Irmãos, Apenas Irmãos... escrita por Duda


Capítulo 59
Capítulo 59 - Já sei onde encontrar você!


Notas iniciais do capítulo

Oi gente. Feliz Natal!!!
Dou pra vocês como presente um novo capitulo. Espero que curtam!!
Boa leitura!



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Acordei  com alguém batendo na porta do quarto. Enfiei minha cabeça debaixo do travesseiro  e depois de dizer alguns palavrões abafados pelos lençóis e cobertores, ergui minha cabeça de novo e falei um simples:

_ Sim!?

_ Bom dia garotinha dos olhos mais lindos de sempre. Parabéns!

_ Bom sai mamãe, mais linda do mundo! Muito obrigado. – minha mãe trazia uma bandeja na mão cheia de coisas. A pousou ao meu lado e se sentou também a minha frente na cama.

_ Preparei o café da manhã para a minha bebé que faz anos hoje. Como o tempo passa depressa, hein!

_ Pare de me tratar como uma criança. Agora já tenho 18 anos. Já me considero uma adulta.

_ Uma adulta iniciada.

_ Mas tudo tem que ter um principio, verdade?

_ Verdade. Ainda lembro de ver aquela coisinha pequenina, redondinha e branquinha, que agora está fazendo 18 anos, deitadinha em meu colo a dormir, com tantos dias por escrever. Tinha um brilho no olhar, era a idade de aprender, depois o tempo passou por ela, ficou tanto pra lembrar. E agora, e agora como eu a vejo. Você já tem asas para voar. Por isso voe bem alto,  bem livre e sem alforge, está cada vez mais perto de ser o que quiser e passo a passo vai perceber o que é viver, o que é crescer. E eu, eu acho que vou ter que encaixar que agora você já é mulher.

_ Acho que vou precisar de alguém que me ensine a ser mulher! – Falei olhando aqueles olhos escuros de minha mão que faziam um esforço para não pestanejarem com medo de deixarem cair uma lágrima.

_ A vida é a melhor escola. – abracei minha mãe e ela também caiu em meus braços.

_ Podia era ter me acordado mais tarde!!! – falei quebrando o clima, propositadamente.

_ Você é do outro mundo garota!

_ Sabe que já é a segunda pessoa que me fala isso!

_ E eu posso saber quem foi a primeira? – baixei meu olhar para meus dedos que se entrelaçavam uns nos outros.

_ Bernardo! – sussurrei, mas minha mãe percebeu. – Mas bom. Estou vendo que me veio mimar com coisas tão boas! – examinei o tabuleiro sobre minha cama. Havia suco e leite, croissants e pãezinhos, bolo e biscoitos. Havia compota e manteiga. Fruta e cereais.

_ Fiz seu bolo preferido! – a dona Eva apontou para um pratinho com umas fatias pretinhas. Brigadeiro!! O meu preferido!!

_ Bem. Olhando para tudo isso eu nem sei por onde começar! – estava de olhos em bico com tudo aquilo e a escolha era bem difícil!

_ Quer que eu ajude você? – Marcos apareceu na porta ainda de pijama todo sorridente.

_ Bom dia Marcos!

_ Parabéns Leonor! – ele se dirigiu a mim e beijou minha testa, roubando depois um biscoita do prato e arcando com uma sapatadinha que minha mãe fez questão de dar em sua mão.

_ Eu preparei isso para minha filha. Pare de lambariscar seu café da manhã!

_ Ela me deu autorização!

_ Deu? Não lembro.

_ Tá bom. Vocês venceram. – Marcos voltou a pousar o biscoito no prato. – Vou mais é tomar um banho.

Eu e minha mãe trocamos uns olhares engraçados. Digamos que a gente gostava de provocar Marcos.

_ Já pensou no que vai fazer hoje?

_ Primeiro vou tentar comer tudo isso, depois vou arrumar meu quarto e depois, depois…  depois logo vejo…

_ Bom eu vou tratar do café da manhã daquela coisa sonolenta. Se precisar de alguma coisa… -

_ Já sei onde encontrar você! - não deixei ela terminar sua frase habitual e que eu já sabia de cor. De trás para a frente e da frente para trás. – Era isso que ia falar, não era? – ela não respondeu.

