Irmãos, Apenas Irmãos... escrita por Duda


Capítulo 8
Capítulo 8 - Tá rindo de quê garoto?...


Notas iniciais do capítulo

outro capitulo pra vocês!!

Deixem reviews por favor.

Espero que curtam!!



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Já era tarde quando acordei. Senti uma mão pousada em meu ombro me abanando. Devagar fui abrindo os olhos.

_Vai acorda filha. Já é tarde, isso não parece nada seu.

Meu pai estava do meu lado. Abri o olho e o encarei.

_Bom dia pai. Que horas são?

_Já são quase dez horas dorminhoca. Se levante e se vista rápido. Eu e Carolina ainda queremos tomar o ultimo café da manhã em família antes de partirmos.

Olhei em volta como era possível eu só acordar a essa hora? Tá bom que eu gostava de dormir mais até ao meio dia não. Vi meu pai bater a porta do quarto. Me espreguicei e as imagens da noite de ontem passaram por minha cabeça. O sorriso que tinha no rosto ao me espreguiçar aos poucos foi desaparecendo. Do nada, me arrependi daquilo que fiz ontem. Eu não podia ter beijado o Bernardo. Por um lado tinha sido bom e eu queria repetir, mais a gente tinha que pensar nos nossos pais. Meu pai não podia nem sequer sonhar o que tinha se passado. O que será que ele ia pensar se soubesse? Eu e Bernardo aos olhos do Sr. Afonso e da Carolina não passávamos de dois irmãos. O nosso papel naquela família era sermos irmãos, somente irmãos.

E o pior era que eu sabia que ele, quando eu descer a escada, já estaria lá em baixo se despedindo da mãe. Como é que eu o vou encarar? Será que ele se está sentindo como eu?

Me levantei e me vesti rápido. Passei pelo banheiro e me fixei no espelho. Fiquei olhando meu rosto por um tempo.

Sai do quarto e cheguei perto das escadas. Respirei fundo e pousei meu pá no primeiro degrau. Fui passando pé a frente de pé. Estava com medo daquilo que podia ver na sala. Quando deu por mim já estava no ultimo degrau, pondo o pé agora na chão.

Olhei em volta. Carolina estava remexendo na sua bolsa, meu pai estava pondo a carteira no bolso e Bernardo… Esse estava sentado na perna do sofá e quando me viu levantou o olhar. Vi seu olho dentro do meu. Faíscas deviam ter saltado naquele momento.

_Bom dia querida! Isso é que foi dormir. – a voz de Carolina se fez ouvir na sala, desviando meu olhar de Bernardo.

_Ah! Ontem custou a pegar no sono! – inventei uma desculpa qualquer e Bernardo esboçou um sorriso provocador, como que dizendo “ eu sei qual foi o motivo da sua insónia!”.

_Tá rindo de quê garoto? – arranjei uma forma de começar uma briga com Bernardo.

_O quê agora não posso rir, Leonor? Que eu saiba estou em minha casa!

Ia responder quando Carolina se mete no meio:

_Ai, mas já vai começar, já? Será que vocês não se cansam de brigar? – eu e Bernardo nos calamos – Se é para ser assim eu hoje não vou descansada.

_Sim a Carolina tem razão, se é para andarem feitos cão e gato, mais vale a gente cancelar a viagem.

Mal meu pai termina de falar, Bernardo num impulso diz:

_Sim, eu acho melhor vocês cancelarem a viagem.

Levei minha mão na testa, reprovando o que Bernardo falou. Ele me encarou e retirou logo o que disse, inventando uma desculpa para desviar os olhares de surpresa de Carolina e meu pai.

_Estava brincando! – ele riu rouco, disfarçando o seu olhar de incomodo. – Mais olhem que dá muito mau tempo para hoje eu acho muito arriscado vocês fazerem essas viagens tão longas, ainda por cima num meio de transporte aéreo como o avião.

_Pois mais a gente merece essa viagem, e seria uma pena a gente a ter que desmarcar só porque os nossos dois filhos não se sabem comportar. – Meu pai não tardou em responder lançando um olhar mortífero para mim e para Bernardo.

_Pois é pai você tem razão.

_Ah, pois tenho. E vocês os dois deviam deixar de se comportar como duas crianças. Pelo o amor de Deus! – Meu pai respirou e voltou a tomar a palavra – Vamos todos colaborar para que esta seja uma semana… inesquecível – falou por fim.

Depois da nossa conversa eu tomei a iniciativa e fui andando até a mesa do café da manhã.

Depois que acabei, me levantei e fui até meu quarto. Peguei meu celular e tinha uma mensagem da Marta. Eu e ela em três semanas nos tornamos grandes amigas, ela era bem legal.

