Benson.

- Veremos, Weasley. A aposta se inicia no começo do bimestre.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Que tal deixarem comentários? Deixem suas opiniões para que eu poste o próximo capítulo. Acho que hoje, posto mais um cap dependendo se eu conseguir termina-lo.
Até ;)