Se levantou sorriu e depositou um ultimo beijo na testa. Vi ela bater a porta a trás de si e ataquei aquele bolo brigadeiro que estava despertando em mim uns desejo bem antigos.

Comi até estar cheia e mesmo estando cheia ainda tentei ingerir mais alguma coisa, aquilo estava tão bom, que não conseguia parar.

Quando terminei pousei a bandeja em um canto qualquer e saltei da cama. Fui no banheiro, tomei um banho bem demorado e escovei mues dentes.

Quando cheguei no quarto para me vestir e quase parecendo mágica, minha cama estava feita, a bandeja também tinha desaparecido, da roupa já não havia sinais e minha mãe estava guardando camisolas e shorts, calças e casacos, roupa interior e lenços no roupeiro.

_ Estou vendo que deixou tudo num brinco!

_ Mais um miminho pra você! – fui até ela, ou melhor até ao roupeiro, segurando a toalha a meu corpo, impedindo que ela caísse. E comecei escolhendo uma roupa, mais nenhuma me agradava.

_Quer ajuda?

_ Quero. – minha mãe se levantou da cama e se pôs remexendo também no armário.

Primeiro que escolhêssemos a roupa foi uma eternidade mas finalmente eu a escolhi. Minha mãe desceu e eu fui no banheiro tratar de meu rico cabelo.

Para confessar estava com esperanças que Marta me ligasse e sonhando e imaginando como seria se Bernardo  me ligasse. Pra mim essa era a melhor prenda que eu poderia receberem meu aniversário. Comecei pensando como seria se eu estivesse no Rio. Como seria que Bernardo me acordaria, ou como me daria os parabéns. Como seria que ia ser meu bolo e como iria ser minha noite, porque aniversário que é aniversário tem festa até ás tantas da manhã.

Liguei a aparelhagem bem alto e comecei cantando, mal como devem calcular as musicas que ecoavam e só a desliguei quando minha mãe deu um berro.

_ Leonor?!

_ Chamou?

_ Sim! Telefone para você! – corri até ela e o roubei o aparelhinho de sua mão.

_ Alô! – falei entusiasmada.

_  Oi gata! Parabéns jeitosa.  – a voz de Marta fez meu dia melhorar ainda mais.

_ Muito obrigada. Nem imagina quanto tempo eu estive esperando seu telefonema, esperando que alguém dai me telefonasse.

_ Não diga alguém, diga mesmo Bernardo. O Bernardo. Não sei se ele vai ligar pra você. Ele não tem como ligar, ela não tem como falar, apenas tem seu pai para aturar.

Fiquei um tempo com Marta falando. Já tinha almoçado e eram quase quatro horas da tarde.  Estava sentada no sofá devorando uma caixa gigante de sorvete de crema com amêndoa e chocolates de todos os tipos e vendo um filme. Apesar de ser meu aniversário não tinha muito que fazer.

A campainha tocou e eu nem sequer me mexi nem desviei o olhar do televisor, minha mão foi abrir e meu pai acompanhou os seus gestos.

Um silêncio se fez ouvir, se era possível ouvir o silêncio.

_ Parabéns. – virei minha cabeça surpreendida com o que eu vi, tentando confirmar  se tinha ouvido bem e se a voz que me saudou era mesmo da pessoa que veio logo em minha mente. Deixei o sorvete que segurava na mão escorregar até ao chão e a colher que antes estavam em minha boca cair também no tapete, deixando lá uma mancha bem grande…


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Notas finais do capítulo

Quem será? Alguém tem ideia??
Deixem reviews com as vossas suspeitas.
Não sei se posto amanhã:(, é Natal e vocês sabem bem como as coisas são.
Vou tentar mesmo assim, mais não prometo.
Um grsnde, grande beijo e um feliz Natal, recheado de presentes e surpresas!
C(: Duda