“ Tou precisando de conversar com vc, vem ter comigo á vila ás 10 e meia. Tou lá te esperando. Bjs Marta”

Olhei para o visor do telefone de novo, marcava 10: 19 h. Peguei uma bolsa e peguei meus phones. Peguei ás chaves de casa e saí em direção a praça. Era perto de minha casa por isso fui a pé. Demorava mais ou menos 10 minutos para lá chegar. Liguei a musica em meu celular e pus meus phones no ouvido.

Estranho a marta querer falar comigo! O que será que ela queria? Seria algo importante?

Cheguei na praça e ela estava sentada num banquinho. Corri até ela.

_Bom dia.

_Bom dia Leonor.

_Está tudo bem? Porque quer falar comigo?

_ Na verdade não tenho nada para te falar, apenas estava farta de estar em casa enfiada e pensei em ligar pra você vir dar uma volta comigo.

_Ah, me deixou preocupada. Pensei que fosse algo de mal.

Ela rui. Ficamos um tempo vendo bicicletas e skates passando na nossa frente quando ele quebrou todo aquele silêncio.

_O que é que se passa entre você e o Bernardo?

Me surpreendi com a pergunta e apenas repeti bem devagar, o que ela disse:

_Entre mim e o Bernardo?

_Sim,- ela falou me imitando, bem devagar também.- e não pense que me dá á volta! Eu quero saber tudo.

_ Eu não sei o que você quer saber, a gente vive só na mesma casa.

_Tá bom, que vocês vivem na mesma casa, isso sei eu! Mais o que eu quero saber e o que eu te estou preguntando é porque é que você ultimamente, não para de falar sobre ele. Você não se anda preocupando demais com ele e reparando no que ele faz? Na semana passada não ouve um dia que fosse que você não falasse nele o tempo todo.!

_Mas que parvoíce Marta, acha mesmo? Eu nem falei. E se falei, só deve ter sido coisas de ódio.

_Pois, aí é que está, porque da maneira como você se preocupa, dá a parecer tudo menos ódio! E escusa de negar porque eu já percebi que anda aí qualquer coisa. E não são ás vossas brigas do costume.

_É impressão sua. – falei. Como ela sabia de tanta coisa. Tá bom que eu nos últimos tempos não parava de falar nele. Mais sempre achei que fosse normal apesar de qualquer coisa dentro de mim, principalmente na ultima semana, estar brotando me fazendo arrepiar de quando passava por ele. Ou senti umas borboletas no estomago quando ele se aproximava.

_ Ok. Não quer contar não conte. Mais não diga que não há nada quando eu já percebi que há!

Já sem paciência para a ouvir, e também com um pouquinho de necessidade de contar pra ela o que rolou ontem eu falei:

_Ok, ok eu e o Bernardo nos beijamos! Pronto falei.

_Ãnh… - foi o único grunhido que ouvi saindo de sua boca…

Já estava a algum tempo esperando reações vindas de Marta. Ela apenas estava de boca aberta em minha frente.

_Vai Marta me diz qualquer coisa… - falei impaciente.

_Qualquer coisa… - ela falou gaguejando. – e você gostou?

Assenti com a cabeça mordendo o lábio inferior.

_Mas como isso aconteceu? Vai me conta!!

_Mais você tem que me jurar que isso não sai daqui?

Ela disse que sim e sorriu cheia de curiosidade. Lhe contei tudo até ao fim e quando percebi já era tarde. Já passava da uma e devia estar na hora de meu pai e Carolina irem para o aeroporto.

Corri até casa e eles ainda estavam lá. Estava já carregando as malas para o carro.

_Bom, a gente vai indo. Se comportem tá. Não quero brigas!! A Kate vai estar de olho. – Carolina falou para mim a para Bernardo que agora estávamos em frente dela e de meu pai. Kate também lá estava, mas mais afastada.

_Liguem quando chegarem e aproveitem muito. – falei com convicção.

Nos despedimos deles e vimos o carro desaparecer no final da rua. Eu e Bernardo nos encaramos. Esta semana ia ser muito legal, ia. Depois do que aconteceu entre mim e Bernardo eu não sabia o que esperar nessa semana. O clima tava tenso entre a gente. Só de pensar que teria que olhar para a cara dele todos os dias. Olhei para a porta e ele seguiu me olhar. Kate já não estava lá.

Entrei em casa e subi para meu quarto. Liguei a música e peguei num livro qualquer, tentando me manter concentrada naquilo que estava lendo, mais um certo moreno, com olhos azuis acinzentados e com convinhas no rosto quando sorria não saía de minha cabeça.

Joguei o livro em qualquer canto daquele quarto e um som vindo da porta despertou minha atenção…



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Notas finais do capítulo

O que acharam??

Quem será que batei na porta?

Deixem reviwes. Agora novo capitulo só amanhã!!

Bjs Duda